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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Uma Defesa ao Estudo de Teologia

08.09.2015
Do portal da REVISTA REFORMADA, 10.01.2012

Este áudio é um estudo que fiz com a Mocidade da minha Igreja. Como não consegui gravar no mesmo dia, resolvi gravá-lo em casa. Nele eu procuro defender o estudo de teologia abordando três pontos:

1)      Todos nós já somos teólogos.
2)      O estudo mais importante que o homem pode realizar é o de Teologia.
3)      Uma abordagem bíblica nos textos de 2 Pedro 1:20 e Êxodo 20:12.

Para fazer este estudo eu tomei como base as aulas ministradas pelo pastor Frankin Ferreira na Escola Charles Spurgeon, bem como suas palestras na Conferência Fiel de 2011. Além deles também usei o livro “Teologia Sistemática” e “Questõs Últimas”, ambas do autor Vincent Cheung. Para saber mais clique nos links.



- Transcrição -

Teologia
A palavra Teologia é de origem grega e é formada por duas palavras:

Θεóς
Theos, que significa Deus ou Divindade.

E

Λóγος
Logos, ou Logia, que significa Estudo, Palavra ou Razão.

Então, em seu estado mais simples, Teologia significa o estudo de Deus.

Teologia Cristã
Tendo em vista o significado de teologia, ocorre-nos uma pergunta: “O que vem a ser teologia Cristã?”.
Teologia Cristã é o estudo de Deus segundo Ele se revela no livro máximo da religião Cristã que é a Sagrada Escritura.

Uma Defesa ao Estudo de Teologia
Acredito que esse é um ponto importante para nós pensarmos, pois há muitas pessoas que menosprezam o estudo de Teologia. Eles citam erroneamente 2 Coríntios 3:6 onde diz que “... a letra mata e o Espírito vivifica” para tentar justificar essa prática. Eles vão argumentar que não precisam estudar para aprende sobre Deus, pois o Espírito fala diretamente aos próprios corações através da Escritura. Que o tempo que se gasta no seminário poderia se gastar evangelizando e salvando vidas.
Porém, se Teologia é o Estudo de Deus, alguém que evangeliza já está fazendo Teologia. À medida que essa pessoa fala sobre Deus como Criador da Terra, ou quando ela fala do perdão dos pecados concedidos na Cruz, ou ainda algo bem mais simples como cantar um hino ou fazer uma oração, essa pessoa já está fazendo Teologia. Ainda que essa pessoa seja católica, islâmica, kardecista (ou seja, espírita), alguém ligado à umbanda ou ainda um ateu, se essa pessoa pensar em Deus, ela já está fazendo Teologia.
Então isto nos faz todos teólogos. Logo, o que está em questão aqui não é quem é teólogo ou quem não é teólogo, mas quem é um bom teólogo e quem é um mau teólogo.
Esse é o meu primeiro ponto de defesa ao estudo de Teologia. Todos já somos teólogos.

O meu segundo ponto é que o estudo mais importante que o homem pode realizar é o de Teologia. Esse ponto tem uma abordagem filosófica, então eu peço aos irmãos uma atenção mais acentuada. Pensemos.
Quais as questões últimas da vida? Primeiro, darei uma definição de questões últimas. As questões últimas são as questões de última importância, tal que, as suas respostas guiam a nossa forma de pensar, agir e ver o mundo. Ou seja, as questões últimas definem o que é a realidade última, que é a realidade verdadeira. Alguns exemplos de questões últimas são: Deus Existe? Se existe como nós podemos conhecê-lO? Há algum sentido para a vida? Há vida após a morte? O que é realidade? Nós podemos conhecer algo?
Visto que o Cristianismo se autoproclama a única religião verdadeira, e a ressureição de Cristo ao terceiro dia comprova essa veracidade, então podemos concluir que todas as outras religiões ou filosofias que tentam responder essas perguntas respondem de maneira errada. Ora, sendo o Cristianismo o único caminho para responder a essas perguntas de forma correta, então ele é o único sistema de pensamento que pode mostrar com veracidade a realidade última. Como é a Teologia Cristã que se preocupa em dá resposta a essas perguntas, isso faz o estudo de Teologia o estudo último que o homem pode realizar.
O Teólogo Vincent Cheung escreveu o seguinte em seu livro “Teologia Sistemática”: “A palavra TEOLOGIA refere-se ao estudo de Deus. Quando usada num sentido mais amplo, a palavra pode incluir todas as outras doutrinas reveladas na Escritura. Ora, Deus é o supremo ser que criou e até agora sustenta tudo o que existe, e a teologia procura entender e articular, de uma maneira sistemática, a informação por ele revelada a nós. Assim, a teologia se preocupa com a realidade última. Visto que é o estudo da realidade última, nada é mais importante. Porque contempla e discuta essa realidade, ela, consequentemente, define e governa cada área da vida e do pensamento. Portanto, assim como Deus é o ser ou realidade última, a reflexão teológica é a atividade humana última”.

E em terceiro lugar, uma abordagem Bíblica.
O texto de 2 Pedro 1:20 diz “... nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”.
O que esse texto diz para nós? Ele diz que ninguém pode ter uma interpretação própria ou individual da Escritura. Mas se nós não podemos ter uma interpretação individual, nós temos que ter uma interpretação conjunta. Ou seja, a interpretação de um texto feito por nós tem que está de acordo em primeiro lugar, com a mensagem de toda a Escritura e em segundo lugar com a interpretação dada pela Igreja de Cristo como um todo. Mas como nós poderemos saber o que a Igreja de Cristo diz sobre determinado versículo se nós não estudarmos a teologia que a Igreja de Cristo desenvolveu e vem desenvolvendo há mais de dois mil anos de história? Nós não devemos mais olhar para a história da Igreja simplesmente como um conjunto de datas e de personagens, mas sim como esses grandes homens e mulheres do passado interpretaram as Escrituras.
O segundo texto que eu gostaria de fazer menção é o texto que se encontra em Êxodo 20:12. Esse texto é o Mandamento que Deus nos manda honrar nossos pais. Esse mandamento não é somente para os nossos pais de sangue, mas ele se estende aos nossos pais espirituais, aqueles homens e mulheres que nutriram a fé em nós.
Isso faz um paralelo direto com o Texto de 2 Pedro. Seguindo esse raciocínio, além dos nossos pais naturais, dos nossos irmãos, pastores e presbíteros que nos ajudaram e ainda ajudam a crescer na nossa fé, nós devemos honrar aqueles grandes homens do passado que ajudaram a toda a Igreja a interpretar passagens difíceis da Escritura. Homens como Agostinho, Irineu de Lion, Lutero, Calvino, John Owen, Jonathan Edwards, Spurgeon, e ainda aqueles homens que Deus levantou hoje para nos ajudar nessa caminhada, como John Piper, John MacArthur, R. C. Sproul, J. I. Packer. Estes são homens que merecem todo nosso respeito como pais espirituais que nos ajudaram e continuam nos ajudando a amadurecer espiritualmente. Os Pais da Igreja, os Reformadores, os Puritanos e tantos outros foram homens que contribuíram de uma maneira muito grandiosa para a Igreja Cristã.
Que Deus nos abençoe e nos guie no estudo de Teologia.

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Fonte:http://revistareformada.blogspot.com.br/search/label/Teologia

domingo, 6 de setembro de 2015

Qual Seu Ponto? Cinco Sugestões para Sermões Mais Claros

06.09.2015
Do portal MINISTÉRIO FIEL, 31.08.15
Por  Robert Kinney

Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste claramente, como devo fazer. (Colossenses 4.3-4)
No que diz respeito ao seu modo de proclamar a palavra – ou o que os retóricos chamavam estilo na oratória –, parece que clareza era algo prioritário para Paulo.[1] E, quer ele pretendesse ou não que aquela frase fosse prescritiva para a nossa pregação, há algo a se aprender aqui.[2]
É algo que eu preciso aprender. Certamente, clareza é uma das coisas pelas quais mais tenho lutado na minha própria pregação. Mas também me parece ser algo que muitos pregadores consideram desafiador. Clareza é difícil. E é difícil por muitas razões. Contudo, um aspecto chave da pregação, do qual a clareza geralmente depende, é a articulação de uma única ideia ou proposição principal. É claro que apregação expositiva nem sempre precisa ser proposicional num sentido técnico. Todavia, a exposição sempre tentará localizar e comunicar o cerne da passagem bíblica.
É isso que você está tentando fazer em sua preparação para o sermão, a cada semana?
Ou será que a sua pregação não tem um ponto central?[3]
Uma preocupação prática com a clareza
Há uma séria falta de clareza resultante de não se apresentar a ideia mais ampla, o ponto central. E essa falta de clareza é comum. Essa pregação sem ponto central pode ser o resultado da influência da assim chamada Nova Homilética, ou do aparente sucesso de muitos pregadores com a pregação narrativa, ou do desejo dos pregadores de serem criativos ou de criarem suspense em seus sermões, ou de um desejo muito mais rasteiro de simplesmente entreter, ou da capacidade cada vez menor de concentração do nosso povo, ou de uma variedade de outras influências. É fácil deter-se numa boa história ou querer enfatizar a emoção de um texto ou a beleza de algum elemento secundário. Quaisquer que sejam as causas, alguns de nós parecem ter aderido a um tipo de pregação que deixa de lado o estabelecimento de uma ideia principal, seja dedutiva ou indutivamente. Muitas vezes, não há nenhuma coerência de pensamento que permita identificar um ponto central único e memorável. E, tristemente, nosso povo muitas vezes vai embora sem nenhuma ideia do que deveria ter aprendido.
É compreensível, em nossa era pós-moderna de abordagens voltadas para a reação do leitor e de compromissos inabaláveis com a auto-realização, que o sermão tenha se tornado um bufê de pensamentos da mente do pregador (três ou quatro observações sobre o texto, talvez uma ou duas tangentes, poucas aplicações vagamente relacionadas, algumas boas histórias ou citações, talvez uma referência à ilustração de abertura para envelopar tudo), no qual a congregação simplesmente põe no prato o que lhe parece bom e se alimenta daquilo.
Enquanto pregadores, nós pensamos que construir apenas umargumento único e então defendê-lo a partir do texto parece excessivamente rudimentar, formulaico ou, talvez, até mesmo legalista. Então, nós tentamos evitar dizer ao nosso povo o que pensamos ser o ponto central do texto. Evitamos estruturar nossos sermões como uma demonstração composta de várias partes. Evitamos o foco de uma ênfase única, porque temos medo de que estejamos errados, o que acidentalmente mostraria que não sabemos de tudo. Ou, o que é pior, temos medo de que a nossa pregação se pareça demais com uma pregação.
E, embora haja algum valor em evitar o formulaico (já que nosso povo sem dúvida acharia cansativo ter a mesma estrutura toda semana), essa abordagem aleatória e sem ponto central da pregação pode estar fazendo um desserviço ao nosso povo. Quando somos ocupados (ou preguiçosos?) demais para chegarmos a um ponto único, ou quando tentamos escondê-lo em retórica, ou quando falhamos em estabelecer uma estrutura clara para o nosso sermão, nosso povo – cansado, ocupado e distraído como é –, quase sempre irá perder o ponto central. Ou, o que é mais provável, eles podem simplesmente perceber que, na verdade, somos nós que não tínhamos um ponto principal.
Clareza: unidade e ponto central
A clareza que provém de formular um argumento bem fundamentado, culminando em uma proposição única, é uma característica chave da retórica antiga.[4] Essa premissa foi capturada nas preleções de Robert Lewis Dabney sobre A Retórica Sacra, publicadas no final do século XIX, as quais oferecem meditações sobre a relação entre a oratória antiga e a pregação. De modo relevante, dois dos seterequisitos cardinais do sermão apontados por Dabney enfatizam essa ideia de apresentar um ponto central único.
Primeiro, embora cuidadosamente rejeite o reducionismo, ele sugere que a unidade do sermão (seu segundo requisito) resulta da combinação de todas as suas diferentes partes, que conduz a uma impressão geral para o ouvinte. Assim, o pregador deve “ter um assunto principal de discussão, ao qual ele adere com supremo respeito do começo ao fim”, bem como deve apresentar “uma impressão definida à alma do ouvinte, para a qual tudo no sermão converge”.[5]
Essa segunda exigência, a apresentação de “uma impressão definida”, parece ser expandida no sexto requisito de Dabney: umponto central. “Com esse fim, deve haver, primeiro, uma verdade principal, prática e importante, distintamente capturada pelo pregador em sua relação com a ação da alma que ele deve estimular. E toda a questão do discurso deve se organizar de tal modo a pôr em destaque essa proposição”.[6] Dabney conjectura que sermões deficientes em um ponto central ou não contêm em si Verdades valiosas, ou essas Verdades “não são colocadas de modo a se sobressaírem à compreensão dos ouvintes”.[7]
O que fazer? Cinco sugestões para encontrar clareza
Se você também luta com a questão da clareza, há algumas coisas práticas a serem consideradas enquanto você prepara o sermão:
1. Tenha um ponto central
Pregação expositiva não é simplesmente um comentário sobre o texto. É a transmissão da Verdade do texto.[8] Como tal, é muito importante que você chegue, em sua própria mente, a uma proposição clara e curta que expresse a ideia geral do seu sermão (a qual, é claro, será derivada da ideia geral do texto) e, então, de fato, apresente essa proposição em algum momento do sermão. Como Bryan Chapell observa tão claramente em seu livro Pregação Cristocêntrica: “Os ouvintes rapidamente se cansam de caçar ideias e anedotas pela paisagem teológica no esforço de descobrirem aonde o seu pastor está indo”.[9]
2. Mostre como o ponto central está fundamentado no texto
Boa exegese e boa reflexão teológica lhe revelarão uma clara ênfase no texto. Se você tiver trabalhado duro, isso lhe dará a ideia geral para o seu sermão. Mas você deve mostrá-la claramente no texto. É claro que você deseja que o seu povo confie em você, mas, mais do que isso, você deseja que tenham confiança na Verdade daquilo que você está dizendo a partir da Palavra de Deus. Você não precisa ser um guru ou um mágico expositivo. Os melhores sermões são aqueles em que as pessoas sentem que você simplesmente lhes apontou o que está no texto e deixou que ele fizesse efeito em seus corações e mentes.
3. Contenha-se: edite para alcançar clareza
Não tenha medo de “aparar” o seu trabalho com liberalidade. Uma das maneiras mais rápidas de dar clareza ao seu tema central é cortar fora de sua apresentação tudo o que não sirva para apoiá-lo. Isso pode ser muito difícil se você tiver se dedicado bastante em sua exegese. Você terá aprendido bastante sobre o seu texto durante a última semana e ficado bem eloquente em questões secundárias. Não obstante, se você fez o trabalho de restringir-se a uma ideia principal, não confunda nem distraia as pessoas com outras coisas, não importa quão curiosas lhe pareçam.
4. Contenha-se: edite para alcançar simplicidade
Não leve seu povo em um caça-tesouros exegético. O instinto de apontar seu povo para o texto e desfrutar daquele momento em que todos voltam sua atenção para as Escrituras é bom. Contudo, maisnão é sempre melhor. Os editores de nossas Bíblias nos deram milhares de referencais cruzadas. O seu povo não precisar vê-las todas. Não confunda uma multidãoo de conexões com algo que pode dar um apoio real para seu argumento. Se há um texto chave, claro, leve a igreja até lá. Porém, é mais que provável que haja somente uma ou talvez duas passagens assim em um sermão. Abra mais passagens que isso e você possivelmente estará na esfera da teologia bíblica  (o que pode ser útil), porém isso poderá custar o ponto principal da sua passagem.
5. Contenha-se: edite para alcançar vigor
Pregue sermões mais curtos. Poucos são pregadores de 50 minutos. Ainda menos são pregadores de 60 minutos. Eu provavelmente nunca o conheci, mas me sinto relativamente confiante (pelo menos estatisticamente) em dizer que a duração média do seu sermão é, provavelmente, um pouco maior do que deveria ser. E, mesmo que eu esteja errado, estou bastante confiante em dizer que a duração média do seu sermão é maior do que a sua congregação gostaria que fosse. Leva tempo, destreza e uma incrível autodisciplina para edificar uma congregação que aprecie um discurso longo e bem articulado. Se você não herdou uma congregação assim nem dedicou anos (na verdade, décadas) para desenvolver uma, considere encurtar o seu sermão. No mínimo, o ato de encurtar seu sermão irá forçá-lo a uma maior clareza e, idealmente, a apresentar de modo simples e sucinto a sua ideia geral.
Notas:
[1] “Com respeito ao estilo, um dos seus principais méritos pode ser definido como perspicuidade. Isso se mostra no fato de que o discurso, se não tem o seu significado aclarado, não irá cumprir a função que lhe é própria”. Aristóteles, Retórica 1404b (LCL, Freese). Quando os retóricos antigos consideravam a clareza, ou perspicuidade, eles parecem estar primariamente focados na escolha das palavras e em se elas causariam confusão à audiência. Ver também Quintiliano, Institutio Oratoria 8.1.1-7. Isso poderia muito bem ser o que Paulo tinha em vista em 1 Coríntios 1.17: “Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo”. Para Cícero, a clareza também se estende à organização do material em favor de um argumento primário. “Uma organização dos assuntos a serem mencionados em um argumento, quando feita de modo adequado, torna toda a oração clara e inteligível”. Ver Cícero, De Inventione 1.22. Essa tradução vem de Cicero, The Orations of Marcus Tullius Cicero, Volume 4 (trans. C.D. Yonge; London: G. Bell & Sons, 1913), 241-306.

[2] Embora muito do argumento deste artigo não possa ser precisamente defendido como uma prescrição do Novo Testamento, é digno de nota que muito do que eu sugerirei sobre a clareza e a apresentação de um ponto central único e identificável, com uma clara estrutura retórica, é observável na pregação dos apóstolos em Atos e na “pregação” escrita de Paulo em suas epístolas.
[3] N.T.: O autor joga com a palavra inglesa pointless, que comumente significa “sem sentido”, mas, literalmente, significa “sem ponto”. A pregação sem ponto central (pointless preaching) não é necessariamente sem sentido, embora possa padecer da falta da clareza a qual alude o autor.
[4] Seria fácil começar com Aristóteles no século IV a.C. e a sua definição de retórica como “os meios reais e aparentes de persuasão” – Aristóteles, Retórica 1.1.14 (LCL, Freese). Poderíamos considerar os manuais de retórica de Cícero e Quintiliano, os quais parecem se fundamentar na presunção de que oratória é persuasão. Sendo assim, se assumirmos essa premissa básica da retórica para a nossa pregação, então o trabalho do pregador –  de fato, a sua responsabilidade –  é persuadir. A clareza que conduz à persuasão, por exemplo, exige um tipo particular de estrutura discursiva. E a estrutura básica da oratória sempre inclui a afirmação de uma proposição principal única, no princípio. Ver Cícero, Rhetorica ad Herennium 1.8.11-1.9.16 e Quintiliano, Institutio Oratoria 4.4. A estrutura da oratória também inclui, tipicamente, uma reafirmação do ponto principal como uma peroração ao final. Ver Cícero, De Inventione 1.52-56. “Que prazer pode um orador esperar produzir, ou que impressão até do mais moderado aprendizado, a menos que ele saiba como fixar um único ponto nas mentes da audiência pela repetição e outro, pela ênfase, como fazer uma digressão e retornar ao seu tema, como desviar a culpa de si mesmo e transferi-la a outro, ou decidir quais pontos omitir e quais ignorar como insignificantes? São qualidades como essas que dão vida e vigor à oratória; sem elas, ela jaz entorpecida como um corpo que carece de fôlego para mover seus membros” – Quintiliano, Institutio Oratoria 9.2.4 (LCL, Butler).
[5] Robert Lewis Dabney, Sacred Rhetoric (New York: Anson D.F. Randolph & Co., 1870), 109. Here, Dabney cites Cicero, De or. 2.114.
[6] Robert Lewis Dabney, Sacred Rhetoric (New York: Anson D.F. Randolph & Co., 1870), 126.
[7] Robert Lewis Dabney, Sacred Rhetoric (New York: Anson D.F. Randolph & Co., 1870), 127.
[8] Considere, por exemplo, as definições de pregação expositiva oferecidas por Mark Dever (“um sermão que toma o ponto central do texto como o ponto central do sermão”) ou Mike Bullmore (“pregação na qual o conteúdo e o propósito da passagem moldam o conteúdo e o propósito da mensagem”). Exposição, assim, não é simplesmente o conteúdo ou o tema central do texto (extraído pela exegese e reflexão teológica). Exposição também exige a simplicidade e a clareza de apresentar o ponto central do texto.
[9] Bryan Chapell, Christ-Centered Preaching, Second Edition (Grand Rapids: Baker Academic, 1994), 44 (Publicado em português com o título Pregação Cristocêntrica (Editora Cultura Cristã, 2002).
Tradução: Vinícius Silva Pimentel
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel
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Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/840/Qual_Seu_Ponto_Cinco_Sugestoes_para_Sermoes_Mais_Claros

“De hoje em diante...”

06.09.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 03.09.15

O autor de Eclesiastes supõe que “é melhor não prometer nada do que fazer uma promessa e não cumprir” (Ec 5.5). Já o presidente da Fundação para Pesquisa da Aids supõe que “é melhor tentar e falhar do que nunca tentar” (IstoÉ, 22/4/2015, p. 10).

Pelo contexto, percebe-se que o livro de Eclesiastes se refere a pessoas que fazem promessas apressadas, irrefletidas e interesseiras. Promessas com o propósito, não de corrigir algum comportamento errado, mas de pressionar a generosidade de Deus.

Promessas tão vulgares que não têm valor evangélico algum. De Hoje em Diante trata de promessas de natureza ética. Da parte de pessoas que se enxergam e já sabem quais são as suas desvirtudes, suas manhas, seus vícios, suas excentricidades, sua feiura moral e seus pontos de vulnerabilidade. Com muita intensidade e sinceridade, elas querem alcançar vitória sobre essa bagagem toda que entristece o Espírito Santo e traz inquietação para sua consciência e sofrimento para seus queridos. Elas dizem de si para si, por exemplo: “Pornografia nunca mais!”, “Ansiedade nunca mais!”, “Álcool nunca mais!”, “Parar no meio do caminho nunca mais!”, “Drogas nunca mais!” e assim por diante.

A resolução contida na pequena frase “de hoje em diante” é uma porta continuamente aberta para os amargurados de espírito. Significa um desejo de mudança tão sério que nos faz assumir um compromisso privado (só eu com os meus botões) ou menos privado (só eu e os que me rodeiam). Na maior parte das vezes a decisão é feita na presença e com a ajuda de Deus.

A história do povo de Deus na antiga e na nova aliança, a história da Igreja e a nossa própria história mostram exaustivamente que um só “de hoje em diante” nem sempre é suficiente. Naturalmente há casos raros de pessoas que se ajoelham, se demoram e choram diante do Senhor, confessam suas fragilidades e, por fim, anunciam o seu “de hoje em diante” – e nunca mais voltam atrás.

Por causa da queda, por causa da natureza humana, por causa da cultura sacrificada pelo Maligno e por causa do próprio Maligno, a oferta do pecado é muito insistente e sua reincidência, muito comum. Enquanto Deus exclama “Sejam santos porque eu sou santo”, o Diabo exclama “Sejam pecadores porque eu sou pecador”. O “sejam santos” só vai esmagar o “sejam pecadores” quando o crente conseguir desobedecer aos desejos de sua natureza humana (Gl 5.16) por meio de frequentes “de hoje em diante”. A vitória sobre o pecado não é automática nem por conta exclusiva de Deus. Daí a necessidade de outros e mais outros “de hoje em diante”. 

Todos concordamos com João quando ele escreve que o alvo mais alto é não voltar a pecar qualquer pecado em qualquer tempo e em qualquer situação. Porém – continua o bom velhinho – “Se alguém cometer pecado [ou quebrar um dos compromissos de santidade], temos um Amigo-Sacerdote na presença do Pai: Jesus Cristo, o justo” (1Jo 2.1, AM). 

Em todos os lamentáveis casos de reincidência, há lugar para mais um “de hoje em diante”, caso não haja cinismo de nossa parte, caso não queiramos pecar mais uma vez para que a graça de Deus aumente muito mais ainda (Rm 5.20). Antes de cada novo “de hoje em diante”, precisamos nos arrepender e confessar a nossa triste reincidência (1Jo 1.9). Se Deus perdoasse o mesmo pecado uma só vez, estaríamos todos igualmente perdidos!

Talvez a maior prova de sabedoria de Salomão reside no fato de ele admitir que seu povo podia pecar várias vezes no decorrer da história, mas, se ele se arrependesse e orasse, seus pecados seriam perdoados vezes após vezes (1Rs 8.33-34).

Um dos mais notáveis “de hoje em diante” foi proferido não por um sacerdote de Israel nem por um cristão, mas por Naamã, um militar sírio da mais alta patente, depois de sua conversão ao monoteísmo: “De agora em diante eu não vou oferecer sacrifícios e ofertas que são completamente queimadas a nenhum deus, a não ser a Deus, o Senhor” (2 Rs 5.17).

As palavras do salmista vêm a calhar: “Tenho pensado na minha maneira de agir e prometo [de hoje em diante] seguir os teus ensinamentos. Com toda a pressa e sem demora, procuro obedecer aos teus mandamentos” (Sl 119.59-60).

Nota: texto publicado originalmente com apresentação do livro De Hoje Em Diante

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Foto: Petr Vins/www.freeimages.com
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/de-hoje-em-diante-1

sábado, 5 de setembro de 2015

A renovação da mente

05.09.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Claudio Santos

A renovação da mente“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.(Rm. 12:1-2).
O texto acima vai revelar o modelo de transformação que Deus espera de nós seres humanos.
E esta transformação vem de dentro para fora. Ela nasce no entendimento das coisas espirituais e materializa-se através do comportamento, das ações e atitudes que tomamos aos expressarmos a nossa fé em Jesus, seguindo a sua cultura e modelo de vida em sociedade. O Apóstolo Paulo nos ensinou aqui sobre como seguir esta experiência.
Em primeiro lugar, a apóstolo ensinava e orientava aqui a apresentarmos um culto racional, aquele em que se ora no espírito, mas também ora com a mente. Nenhuma forma de adoração a Deus poderia vir a ser ininteligível, pois como o indouto poderia vir a dizer “amém”, se nada estivesse entendo num culto de uma igreja ou numa reunião de oração?
Para reforçar o texto, veja o que mais o Apóstolo Paulo falou sobre isso, porém, agora é para a igreja de Corinto, lá em Cor. 14, verso 15 em diante:
“Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. 5  Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. 16  De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? 17  Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado”.
Devemos lembrar que somos corpo, alma e espírito (na visão tricotômica, a mais bem revelada na Bíblia), e, que isso fará sentido, quando cultuarmos coletivamente. Todos precisam ser edificados.
Em segundo lugar, que é a essência desta meditação, somos orientados a NÃO nos conformarmos com o curso deste mundo. Em outras palavras, devemos andar na direção contrária ao mundo, nadar contra a maré do mundo, e seguir a direção oposta ao mundo. É uma conversão radical. Parece loucura, mas é assim que deve ser de acordo com a Palavra de Deus.
Conheço um homem na Bíblia, que era considerado como um louco. Um homem, que de acordo com a psiquiatria, poderia vir a apresentar sintomas de esquizofrenia aguda e avançada ao máximo para a sua época. João Batista era um homem que andava pelo deserto, alimentava-se de mel silvestre e gafanhotos, se vestia de forma muito peculiar. Quando aparecia publicamente nas vilas, bradava de forma “inconformada” e, alto som, coisas contrárias à cultura de sua sociedade, tipo: “arrependam-se”; ou “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento.  E, também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo”(Mt. 3:8-10).
Parecia ser muito esquisito falar isto para os fariseus e saduceus, isso era contrário à religião daquele século. Mas, João não se intimidava a cumprir o seu chamado. Ele não era conformado com aquele século. Andar na contramão do mundo é, definitivamente, o dever de cada cristão. (Rm. 12:2)
Veja bem, podemos ser felizes, satisfeitos sim, conformados não. Deus sempre tem mais para revelar aos povos, e João Batista, considerado um louco por sua sociedade, sabia disso.
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes” (I Cor. 1:21 e 27)
O cristão é diferente do mundo. É preciso coragem e determinação para ser diferente. Mas, esta coragem é fruto da fé no Senhor Jesus. Se o jovem cristão soubesse que ele já foi aceito pelo céu, quando de um simples ato de fé, deixaria de tentar impressionar a terra no afã de encontrar desesperadamente a aceitação de algum grupo. Essa aceitação deve estar em si mesmo, na nossa mente através de uma renovação, arrependimento, regeneração, batismo e sua entrada na igreja de Cristo. É metanóia mesmo.
O processo de regeneração é uma decisão do homem por aquilo que foi ensinado por Cristo, mas que tem a sua ênfase na atuação do Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.  O batismo de João, não representa uma troca de religião, mas ratifica fisicamente o ato regenerador e renovador da forma espiritual e, passa a ser um testemunho de fé de que houve arrependimento e regeneração pelo indivíduo que deseja ter uma nova vida e um relacionamento direto e verdadeiro com Cristo. Não basta estar numa igreja ou ser de uma igreja (instituição), é necessário nascer de novo da água e do espírito.
Quando éramos escravos deste mundo, andávamos no curso deste mundo, mas depois que nos libertamos das gaiolas dos enganos da riqueza, das ilusões, dos prazeres e vaidades deste mundo, agora, sim, que somos conhecidos por Deus, somos livres de verdade!
Para reforçar este pensamento, leiamos o versículo de Gálatas 4:3,8 e 9 logo abaixo:
Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo”.  Quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.  Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
Em terceiro lugar, o Apóstolo Paulo, continuava falando em Roma sobre a mudança da velha vida para uma nova vida. Ele falava sobre experiência com Deus (vs 2). “… transformem-se e renovem a mente para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Como podemos chegar nesse nível de fé? Através da metanóia, uma mudança radical na forma de pensar acerca de Deus e seus atributos visíveis e invisíveis.
Ele não é uma pessoa comum. Ele é o Senhor Deus Todo Poderoso. Merece culto, glórias e honras de seus adoradores. Para experimentá-lo em sua plenitude faz-se necessário aproximação do céu e distanciamento da terra.
Para termos experiências com Deus é necessário se retirar do mundo, apartar-se dessa crueldade que estamos vivendo neste século. Quanto mais aproximação com o mundo, menos experiências com Deus. Quanto mais impureza do mundo, menos relacionamento com Deus.
Talvez você esteja lendo isso aqui, com algum tom de zombaria ou incredulidade, mas a Palavra de Deus não falha. A Bíblia faz um excelente diagnóstico sobre a enfermidade mental pela qual vive a nossa sociedade neste últimos dias. Senão vejamos o que diz em 2 Timóteo, capítulo 3:
SABE, porém, isto : que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2  Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3  Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4  Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5  Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6  Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;
7  Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8  E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9  Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.
Não dá para brincar com Deus, né verdade? Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tenho a plena certeza de que esta não seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para a sua vida.
Para finalizar, lembro, porém, como sempre, Ele nos convida para uma reconciliação. Ele nos chama de volta para o centro de sua vontade, cheia de alegria, graça, e misericórdia. Temos vários exemplos desse chamado para a reconciliação de Deus para com o seu povo Israel. Mas, para facilitar, basta continuar no mesmo contexto do texto de Timóteo acima (vs. 14, 15, 16 e 17):
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, 15  E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16  Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;
17  Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.
Obviamente, que isso que acabamos de ler não se trata de nenhum sistema religioso de  lavagem cerebral, mas é a mais plena, pura e sagrada Palavra de Deus para salvar as nossas almas deste mundo tenebroso.

Conclusão

Nestes dias temos que levar a nossa mente e o nosso coração a refletirem em uma série de coisas como por exemplo se o mundo está violento demais. A maldade se multiplicou? A terra chora os seus mortos todos os dias. O pecado no mundo ampliou as dores, elevou-se o ódio e multiplicou-se a perversão? O mundo já não dá mais valor algum à vida humana? Almas aflitas, sobrecarregadas de terror? Oprimidas? Wow acordemos! Enquanto se fala em várias línguas diferentes, edificando-se apenas a si mesmo, Há pessoas que estão sofrendo em depressão e, não estão entendendo o evangelho de salvação. E, enquanto se canta e se dança de olhos fechados, tem gente morrendo de fome por todos os lados!!
E, quanto às famílias, os valores e a essência de família criada por Deus estão sendo desvirtuados ou invertidos? Deixa quieto? Qual o papel da igreja? Qual o papel do cristão? Vamos ficar só olhando? Tá tudo bem assim mesmo?
Jesus olhava distante, além da média. Ele não se conformava com as trevas. Como filhos de Deus somos o sal desta terra e a luz deste mundo! Então, precisamos sair da caverna mental. Oremos (e marchemos) também para que saiamos deste “quadradinho” mental e espiritual, larguemos a vaidade, abramos mão desse tolo egoísmo e orgulho religioso e denominacional.
Jesus não estava interessado em religião. Ele rompeu barreiras, questionou paradigmas, curou no sábado, falou com os samaritanos, etc. Ele levou os seus discípulos a mudarem de mente. Ser apenas “gente boa” não é o suficiente. Os judeus não estavam entendendo a verdadeira língua do reino, nem as orações que se faziam nas esquinas, nem nas sinagogas. O discipulado precisava ser mais claro, inteligente, e eficiente. Pescar só num mesmo lado do barco, levariam os peixes a acostumarem com as redes e anzóis. Faz-se necessária a mudança de hábito. Lancemos as redes para o outro lado do barco também!! (ver LUCAS 5). Nenhum de nós pode ter mais dúvidas sobre o nosso papel nesta embaixada do céu, amém?

Reflexão

Pensemos amplamente e “fora da caixa”, como Jesus pensou, para que de fato experimentemos qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para Jerusalém, Judéia, Samaria, Brasil e até os confins da terra.
Qual a mudança que ainda se faz necessária para renovar as nossas mentes?
Até uma próxima amados irmãos!
Claudinho.adore@hotmail.com
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/renovacao-da-mente/

Jesus é suficiente pra você?

05.09.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Artigos
Por Pb Josiel Dias

Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações. É suficiente o mal que cada dia traz em si mesmo. Mateus 6:25-34

Estamos vivendo uma crise nestes últimos dias na igreja Brasileira. Quando falo em crise quero me referir a doutrinas, heresias que se infiltraram de forma sutil nas instituições conhecidas como evangélicas.

Antigamente nós evangélicos éramos conhecidos como o povo protestante, pois protestávamos contra tudo que fosse contrário a palavra de DEUS.

Mas, hoje, o que vemos e ouvimos nos “programas”, que eles insistem em dizer que são programas cristãos, chega ser bizarro certas práticas que hoje adentraram nessas igrejas. JESUS perdeu o centro há muito tempo nestas comunidades. Não é necessário ter JESUS como Suficiente, fieis precisam fazer muitos sacrifícios, trabalhar bastante e não são poucos os aditivos acrescentados se quiserem alcançar sucesso ou até mesmo a “salvação”

E porque o povo entra nessa linha doutrinária? A resposta não pode ser outra: “falta de conhecimento bíblico”. Veja o que diz o Profeta Oseias: “O meu povo perece por falta de conhecimento”. Oséias 4:6

Voltemos ao Evangelho, imitemos os Bereanos, que examinavam tudo o que os Apóstolos falavam e conferiam nas escrituras se de fato estes “Apóstolos” estavam em concordância com a palavra de DEUS. Atos 17:11

Falta mais interesse do povo pelo estudo bíblico. Nem tudo que os pastores, doutores da lei, ungidos, Bispos, Apóstolos dizem, devem ser considerados se sua doutrina entra em CONTRADIÇÃO com a Bíblia. Veja o que disse Lutero dentro deste nosso contexto: “Todo ensinamento contrário as Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover MILAGRES

Vemos uma enxurrada de “milagres” mostrados 24 horas na TV, nos programas desses líderes. Mas, quando paramos para contextualizar esses programas, vemos um tipo de marketing. Parece que JESUS só realizar milagre em determinada instituição. Há, de forma escandalosa, uma disputa entre estas instituições. “Quem cura Mais?”

Chamadas na TV com garantia da resposta na hora, armadilha para os neófitos da fé, nem todos alcançam essa promessa. Quando não recebem, logo ouve de seus líderes: o problema é seu, porque não teve fé suficiente… Analise o seguinte que eu irei te falar: Porque esses Sres. que realizam tantos milagres não saem de seus TEMPLOS? Porque eles não imitam ao MESTRE JESUS, que ia ao encontro dos doentes, aflitos, desprezados, amargurados? Porque brigam entre si, disputando cada ovelha, do curral alheio? Faça você mesmo essa reflexão.

ESTES LÍDERES NUNCA PREGARÃO O EVANGELHO SIMPLES E PURO. TEM QUE TER INVENÇÃO, HERESIAS, POIS O OBJETIVO É PURO NEGÓCIO.
A SUFICIENCIA DE CRISTO EM DOIS PONTOS

1º Jesus suficiente SALVADOR

Religião não salva, dogmas também não. Uso e costume, nem pensar. É um tremendo engano as pessoas pensarem que elas são merecedoras da SALVAÇÃO só porque estão dentro, FAZEM CAMPANHAS, pagam os dízimos ou trabalham bastante na instituição cristã.

É um tremendo engando pensar que DEUS terá pena delas só porque ajudaram na distribuição de sopões aos moradores de rua. Esse trabalho é bom, e é até recomendado pela Bíblia, mas, isso é dever de todos nós, ajudar o próximo, ser um bom samaritano.

Ninguém será justificado por isso. Mesmo assim, continuamos dependente da GRAÇA de 
Deus. O Apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos disse: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,” Romanos 3:23

Somos pecadores, e a nossa sorte de não sermos destruídos são as MISERICORDIAS de Deus que todos os dias nos acordam pela manhã. Ninguém será justificado para salvação por seus próprios esforços. Somos salvos pela GRAÇA. Somos salvos porque DEUS nos presenteou essa GRAÇA. GRAÇA = FAVOR IMERECIDO. “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2:8

Então meu querido irmão, desconfie de líderes ou de instituição que impõe condições para salvação ou até mesmo para ser abençoado. Desconfie e rejeite essa doutrina que é necessário sacrificar para alcançar o que DEUS já te garantiu através da sua infinita Graça e misericórdia. Mais vale obedecer do que Sacrificar….

2º Jesus suficiente PROVEDOR

Como relatei acima na introdução o que estamos vendo dentro de muitas igrejas, principalmente as que usam a Teologia da prosperidade e as têm no centro de sua liturgia, são líderes ensinando aos seus fiéis e seguidores que se eles não sacrificarem não ficaram ricos, ou prósperos.

Mais uma vez vemos JESUS deixado de fora. Existe uma distorção total no evangelho e no que JESUS ensinou.

Se JESUS é realmente seu PROVEDOR, me desculpe, não fique chateado no que eu vou te falar agora: Você não precisa ficar sacrificando, fazendo campanhas e mais campanhas para obter sucesso, ou ficar milionário. Irei te chocar agora: Você não precisa do “dinheiro” como você pensa que precisa dele. Se você diz que JESUS é de fato seu provedor, apenas confie em seu JESUS, pois ele garantiu suprir suas necessidades. Não é o que você quer, que Ele vai suprir, mas a garantia dEle é que suas necessidades serão supridas. Mateus 6:20-21

Jesus tem sido suficiente pra você, meu irmão? Jesus tem sido suficiente Salvador pra você? Jesus é seu MEDIADOR meu irmão? Jesus tem sido suficiente PROVEDOR na sua casa?

Quero fazer minhas considerações finais deixando alguns textos abaixo que provam que não precisamos ficar correndo atrás das bênçãos, pois se formos obedientes a DEUS as bênçãos nos alcançarão. Não precisamos de dinheiro, nem tão pouco ficar ansiosos, pois DEUS suprirá em CRISTO todas as nossas necessidades.

Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33

Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.

Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos:

Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares e bendito, ao saíres. Deuteronômio 28:1-6

Portanto, vos afirmo: não andeis preocupados com a vossa própria vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as roupas? Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as sustenta.

Não tendes vós muito mais valor do que as aves? Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar algum tempo à jornada da sua vida? E por que andais preocupados quanto ao que vestir? Observai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Eu, contudo, vos asseguro que nem Salomão, em todo o esplendor de sua glória, vestiu-se como um deles.

Então, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos preocupeis, dizendo: Que iremos comer? Que iremos beber? Ou ainda: Com que nos vestiremos? Pois são os pagãos que tratam de obter tudo isso; mas vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.

Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações. É suficiente o mal que cada dia traz em si mesmo. Mateus 6:25-34

Será que você pode dizer sem medo de errar: JESUS É SUFICIENTE PRA MIM!!!
Deus em Cristo Jesus te abençoe ricamente.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/jesus-e-suficiente-pra-voce/