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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

“Vocês Estão Me Roubando?” – O Chamado Urgente de Malaquias à Fidelidade

08.12.2025
Postado pelo editor do blog


Você já parou para pensar que reter o que pertence a Deus pode ser considerado roubo?

É exatamente isso que o Senhor declara em Malaquias 3:8:

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais... Nos dízimos e nas ofertas.”

Essa pergunta não foi feita a um povo pagão, mas a Israel — o povo escolhido, que já havia retornado do exílio, reconstruído o templo e retomado os sacrifícios. Tudo parecia certo por fora... mas por dentro, o coração estava frio.

Quando a religião vira rotina

Malaquias foi escrito por volta de 450–430 a.C., num tempo em que o povo de Deus vivia em apatia espiritual.

  • Os sacerdotes ofereciam sacrifícios defeituosos (Ml 1:8);
  • As famílias estavam quebrando alianças (Ml 2:14);
  • E o povo dizia: “Inútil é servir a Deus” (Ml 3:14).

Era uma fé vazia. Tudo virou formalidade.
Até o dízimo, que era sinal de confiança em Deus, passou a ser visto como obrigação pesada — ou pior, como algo dispensável.

Mas Deus não aceita essa indiferença. Ele confronta:

“Em que te roubamos?”, perguntavam eles.
“Nos dízimos e nas ofertas”, responde o Senhor (v. 8).

Não era só sobre dinheiro — era sobre o coração

No Antigo Testamento, o dízimo pertencia a Deus (Levítico 27:30). Não era uma doação opcional, mas parte da aliança:

  • Era santo ao Senhor;
  • Sustentava os levitas, que não tinham herança (Números 18:21);
  • Garantia o cuidado com os pobres (Deuteronômio 14:28–29).

Quando Israel reteve o dízimo, não apenas interrompeu o sustento do templo, mas negou o senhorio de Deus sobre sua vida e recursos.
Era como dizer: “Confio mais no meu bolso do que na tua fidelidade, Senhor.”

Jesus também condenou essa hipocrisia:

“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mateus 15:8)

O problema nunca foi o dinheiro — foi a falta de amor.

Deus responde com graça... e uma promessa audaciosa

Apesar da desobediência, Deus não desistiu deles. Ele fez um convite surpreendente:

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro... e depois fazei prova de mim nisto... se eu não vos abrir as janelas do céu e derramar bênção sem medida!” (Malaquias 3:10)

Essa é uma das únicas vezes na Bíblia em que Deus diz: “Faça prova de mim.”
Não é um contrato mágico, mas um convite à fé prática.

Ele promete:

  • Provisão sobrenatural (“abrir as janelas do céu”);
  • Proteção divina (“repreenderei o devorador”);
  • Testemunho público (“todas as nações vos chamarão bem-aventurados”).

E hoje? O que isso tem a ver com a igreja?

Embora não estejamos sob a Lei de Moisés, o princípio permanece:

  • Jesus não rejeitou o dízimo, mas o chamou de parte da justiça (Mateus 23:23);
  • O Novo Testamento ensina dar com regularidade, generosidade e alegria (2 Coríntios 9:7; 1 Coríntios 16:2);
  • A igreja primitiva sustentava os apóstolos e os necessitados com fidelidade (Atos 4:34–35).

Na tradição evangélica, o dízimo é entendido como:

  • Um ato de adoração, não de obrigação;
  • Um testemunho de que Cristo é Senhor de tudo — até da nossa carteira;
  • Uma participação na missão do Reino.

Não damos para receber — damos porque já recebemos

A motivação do crente não é: “Se eu der, Deus vai me abençoar.”
É: “Deus já me abençoou em Cristo — por isso, quero honrá-Lo com tudo o que tenho.”

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.” (Efésios 1:3)

Quando entregamos o dízimo, não estamos “pagando a Deus”. Estamos declarando que Ele é nosso tesouro supremo.

“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda.” (Provérbios 3:9)
“Deus ama ao que dá com alegria.” (2 Coríntios 9:7)

Pense nisso:

A pergunta de Malaquias ainda ecoa hoje:

“Vocês estão me roubando?”

Não por legalismo — mas por amor.
Porque um coração grato não retém, libera.
E quando liberamos o que é do Senhor, Ele abre o céu.

“Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” (Mt 6:21).

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Redescobrindo o Éden Eterno: Uma Jornada Poética de Redenção e Comunhão com Deus

08.12.2025

Postado pelo editor do blog

Na suave brisa da manhã, o coração anseia ser como o inocente Adão, caminhando no imaculado Jardim do Éden, na própria presença de Deus. Esse profundo desejo está no cerne da obra-prima poética "Na Viração do Dia", belamente escrita e compartilhada pelo Pastor Irineu Messias. Esta obra cativante nos convida a uma odisseia espiritual, traçando a jornada humana da queda à gloriosa restauração da comunhão com o Deus.

A Perda do Éden e a Promessa da Redenção

O poema começa com o desejo melancólico do poeta de ser o primeiro Adão, imaculado pelo pecado, capaz de caminhar ao lado de Deus no Éden que um dia lhe pertenceu. A linguagem figurativa é vívida e evocativa, pintando um quadro do paraíso perdido onde a alma podia deleitar-se na "alegria inexprimível" da presença divina, ouvindo a "doce e divina voz" do Todo-Poderoso e compartilhando suas próprias histórias com Ele.

Contudo, o poeta reconhece rapidamente a dura realidade de que esse estado idílico foi destruído pelo pecado do primeiro Adão, que trouxe a "morte espiritual" para toda a humanidade. É nesse ponto que a figura central do segundo Adão, o amado Cristo, emerge como o redentor que "resgatou minha alma, libertando-me desse mal".

Por meio do poder do sangue sacrificial de Cristo, o poeta recebe a promessa de retornar ao Éden celestial, onde experimentará a alegria eterna na "presença sacrossanta e divina" do misericordioso Deus Pai. Esta é uma mensagem profunda e esperançosa, que ressoa profundamente com a fé cristã e sua promessa de salvação e restauração.

A Santíssima Trindade: Celebrando o Deus Trino

Entrelaçada na tapeçaria poética, encontra-se uma reverente celebração da Santíssima Trindade – Deus Pai, Cristo Redentor e o Espírito Santo, o fiel Consolador. Cada membro da trindade divina é exaltado e honrado, com o poeta expressando profunda gratidão e adoração por seus papéis únicos na jornada da redenção.

Deus Pai: O Criador Misericordioso

O poema exalta o "Deus misericordioso, o Pai de Cristo Jesus", reconhecendo-O como a fonte de toda graça e aquele que "favoreceu minha alma perdida". É através do poder do amor do Pai e do sacrifício de Seu Filho que o poeta consegue vislumbrar a entrada no Éden celestial, onde adorará o Todo-Poderoso por toda a eternidade.

Cristo Redentor: O Cordeiro Sacrificial

A figura central de Cristo, o "Cristo amado", é celebrada como aquele que "redimiu minha alma, libertando-me desse mal". É através do "poder de Seu sangue carmesim" que o poeta recebe a promessa de um "corpo glorioso" e a possibilidade de entrar na presença eterna de Deus. A reverência do poema pelo Salvador é palpável, com o poeta se apresentando humildemente diante do "Cordeiro divino".

O Espírito Santo: O Consolador Fiel

O papel do Espírito Santo, o "amado Consolador", também é exaltado no poema. Este "amigo muito fiel", enviado da glória do Pai, é descrito como aquele que "sela minha alma e meu espírito para sempre", proporcionando conforto e cuidado inabaláveis, mesmo em meio às provações e tribulações. O narrador encontra consolo na certeza de que o Espírito Santo "ouvirá todos os meus lamentos com Seu poder infinito" e "me consolará de todas as minhas lágrimas, das muitas provações e sofrimentos aqui".



A Promessa da Alegria Eterna no Éden Celestial

O poema culmina numa visão do futuro do narrador, onde ele habitará para sempre no Éden celestial, na presença do Deus Trino. Esta terra prometida é descrita como um lugar de "alegria indizível" e "presença sagrada e divina", onde o poeta não mais esperará no Éden perdido, mas, em vez disso, "adorará a Santíssima Trindade por toda a eternidade".

A linguagem figurada é ao mesmo tempo, poética e profundamente espiritual, evocando um sentimento de anseio e expectativa pela restauração da relação divino-humana. A humilde entrega e gratidão do poeta por ter sido redimido de uma vida "sem direção, sem destino" é um testemunho do poder transformador da fé e da graça de Deus.

Explorando os temas e percepções mais profundas

Para além da cativante imagética poética e da celebração do Deus Trino, o poema "Na viração do dia" oferece uma riqueza de temas e reflexões mais profundas que merecem ser exploradas. Vamos analisar algumas das ideias-chave que emergem desta obra profunda:

O anseio pela inocência e comunhão com o divino

O desejo do poeta de ser como o primeiro Adão, caminhando no imaculado Jardim do Éden, reflete um anseio humano universal por um estado de inocência e comunhão irrestrita com Deus. 

Essa saudade de um paraíso perdido revela a necessidade humana inata de um senso de pertencimento, propósito e plenitude espiritual que só pode ser encontrada na presença do Todo-Poderoso. 

O poema nos convida a refletir sobre nossas próprias jornadas espirituais e as maneiras pelas quais podemos resgatar aquele senso de admiração, alegria e intimidade com o divino.  

O Poder Transformador da Redenção 

O tema central da redenção, personificado pela figura do segundo Adão, Cristo, é um poderoso testemunho do poder transformador da graça e do perdão divinos. 

O poema destaca a capacidade do Salvador de "resgatar minha alma, libertando-me desse mal", oferecendo uma mensagem de esperança e restauração para aqueles que foram sobrecarregados pelo pecado e suas consequências. 

Essa narrativa redentora aborda o desejo humano por uma segunda chance, pela oportunidade de se reconciliar com o Criador e de experimentar a plenitude da vida no Éden celestial. 

O Abraço Eterno do Deus Trino 

A reverente celebração da Santíssima Trindade – Deus Pai, Cristo Redentor e o Espírito Santo – ressalta a profunda interconexão do divino e a centralidade dessa relação trina na fé cristã. 

A exaltação de cada membro da Trindade no poema, e seus papéis únicos na jornada da salvação, destaca a natureza multifacetada do divino e a riqueza da tradição teológica cristã. 

A promessa de um abraço eterno na "Santíssima Trindade" fala ao anseio humano por um sentimento de pertencimento, segurança e amor incondicional no reino divino.  

Abraçando o Éden Eterno 

A obra-prima poética "Na viração do dia", compartilhada pelo Pastor Irineu Messias, é um trabalho profundo e cativante que nos convida a uma jornada espiritual de redenção e restauração da comunhão com o divino. Através de suas imagens vívidas, da reverente celebração do Deus Trino e da promessa de alegria eterna no Éden celestial, o poema fala aos anseios mais profundos do coração humano. 

Ao refletirmos sobre os temas e as ideias presentes nesta obra, somos chamados a abraçar o Éden eterno que nosso Salvador prometeu, a nos entregarmos humildemente ao Todo-Poderoso e a encontrar consolo no conforto inabalável do Espírito Santo. Que esta exploração poética nos inspire a aprofundar nossas próprias conexões espirituais, a buscar o poder transformador da redenção e a nos deleitarmos no abraço eterno do Deus Trino. 

Não se esqueça de se inscrever no canal do Pastor Irineu Messias no YouTubede visitar o canal da Assembleia de Deus do Planalto Central (ADEPLAN_DF) para acessar mais conteúdo espiritual inspirador. Vamos juntos trilhar o caminho rumo ao Éden celestial, guiados pela sabedoria e fé deste notável pastor e poeta.

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A Piedade: O Segredo de uma Vida que Agrada a Deus

08.12.2025

Postado pelo editor do blog

Vivemos em uma sociedade que valoriza a desempenho, o sucesso e a autoexpressão. Mas, como seguidores de Cristo, somos chamados a buscar algo mais profundo e duradouro: a piedade. A piedade, na sua essência bíblica, não é apenas um conjunto de regras a seguir ou uma demonstração externa de santidade; é uma atitude interna do coração, moldada pelo Espírito Santo, que resulta numa vida vivida em reverência, obediência e amor a Deus.

A Palavra de Deus nos exorta repetidamente a buscarmos a piedade. O apóstolo Paulo instruiu Timóteo: "Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida presente e da que há de vir" (1 Timóteo 4:7-8).

O Que é Piedade Genuína?

A piedade (em grego, eusebeia) é frequentemente traduzida como "reverência", "devoção" ou "santidade prática". Ela se manifesta de várias formas na vida do crente:

  1. Reverência a Deus: É o reconhecimento humilde da majestade, santidade e soberania de Deus. A piedade nos leva a adorá-Lo com temor e tremor (Salmos 2:11), não por medo servil, mas por uma profunda admiração e respeito por quem Ele é.
  2. Obediência Prática: A piedade não é teórica; é vivida. Jesus disse: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos" (João 14:15). A piedade se traduz em um desejo sincero de obedecer à Sua Palavra, não por obrigação legalista, mas como expressão do nosso amor e devoção. Ela nos leva a fugir do pecado e a buscar a justiça (1 Timóteo 6:11).
  3. Vida de Oração e Busca Constante: Uma pessoa piedosa anseia pela presença de Deus. Ela dedica tempo para a oração e o estudo da Palavra. Essa busca diligente reflete o que o salmista expressou: "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!" (Salmos 42:1).

A Necessidade Urgente da Piedade nos Últimos Dias

As Escrituras nos advertem que a piedade será uma característica rara nos tempos que precedem a volta de Cristo. Em 2 Timóteo 3:1-5, Paulo descreve os "últimos dias", onde os homens seriam amantes de si mesmos, avarentos, arrogantes e, crucialmente, teriam "aparência de piedade, mas negando-lhe o poder".

Essa é uma advertência severa para nós hoje. É fácil adotar uma fachada religiosa – frequentar a igreja, participar de atividades, usar a linguagem "gospel" – sem que haja uma transformação real e piedosa do coração. A verdadeira piedade possui poder: o poder de transformar vidas, de resistir à tentação e de refletir o caráter de Cristo.

A Fonte da Piedade

De onde vem essa piedade? Não é algo que podemos gerar por nosso próprio esforço ou força de vontade. A verdadeira piedade é um dom da graça de Deus, operado em nós pelo Espírito Santo.

Paulo nos lembra que a "graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente" (Tito 2:11-12).

É a graça de Deus que nos capacita a viver de forma piedosa. A piedade é fruto de uma vida rendida ao Senhorio de Cristo.

Um Chamado ao Exercício Espiritual

Buscar a piedade é o exercício espiritual mais valioso que podemos empreender. Ele molda nosso caráter, fortalece nossa fé e nos prepara para a eternidade com Cristo.

Que possamos, como crentes, atender ao chamado de Deus para sermos um povo piedoso, que O honra não apenas com palavras, mas com uma vida que reflete Sua glória.

  • "Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão." (1 Timóteo 6:11)

Que o Senhor Jesus nos ajude a crescer em graça e em piedade a cada dia, para a glória do Seu nome. Amém.

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

A Morte Não Tem a Última Palavra: A Esperança que Só Cristo Oferece

04.12.2025

Postado pelo Editor do Blog

Todos morrem. Essa é a única certeza que une a humanidade, do rei ao mendigo, do sábio ao leigo. Diante dessa realidade inescapável, filósofos, poetas e pensadores têm buscado, ao longo dos séculos, dar sentido à morte — ou, pelo menos, ensinar como conviver com ela sem desespero.

Sócrates via a morte como um sono ou uma viagem ao reino dos justos. Epicuro dizia que “quando estamos, a morte não está; quando a morte está, nós não estamos” — e, portanto, não deveríamos temê-la. Sêneca, o estoico, exortava: memento mori — “lembra-te de que és mortal” — como forma de viver com sabedoria. Heidegger a via como o chamado à autenticidade. E o filósofo brasileiro Clóvis de Barros Filho resume bem o sentimento moderno: “É exatamente por sabermos que vamos morrer que procuramos viver de maneira digna, justa e plena”.

Há verdade nisso? Sim — parcial. A Bíblia também reconhece que a consciência da finitude pode nos levar à sabedoria:

Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” (Salmo 90.12)

Eclesiastes afirma que é melhor ir à casa do luto do que à casa do banquete, “porque naquele está o fim de todos os homens; e os vivos o aplicarão ao seu coração” (Eclesiastes 7.2).

Mas aqui está a diferença crucial: a Bíblia não se contenta em nos ensinar a conviver com a morte. Ela nos convida a vencê-la.

A morte não é natural — é inimiga

Enquanto muitas filosofias veem a morte como parte “natural” da existência, a Bíblia a apresenta como consequência do pecado e inimiga de Deus.

“Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte.” (Romanos 5.12)
“O último inimigo a ser destruído é a morte.” (1 Coríntios 15.26)

Não fomos criados para morrer. Fomos feitos à imagem de Deus, para viver em comunhão eterna com Ele. A morte é uma invasora, um sinal de que algo está profundamente quebrado no mundo.

A morte não é o fim — é um portal

Para o cristão, a morte não é um sono inconsciente, nem o nada, nem apenas uma passagem filosófica. É o portal para a presença de Cristo.

“Estou sendo pressionado dos dois lados: tenho o desejo de partir e estar com Cristo, pois isso é muito melhor.” (Filipenses 1.23)
“Portanto, temos confiança e preferimos estar ausentes do corpo e presentes com o Senhor.” (2 Coríntios 5.8)

A alma do crente não se dissolve. Não se perde na “Vontade” do universo, como em Schopenhauer. Não é aniquilada. Ela entra imediatamente na glória de Deus — enquanto aguarda a ressurreição final do corpo, quando a morte será engolida para sempre (1 Coríntios 15.54).

A vida plena não vem da finitude — vem de Cristo

Clóvis de Barros tem razão ao dizer que a finitude nos faz valorizar o tempo. Mas a plenitude da vida não nasce do medo da morte, e sim do encontro com Aquele que disse:

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” (João 11.25)

A ética cristã não é motivada pela necessidade de “deixar um legado” ou “viver com dignidade até o fim”. É fruto do amor a Deus e da graça que nos transforma. Não vivemos bem apesar da morte, mas porque Cristo já venceu a morte.

A verdadeira esperança não é filosófica — é histórica

Nenhuma filosofia ressuscitou dos mortos. Nenhum pensador voltou do túmulo para dizer: “Estou vivo, e você também será”. Mas Cristo ressuscitou — não como metáfora, mas como fato histórico, testemunhado por centenas (1 Coríntios 15.3–8).

É essa ressurreição que transforma a morte de inimiga em serva. Não tememos mais o túmulo, porque sabemos que ele foi esvaziado.

Conclusão: A morte perdeu seu aguilhão

O apóstolo Paulo, diante da morte, não filosofou — cantou:

“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15.55)

A esperança cristã não é uma tentativa de consolo humano diante do fim. É a certeza vitoriosa de que, em Cristo, a morte foi derrotada, o pecado, perdoado, e a vida eterna, garantida.

Por isso, o crente pode dizer, com coragem e paz:

“Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1.21)

Que essa seja a nossa filosofia — não de homens, mas do próprio Filho de Deus.

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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

A Relevância da Licenciatura em Ciências da Religião para o ministro evangélico

28.11.2025

Por pastor Irineu Messias

A formação teológica é o alicerce do ministério pastoral. Para um pastor, comprometido com a ortodoxia bíblica e os princípios evangélicos, o estudo aprofundado das Escrituras é inegociável. No entanto, a busca por uma licenciatura em Ciências da Religião pode parecer, à primeira vista, um caminho divergente. Este artigo busca demonstrar por que essa formação é, na verdade, um complemento valioso, que aprimora a compreensão do fenômeno religioso em sua totalidade, sem exigir o abandono das convicções bíblico-evangélicas. Trata-se de adquirir ferramentas analíticas e contextuais para um ministério mais eficaz.

Aspectos relevantes: 

  1. Compreensão Ampliada do Fenômeno Religioso e do Contexto Cultural
    • As Ciências da Religião oferecem métodos científicos para analisar as manifestações religiosas globalmente, do ponto de vista histórico, sociológico e antropológico. Isso permite ao pastor assembleiano entender melhor as dinâmicas sociais e culturais que moldam as crenças, inclusive dentro de sua própria denominação e comunidade. Essa compreensão contextual aprimora a aplicação da mensagem bíblica, tornando-a mais relevante para o público contemporâneo.
  1. Desenvolvimento de Habilidades de Diálogo Inter-religioso e Apologética Eficaz
    • Aprender sobre outras tradições religiosas a partir de uma perspectiva acadêmica — e não apenas apologética — capacita o pastor a dialogar com respeito e conhecimento. Em uma sociedade pluralista, essa habilidade é crucial para a evangelização e para a defesa da fé (apologética). O conhecimento aprofundado das crenças alheias permite refutações mais precisas e um testemunho cristão mais sensível e inteligente, evitando caricaturas ou preconceitos.
  1. Reforço da Própria Ortodoxia Através do Contraste Analítico
    • O estudo acadêmico de diversas correntes teológicas e filosóficas, incluindo o liberalismo teológico e a heterodoxia, fornece um "laboratório" intelectual. Ao analisar criticamente essas perspectivas com as ferramentas da ciência da religião, o pastor pode, por contraste, reforçar sua adesão consciente à ortodoxia bíblica. Ele aprende a articular suas crenças de maneira mais robusta, sabendo exatamente por que sustenta sua posição diante de outras possibilidades interpretativas.
  1. Aprimoramento do Ensino e da Comunicação da Verdade Bíblica
    • A licenciatura aprimora as habilidades pedagógicas e de pesquisa do pastor. Métodos de estudo de caso, análise de texto e teoria social, aprendidos no curso, podem ser aplicados na pregação e no ensino dominical. Isso resulta em sermões e estudos bíblicos mais estruturados, envolventes e profundos, que conectam a verdade eterna da Bíblia com as realidades vividas pelos membros da igreja.
  1. Reconhecimento e Legitimidade no Espaço Público e Acadêmico
    • Uma titulação reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) confere ao pastor legitimidade no espaço público, acadêmico e institucional. Isso abre portas para o pastor atuar como capelão, professor de ensino religioso em escolas, ou mesmo para representar a igreja em fóruns de debate social, onde a credibilidade acadêmica é um diferencial. Ele se torna um agente de transformação social com reconhecimento formal, sem jamais abrir mão de sua identidade e missão pastoral.

Longe de ser uma ameaça à identidade evangélica ou à ortodoxia bíblica, a licenciatura em Ciências da Religião é um investimento estratégico para o ministério contemporâneo. Ela não substitui a teologia sistemática ou a piedade pessoal, mas as enriquece. Um pastor evangélico que abraça essa formação torna-se um líder mais preparado, capaz de navegar a complexidade do mundo moderno, dialogar com diferentes culturas e crenças, e, acima de tudo, comunicar os ensinamentos de Cristo com maior clareza, profundidade e eficácia. É a união da devoção com o conhecimento contextualizado, para a glória de Deus e o avanço do genuíno Evangelho de Cristo.

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Irineu Messias, é ministro evangélico na Assembleia de Deus do Planalto Central - ADEPLAN/DF. Licenciado em Filosofia(2024) e em Ciências da Religião(2025). Bacharel em Teologia(2017). Pós-graduado em Filosofia, Sociologia, Ciências Sociais(2025) e Teologia Sistemática(2024).


terça-feira, 25 de novembro de 2025

Compartilhando uma conquista

25.11.2025
 Postado por Irineu Messias

Gostaria de compartilhar que recebi o meu Diploma do Curso de Licenciatura em Ciências da Religião em 24.11.2025, da instituição de ensino UNICV - Centro Universitário Cidade Verde.


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Fonte: 

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

A Escolha de Ló e o Engano do Coração: Além Das Campinas do Jordão

17.11.202

Do canal do pastor Irineu Messias, no YouTube

Na cativante letra de "Além das Campinas do Jordão", somos levados a uma profunda jornada espiritual, onde a alma do poeta transborda em adoração, gratidão e um fervoroso apelo por orientação divina. Esta poderosa canção, escrita pelo Pastor Irineu Messias, serve como um comovente lembrete dos perigos de seguirmos nossos próprios corações enganosos e da importância de nos rendermos à soberana vontade de Deus.

A História de Ló: Uma Lição de Falta de Discernimento

A letra desta canção inspira-se fortemente na narrativa bíblica de Ló, sobrinho de Abraão, que se viu atraído pelos sedutores "pastos do Jordão" – uma metáfora para as tentações e enganos que podem tão facilmente enredar o crente incauto. Como a canção transmite com força, a escolha de Ló de se guiar pelo seu próprio julgamento falho levou-o a um lugar de "perdição e tristeza", onde finalmente enfrentou o justo julgamento de Deus sobre as cidades perversas de Sodoma e Gomorra.

As palavras do poeta servem como um alerta severo para todos nós: "Nunca mais escolham os pastos enganosos do Jordão, que em vários lugares se multiplicam, enganando todo cristão." Assim como Ló foi desviado pelos "pastos verdejantes", também nós podemos ser seduzidos pelas promessas atraentes, porém falsas, do mundo, desviando-nos do propósito e da vontade divina do Senhor Jesus Cristo para as nossas vidas.

Rejeitando a tentação da autossuficiência

No cerne desta canção está uma profunda rejeição da autossuficiência e do desejo de "escolher o próprio caminho" à parte da orientação de Deus. O poeta reconhece o perigo de seguir o "coração enganoso" e ser "enganado pelos olhos humanos", assim como Ló o foi. Em vez disso, o clamor do coração é para que o Senhor Jesus seja quem nos ajude a escolher o caminho, quem guia e direciona à jornada celestial, a Canaã Divinal.

Esse sentimento é reiterado quando o poeta afirma: "Não quero escolher sozinho nenhum lugar para onde for. Anseio pelo Espírito Santo, meu guia divino, para sempre dirigir meu caminho". Essa postura de humildade e dependência da direção de Deus é um aspecto crucial da vida cristã, pois somos chamados a "confiar no Senhor de todo o [nosso] coração e não nos apoiar em [nosso] próprio entendimento" (Provérbios 3:5).

O anseio por visão espiritual e orientação divina

Ao longo da canção, o poeta expressa um profundo anseio pela "visão do Espírito Santo [de Deus]" – uma visão espiritual capaz de discernir a verdadeira natureza dos "pastos do Jordão" e evitar o engano que aprisionou Ló. Esse clamor por iluminação divina está enraizado na compreensão de que, sem a orientação de Deus, estamos sujeitos aos mesmos erros e julgamentos equivocados que levaram Ló ao erro.

O texto enfatiza ainda mais essa necessidade de visão espiritual, afirmando: "O poeta pede a visão do Espírito Santo que dá vista aos cegos, como a que me deste por meio do Teu sacrifício vicário, consumado no Calvário, no poder do Teu sangue carmesim." Essa poderosa imagem nos lembra que é somente por meio da obra redentora de Cristo e da presença do Espírito Santo que podemos receber o discernimento espiritual necessário para navegar pelo terreno traiçoeiro deste mundo.

Abraçando o Caminho da Obediência e da Fidelidade

Em contraste com a história de advertência de Ló, o poeta se inspira no exemplo de Abraão, que "se afastou para sempre de Sodoma e Gomorra, lugares terríveis de pecado". O desejo é trilhar os "caminhos sagrados do Pai Celestial", ser "fiel todos os dias aqui" e vivenciar uma "jornada divina gloriosa e vitoriosa" – uma jornada marcada pela obediência e devoção inabalável ao Senhor.

Este apelo à fidelidade ressoa, encorajando o espectador a "inscrever-se no canal do Pastor Irineu Messias" e a "inscrever-se também no canal da ASSEMBLEIA DE DEUS DO PLANALTO CENTRAL - @ADEPLAN_DF". Ao divulgar esses canais, o poeta convida o leitor a unir-se a uma comunidade de fiéis comprometidos com o mesmo caminho de obediência e crescimento espiritual.

O Poder da Redenção e a Beleza da Entrega

No cerne desta canção reside um profundo sentimento de gratidão e adoração pela obra redentora de Jesus Cristo. O poeta fala de ter sido "escolhido" por Deus para uma "nova e santa jornada" e expressa profunda gratidão pelo "sacrifício vicário" de Cristo, "consumado no Calvário, no poder do [Seu] sangue carmesim".

Este tema da redenção e da beleza da entrega é ainda mais enfatizado, afirmando: "Minha alma adora, rendida, protegida pelo amor de Jesus". O desejo do poeta é viver uma vida que glorifique, sirva e adore para sempre o "amado Salvador" – uma vida que não seja mais guiada pelo "coração enganoso", mas pelo poder transformador do Espírito de Deus.

Lições práticas: Cultivando uma vida de discernimento e obediência

Ao refletirmos sobre a poderosa mensagem de "Além das Campinas do Jordão", podemos extrair diversas lições importantes e ensinamentos práticos que aplicamos às nossas vidas:

  • Desenvolva o discernimento espiritual: ore pedindo a "visão do Espírito Santo" para discernir a verdadeira natureza das tentações e enganos que podem tentar nos desviar do caminho de Deus. Cultive a sensibilidade à direção do Espírito Santo, que pode nos guiar para longe dos "pastos do Jordão" e em direção ao cumprimento do propósito divino de Deus.
  • Rendição à Vontade Soberana de Deus: Reconheça o perigo de confiar em nosso próprio entendimento e em nossos "corações enganosos". Adote uma postura de humildade e dependência, permitindo que Deus seja quem "escolhe os caminhos" de nossas vidas, em vez de tentarmos traçar nosso próprio rumo.
  • Busque aconselhamento e comunidade piedosos: siga o exemplo do poeta, conectando-se com líderes e comunidades espirituais que possam oferecer orientação e estudos da Palavra de Deus. Inscreva-se nos canais do Pastor Irineu Messias e da ASSEMBLEIA DE DEUS DO PLANALTO CENTRAL (@ADEPLAN_DF) para se cercar de crentes comprometidos com o mesmo caminho de obediência e crescimento espiritual.
  • Cultive uma vida de fidelidade e obediência: Esforce-se para ser "fiel todos os [seus] dias" e para vivenciar uma "jornada divina gloriosa e vitoriosa" trilhando os "caminhos sagrados do [seu] Pai Celestial". Permita que o poder transformador da redenção de Cristo molde sua vida e viva de uma maneira que glorifique, sirva e adore para sempre o "amado Salvador".

Ao atentarmos para os poderosos ensinamentos de "Além das Campinas do Jordão", sejamos inspirados a rejeitar a tentação da autossuficiência, a acolher a orientação do Espírito Santo e a seguir os passos dos fiéis que nos precederam. Ao fazê-lo, poderemos experimentar a plenitude do propósito de Deus e a glória eterna que aguarda aqueles que servem e confiam no Senhor Jesus Cristo, o Verdadeiro e Único Caminho para Canaã Divinal.

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Fonte:https://youtu.be/vCYV8rHCtu4