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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Os refugiados, as migrações e o propósito do Criador

29.09.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 24.09.15


Compreendamos a experiência dos movimentos populacionais e migratórios na história, a partir do discurso de Paulo em Atenas:


... de um só fez a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós .... (At 17.26,27). 

A raça (etnia) humana é uma só e originou-se de um só (Eva e Adão), mas diferenciou-se em milhares de etnias sujeitas às épocas (oportunidades, tempos, estações) e aos espaços geográficos (limites, fronteiras) de sua ocupação (habitação, formas sociais e construções culturais). As mudanças de lugar nos tempos e nas épocas serviram e servem ao propósito último de buscarem e encontrarem ao Criador, pois Ele não está longe de ninguém.

Foram inúmeras e distintas as experiências da humanidade em termos de migrações e deslocamentos, até chegarmos aos refugiados de nossos dias. Como demonstração disso, apresentamos nesse artigo algumas migrações na história a fim de mostrar o quanto esse fenômeno foi contínuo. 

Comecemos pelo Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, que reúne centenas de registros arqueológicos da presença humana que remonta entre 10 a 20 mil anos a. C., ou mais, uma das regiões mais antigas da morada do homem americano. Grupos humanos em levas oriundas no norte ou no sul do continente atravessaram florestas, cânions, serras e paredões a fim de encontrarem um lugar com abrigo, alimento, caça e fontes de água. 

O resfriamento da região deu origem a uma floresta tropical com um clima favorável à fixação humana. Nos seus boqueirões são encontrados traços da cultura forjada durante milênios como os restos de fogueiras, as pedras esculpidas, os artefatos de uso cotidiano, os esqueletos de enterramentos em rituais religiosos, as pinturas rupestres nas paredes das cavernas, os vestígios de alimentos como grãos secos e fósseis de animais. 

Nossos ancestrais desenvolveram formas de vida complexas a procura de condições de vida. Construíram, até a chegada dos espanhóis e portugueses, povoados, cidades e civilizações com graus de sofisticação superiores ao dos europeus no século XV, a exemplo dos maias, astecas e incas. E é fascinante conhecer essas vivências dos povos antigos com seus modos rudimentares de sobrevivência e expressões criativas de arte, de cultura e de religião. A humanidade sempre foi plural.

Desde as populações mais simples, em termos de organização social, até às civilizações mais complexas, migrações e deslocamentos foram permanentes provocadas por variados fatores, não somente pelo nomadismo em busca de regiões férteis: pilhagens, saques, invasões, capturas, fugas e diásporas. Sobre os povos indo-europeus, Mircea Eliade afirmou que “o nomadismo pastoril, a estrutura patriarcal da família, o gosto pelas razias e a organização militar com vistas à conquistas [foram seus] traços característicos”. 1

Os contatos interculturais e transculturais, de trocas constantes de valores e de práticas culturais, sempre marcaram a raça humana. Sob o imperativo da conquista ou das relações políticas e comerciais, culturas se hibridizaram gerando desde as sociedades singulares até aos grandes impérios. As visões de mundo, os imaginários e as ideologias foram forças conjuntas que sustentaram essas ações pelas mediações culturais, também definidas pela desigualdade entre conquistadores e conquistados.

Grandes impérios foram responsáveis pelo deslocamento de populações com objetivos comerciais, expansionistas e civilizadores. Os assírios misturavam pessoas de diferentes lugares, tal como aconteceu com o Israel do norte em 722 a. C.. Os babilônios se apropriavam das elites e as transportavam para as suas cidades, a exemplo do reino do Sul, Judá, em 587 a. C. Os persas interligaram os povos sob os seus domínios respeitando as culturais locais, mas impondo suas práticas comerciais e administrativas. Os gregos conquistavam cidades impondo o comércio e escravizando os derrotados. Os macedônios expandiram a cultura helênica com seus avanços territoriais, unindo o ocidente ao oriente.

Uma variedade de povos veio, nos séculos I-VI d. C., desde o extremo oriente e varreu os limites de um já fragilizado império romano erigido em torno do mar mediterrâneo. Aqueles bárbaros refizeram as fronteiras culturais, linguísticas e físicas do que viria ser a Europa moderna. Tribos e clãs árabes islamizadas engendraram conquistas na Ásia menor até a capital bizantina e rumaram pelo norte da África adentrando a península ibérica nos séculos VII-IX. Inicialmente, as dinastias muçulmanas respeitaram os costumes, as religiões e as práticas locais, mas impuseram gradativamente a sua religião. 

A Europa central no medievo barrou esse avanço e cristianizou suas cidades e feudos, partindo, nos sécs. XI-XIII para o oriente em cruzadas de reconquista da terra santa, acirrando o ódio histórico. No alvorecer da modernidade, essa civilização dita cristã partiu para as índias em reação à ameaça turca e à ruptura da cristandade causada pela Reforma Protestante, impulsionada pelos interesses comerciais. Indígenas e africanos foram explorados e escravizados, aqueles domesticados em nome da religião e esses arrancados da África dos séculos XVII a XIX. Diásporas africanas. 

Uma nova expansão imperialista europeia se deu no século XIX, tendo o cristianismo como força religiosa identificada com a civilização tomada como superior, resultando em duas grandes guerras europeias e mundiais. Após a segunda guerra, o fenômeno dos refugiados se agravou no contexto da guerra fria, da descolonização e dos conflitos locais étnicos e religiosos, acirrados pela dominação europeia e norte-americana. 

-- Este é o primeiro artigo de uma série de três sobre o assunto.

Nota:

1. ELIADE, Mircea. História das crenças e das Ideias Religiosas: Da Idade da Pedra aos mistérios de Elêusis. Trad. Roberto Cortes de Lacerda. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

Foto: Portas Abertas.

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Lyndon de Araújo Santos é historiador, professor universitário e pastor da Igreja Evangélica Congregacional em São Luiz, MA. É o atual presidente da Fraternidade Teológica Latino-americana - Setor Brasil (FTL-Br).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/os-refugiados-as-migracoes-e-o-proposito-do-criador

sábado, 5 de setembro de 2015

A renovação da mente

05.09.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Claudio Santos

A renovação da mente“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.(Rm. 12:1-2).
O texto acima vai revelar o modelo de transformação que Deus espera de nós seres humanos.
E esta transformação vem de dentro para fora. Ela nasce no entendimento das coisas espirituais e materializa-se através do comportamento, das ações e atitudes que tomamos aos expressarmos a nossa fé em Jesus, seguindo a sua cultura e modelo de vida em sociedade. O Apóstolo Paulo nos ensinou aqui sobre como seguir esta experiência.
Em primeiro lugar, a apóstolo ensinava e orientava aqui a apresentarmos um culto racional, aquele em que se ora no espírito, mas também ora com a mente. Nenhuma forma de adoração a Deus poderia vir a ser ininteligível, pois como o indouto poderia vir a dizer “amém”, se nada estivesse entendo num culto de uma igreja ou numa reunião de oração?
Para reforçar o texto, veja o que mais o Apóstolo Paulo falou sobre isso, porém, agora é para a igreja de Corinto, lá em Cor. 14, verso 15 em diante:
“Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. 5  Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. 16  De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? 17  Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado”.
Devemos lembrar que somos corpo, alma e espírito (na visão tricotômica, a mais bem revelada na Bíblia), e, que isso fará sentido, quando cultuarmos coletivamente. Todos precisam ser edificados.
Em segundo lugar, que é a essência desta meditação, somos orientados a NÃO nos conformarmos com o curso deste mundo. Em outras palavras, devemos andar na direção contrária ao mundo, nadar contra a maré do mundo, e seguir a direção oposta ao mundo. É uma conversão radical. Parece loucura, mas é assim que deve ser de acordo com a Palavra de Deus.
Conheço um homem na Bíblia, que era considerado como um louco. Um homem, que de acordo com a psiquiatria, poderia vir a apresentar sintomas de esquizofrenia aguda e avançada ao máximo para a sua época. João Batista era um homem que andava pelo deserto, alimentava-se de mel silvestre e gafanhotos, se vestia de forma muito peculiar. Quando aparecia publicamente nas vilas, bradava de forma “inconformada” e, alto som, coisas contrárias à cultura de sua sociedade, tipo: “arrependam-se”; ou “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento.  E, também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo”(Mt. 3:8-10).
Parecia ser muito esquisito falar isto para os fariseus e saduceus, isso era contrário à religião daquele século. Mas, João não se intimidava a cumprir o seu chamado. Ele não era conformado com aquele século. Andar na contramão do mundo é, definitivamente, o dever de cada cristão. (Rm. 12:2)
Veja bem, podemos ser felizes, satisfeitos sim, conformados não. Deus sempre tem mais para revelar aos povos, e João Batista, considerado um louco por sua sociedade, sabia disso.
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes” (I Cor. 1:21 e 27)
O cristão é diferente do mundo. É preciso coragem e determinação para ser diferente. Mas, esta coragem é fruto da fé no Senhor Jesus. Se o jovem cristão soubesse que ele já foi aceito pelo céu, quando de um simples ato de fé, deixaria de tentar impressionar a terra no afã de encontrar desesperadamente a aceitação de algum grupo. Essa aceitação deve estar em si mesmo, na nossa mente através de uma renovação, arrependimento, regeneração, batismo e sua entrada na igreja de Cristo. É metanóia mesmo.
O processo de regeneração é uma decisão do homem por aquilo que foi ensinado por Cristo, mas que tem a sua ênfase na atuação do Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.  O batismo de João, não representa uma troca de religião, mas ratifica fisicamente o ato regenerador e renovador da forma espiritual e, passa a ser um testemunho de fé de que houve arrependimento e regeneração pelo indivíduo que deseja ter uma nova vida e um relacionamento direto e verdadeiro com Cristo. Não basta estar numa igreja ou ser de uma igreja (instituição), é necessário nascer de novo da água e do espírito.
Quando éramos escravos deste mundo, andávamos no curso deste mundo, mas depois que nos libertamos das gaiolas dos enganos da riqueza, das ilusões, dos prazeres e vaidades deste mundo, agora, sim, que somos conhecidos por Deus, somos livres de verdade!
Para reforçar este pensamento, leiamos o versículo de Gálatas 4:3,8 e 9 logo abaixo:
Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo”.  Quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.  Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
Em terceiro lugar, o Apóstolo Paulo, continuava falando em Roma sobre a mudança da velha vida para uma nova vida. Ele falava sobre experiência com Deus (vs 2). “… transformem-se e renovem a mente para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Como podemos chegar nesse nível de fé? Através da metanóia, uma mudança radical na forma de pensar acerca de Deus e seus atributos visíveis e invisíveis.
Ele não é uma pessoa comum. Ele é o Senhor Deus Todo Poderoso. Merece culto, glórias e honras de seus adoradores. Para experimentá-lo em sua plenitude faz-se necessário aproximação do céu e distanciamento da terra.
Para termos experiências com Deus é necessário se retirar do mundo, apartar-se dessa crueldade que estamos vivendo neste século. Quanto mais aproximação com o mundo, menos experiências com Deus. Quanto mais impureza do mundo, menos relacionamento com Deus.
Talvez você esteja lendo isso aqui, com algum tom de zombaria ou incredulidade, mas a Palavra de Deus não falha. A Bíblia faz um excelente diagnóstico sobre a enfermidade mental pela qual vive a nossa sociedade neste últimos dias. Senão vejamos o que diz em 2 Timóteo, capítulo 3:
SABE, porém, isto : que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2  Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3  Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4  Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5  Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6  Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;
7  Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8  E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9  Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.
Não dá para brincar com Deus, né verdade? Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tenho a plena certeza de que esta não seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para a sua vida.
Para finalizar, lembro, porém, como sempre, Ele nos convida para uma reconciliação. Ele nos chama de volta para o centro de sua vontade, cheia de alegria, graça, e misericórdia. Temos vários exemplos desse chamado para a reconciliação de Deus para com o seu povo Israel. Mas, para facilitar, basta continuar no mesmo contexto do texto de Timóteo acima (vs. 14, 15, 16 e 17):
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, 15  E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16  Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;
17  Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.
Obviamente, que isso que acabamos de ler não se trata de nenhum sistema religioso de  lavagem cerebral, mas é a mais plena, pura e sagrada Palavra de Deus para salvar as nossas almas deste mundo tenebroso.

Conclusão

Nestes dias temos que levar a nossa mente e o nosso coração a refletirem em uma série de coisas como por exemplo se o mundo está violento demais. A maldade se multiplicou? A terra chora os seus mortos todos os dias. O pecado no mundo ampliou as dores, elevou-se o ódio e multiplicou-se a perversão? O mundo já não dá mais valor algum à vida humana? Almas aflitas, sobrecarregadas de terror? Oprimidas? Wow acordemos! Enquanto se fala em várias línguas diferentes, edificando-se apenas a si mesmo, Há pessoas que estão sofrendo em depressão e, não estão entendendo o evangelho de salvação. E, enquanto se canta e se dança de olhos fechados, tem gente morrendo de fome por todos os lados!!
E, quanto às famílias, os valores e a essência de família criada por Deus estão sendo desvirtuados ou invertidos? Deixa quieto? Qual o papel da igreja? Qual o papel do cristão? Vamos ficar só olhando? Tá tudo bem assim mesmo?
Jesus olhava distante, além da média. Ele não se conformava com as trevas. Como filhos de Deus somos o sal desta terra e a luz deste mundo! Então, precisamos sair da caverna mental. Oremos (e marchemos) também para que saiamos deste “quadradinho” mental e espiritual, larguemos a vaidade, abramos mão desse tolo egoísmo e orgulho religioso e denominacional.
Jesus não estava interessado em religião. Ele rompeu barreiras, questionou paradigmas, curou no sábado, falou com os samaritanos, etc. Ele levou os seus discípulos a mudarem de mente. Ser apenas “gente boa” não é o suficiente. Os judeus não estavam entendendo a verdadeira língua do reino, nem as orações que se faziam nas esquinas, nem nas sinagogas. O discipulado precisava ser mais claro, inteligente, e eficiente. Pescar só num mesmo lado do barco, levariam os peixes a acostumarem com as redes e anzóis. Faz-se necessária a mudança de hábito. Lancemos as redes para o outro lado do barco também!! (ver LUCAS 5). Nenhum de nós pode ter mais dúvidas sobre o nosso papel nesta embaixada do céu, amém?

Reflexão

Pensemos amplamente e “fora da caixa”, como Jesus pensou, para que de fato experimentemos qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para Jerusalém, Judéia, Samaria, Brasil e até os confins da terra.
Qual a mudança que ainda se faz necessária para renovar as nossas mentes?
Até uma próxima amados irmãos!
Claudinho.adore@hotmail.com
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/renovacao-da-mente/

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Deus quer te perdoar

03.09.2015
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por  Randy Harshbarge

Algumas pessoas duvidam da verdade expressada no título deste artigo. Alguns raciocinam que as suas vidas no passado foram tão vis e pecaminosos que um Deus que ama simplesmente não poderia perdoá-los. O apóstolo Paulo conviveu com as lembranças da sua vida anterior. Ele se identificou como o maior dos pecadores. Porém, ele acreditou que havia recebido a misericórdia e a graça de Deus. Algum dia ele se esqueceu completamente de segurar as vestes daqueles que apedrejaram Estevão? Ele se esqueceu completamente da sua missão de perseguir os cristãos? É duvidoso que tais memórias foram totalmente apagadas da sua cabeça. Porém Paulo se manteve firme na expectativa esperançosa do céu (2 Timóteo 4:6-8).

Os profetas do Velho Testamento são instrutivos a respeito do desejo de Deus e a capacidade de perdoar. Nós nos preocupamos sobre os pecados passados das nossas vidas que permanecem conosco. Considerem, porém, os israelitas. Foram escolhidos por Jeová como o veículo pelo qual o Messias viria. Foram abençoados imensuravelmente. Porém, cometeram a apostasia. O reino do norte, as dez tribos, foi levado ao cativeiro assírio e nunca mais funcionou como uma nação coesiva. O reino do sul foi enfim levado ao cativeiro babilônico. Eles voltaram após um período de setenta anos, conforme continuaram os planos e os propósitos de Deus.

Através de tudo, Deus deixou claro que ele desejava que seu povo se arrependesse. Eles deveriam se afastar de seus pecados; e quando assim fizeram, poderiam andar novamente numa relação de aliança com o seu Deus.

“Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo; talvez o Senhor, o Deus dos Exércitos, se compadeça do resto de José” (Amós 5:15). Depois que Amós condenou os pecados dos vizinhos de Israel, ele direcionou a sua mensagem ao povo de Deus. Pecados, como oprimir os pobres, aceitar propinas, usar balanças desonestas em transações de negócios, e se aproveitar dos pobres eram comuns entre o povo de Deus. 

Eles deveriam aprender a odiar estes pecados e deveriam estar envolvidos ativamente na busca daquilo que era bom. Talvez o Senhor os perdoasse. Presumir que o Senhor sempre estará presente para nos perdoar é presumir em relação à bondade e a graça de Deus. Quando o pecado é cometido, precisa ser resolvido de uma vez.

“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra” (Isaías 1:18-19). Israel deveria considerar a sua condição diante de Deus; a única escolha real era a oportunidade de se arrepender e obedecer a Deus. Jeová assegura a Israel que mesmo que seus pecados fossem escarlates, poderiam se tornar tão brancos quanto à neve. A adoração, o sacrifício e um relacionamento de aliança a Jeová através da Lei não era o suficiente. A vida e o comportamento individual de cada pessoa estavam a mostra diante de Deus.

E assim é hoje. Nós consentiremos e obedeceremos? O caminho do Senhor é o único caminho para o perdão.
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/2005213.htm

A alegria do casamento

03.09.2015
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Phillip Mullins

Há poucas semanas, fui ao casamento de um jovem casal. Então, no dia seguinte, fui a uma festa de cinquenta anos de casamento de outro casal.

O primeiro evento foi caracterizado pela expectativa. O casal estava brilhando com otimismo, esperando os anos que viriam. Foram faladas palavras de instrução pelo evangelista, orações pela direção de Deus foram oferecidas por eles, e todos os desejaram o bem.

Por outro lado, o aniversário de casamento foi caracterizado pela reflexão. Havia fotos à mostra que passavam pela vida do casal. Uma cópia da certidão de casamento de 50 anos atrás também estava à mostra para todos verem. "Eu me lembro de quando…" foi ouvido frequentemente naquela tarde.

Apesar de diferentes em muitos aspectos, a alegria era a emoção que dominava ambos os eventos. A alegria pelo que virá e a alegria pelo que já ocorreu. As cerimônias de casamento e festas de aniversários de casamento são ocasiões naturais de grande comemoração porque o casamento em si está no meio de tantas alegrias da vida. É a fonte da qual muitas das experiências mais satisfatórias fluem, como o nascimento dos filhos, a criação dos filhos e ver o nascimento e crescimento de netos e bisnetos. Mesmo os acontecimentos mais mundanos da vida se tornam especiais quando são compartilhados com um parceiro que ama.

É, portanto, uma emoção que nem todos associam mais com o casamento. Com mais ou menos metade dos casamentos hoje terminando com processos de divórcio e brigas pela guarda dos filhos, a dor se tornou a emoção que muitos associam com o casamento.

Porém, não é assim que Deus planejou. Apesar de todos os casamentos terem pontos difíceis, Deus deseja que a união do casamento seja fonte de grande alegria. "O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor" (Provérbios 18:22).

A razão pela qual o casamento encontra dificuldades na nossa sociedade é que as diretrizes básicas de Deus pelo casamento foram jogadas fora. Sem Deus direcionando o casamento, há pouca esperança pela alegria nele. Sem Deus guiando o casamento, nem é provável que dure. "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam..." (Salmo127: 1).

Por isso que os dois eventos em relação a estes dois casais foram tão refrescantes para mim. Eles ofereciam a esperança de que se as pessoas aplicarem a vontade de Deus ao seu casamento, como o tinha feito o casal que estava comemorando o aniversário de casamento, então pode funcionar. E não só irá funcionar, mas funcionará maravilhosamente trazendo muita alegria a tantos outros. Eu acredito que assim será o caso do casal jovem cujos votos testemunhei no mesmo final de semana pelo simples fato de que eles também tem um compromisso profundo com o Senhor.

A alegria no casamento depende não de sentimentos românticos nem de prosperidade econômica nem de sorte. Se você terá ou não alegria no seu casamento dependerá de se você e seu esposo estiverem dispostos a se submeterem a vontade de Deus. Ele criou o casamento e ele tem a chave para encontrar e manter a alegria nele.
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/200527.htm

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A Vontade de Deus

29.07.2015
Do portal do MINISTÉRIO FIEL, 24.06.13
 
Qual é a vontade de Deus e como a conhecemos?

Romanos 12:1-2

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

O propósito de Romanos 12:1-2 é que tudo na vida deveria se tornar uma "adoração espiritual". O versículo 1: "Apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". O propósito de toda a vida humana aos olhos de Deus é que Cristo seja tão precioso quanto ele é. A adoração significa usar nossas mentes, corações e corpos para expressar o valor de Deus e tudo o que ele representa para nós em Jesus. Há uma forma de viver - uma forma de amar - que realiza isso. Existe uma forma de executar seu trabalho que expressa o verdadeiro valor de Deus. Se você não pode encontrá-la, talvez, signifique que você precisa mudar de emprego. Ou pode ser que o versículo 2 não esteja se cumprindo na extensão que deveria.

O versículo 2 é a resposta de Paulo sobre como tornamos tudo em nossa vida uma adoração. Precisamos ser transformados.  Não apenas nosso comportamento externo, mas a forma que sentimos e pensamos - nossas mentes. O versículo 2: "Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente".

Tornar-se o que você é

Aqueles que creem em Cristo Jesus já são novas criaturas compradas com sangue. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura" (2 Coríntios 5:17). Porém, agora, precisamos nos tornar o que nós somos. "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento" (1 Coríntios 5:7).

"E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" (Colossenses 3:10). Você foi criado novo em Cristo; e agora você é renovado dia a dia. É nisso que focamos na última semana.

Agora, focamos na última parte do versículo 2, o propósito da mente renovada: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, [agora, surge o propósito]  para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Desse modo, este artigo terá como foco o sentido da expressão "vontade de Deus" e como podemos conhecê-la.

As duas vontades de Deus

Há dois sentidos claros e muito diferentes para a expressão "vontade de Deus" na Bíblia. Precisamos conhecê-los e definir qual deles é usado em Romanos 12:2. De fato, saber a diferença entre esses dois sentidos da "vontade de Deus" é crucial para entendermos um dos maiores e mais perplexos fatos em toda a Bíblia, que Deus é soberano sobre todas as coisas. Significa que Deus desaprova algumas coisas que ele ordena que aconteçam. Isto é, ele proíbe algumas das coisas em que ele é a causa. E ele ordena algumas das coisas em que causa obstáculo. Ou, para expressar isso de um modo paradoxal: Deus deseja que alguns eventos ocorram em um sentido que ele não deseja em outro sentido.

1. A vontade de decreto ou vontade soberana de Deus

Vamos examinar as passagens da Escritura que nos fazem pensar dessa forma. Primeiro, considere as que descrevem "a vontade de Deus" como seu controle soberano sobre tudo o que acontece. Uma das mais explícitas é o modo como Jesus falou da vontade de Deus no Getsê mani quando orou . Ele disse em Mateus 26,39: "Meu Pai, se possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres". A quê a vontade de Deus se refere nesse versículo? Ela se refere ao plano soberano de Deus que ocorrerá nas próximas horas. Você relembra como Atos 4:27- 28 declara isto; "Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram". Portanto, a "vontade de Deus" era que Jesus morresse. Esse foi o seu plano, seu decreto. Não havia como mudá-lo e Jesus se curvou e disse: "Aqui está o meu pedido, mas faça o que for melhor". Essa é a vontade soberana de Deus.

E não deixe de entender um conceito bastante crucial aqui que inclui os pecados do homem. Herodes, Pilatos, os soldados, os líderes judeus - todos eles pecaram ao cumprirem a vontade de Deus, que seu Filho fosse crucificado (Isaías 53:10). Desse modo, entenda esse aspecto com muita clareza: Deus deseja que aconteçam algumas coisas que ele odeia.

Aqui há um exemplo de Pedro. Em 1 Pedro 3:17, ele escreve: "Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal". Em outras palavras, talvez seja a vontade de Deus que cristãos sofram por fazer o bem. Ele tem em mente a perseguição. Mas a perseguição de cristãos que não merecem isso é pecado. Por conseguinte, Deus, às vezes, deseja que eventos aconteçam e que incluam o pecado. "É melhor sofrer por fazer o bem, se isso tiver que ser a vontade de Deus".

Paulo apresenta uma declaração sintética e abrangente dessa verdade em Efésios 1:11: 

"Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade". A vontade de Deus é o governo soberano dele em tudo o que acontece. E há muitas outras passagens na Bíblia ensina ndo que a providência de Deus sobre o universo se estende aos detalhes mais simples da natureza e decisões humanas. Nenhum pardal cairá por terra sem o consentimento de vosso Pai (Mateus 10:29). "A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão" (Provérbios 16:33). "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor" (Provérbios 16:1). "Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, inclina-o" (Provérbios 21:1).

Este é o primeiro sentido da vontade de Deus: o controle soberano de Deus sobre todas as coisas. Chamaremos isso de "vontade soberana" ou "vontade de decreto" de Deus. Ela não pode ser quebrada. Ela sempre acontece. "Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: 'O que fazes?'" (Daniel 4:35).

2. A vontade de preceito de Deus

Agora, o outro sentido da "vontade de Deus" na Bíblia é que podemos nos referir à "vontade de preceito". Sua vontade é o que ele nos manda fazer. Essa é a vontade de Deus que podemos desobedecer e podemos falhar em cumprir. A vontade de decreto de Deus, nós a cumpriremos ainda que creiamos nela ou não. Já a vontade de preceito, podemos falhar em cumpri-la. Por exemplo, Jesus disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mateus 7:21). Nem todos cumprem a vontade de seu Pai. Ele declara assim. "Nem todos entrarão no reino dos céus". Por quê? Porque nem todos fazem a vontade de Deus.

Paulo afirma em 1 Tessalonicenses 4:3: "Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição". Aqui, temos um exemplo muito específico sobre o que Deus preceitua para nós: santidade, santificação, pureza sexual. Essa é sua vontade de preceito. Mas, ó, muitos não a obedecem.

Então, Paulo declara em 1 Tessalonicenses 5:18: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". Novamente, há um aspecto específico de sua vontade de preceito: em tudo, dai graças. No entanto, muitos não cumprem essa vontade de Deus.

Mais um exemplo: "Ora, o mundo passa, bem como a sua ganância; aquele, porém, que faz a vontade de Deus, permanece eternamente" (1 João 2:17). Nem todos permanecem para sempre. Alguns permanecem, outros não. A diferença? Alguns fazem a vontade de Deus, outros não. A vontade de Deus, nesse sentido, nem sempre acontece.

Assim, concluo dessas passagens e de muitas outras da Bíblia, que há duas formas de falar a respeito da vontade de Deus. Ambas são verdadeiras e importantes para se compreender e crer. Uma, podemos chamar vontade de decreto de Deus (ou sua vontade soberana) e a outra, podemos chamar vontade de preceito de Deus. Sua vontade de decreto sempre acontece independente se cremos nela ou não. Sua vontade de preceito pode ser quebrada.

A preciosidade dessas verdades

Antes de relacionarmos as duas formas da vontade de Deus à passagem de Romanos 12:2, permita-me comentar como são preciosas essas duas verdades. Ambas correspondem a uma profunda necessidade que todos temos quando somos profundamente machucados ou vivenciamos grande perda. Por um lado, precisamos ter a segurança de que Deus está no controle e, portanto, é capaz de fazer com que todo sofrimento e perda cooperem para o meu bem e o bem de todos os que o amam. Por outro lado, necessitamos saber que Deus é solidário conosco e não tem prazer no pecado ou sofrimento em si mesmo ou do que advém deles mesmos. Essas duas necessidades correspondem à vontade de decreto de Deus e à sua vontade de preceito.

Por exemplo, se você foi severamente violentado quando criança e alguém lhe pergunta: "Você considera que isso foi a vontade de Deus?" Você, agora, tem uma maneira de formular um sentido bíblico para es sa experiência e apresentar uma resposta que não contradiz a Bíblia. Você pode dizer: "Não, isso não foi a vontade de Deus, porquanto ele preceitua que os seres humanos não sejam violentos, mas que amem uns aos outros. A violência quebrou seu mandamento e, por conseguinte, moveu seu coração com ira e tristeza (Marcos 3:5). Mas, em outro sentido, sim, foi a vontade de Deus (sua vontade soberana), porque há centenas de modos como ele poderia ter impedido esse acontecimento. Todavia, por razões que não entendemos plenamente ainda, ele não o fez".

E correspondendo a essas duas vontades, há duas coisas de que o cristão precisa nessa situação: uma é um Deus que é forte, soberano o bastante para transformar isso para o bem; e a outra é um Deus que é capaz de ser solidário com você. Por um lado, Cristo é um soberano grande Rei e nada acontece além de sua vontade (Mateus 28:18). Por outro lado, Cristo é um Sumo Sacerdote e se solidariza com sua fraqueza e sofrimento (Hebreus 4:15). O Espírito Santo nos conquista e vence nossos pecados quando ele deseja (João 1:13; Romanos 9:15 -16), e permite a si mesmo ficar entristecido, ser apagado e sentir ira quando ele o quiser (Efésios 4:30; 1 Tessalonicenses 5:19). Sua vontade soberana é invencível e sua vontade de preceito pode ser deploravelmente quebrada.

Precisamos de ambas verdades - dessas duas compreensões da vontade de Deus - não apenas para conferir sentido à Bíblia, mas para nos apegarmos firmemente a Deus quando estivermos sofrendo.

Qual das duas vontades é referida em Romanos 12:2?

Agora, qual dessas verdades é referida em Romanos 12:2: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus"? A resposta é que Paulo se refere à vontade de preceito de Deus. Digo isso por, pelo menos, duas razões. Uma é que Deus não tem a intenção de que saibamos sua vontade soberana antecipadamente. "As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós" (Deuteronômio 29:29). Se você deseja saber os detalhes futuros da vontade de decreto de Deus, você não quer uma mente renovada, você quer uma bola de cristal. Isso não se chama transformação e obediência; chama-se adivinhação, vaticínio.

A outra razão para dizer que a vontade de Deus em Romanos 12:2 é a vontade de preceito e não sua vontade de decreto é que a frase "para que experimenteis qual seja a boa" implica que devemos aprovar a vontade de Deus e então, obedientemente, cumpri-la. Porém, de fato, não devemos aprovar o pecado ou praticá-lo, embora ele seja parte da vontade soberana de Deus. O sentido de Paulo em Romanos 12:2 é parafraseado em Hebreus 5:14: "Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal". (Veja outra paráfrase em Filipenses 1:9-11). Esse é o propósito do versículo: não se referir à secreta vontade de Deus que ele planeja realizar, mas ao discernimento da vontade revelada de Deus que deveríamos cumprir.

Três estágios do conhecimento e do cumprimento da vontade revelada de Deus

Há três estágios do conhecimento e cumprimento da vontade revelada de Deus, isto é, sua vontade de preceito; e toda ela requer a renovação da mente com o Espírito Santo concedendo o discernimento de que falamos anteriormente.

Primeiro estágio

Primeiro, a vontade de preceito de Deus é revelada com autoridade definitiva e decisiva somente na Bíblia. E precisamos da mente renovada para compreender e aceitar o que Deus preceitua na Escritura. Sem a mente renovada, distorceremos as Escrituras para evitar obedecer a seus mandamentos radicais de abnegação, amor, pureza e suprema satisfação em Cristo somente. A vontade de preceito autoritária de Deus é encontrada apenas na Bíblia. Paulo afirma que as Escrituras são inspiradas e tornam o cristão "perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:17). Não apenas para algumas boas obras. "Toda boa obra". Ó, quanta energia, tempo  e devoção os cristãos deveriam dedicar meditando na Palavra de Deus escrita.

Segundo estágio

O segundo estágio da vontade de preceito de Deus é nossa aplicação da verdade bíblica às novas situações que talvez sejam tratadas explicitamente na Bíblia. A Bíblia não fala com qual pessoa se casar, ou qual carro dirigir, ou se  deve possuir uma casa, ou onde deve desfrutar suas férias, qual plano de telefone celular você deve comprar, qual a melhor marca de suco de laranja que deve consumir. Ou mil outras escolhas que você deve fazer.

É necessário que tenhamos uma mente renovada; que seja tão moldada e tão dirigida pela vontade revelada de Deus na Bíblia que percebamos e avaliemos todos os fatores relevantes com a mente de Cristo, e discirnamos o que Deus nos chama a realizar. É muito diferente de tentar constantemente ouvir a voz de Deus dizendo faça isso ou faça aquilo. As pessoas que tentam conduzir suas vidas ouvindo vozes não estão em harmonia com Romanos 12:2.

Há uma diferença imensa entre orar e trabalhar para uma mente renovada que discerne como aplicar a Palavra de Deus, por um lado, e o hábito de pedir a Deus para lhe dar uma nova revelação sobre o que fazer, por outro lado. Adivinhação não requer transformação. O propósito de Deus é uma nova mente, uma nova forma de pensar e julgar, não apenas nova informação. Seu propósito é que sejamos transformados, santificados, libertos pela verdade de sua Palavra revelada (João 8:32; 17:17). Assim, o segundo estágio da vontade de preceito de Deus é o discernimento da aplicação das Escrituras às novas situações da vida por meio de uma mente renovada.

Terceiro estágio

Finalmente, o terceiro estágio da vontade de preceito de Deus se refere à vasta maioria de nós, que não reflete antes de agir. Arrisco-me a dizer que em 95% do seu comportamento você não premedita. Isto é, a maioria de seus pensamentos, atitudes e ações são espontâneas. São apenas extravasamento do que está no interior. Jesus disse: "Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau, do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo" (Mateus 12:34-36).

Por que chamo isso de parte da vontade de preceito de Deus? Por uma razão. Porque Deus preceitua coisas como: não se ire. Não seja orgulhoso. Não cobice. Não fique ansioso. Não seja ciumento. Não seja invejoso. E nenhuma des sas ações são premeditadas. Ira, orgulho, cobiça, ansiedade, ciúme, inveja - elas todas surgem no coração sem a reflexão ou intenção. E somos culpados por causa delas. Elas quebram o mandamento de Deus.

Portanto, não está claro que há uma grande tarefa na vida cristã? Ser transformado pela renovação de sua mente. Precisamos de novos corações e novas mentes. Faça com que a árvore seja boa e o fruto será bom (Mateus 12:33). Esse é o grande desafio. É o que Deus o desafia a fazer. Você não pode fazer isso com suas próprias forças. Você precisa de Cristo, que morreu por seus pecados. E você precisa do Espírito Santo para conduzi-lo à verdade que exalta a Cristo .

Entregue-se a isso. Mergulhe na Palavra de Deus; sature sua mente com ela. E ore para que o Espírito de Cristo faça você tão novo que o extravasamento seja bom, agradável e perfeito - a vontade de Deus.
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Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/535/A_Vontade_de_Deus

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A boa, agradável e perfeita vontade de Deus

20.05.2015
Do portal VERBO DA VIDA, 04.02.15
Por Eliezer Rodrigues

blog_dentro_Eliezer
“E não vos conformeis com este século, mas transformai- vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.  (Romanos 12:2)
“Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor”. (Efésios 5:17)
Na primeira parte deste post destaquei um pouco da vontade e do caráter de Deus. Dos problemas que os cristãos enfrentam com crenças erradas por não conhecerem de fato o Deus e Pai de Jesus Cristo.
Bom, Vemos mais uma vez esses dois textos acima como base desse artigo (Romanos 12:2 e Efésios 5:17).
Nesta segunda e última parte vamos focar na renovação da mente e a compreensão do verdadeiro conhecimento, a palavra de Deus.
Em Romanos 12:2 o apóstolo Paulo está falando de um processo contínuo e diário para experimentar a vontade de Deus (que é boa, agradável e perfeita) a renovação da mente. Esse processo é individual e parte primeiramente da vontade do cristão. Ou seja, é necessário que o crente leia, estude, medite e pratique a palavra de Deus a partir do seu livre arbítrio. O processo da renovação da mente não acontece por oração, ou por cantar um louvor bem bonito, não! É através da palavra de Deus! Cantei durante anos uma canção que dizia “Renova-me Senhor Jesus, já não quero ser igual”. Mas depois percebi que essa canção não estava de acordo com a palavra!
Não devo pedir a Deus para renovar minha alma ou mente, mas fazer o que Deus diz: ”transformai-VOS pela RENOVAÇÃO da vossa mente, para que…”. Sou eu quem devo renovar a minha mente na palavra, através da leitura, estudo, meditação e prática dela!
A medida que colocamos nossa mente na palavra, nossos pensamentos passam a ficar no formato da palavra de Deus! É como fazer um bolo, quando você coloca a massa do bolo numa forma redonda, o bolo vai sair no formato redondo. Se colocar num forma quadrada, o bolo vai sair no formato quadrado. É isso que o apóstolo Paulo está falando, não coloque sua mente na “Forma” do mundo, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente (Coloque sua mente na forma de Deus, que é a sua palavra e tenha a sua mente no formato da palavra).
Ouvi muitas vezes cristãos dizerem que é impossível compreender a vontade de Deus porque “Deus é mistério!”. É claro que isso é engano! Eu acredito que a maioria das pessoas que falam assim é porque, de fato, conhecem apenas a letra mas não compreende a bíblia por revelação revelação. Paulo orava para que os cristãos receberem o espírito de sabedoria e revelação NO PLENO CONHECIMENTO da verdade. Ou seja, a medida que vamos lendo as escrituras, estudando, meditando e praticando, a revelação chega em nossos corações e deixa de ser apenas informação.
Veja, em Efésios 5:17 o apóstolo Paulo diz pelo Espírito Santo que devemos PROCURAR COMPREENDER QUAL A VONTADE DO SENHOR! Isso quer dizer que é possível compreender a vontade do Senhor. Não é mais mistério compreender a vontade de Deus! O mistério que estava oculto por séculos e gerações foi revelado a nós, CRISTO EM NÓS a esperança da glória!
Não há como conhecer a Deus se não for através da sua palavra. Jesus disse “Ninguém VEM ao Pai a não ser por mim (a palavra)”. Não há como tirar um pensamento errado sem colocarmos o pensamento certo! E a palavra de Deus é o pensamento de Deus, que é poderoso para salvar as nossas almas. Coloque os pensamento de Deus na sua mente (através da renovação da mente) e prove a revelação do quanto Deus é bom e perfeita é a vontade de Pai para a sua vida.
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”. (Jeremias 29:11)
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Fonte:http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/santidade-e-poder/a-boa-agradavel-e-perfeita-parte-2/