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domingo, 14 de abril de 2019

"O que são Pelagianismo e Semipelagianismo?"

14.04.2019
Do portal GOT QUESTIONS


Resposta: Pelágio era um monge que viveu no fim do século 4 e início do século 5 D.C. Ele ensinava que os seres humanos nasciam inocentes, sem a mancha do pecado original e pecado herdado. Também acreditava que Deus criava diretamente toda alma humana e, portanto, toda alma era livre do pecado. Pelágio acreditava que o pecado de Adão não tinha afetado as gerações futuras da humanidade. Essa interpretação ficou conhecida como Pelagianismo.

O Pelagianismo contradiz muitas Escrituras e princípios bíblicos. Primeiro, a Bíblia nos ensina que somos pecadores no momento da concepção (Salmo 51:5). Além disso, a Bíblia ensina que todos os seres humanos morrem como resultado do pecado (Ezequiel 18:20; Romanos 6:23). Embora o Pelagianismo diga que os seres humanos não nascem com uma inclinação natural ao pecado, a Bíblia diz o contrário (Romanos 3:10-18). Romanos 5:12 claramente afirma que o pecado de Adão é a razão pela qual o pecado afeta o resto da humanidade. Qualquer pessoa que tenha tido filhos pode atestar ao fato de que bebês precisam ser ensinados a se comportarem; eles não precisam ser ensinados a pecar. O Pelagianismo, no entanto, é claramente anti-bíblico e deve ser rejeitado.

O Semipelagianismo essencialmente ensina que a humanidade é manchada pelo pecado, mas não ao extremo de não podermos cooperar com a graça de Deus com os nossos próprios esforços. Essa crença é, em essência, depravação parcial, ao invés de depravação total. As mesmas escrituras que refutam o Pelagianismo refutam o Semipelagianismo. Romanos 3:10-18 com certeza não descreve a humanidade como sendo apenas parcialmente manchada pelo pecado. A Bíblia claramente ensina que sem Deus fazendo com que certa pessoa se "aproxime" dEle, somos incapazes de cooperar com a graça de Deus. "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:44). Assim como o Pelagianismo, o Semipelagianismo é anti-bíblico e deve ser rejeitado.


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terça-feira, 7 de novembro de 2017

DOUTRINA DA SALVAÇÃO: Sinergismo não é semipelagianismo

07.11.2017
Do blog MINISTÉRIO APOLOGÉTICO, 24.04.17
Por Marc Cortez*
salvado do pecado
Frequentemente ouço pessoas insinuarem que dizer que os seres humanos “cooperam” com a graça de Deus em um processo de salvação (sinergismo) é essencialmente a mesma coisa que a heresia do semipelagianismo; isto é, a ideia de que o esforço humano tem ao menos uma parte de responsabilidade ao iniciar o processo da salvação. Implícito por trás desta afirmação parece estar a ideia de que qualquer coisa que não seja monergismo está na fronteira da heresia. Não é bem uma heresia escancarada (pelagianismo), mas bem próximo (semipelagianismo).
Existem tanto razões históricas quanto teológicas para rejeitar esta afirmação. Historicamente, deveríamos pelo menos reconhecer que o semipelagianismo foi um movimento que surgiu depois da época de Pelágio, estava principalmente associado com certos grupos monásticos no 5º e 6º séculos e foi condenado como herético no Segundo Concílio de Orange (529 d.C.). Portanto, historicamente, chamar alguém de semi-pelagiano seria chama-lo de herético – não apenas quase herético.
Teologicamente não é verdade que os sinergistas são necessariamente semipelagianos. E aqui se torna muito importante definirmos os nossos termos.
Pelagiano: qualquer sistema em que o ser humano seja capaz de alcançar a salvação inteiramente por si mesmo sem a assistência divina, além da graça comum (isto é, a graça necessária para que qualquer ser exista). Além do fato que o pelagianismo negou o pecado original.
Semipelagianismo: qualquer sistema em que o processo de salvação seja iniciado pelo ser humano sem assistência da graça, a não ser da graça comum, mas no qual o processo de salvação é sinergicamente completado pela interação cooperativa divina e humana.
Sinergismo: qualquer sistema que afirme algum tipo de cooperação interativa divina e humana no processo da salvação.
Baseado nestas definições, podemos chegar às seguintes conclusões:
  • Pelagianos não são sinergista: De acordo com sua visão, a salvação é obtida apenas pelo ser humano.
  • Semipelagianos são sinergistas: Para eles, o processo da salvação requer a interação cooperativa tanto divina quanto humana.
  • Sinergistas não são pelagianos e não são necessariamente semipelagianos: é totalmente possível declarar a interação cooperativa divina e humana e ao mesmo tempo afirmar que o processo de salvação inicia-se inteiramente pela graça salvífica de Deus (não a graça comum). Por exemplo, a ideia de graça “preveniente” afirma que nenhum ser humano é capaz de iniciar a salvação, mas que a graça de Deus “precede” e capacita os seres humanos a responderem corretamente. Independentemente da sua opinião sobre esta visão, ela afirma tanto que a graça de Deus inicia a salvação (“precede”) como também que a pessoa humana deve cooperar ao responder. Portanto, é sinergístico, porém não é pelagiano e nem semi-pelagiano.
Usando estas (breves) definições, podemos dizer que muitas soteriologias proeminentes são sinergísticas, mas não semipelagianas (por exemplo: Wesleyanos). Quando teólogos fazem generalizações dizendo que todos os sinergistas são semipelagianos, questionam a ortodoxia de grandes segmentos do cristianismo, incluindo quase todos os Pais da Igreja. (clique aqui e leia)
Entenda este artigo como um apelo a todos os monergistas. Por favor, pare de afirmar que o sinergismo é simplesmente semipelagianismo. Esta afirmação não é histórica nem teologicamente correta.
http://marccortez.com/2010/11/20/synergism-is-not-semi-pelagianism/#comments
*Marc Cortez: Prof de teologia de Wheaton College, marido, pai e blogueiro que ama teologia, história da igreja, cultura pop, livros e a vida em geral.
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Fonte:http://www.cacp.org.br/sinergismo-nao-e-semipelagianismo/