20.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por José Rosivaldo

Todos nós sabemos e pregamos que os cristãos devem viver em unidade.
Não apenas falamos sobre unidade, mas a própria Bíblia nos assegura em
diversos textos sobre a importância e as bênçãos de Deus que são
derramadas como aprovação para a unidade vivida pelo seu povo (Sl. 133).
João chega a dizer que o perdão de Deus é condicionado à prática da
comunhão entre os irmãos (I Jo. 1.7). O autor aos Hebreus ensina-nos a
buscar a paz com todos (Hb. 12.14). E Jesus disse que seus discípulos
seriam conhecidos pela prática do amor (Jo. 13.35). Mas uma questão
parece contradizer esse ensino. A mesma Bíblia que ensina que os
cristãos devem manter-se conectados pelos laços do amor mútuo, diz
também que existem determinadas parcerias que são abomináveis ao Senhor,
senão vejamos.
Já no livro da Lei, Deus ensina seu povo a não se tornar cúmplice de
pessoas que estão erradas (Ex.23.1). O salmo mais conhecido acerca de
companheirismo é o salmo 1, ele nos ensina precisamente que os justos,
ou seja, os servos de Deus não devem nem mesmo sentar na roda dos
escarnecedores, nem se deter no caminho dos pecadores. Então somos
instruídos que não é todo tipo de unidade que Deus aprova. Há
determinados tipos de pessoas com as quais não devemos nem comer (I Co.
5.11), porque existem companhias que corrompem os bons costumes (I Co.
15.33). Precisamos ser seletivos na escolha das nossas amizades (Sl.
119.63). As pessoas com as quais convivemos exercem influencia sobre nós
(Pv. 13.20).
Devemos buscar a paz com todos não aprovando tudo o que os outros
fazem, mas mantendo a distância necessária para nem negligenciar a
prática da bondade e nem nos mancomunar com suas práticas errôneas.
Devemos ajudar aos que precisam de nós sem nos tornar seus cúmplices
quando suas obras são más. Temos que nos relacionar com as pessoas sem
nos deixar ser influenciados por suas ideologias pecaminosas ou mesmo
por pensamentos e procedimentos desonrosos.
É possível cumprir os ensinos sagrados com relação à unidade sem
descumprir os preceitos divinos acerca da prudência na unidade?
Certamente que sim. Basta que sigamos o modelo adotado pelo próprio
Deus. Deus ama o pecador que não se converteu, mas com ele Deus não anda
(Hc. 1.13). Há uma distância requerida nas relações que travamos com as
pessoas. Cada pessoa tem uma distância especifica no nosso tratamento
para com elas. Essa distância será determinada pelo nível de
espiritualidade e moralidade que elas desenvolvem.
Aqui entra em ação uma diferenciação pouco compreendida: amar e
gostar não são a mesma coisa. Amar é tratar como gostaria de ser
tratado, é perdoar, é ajudar, é ser misericordioso, etc. gostar é
compartilhar das mesmas afinidades, é concordar e ser parceiro numa
determinada coisa voluntariamente, é sentir-se satisfeito na colaboração
das obras de alguém. Quando gostamos de alguém nos identificamos com
seus atos e procedência. Em outras palavras gostar é aprovar
inconscientemente.
Então como filhos de Deus amemos a todos os que Ele ama e gostemos
apenas dos que Ele gosta. Saibamos lidar com nossas relações sem deixar
que elas interfiram negativamente na nossa prática da vontade de Deus.
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/unidade-deus-abomina/
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