Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador DONS ESPIRITUAIS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DONS ESPIRITUAIS. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

PNEUMATOLOGIA DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

09.01.2015
Do portal EBAH
Por


OBJETIVOS DO ESTUDO DA PNEUMATOLOGIA

  • Reconhecer a Divindade do Espírito Santo, através dos seus atributos
  • Identificá-lo como a 3ª Pessoa da Trindade
  • Conhecer e aprender refutar negações contra a Pessoa do Espírito Santo
  • Identificar na Bíblia vários títulos divinos dados ao Espírito Santo
  • Conhecer a Doutrina do Espírito Santo no Velho Testamento

OBJETIVOS DO ESTUDO DA PNEUMATOLOGIA

  • O que é e qual a importância do “Fruto do Espírito”
  • A habitação do Espírito Santo no crente
  • A obra do Espírito Santo na regeneração
  • A obra do Espírito Santo na Graça Comum
  • Entender o que é e quais são os objetivos do batismo com Espírito Santo
  • Conhecer os dons, figuras e símbolos

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PNEUMATOLOGIA

  • Sem a presença do Espírito Santo não haveria:
  • A criação, o universo e a raça humana (Gn1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30)
  • A Bíblia (2 Pe 1.21; Jo 14.26; 1 Co 2.10)
  • Poder para proclamar o evangelho (At 1.8)
  • Fé, novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão nesse mundo.

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

  • “A unidade divina é uma unidade composta.”
  • Não é o caso de haver três Deuses. Os três cooperam unidos e no mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra são “um”.
  • O Espírito Santo é a 3ª Pessoa da Trindade Divina. Ele procede do Pai e do Filho. (Jo 15.26; Sl 104.30; Gl 4.6; Fp 1.19).
  • Processão Eterna: descreve o relacionamento do Espírito Santo com o Pai e o Filho.

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

  • Provas da Divindade do Espírito Santo:
  • Ele é chamado “Deus” – At 5.3-4,9; 1 Co 3.16; Ef 2.22; 2 Co 3.17
  • Ele é chamado “Adonai”. Comparar
  • Hb 10.15,16 com Jr 31.31,34
  • 3. Ele está associado ao Pai e ao Filho num mesmo nível de igualdade. – Mt 28.19; 1 Jo 5.7; 2 Co 13.14

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

  • Os atributos de Deus são dados ao Espírito Santo:
  • 4.1 – Eternidade – Hb 9.14
  • 4.2 – Vida – Rm 8.2
  • 4.3 – Onipresença – Sl 139.7,8
  • 4.4 – Santidade – Mt 28.19
  • 4.5 – Onisciência – 1 Co 2.10
  • 4.6 – Soberania – Jo 3.8; 1 Co 12.11
  • 4.7 – Onipotência – Gn 1.1,2; Jo 3.5

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

  • As obras de Deus são dadas ao Espírito Santo:
  • 5.1 – A criação – Jó 33.4
  • 5.2 – A encarnação – Mt 1.18
  • 5.3 – A regeneração – Jo.3.8; 1 Jo 4.7
  • 5.4 – A ressurreição – Rm 8.11
  • 5.5 – A inspiração da Palavra de Deus – 2 Pe 1.21; 2 Re 21.10

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

  • Principais negações das seitas sobre o Espírito Santo:
  • Que o Espírito Santo não é uma pessoa, portanto, negam a doutrina da Trindade.
  • Que o Espírito Santo é apenas “uma força exercida por Deus”.
  • Que as ações do Espírito Santo foi apenas no passado.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

  • O Espírito Santo tem sua individualidade como o Pai e o Filho, vejamos:
  • Aparece em vários textos junto com o Pai e o Filho – Mt 28.19; 2 Co 13.13; I Jo 5.7
  • É uma pessoa como o Pai e o Filho é – At 5.3,4
  • Ele Pensa - Rm 8.27; At 15.28
  • Tem sentimentos – Rm 15.30;
  • Convence – Jo 16.8-11
  • Regenera – Jo 3.5

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

  • O Espírito Santo ama – Rm 15.30
  • Foi envidado pelo Pai - Jo 14.16-18, 26
  • Importante: a palvra “outro” no grego é “allos”, que significa “outro do mesmo tipo”, ao invés de “heteros” que significa “outro de um tipo diferente”
  • Inspirou as Escrituras – 2 pe 1.21
  • Ele intercede – Rm 8.26
  • Todas estas características e ações revelam que o Espírito Santo é um pessoa, pois a uma “força” não se poderia atribuir tais adjetivos.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

  • Ações do homem para com o Espírito Santo:
  • Blasfemar – Mt 12.31
  • Importante: Blasfemar no grego significa “dizer coisas abusivas, difamação, calúnia”
  • Mentir – At 5.9
  • Resistir – At 7.51
  • Obedecer – At 13.2,3

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO VELHO TESTAMENTO

  • Por que é importante estudar a doutrina do Espírito Santo no Velho Testamento?
  • Extrair lições das obras do Espírito Santo na vida dos Heróis da Fé;
  • Revelação da unidade dos dois testamentos
  • Comprova a pré-existência do Espírito Santo através de sua participação na criação;

O ESPÍRITO SANTO NA CRIAÇÃO

  • Em Gn 1.1, a palavra “Deus” é usada no plural
  • Antes da terra existir o E. Santo já existia – Gn 1.2
  • O Espírito Santo foi ativo na criação do universo – Is 40.12-13; Jó 26.13; na criação do homem – Jó 33.4; na presença da natureza – Sl 104.10,30; Is 40.7
  • O Espírito Santo é o autor da vida humana – Gn 2.7; Cf. Jó 27.3

O ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

  • O Espírito Santo antes do dilúvio já pretendia convencer o homem – Gn 6.3, pois sua função é iluminar - Sl 119.27 e conduzir a alma a Deus – Sl 65.3,4
  • A crença de que as pessoas do A. Testamento não tinham o Espírito Santo deve ser rejeitada, pois a carne não pode produzir um servo de Deus – Jo 3.3-6; Rm 8.7-8. No entanto, não houve nenhum derramamento do E. Santo de forma mais ampla, como no dia de Pentecostes.
  • O Espírito Santo se afastava de homens, como Saul – I Sm 16.14, no que se refere a capacitar os homens para serviços específicos, mas sempre teve por perto para reconduzi-los a Deus – Sl 37.24

O ESPÍRITO SANTO NA COMUNICAÇÃO DA MENSAGEM NO ANTIGO TESTAMENTO

  • O Espírito Santo instrui o povo de Israel no deserto Ne 9.20;
  • O Espírito Santo inspirou os compositores para produzirem cânticos - 2 Sm 23.2;
  • Os profetas eram inspirados pelo Espírito Santo ao transmitirem a mensagem ao povo – Nm 11.29; 1 Sm 10.5,6,10; 2 Cr 20.14; 24.19,20. Os falsos profetas usavam seus próprios espíritos – Ez 13.2,3
  • O Espírito Santo usou até alguém que não tinha uma legítima comunhão com Deus – Nm 24.2

O ESPÍRITO SANTO NA LIDERANÇA DO ANTIGO TESTAMENTO

  • Foi pela ação do Espírito Santo que:
  • José se evidenciou com capacidade de revelar mistérios e sabedoria para administrar – Gn 41.8,38;
  • Moisés mostrou autoridade divina para liderar e sabedoria para legislar – Is 63.11;
  • Os 70 anciãos mostraram habilidade como cooperadores de Moisés – Nm 11.16,17,25
  • Bezaleel recebeu capacidade para construir o tabernáculo e ensinar a outros – Ex 31.1-4; 35.34

O ESPÍRITO SANTO NA LIDERANÇA DO ANTIGO TESTAMENTO

  • Otniel adquiriu sabedoria para julgar Israel – Jz 3.10,11;
  • Gideão encontrou coragem para lutar – Jz 6.34;
  • Jefté lutou e venceu os amonitas – Jz 11.29;
  • Sansão encontrou força para libertar o seu povo da escravidão dos filisteus – Jz 14.19;
  • Davi foi rei, poeta, cantor, profeta – 1 Sm 16.13
  • Os profetas agiram inspirados – Ez 2.2; 2 Pe 1.21

O ESPÍRITO SANTO NA LIDERANÇA DO ANTIGO TESTAMENTO

  • Em João Batista, que foi possuído pelo Espírito Santo desde o ventre da sua mãe (Lc 1.15), a presença do Espírito Santo se evidencia:
  • Pela autoridade com que exortava o povo a seguir o caminho do Senhor – Lc 3.2-4;
  • Pela firmeza com que anunciava a salvação de Deus, em Cristo - Lc 3.5,6
  • Pela energia com que denunciava o pecado de seu povo – Lc 3.7-9;
  • Pela convicção com que predizia o caráter sobrenatural do ministério de Jesus – Lc 3.15-18
  • Pela forma como protestava contra o pecado de Herodes – Lc 3.19.

DONS ESPECIAIS DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

  • Dons Políticos – Gn 41.38; Nm 11.25; 27.28;
  • Dons Morais:
  • 1 – Coragem – Jz 6.34; 11.29
  • 2 – Indignação – 1 Sm 11.6
  • Dons Físicos:
  • 1 – Força – Jz 14.6; 15.14
  • 2 – Capacidade mecânica – Ex 31.2-5
  • “Tudo isto nos ensina que, sem o Espírito de Deus, não poderemos oferecer nenhum serviço a Ele – Zc 4.6”

AS PROFECIAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

  • Isaias falou que sobre o “Servo do Senhor” o Espírito de Deus repousaria – Is 11.1-4; 42.1; 61.1-3. Quando Jesus leu as Escrituras em Nazaré, terminou dizendo: “Hoje se cumpriu as Escrituras em vossos ouvidos” – Lc 4.21;
  • Várias textos falam do derramamento do Espírito Santo – Jl 2.28-29; Is 32.15-17; 44.3-5; Ez 11.19-20; 36.26-27.
  • Profecias sobre futuras obras do Espírito Santo com os judeus – Is 44.2-3; Ez 37.1-14; Zc 12.10.

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

  • O Espírito Santo tem nos dado uma revelação tão completa através das Escrituras (2 Pe 1.19-21), que seu trabalho agora é “iluminação” e não mais a “inspiração”
  • A Bíblia é superior a:
  • Tradição – Mt 15.19;
  • Ciência – 1 Tm 6.20;
  • Fábulas – 2 Tm 4.4;
  • Ocultismo – Is 8.19-20;
  • Operadores de sinais – Dt 13.1-3
  • Opiniões humanas – Pv 14.12

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

  • A palavra “inspiração” é a tradução da palavra grega “theopneustic”, que significa “sopro divino”. A Bíblia é um livro inspirado – 2 Tm 3.16;
  • O Espírito Santo revelou as verdades sagradas através de:
  • Revelação ditada – Ex 20.1;
  • Visão – Ap 1.11;
  • Direção íntima – Lc 1.1-3
  • A doutrina da inspiração das Escrituras nega toda a influência da mente humana no conteúdo da mesma.

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

  • O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO ?
  • - É um revestimento ou dotação de poder do alto, pela instrumentalidade do Espírito Santo, para ingresso do crente numa vida de profunda adoração e eficiente serviço a Deus (Jo 16.14; At 1.8; 10.46)
  • - A palavra “batismo” é originada do grego “baptizem”, que significa “imergir”. Logo, é mais correto afirmar que o batismo é “no” e não “com” o Espírito Santo.

PARA QUEM É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?

  • Analisemos Atos 2. 38.39:
  • A promessa é para vós: os judeus ali presentes
  • Representando os demais. A nação com a qual Deus fizera a antiga aliança;
  • Para vossos filhos: as futuras gerações de Israel;
  • Para todos que ainda estão longe e para quantos o Senhor nosso Deus chamar: para todos indivíduos (os gentios) que respondam ao chamado de Deus, através da pregação do evangelho.

OS RESULTADOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

  • Faz do crente uma testemunha poderosa do Evangelho – At 1.8; 4.31; Rm 15.18,19.
  • Maior sensibilidade contra o pecado e maior busca pela retidão e visão mais profunda do juízo divino contra a impiedade – Jo 16.8.
  • Uma vida que glorifica a Jesus Cristo – Jo 16.13,14; At 4.33;
  • Mensagens proféticas e louvores – At 2.4,17; 10.46; 1 Co 14.2.15;

OS RESULTADOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

  • 5. Visões da parte do Espírito – At 2.17
  • 6. Manifestações dos dons do Espírito Santo – 1 Co 12.4-10;
  • 7. Maior desejo de orar e interceder – At 2.41,41; 3.1; 6.4; Rm 8.26;
  • 8. Maior amor e compreensão da Palavra de Deus – Jo 16.13; At 2.42;
  • 9. Convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai – At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6

BATISMO NO ESPÍRITO SANTO – UMA PROMESSA DE DEUS

  • Profecias de derramamento do Espírito Santo no Velho Testamento:
  • Is 44.3; Ez 11.19; 36.27; Jl 2.28,29; Zc 12.10.
  • Profecias de derramamento do Espírito Santo no Novo Testamento:
  • Mt 3.11,12; Mc 1.7,8; Lc 3.16,17; Jo 1.33; At 1.5; 11.16.

FORMAS E EVIDÊNCIAS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

  • Três formas do Espírito Santo batizar o crente:
  • Sem intervenção humana – At 2.2-4;
  • Através da imposição de mãos – At 8.15-18; 9.17,18; 19.6.
  • Poder da pregação da Palavra – At 10.44
  • Evidências do Batismo no Espírito Santo:
  • No dia pentecoste – At 2.1-4;
  • Entre os crentes samaritanos – At 8.14,17
  • Sobre Saulo em Damasco – At 9.17,18
  • Na casa de Cornélio – At. 10.44-46;
  • Sobre os Discípulos em Éfeso – At 19.6

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

  • O que é um dom espiritual?
  • É uma capacidade dada por Deus ao crente para o desempenho de um serviço com propósito.
  • Finalidades dos dons espirituais (1 Co 10.31):
  • Glorificação de Jesus
  • Edificação da igreja
  • Confirmação da Palavra
  • Expansão da Obra de Deus

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS

  • Dons Ministeriais (Ef 4.11):
  • Apóstolos: foram diretamente chamados pelo Senhor para estabelecer a Igreja e a mensagem do evangelho– Mt 10.2; At 1.15-26; Rm 1.1; 1 Co 1.1; 1 Pe 1.1;
  • Profetas: Os que falaram inspirados pelo E. Santo, trazendo uma mensagem para Igreja – At 2.14-40; 13.1,16-41; 15.32; Ap 1.1,3.
  • Evangelistas: Os que proclamam o evangelho para os não salvos – At 8.5-8, 26-40; 21.8; 26.16-18

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS

  • Dons Ministeriais (Ef 4.11):
  • Pastores: escolhidos e dotados por Deus para dirigir e cuidar das necessidades espirituais da Igreja – 1 Tm 1.1-4; Tt 1.4,5; 1 Pe 5.1; 1 Jo 2.1,12-14; 3 Jo 1-7
  • Mestres: Os dotados por Deus para esclarecer e explicar a Palavra de Deus para a edificação da Igreja – At 15.35; 20.20; 18.25-28; 1 Co 4.17; Tt 2.1-3,9,10.

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS

  • Dons Auxiliares (Rm 12.8):
  • Diácono: prestam assistência prática aos membros da Igreja – At 6.5; Rm 16.1,2;
  • Socorro: várias modalidades específicas de auxílio – At 20.35; 16.14,15; 3 Jo 5-8;
  • Administrador: orientam e supervisionam atividades na Igreja – At 6.3,4; 20.11-35;
  • Exortador: motivam outros cristãos a uma fé mais profunda em Cristo – At 11.23,24; 14.22; 15.32; 1 Ts 3.2; Tt 2.6,13; 1 Pe 5.1,2

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS

  • Dons Auxiliares (Rm 12.8):
  • Doador: dotados por Deus para darem liberalmente dos seus recursos para as necessidades do povo de Deus – At 4.36,37; Rm 15.26,27; 2 Co 9.2
  • Consolador: dotados por Deus para consolar os aflitos mediante atos de misericórdia – 2 Co 1.4; Hb 10.34; At 9.36-39.

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS

  • Dons espirituais (1 Co 12.8-11):
  • Os dons espirituais, para melhorar compreensão de suas finalidades, foram divididos em três grupos:
  • Dons de revelação ou saber: “palavra da sabedoria”, “palavra da ciência” e “discernimento de espíritos” ;
  • Dons de poder: “dons de curar”, “fé” e “operação de milagres”;
  • Dons de inspiração: “profecia”, “variedades de línguas” e “interpretação de línguas”.

DONS DE REVELAÇÃO

  • Palavra da Sabedoria: enunciação do E. Santo aplicando a Palavra de Deus em uma determinada situação – At 6.10;
  • Palavra do Conhecimento: revela conhecimento a respeito de pessoas, circunstâncias e verdades bíblicas – At 5.9,10
  • Discernimento de espíritos: capacidade para julgar se profecias e outros manifestações sobrenaturais provêm do Espírito Santo – At 8.18-24; 13.8-12

DONS DE PODER

  • Dons de curar: restauração da saúde de alguém por meios divinos – At 3.6-9; 28.3-5;
  • Fé: fé sobrenatural que capacita o crente a crer em Deus, para a realização de milagres – Mt 8.5-13; Mt 15.22-28; Lc 17.11-19;
  • Operação de Milagres: poder sobrenatural para alterar o curso da natureza – At 9.36-41; Mt 8.23-27; Jo 6.5-13; Lc 5.4-11

DONS DE INSPIRAÇÃO

  • Profecia: capacidade momentânea e especial para transmitir mensagem de Deus – Lc 1.40-45; 1.67-79; At 2.14-40; 21.9; 21.10,11;
  • Variedades de línguas: expressar-se sobre a influência direta do Espírito Santo, numa língua que a pessoa não aprendeu e nem conhece – At 2.4-11; 10.44,45; 19.2-7
  • Interpretação de línguas: capacidade especial de interpretar o que é falado em línguas estranhas, pelo Espírito – 1 Co 12.10,30; 14.5; 13.26-28.
****
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAPWoAH/doutrina-espirito-santo#

terça-feira, 8 de abril de 2014

O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS

08.04.2014
Do portal UNIÃO DE BLOGUEIROS EVANGÉLICOS
Por Genivaldo Tavares de Melo*

EBD para o dia 13 de abril de 2014.

PONTOS A ESTUDAR:

I – OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR OS CRENTES.
II – EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS.
III – EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO.

Em tempo: Não é bom deixar que a razão abafe aquilo que Deus deu a igreja para que esta cumpra o seu papel de forma plena. Repartir o pão.

I – OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR OS CRENTES.

1.1 A igreja Coríntia.

Interessante notar que enquanto Coríntio abundava em dons, as demais não pareciam se preocupar, pois, Paulo, sequer faz menção deste assunto com as demais igrejas, todavia, as outras (não todas) tinham algo que faltava na igreja grega; a dedicação em dar, em ofertar. Qual o segredo para tudo isso e qual a importância na busca e uso dos dons.

a – É preciso que haja muita dedicação e objetivos na busca do dos pelo batismo com Espírito Santo que deve ser a primeira preocupação.

b – Não se pode esquecer, sob qualquer pretexto, a doutrina da mordomia cristã, pois, não havendo dedicação em dar, os dons ficam comprometidos de alguma forma.

c – Façam de tudo, mas, eu mostrarei caminho mais excelente e essa palavra do apostolo não sugeria abandonar os dons ou sua busca.


1.2 Uma igreja de muitos dons, mas, carnal.

Os dons ficam mais bem compreendidos quando se conhece a importância deles como ferramenta para pregar o evangelho e alguns, para edificação da igreja; nada mais que isso. 

Não é bom tentar arranjar qualquer outra função para os dons, principalmente santificação e melhor qualificação do crente.

1.3 Dom não é sinal de superioridade.

O maior problema que um portador de qualquer dos dons espirituais enfrenta é o assédio dos demais membros da igreja; essa sempre foi um forte tendência, levando o portador descuidado, a considerar-se elemento chave da igreja, ao envaidecimento pessoal, quando não, a explorar financeiramente pelos dons.

II – EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS.

2.1 Edificando a si mesmo.

Não há dúvida que os dons espirituais enriquecem as nossas vidas de alguma maneira, porém, isto só acontece quando buscamos o crescimento pelo conhecimento da palavra de Deus, caso contrário, teremos muito barulho e pouco resultado quer na vida da igreja ou dos membros em particular.

Há quem pense que o conhecimento bíblico se contra põe ao uso dos dons.

É necessário tomar cuidado para que a razão não apague a emoção. A emoção precisa ser controlada e não aniquilada, caso contrário, a igreja se tornará igreja de Nerds.


2.2 Edificando os outros.

Não se edifica os outros profetizando em suas vidas ou fazendo-os ouvir o quanto falamos em línguas estranhas.

Algo interessante sobre os dons ou sobre quem os possua, quando usados de maneira sóbria e inteligente, exercemos vigorosamente boa influência na vida dos irmãos.

Se não for para isto, é melhor calar-se.


2.3 Edificando até o não crente.

Neste ponto o autor considera o uso inadequado do dom de línguas, um escândalo para o não crente e isto é bíblico.

É preciso atentar que há irmãos, que em qualquer lugar, resolve extravasar-se falando em línguas estranhas.

Certa feita dentro de um ônibus prestes a viajar, o meu coração se transbordou de alegria, falei em línguas e ninguém ouviu, não precisavam ouvir o que não entenderiam e ainda me achariam louco.

III – EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO.

3.1 Os dons na igreja.

O autor ressalta a importância do amor citando o maravilhoso texto de ICor. 13 A suprema excelência da caridade.

Já me defendi de muitos ataques e já defendi argumentos com uma palavra de JESUS. “Idem e aprendei o que significa misericórdia quero e não sacrifício...”  Mt. 9:13.

Os dons perdem o colorido quando não há amor, quando não se pratica misericórdia sobre as vidas.


3.2 Os sábios arquitetos do Corpo de Cristo.

A maior deficiência não está no seio da igreja e sim nos púlpitos. A falta de conhecimento é grave e a desobediência de alguns ministros é gravíssima.

Não há maior escola de obreiros que a própria igreja, principalmente onde se reúne os mestres do ensino.

A  falta de bom ensino leva muitos “pastores” a edificar com material de péssima qualidade resultando em igrejas confusas no tocante ao uso dos dons.


Xx3.3 Despenseiros dos dons.

O autor cita IPd. 4:11 “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá...”.

Observe-se que os dons não representam um governo a parte da igreja e é como tem sido tratado em muitos lugares.

Se não houver sábio conselho, o povo se corrompe e os danos serão irreparáveis.

Um grave erro cometido por muitos pastores é que por conta do excessivo zelo, acabam impedindo o desenvolvimento da fé cristã na direção da busca do batismo com o Espírito Santo e consequentemente também, na busca e uso dos dons.

A CIÊNCIA INCHA, MAS, O AMOR EDIFICA

ICo 8:1 – Isto vale para tudo, principalmente para o ensino sobre os dons.

*Subsídio por: Genivaldo Tavares de Melo.
*****
Fonte:http://www.ubeblogs.net/2014/04/ebd-o-proposito-dos-dons-espirituais.html

sábado, 23 de novembro de 2013

Ordem e decência

23.11.2013
Do portal VERBO DA VIDA, 31.10.13
Por Bud Wright
 
Hoje quero destacar algumas coisas que precisam ser ajustadas nas nossas igrejas. Vou mencionar muitas coisas que tenho percebido a necessidade de corrigir. Precisamos de ordem e decência. Eu quero ver milagres em nosso meio, mas isso só vai acontecer se houver ordem e decência.
 
Quando você fala em línguas, você fala com Deus. Se você vai falar ao povo é necessário interpretação. Se estamos em um culto de oração e oramos em outras línguas, estamos falando apenas com Deus, estamos nos edificando.
 
Se você falar em línguas ninguém vai lhe entender, mas se orar e profetizar deve falar de forma que as pessoas entendam. Mas, saiba que falar em línguas não é ser espiritual. Se você me ouvir falar em línguas irá me ouvir interpretar.
 
Línguas são inspirados pelo Espírito de Deus. Não é inspirado pela sua mente. Muitas vezes, estou pregando e, de repente, começo a profetizar. Quem profetiza o faz para edificação, encorajamento e consolação dos homens.
 
Línguas é uma expressão espiritual inspirada pelo Espírito que ninguém entende. Profecia é uma expressão vocal inspirada pelo Espírito em uma língua que se entende. Os dons do Espírito são inspirados por Ele e não pela mente.
 
Orar em línguas é edificar-se e edificar é construir, fazer mais forte. As línguas recarregam as nossas forças. Funcionam como um alternador em um carro.
 
Uma vida constante de comunhão com Deus nos dará segurança na hora de pregar. A mente quer saber antes o que vamos pregar, mas temos que fazê-la se calar, e confiar no espírito.
 
Quando amadurecermos em línguas, profecia, interpretações e os outros dons virão como consequência.
 
Por exemplo, você tem acesso a alguém que perdeu um parente. E você está querendo consolar e edificar, então fale pelo dom da profecia e falará para edificá-la. Pode ser uma palavra de sabedoria ou de conhecimento também.
 
Se você está errando com relação a oração em línguas compre o livro: “Línguas” de kenneth Hagin e será muito edificado. O irmão Hagin foi usado por Deus nos dons mais do que qualquer outro homem que já vi na terra.
 
O meu desejo é que a igreja ande nos dons de maneira equilibrada.
 
Outra coisa, percebo que as nossas igrejas precisam de um bom trabalho dos diáconos, algo mais eficiente, principalmente enquanto estamos orando pelos enfermos, pelas pessoas que vem à frente.  Já se você é escalado para dirigir o culto e fala muito, quase pregando sem ser o pregador, está errado. Se você foi chamado para dar um aviso, dê apenas o aviso. Isso é ordem.
 
A correção é para fazermos correto e não para pararmos.
 
Hoje quero destacar algumas coisas que precisam ser ajustadas nas nossas igrejas. Vou mencionar muitas coisas que tenho percebido a necessidade de corrigir. Precisamos de ordem e decência. Eu quero ver milagres em nosso meio, mas isso só vai acontecer se houver ordem e decência.
 
Quando você fala em línguas, você fala com Deus. Se você vai falar ao povo é necessário interpretação. Se estamos em um culto de oração e oramos em outras línguas, estamos falando apenas com Deus, estamos nos edificando.
 
Se você falar em línguas ninguém vai lhe entender, mas se orar e profetizar deve falar de forma que as pessoas entendam. Mas, saiba que falar em línguas não é ser espiritual. Se você me ouvir falar em línguas irá me ouvir interpretar.
 
Línguas são inspirados pelo Espírito de Deus. Não é inspirado pela sua mente. Muitas vezes, estou pregando e, de repente, começo a profetizar. Quem profetiza o faz para edificação, encorajamento e consolação dos homens.
 
Línguas é uma expressão espiritual inspirada pelo Espírito que ninguém entende. Profecia é uma expressão vocal inspirada pelo Espírito em uma língua que se entende. Os dons do Espírito são inspirados por Ele e não pela mente.
 
Orar em línguas é edificar-se e edificar é construir, fazer mais forte. As línguas recarregam as nossas forças. Funcionam como um alternador em um carro.
 
Uma vida constante de comunhão com Deus nos dará segurança na hora de pregar. A mente quer saber antes o que vamos pregar, mas temos que fazê-la se calar, e confiar no espírito.
 
Quando amadurecermos em línguas, profecia, interpretações e os outros dons virão como consequência.
 
Por exemplo, você tem acesso a alguém que perdeu um parente. E você está querendo consolar e edificar, então fale pelo dom da profecia e falará para edificá-la. Pode ser uma palavra de sabedoria ou de conhecimento também.
 
Se você está errando com relação a oração em línguas compre o livro: “Línguas” de kenneth Hagin e será muito edificado. O irmão Hagin foi usado por Deus nos dons mais do que qualquer outro homem que já vi na terra.
 
O meu desejo é que a igreja ande nos dons de maneira equilibrada.
 
Outra coisa, percebo que as nossas igrejas precisam de um bom trabalho dos diáconos, algo mais eficiente, principalmente enquanto estamos orando pelos enfermos, pelas pessoas que vem à frente.  Já se você é escalado para dirigir o culto e fala muito, quase pregando sem ser o pregador, está errado. Se você foi chamado para dar um aviso, dê apenas o aviso. Isso é ordem.
 
A correção é para fazermos correto e não para pararmos.
*****
Fonte:http://verbodavida.org.br/budejan/budejan-colunistas/budwright-mensagens/ordem-e-decencia/

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

As sandices de John MacArthur

21.10.2013
Do portal CPAD NEWS, 23.10.13
Por Silas Daniel

Em uma época em que os cristãos sérios deveriam se unir para combater males reais e comuns, MacArthur dirige seus ataques para o foco errado
 
Como prometido, segue abaixo algumas reflexões sobe declarações do pastor John MacArthur ao site do The Christian Post, nos EUA, no domingo, 20 de outubro. Os trechos traduzidos da matéria com MacArthur vêm em itálico e minhas observações em texto normal.
 
Para aqueles que disseram que MacArthur está atacando seus irmãos em Cristo, MacArthur respondeu que ele “desejava que pudesse afirmar isso [chamá-los de irmãos]”. [Mas,] Em sua opinião, como ele e seus colegas oradores observaram durante a conferência, o movimento carismático é feito, em grande parte, por “não-cristãos”.

Eu, sinceramente, não me importo se John MacArthur escreve e prega o cessacionismo. E daí? Problema dele. Ele tem todo o direito de fazê-lo. E obviamente também nem me importo de ele fazer uma conferência para defender, entre outras coisas, o cessacionismo. E daí? A igreja dele é pastoreada por ele e ela apóia fielmente o seu líder. Aliás, todos os anos MacArthur faz conferências em sua igreja e o templo desta, com capacidade para 3 mil pessoas, sempre enche, não só de visitantes, mas principalmente com o seu próprio povo, como prova de apoio ao seu líder. Neste ano, não foi diferente.

Os três únicos problemas são que MacArthur fez questão de desafiar publicamente pentecostais tratando-os como hereges; distorceu o próprio ensino pentecostal para asseverar a questão entre continuísmo e cessacionismo como uma doutrina primária, essencial, de suma importância para a saúde da fé de qualquer cristão, e não como uma doutrina secundária; e ainda colocou, no mesmo saco, pentecostais clássicos e neopentecostais. Aí não dá. As críticas que MacArthur sofreu por essa conferência foram justamente relacionadas a esses radicalismos e injustiça.


Em primeiro lugar, pentecostais clássicos têm a Bíblia como a sua única regra de fé e prática, e justamente por isso pregam constantemente contra “novas revelações” que se chocam com a Bíblia ou querem acrescentar algo a ela.


E em segundo lugar, pentecostais clássicos também pregam contra a Teologia da Prosperidade, contra a Confissão Positiva, contra o “cair no Espírito”, contra a “unção do riso” etc, que são desvios neopentecostais.


Como se não bastasse isso, ainda temos que ouvir MacArthur afirmar que acredita que a maioria dos cristãos no mundo que dizem crer na contemporaneidade dos dons espirituais é, na verdade, de “não-cristãos”.
 
“Se a questão [da continuidade ou não dos dons espirituais] não é clara – como alguns estão dizendo –, ela só se tornou clara sob a influência dos falsos mestres? Ficou clara para os apóstolos; ficou clara para os Pais da Igreja Primitiva; ficou clara para os reformadores; ficou clara para os puritanos; ficou clara nos credos, como a Confissão de Westminster; ficou clara para os teólogos reformados como B. B. Warfield; ficou clara para Spurgeon; ficou clara, nos tempos mais modernos, a R. C. Sproul. Terá agora se tornado clara por causa de Aimee Semple McPherson, Jimmy Swaggart, Jim Bakker e Kenneth Copeland? Essa é uma idéia ridícula”.

Não, MacArthur, a não descontinuidade dos dons espirituais se tornou clara para nós pelos próprios apóstolos, pela própria Bíblia Sagrada, a única regra de fé e prática para qualquer crente genuinamente pentecostal. Não há nenhum texto bíblico que diga que os dons espirituais não são mais para os nossos dias.

E a questão ficou clara também para Pais da Igreja e grandes nomes da Igreja dos primeiros séculos como Justino Mártir (100-165), Irineu (115-202), Teófilo de Antioquia (120-186), Tertuliano (160-220), Novaciano (200-258), Gregório Taumaturgo (213-270) e Hilário de Poitiers (300-368), mas, infelizmente, foi renegada pela maioria dos Pais da Igreja do terceiro século em diante como reação aos desvios Montanistas.


Apesar disso, há registros de contemporaneidade dos dons espirituais durante a Alta Idade Média e, depois, entre os valdenses, nos séculos 12 a 15, e com os anabatistas, no século 16; entre os quacres e pietistas, no século 17; na França, entre os Camisardes, chamados de “calvinistas das cavernas”, no século 18; na Finlândia, também no século 18, durante o avivamento que impactou os luteranos naquele país e que ficou conhecido como “Heränneet”; além de entre os Morávios, na República Tcheca, na mesma época. Nos séculos 18 e 19, há ainda registros na Inglaterra, Rússia, Estados Unidos, Indonésia, Escócia, Austrália, Brasil (sim, entre batistas no Rio Grande do Sul, 30 anos antes da chegada de Gunnar Vingren e Daniel Berg), Armênia, Alemanha, África e Noruega, dentre outros países.


A contemporaneidade de todos os dons espirituais, inclusive a glossolalia, foi clara para John Wesley (1703-1791), que a defendeu em carta ao pastor Conyers Middleton (
The Works of John Wesley, A Letter to the Rev. Dr. Conyers Middleton, volume 10, pp. 54 a 56). Essa carta pode ser lida clicando AQUI.

A contemporaneidade dos dons espirituais foi clara para o célebre batista inglês F. B. Meyer (1847-1929), sobre o qual o cessacionista Spurgeon disse certa vez: “Ele prega como um homem que viu Deus face a face”.

Ela foi clara para o reverendo R. B. Swan, sua esposa e alguns membros de sua igreja em Providence, Rhode Island, EUA, em 1875, que receberam todos, segundo depoimento do próprio Rev. Swan, a glossolalia. E o que dizer dos relatos e/ou experiências próprias de glossolalia registrados nos séculos 18 e 19 por Thomas Walsh, William Doughty, William Arthur, Horace Bushnell, V. P. Simmons, J. C. Aroolappen e tantos outros?

Em 1801, há 212 anos, nos Estados Unidos, na localidade de Cane Ridge, Kentucky, cerca de 3 mil pessoas, em um acampamento da Igreja Presbiteriana, entraram no que descreveram como “estado de júbilo”, com “centenas” delas “falando em línguas sobrenaturalmente” (
Dicionário do Movimento Pentecostal, CPAD, 2007, p. 235).

A contemporaneidade dos dons espirituais foi clara para o célebre evangelista congregacional Dwight Lyman Moody (1837-1899), contemporâneo de Spurgeon e que foi, segundo historiadores, o homem que mais ganhou vidas para Jesus no século 19.


Ela foi clara também para o célebre pregador calvinista congregacional David Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) (Leia
AQUI excelente artigo de John Piper a respeito). E nos dias de hoje, a contemporaneidade dos dons espirituais é aceita por calvinistas como Wayne Grudem, J. I. Packer, John Piper, Craig Keener, D. A. Carson, Mark Driscoll, C. J. Mahaney, Tim Keller, Sam Storms, Matt Chandler, Vincent Cheung, James MacDonald, Matt Slick, James K. A. Smith, Johanes Lilik Susanto e Paul Walsher, só para citar os conhecidos. Porém, MacArthur ignora essa gente toda e cita ele e R. C. Sproul como referência sobre o assunto, como que querendo dizer que a teologia dele e de Sproul está acima da de todos estes outros colegas calvinistas. Com todo respeito que possamos ter por MacArthur e Sproul como ensinadores (eu mesmo gosto de muitos textos de Sproul), eles não são melhores teólogos do que muitos daqueles que acabei de mencionar.

E para piorar, MacArthur, ao final de sua fala, cita nomes do pentecostalismo que pregavam heresias ou que caíram em pecado, quando deveria lembrar de pentecostais como Stanley Horton, Anthony D. Palma, William Menzies, David Wilkerson, Roger Stronstad, Myer Pearlman, George Wood etc etc etc, todos seus compatriotas. Já imaginou se cometo o mesmo pecado de tomar todos os reformados por nomes dentre eles que os constrangem justamente por não representarem a maioria dos reformados ou o que pensa os reformados, seja pelo seu ensino ou comportamento? Não seria correto, seria? Seria profundamente desonesto, na verdade.
 
Outra acusação foi que MacArthur e os cessacionistas estão falando de algo que só é verdade para extremistas, lunáticos do movimento, e ele afirma que “obviamente não é verdade”, porque acredita que há erro no movimento carismático que varre todo o movimento. “Noventa por cento das pessoas em todo o mundo ligadas ao movimento carismático apropriam-se do evangelho da prosperidade”, disse ele. “24 a 25 milhões deles negam a trindade, 100 milhões deles são católicos romanos. Esta não é uma franja. Este é o movimento, e está crescendo a uma taxa rápida”, acrescentou.

Se juntarmos todos os católicos carismáticos, os unitaristas e os carismáticos e neopentecostais adeptos da Teologia da Prosperidade ou de outras heresias em todo o mundo, eles provavelmente não chegam sequer a 30% dos mais de 800 milhões de pentecostais no planeta. Colocar todos eles no mesmo saco é de uma irresponsabilidade e insensibilidade enormes. Nas igrejas pentecostais europeias, por exemplo, quase inexiste a Teologia da Prosperidade. E mesmo nos EUA, Brasil e África, onde a Teologia da Prosperidade é forte, há muitos pentecostais que pregam e ensinam contra ela, inclusive a maior denominação pentecostal do nosso país. 
 
“Se os líderes reformados que conhecem a verdade, o Evangelho e a Palavra de Deus não policiarem o movimento, os terroristas espirituais vão dominar”, disse ele.

A moda agora é chamar todo divergente de “terrorista”. Vide Obama, que chamou os parlamentares republicanos mês passado de “homens bomba”, “terroristas” e “incendiários”.

MacArthur já chamou carismáticos de “não-cristãos” e “terroristas”. O que falta agora? “Doentes mentais”? “Demoníacos”?
 
“O movimento carismático tem aberto mais amplamente a porta para o erro teológico do que qualquer outra aberração doutrinária nos dias de hoje”, acrescentou MacArthur, observando que no capítulo 12 de seu livro ele escreveu uma carta aberta a seus amigos continuístas.

O neopentecostalismo é que tem aberto. E mais uma vez ele coloca os males do mundo evangélico na conta dos continuístas de forma geral. É de uma desonestidade enorme. Será que ele não leu nenhum livro da profusão de livros apologéticos pentecostais nos EUA e no mundo combatendo os erros do neopentecostalismo?
 
“Se os dons praticados na igreja carismática de hoje são equivalentes aos descritos no Novo Testamento, então esses dons originais não tinham nada de especial”, disse ele, acrescentando que estes “degradam os verdadeiros dons que Deus deu à igreja do primeiro século”.
Ele acrescentou que o movimento “desonra o Espírito Santo, atraindo pessoas com falsificações, e faz as pessoas pensarem que elas não têm o que precisam, e que há algo lá fora que precisam perseguir”.

Esse foi o argumento mais tíbio de todos. Os dons só seriam extraordinários se ficassem circunscritos à Era Apostólica?

Quanto a eventuais falsificações, MacArthur esquece que falsas e distorcidas manifestações de dons espirituais ocorreram até nos tempos apostólicos, vide, só para citar um exemplo, as orientações de Paulo aos crentes em Corinto sobre desvios nessa área ali.


O que devemos fazer não é negar os dons porque há gente que os perverte, mas orientar em favor das manifestações sadias. Como diz um velho e sábio provérbio latino,
Abusus non tollit usum – “O abuso não tolhe o uso”.

Não se joga o bebê fora junto com a água suja da bacia. Não se toma a maioria pela minoria. Não se deve transformar exceção em regra e regra em exceção. Regra é regra, exceção é exceção.


Quanto às declarações de que a contemporaneidade dos dons espirituais “desonra o Espírito Santo” e “faz as pessoas pensarem que elas não têm o que precisam, e que há algo lá fora que precisam perseguir”, trata-se de uma tremenda distorção das coisas:


1) Quem aceitou Jesus como Senhor e Salvador tem tudo o que precisa em termos de Salvação, mas isso não significa que os dons espirituais, que acompanham a Salvação, que são acessórios dela, não são importantes. Os dons (inclusive os espirituais) não são essenciais para a salvação, mas eles são importantes, porque foram dados à Igreja para a sua edificação, para o enriquecimento da vida cristã.


2) Desprezar os dons espirituais é que é negativo, pois é apagar uma ação específica do Espírito Santo em nossas vidas a qual tem por objetivo enriquecer ainda mais o nosso serviço a Deus e à Sua Igreja (1Ts 5.19-21).


3) A Bíblia nos orienta a buscarmos, a perseguirmos, “os melhores dons”, e inclusive menciona o de profecia como um destes melhores (1Co 14.1).
 
MacArthur também apontou para aqueles que são continuístas, auxiliando o problema, porque eles querem dar lugar para o movimento carismático e “não estão ajudando a resolver os problemas de falsa doutrina”.

Pois é, para MacArthur, gente como Wayde Grudem, J. I. Packer, John Piper e o falecido D. Martyn Lloyd-Jones seriam calvinistas que atrapalham, dando oportunidade à expansão da falsa doutrina. E como ele já disse que a maioria dos crentes continuístas é de “não-cristãos”, logo o próximo passo deve ser o Céu só para os cessacionistas. Não sei se ele vai chegar a tanto, mas ele já beira a isso em alguns momentos ao afirmar que seu cessacionismo não é uma questão secundária, mas de suma importância para toda a fé cristã.

Que pena. Em uma época em que os cristãos sérios deveriam se unir para combater males reais e comuns no meio evangélico, alguns deles dirigem seus ataques para o foco errado.
******
Fonte: http://www.cpadnews.com.br/blog/silasdaniel/?POST_1_84_AS+SANDICES+DE+JOHN+MACARTHUR.html