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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A Bíblia é digna de crédito? Como foi escrita?

18.08.2016
Do blog CIÊNCIA E FÉ

Sim, a Bíblia é digna de crédito. Ao estudar a Bíblia com cuidado, verifica-se que ela não contém erros grosseiros como os encontrados em outros escritos antigos. Embora a Bíblia contenha muitas descrições não científicas, nenhum trecho da Bíblia precisa ser revisto em função de resultados conclusivos de pesquisas científicas.
A Bíblia foi escrita num período de cerca de 1500 anos. Estiveram envolvidos aproximadamente 45 escritores de diferentes origens e ocupações. Entre eles estão os intelectuais Moisés e Paulo, o comandante militar Josué, o ministro de estado Daniel, os reis Davi e Salomão, o pastor de ovelhas Amós, o pescador Pedro, o médico Lucas. Muitas vezes os textos da Bíblia foram escritos em lugares incomuns, como no deserto, na prisão, no palácio, em viagens ou no exílio. Sua redação se deu nas mais diversas situações emocionais como alegria e amor, medo e preocupação, necessidade e desespero. Apesar das 60 gerações que passaram durante sua composição e apesar da grande diversidade de escritores, a Bíblia expõe uma temática uniforme e coordenada, tratando de centenas de tópicos com harmonia e continuidade notáveis.
A Bíblia é dividida em duas partes: o Antigo Testamento (AT), com escritos de antes da era cristã, e o Novo Testamento (NT), com escritos da era cristã. Um catálogo ou lista dos escritos incluídos na Bíblia é chamado de cânon bíblico. Os cânones usados pelos cristãos católicos, protestantes e ortodoxos têm diferenças no AT. Não há diferenças na composição do NT.
As listas mais antigas de textos do AT correspondem ao Tanach, o principal conjunto de livros sagrados do judaísmo. Este é o cânon do AT adotado nas Bíblias protestantes. Textos adicionais, chamados de deuterocanônicos, existem no AT das Bíblias católicas e ortodoxas. Estes textos provém da Septuaginta, uma tradução de livros judaicos para o grego, muito usada desde antes da era cristã. As diferenças no cânon do AT podem ser entendidas como secundárias, pois para reformadores protestantes como Lutero, os textos deuterocanônicos "não são considerados iguais às Sagradas Escrituras, mas mesmo assim de leitura boa e proveitosa."
Achados arqueológicos (como por exemplo os escritos das cavernas de Qumran) têm comprovado a qualidade dos manuscritos disponíveis para os textos do AT. E também com relação ao seu conteúdo, o arqueólogo e orientalista William Foxwell Albright (1891-1971) resume: "Não há como negar que a arqueologia confirma a substancial credibilidade histórica da tradição do Antigo Testamento."
A referência mais antiga ao cânon do NT é conhecida como o Cânon de Muratori e data do século II. Relaciona os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), as cartas de Paulo, Judas, as duas primeiras cartas de João e o Apocalipse. Não inclui as epístolas de Tiago, as de Pedro e aquela aos Hebreus. Controvérsias existiram com relação à inclusão no cânon de Hebreus, Tiago, Judas, Apocalipse, a segunda e terceira cartas de João e a segunda de Pedro. Da mesma forma, outros escritos já estiveram no cânon do NT, e depois foram rejeitados. Dentre estes, os principais foram a primeira carta de Clemente aos Coríntios (do século I) e o Pastor de Hermas (do século II). Há documentos históricos, como a História da Igreja, escrita por Eusébio de Cesaréia (cerca de 260-340), que relatam os argumentos usados para inclusão ou não dos diversos textos no cânon bíblico.
A lista completa dos livros do NT aparece pela primeira vez numa epístola de Atanásio de Alexandria para a Páscoa de 367 d.C. Esta mesma lista foi confirmada posteriormente nos concílios regionais Hipona I (393 d.C) e Cartago III (397 d.C) e IV (417 d.C). Um documento conhecido como Decreto Gelasiano (496 d.C.) também confirma este cânon para o NT.
A autenticidade do NT, em especial a dos evangelhos, é significativa para a fé cristã, que neles tem fundamento. A evidência histórica e testemunhos arquelógicos mostram a proximidade entre a vida de Jesus e a redação dos evangelhos. A relevância desta proximidade é ressaltada no próprio NT, por exemplo por Pedro, que escreve em sua segunda carta: "Nós não estávamos contando coisas inventadas quando anunciamos a vocês a vinda poderosa do nosso Senhor Jesus Cristo, pois com os nossos próprios olhos nós vimos a sua grandeza." (1:16)
Dispõe-se hoje de mais de 5200 cópias manuscritas com textos do original grego do NT. Alguns são papiros (os mais antigos testemunhos do texto do NT), outros são códices unciais (escritos em caracteres maiúsculos sobre pergaminho),códices minúsculos (escritos mais tarde em caracteres minúsculos) ou lecionários (cópias para uso litúrgico). Há mais de 80 papiros, 260 códices maiúsculos, 2700 códices minúsculos e 2100 lecionários distribuídos por bibliotecas de vários países.
As pequenas variações encontradas nestes mais de cinco mil manuscritos são gramaticais ou sintáticas, sem implicações relevantes de conteúdo. Analisando e comparando os manuscritos, os especialistas são capazes de reconstruir a face autêntica original do Novo Testamento que hoje usamos. A documentação existente para esta reconstrução é excepcionalmente privilegiada. Isto fica claro ao confrontar as testemunhas do texto original do NT com as dos textos clássicos latinos e gregos. As primeiras cópias das obras de escritores clássicos (Virgílio, Horácio, Platão, Eurípedes, etc.) consideradas autênticas e plenamente reconhecidas são posteriores às primeiras cópias dos evangelhos.
A autenticidade do NT é também confirmada por historiadores antigos. Eusébio de Cesareia, por exemplo, cita Pápias († 130) bispo de Hierápolis, nascido no primeiro século, isto é, no tempo em que João ainda vivia. Pápias disse sobre o evangelho de Mateus: "Mateus, por sua parte, pôs em ordem os dizeres [de Jesus] na língua hebraica, e cada um depois os traduziu como pode." (História da Igreja III, 39:16).
Uma outra citação de Pápias na obra de Eusébio refere-se ao evangelho de Marcos: "Marcos, tendo se tornado intérprete de Pedro, anotou exatamente, embora não em ordem, tudo o que recordou das palavras e ações de Cristo. Pois não ouviu o Senhor nem o seguiu, mas depois, como eu já disse, seguiu a Pedro, que adaptava seu ensino às necessidades dos ouvintes, sem a intenção de dar um relato conectado dos discursos do Senhor. Assim, Marcos não cometeu engano quando escreveu as coisas como as recordou, pois era cuidadoso em nada omitir do que tinha ouvido, e nada dizer de falso." (História da Igreja III, 39:15).
Outro testemunho foi dado por Irineu († 200). Ele foi discípulo de Policarpo, bispo de Esmirna, que por sua vez foi discípulo de João. Sobre a origem dos evangelhos Irineu escreve: "Mateus, igualmente, compôs um evangelho entre os hebreus no seu próprio dialeto, enquanto Pedro e Paulo pregavam em Roma, e lançavam os fundamentos da igreja. Após sua partida, Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro, igualmente entregou-nos por escrito o que tinha sido pregado por Pedro. Lucas, o companheiro de Paulo, também anotou num livro o evangelho pregado por ele. Mais tarde, João, discípulo do Senhor, o mesmo que reclinou sobre o seu peito, publicou também um evangelho quando de sua estadia em Éfeso." (Contra as heresias I, 1).
Muitos autores discutem a credibilidade do texto bíblico com detalhe e objetividade. Para saber mais, consulte:
  • J. McDowell - Novas evidências que demandam um veredito. Volumes 1 e 2, Editora Hagnos, 2013. (clique aqui para localizar este livro no site da editora)
  • J.A. Thompson - A Bíblia e a arqueologia, Editora Vida Cristã, 2004.
  • F.F. Bruce - Merece confiança o Novo Testamento?, Editora Vida Nova, 2004. (clique aqui para localizar este livro no site da Editora Vida Nova)
  • G. Habermas - "Why I believe the New Testament is historically reliable", In: N.L. Geisler e P.K. Hoffman (Eds.), Why I am a Christian: leading thinkers explain why they believe, Baker Books, 2001.
  • G. Habermas - "Recent perspectives on the reliability of the gospels"Christian Research Journal, 28(1), 2005.
  • G.L. Archer Jr. - Panorama do Antigo Testamento, nova edição revisada e ampliada do clássico Merece confiança o Antigo Testamento?, Editora Vida Nova, 2012. (clique aqui para localizar este livro no site da Editora Vida Nova) 
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perga2

SECURALISMO: Carta a um universitário cristão

17.08.2016
Do blog FREEWEBS
Por Alderi Souza de Matos*

Caro irmão em Cristo,

Você tem o privilégio de frequentar um curso superior, algo que não está disponível para muitos brasileiros como você. Todavia, esse privilégio implica em muitas responsabilidades e em alguns desafios especiais. Um desses desafios diz respeito a como conciliar a sua fé com determinados ensinos e conceitos que lhe têm sido transmitidos na vida acadêmica.

Até ingressar na universidade, você viveu nos círculos protegidos do lar e da igreja. Nunca a sua fé havia sido diretamente questionada. Talvez por vezes você tenha se sentido um tanto desconfortável com certas coisas lidas em livros e revistas, com opiniões emitidas na televisão ou com alguns comentários de amigos e conhecidos. Porém, de um modo geral, você se sentia seguro quanto às suas convicções, ainda que nunca tivesse refletido sobre elas de modo mais aprofundado.

Agora, no ambiente secularizado e muitas vezes abertamente incrédulo da universidade, você tem ficado exposto a ideias e teorias que se chocam frontalmente com a sua fé até então singela, talvez ingênua, da infância e da adolescência. Os professores, os livros, as aulas e as conversas com os colegas têm mostrado outras perspectivas sobre vários assuntos, as quais parecem racionais, científicas, evoluídas. Algumas de suas crenças e valores parecem agora menos convincentes e você se sente pouco à vontade para expressá-los. No intuito de ajudá-lo a enfrentar esses desafios, eu gostaria de fazer algumas considerações e chamar a sua atenção para alguns dados importantes.

Em primeiro lugar, você não deve ficar excessivamente preocupado com as suas dúvidas e inquietações. Até certo ponto, ter dúvidas é algo que pode ser benéfico porque ajuda a pessoa a examinar melhor a sua fé, conhecer os argumentos contrários e adquirir convicções mais sólidas. O apóstolo Paulo queria que os coríntios tivessem uma fé testada, amadurecida, e por isso recomendou-lhes: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos" (2 Co 13.5). As dúvidas mal resolvidas realmente podem ser fatais, mas quando dão oportunidade para que a pessoa tenha uma fé mais esclarecida e consciente, resultam em crescimento espiritual e maior eficácia no testemunho. O apóstolo Pedro exortou os cristãos no sentido de estarem "sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós" (1 Pe 3.15).

Além disso, você deve colocar em perspectiva as afirmações feitas por seus professores e colegas em matéria de fé religiosa. Lembre-se que todas as pessoas são influenciadas por pressupostos, e isso certamente inclui aqueles que atuam nos meios universitários. A ideia de que professores e cientistas sempre pautam as suas ações pela mais absoluta isenção e objetividade é um mito. Por exemplo, muitos intelectuais acusam a religião de ser dogmática e autoritária, de cercear a liberdade das pessoas e desrespeitar a sua consciência. Isso até pode ocorrer em muitos casos, mas a questão aqui é a seguinte: 

Estão os intelectuais livres desse problema? A experiência mostra que os ambientes acadêmicos e científicos podem ser tão autoritários e cerceadores quanto quaisquer outras esferas da atividade humana. Existem departamentos universitários que são controlados por professores materialistas de diversos naipes - agnósticos, existencialistas e marxistas. Muitos alunos cristãos desses cursos são ridicularizados por causa de suas convicções, não têm a liberdade de expor seus pontos de vista religiosos e são tolhidos em seu desejo de apresentar perspectivas cristãs em suas monografias, teses ou dissertações. Portanto, verifica-se que certas ênfases encontradas nesses meios podem ser ditadas simplesmente por pressupostos ou preconceitos antirreligiosos e anticristãos, em contraste com o verdadeiro espírito de tolerância e liberdade acadêmica.

Você, estudante cristão que se sente ameaçado no ambiente universitário, deve lembrar que esse ambiente é constituído de pessoas imperfeitas e limitadas, que lidam com seus próprios conflitos, dúvidas e contradições, e que muitas dessas pessoas foram condicionadas por sua formação familiar e/ou educacional a sentirem uma forte aversão pela fé religiosa. Tais indivíduos, sejam eles professores ou alunos, precisam não do nosso assentimento às suas posições antirreligiosas, mas do nosso testemunho coerente, para que também possam crer no Deus revelado em Cristo e encontrem o significado maior de suas vidas.

Todavia, ao lado dessas questões mais pessoais e subjetivas, existem alegações bastante objetivas que fazem com que você se sinta abalado em suas convicções cristãs. Uma dessas alegações diz respeito ao suposto conflito entre fé e ciência. O cristianismo não vê esse impasse, entendendo que se trata de duas esferas distintas, ainda que complementares. Deus é o criador tanto do mundo espiritual quanto do mundo físico e das leis que o regem. Portanto, a ciência corretamente entendida não contradiz a fé; elas tratam de realidades distintas ou das mesmas realidades a partir de diferentes perspectivas. O problema surge quando um intelectual, influenciado por pressupostos materialistas, afirma que toda a realidade é material e que nada que não possa ser comprovado cientificamente pode existir. O verdadeiro espírito científico e acadêmico não se harmoniza com uma atitude estreita dessa natureza, que decide certas questões por exclusão ou por antecipação.

Mas vamos a alguns tópicos mais específicos. Você, universitário cristão, pode ouvir em sala de aula questionamentos de diversas modalidades: acerca da religião em geral (uma construção humana para responder aos anseios e temores humanos), de Deus (não existe ou então existe, mas é impessoal e não se relaciona com o mundo), da Bíblia (um livro meramente humano, repleto de mitos e contradições), de Jesus Cristo (nunca existiu ou foi apenas um líder carismático), da criação (é impossível, visto que a evolução explica tudo o que existe), dos milagres (invenções supersticiosas, uma vez que conflitam com os postulados da ciência), e assim por diante. Não temos aqui espaço para responder a todas essas alegações, mas perguntamos: Quem conferiu às pessoas que emitem esses julgamentos a prerrogativa de terem a última palavra sobre tais assuntos? Por que deve um universitário cristão aceitar tacitamente essas alegações, tantas vezes motivadas por preferências pessoais e subjetivas dos seus mestres, como se fossem verdades definitivas e inquestionáveis?

O fato é que, desde o início, os cristãos se defrontaram com críticas e contestações de toda espécie. Nos primeiros séculos da era cristã, muitos pagãos acusaram os cristãos de incesto, canibalismo, subversão e até mesmo ateísmo! Foram especialmente contundentes as críticas feitas por homens cultos como Porfírio e Celso, que questionaram a Escritura, as noções de encarnação e ressurreição, e outros pontos. Eles alegavam que o cristianismo era uma religião de gente ignorante e supersticiosa. Em resposta a esses ataques intelectuais surgiu um grupo de escritores e teólogos que ficaram conhecidos como os apologistas e os polemistas. Dentre eles podem ser citados Justino Mártir, Irineu de Lião, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes, que produziram notáveis obras em defesa da fé cristã.

Em nosso tempo, também têm surgido grandes defensores da cosmovisão cristã, tais como Cornelius Van Til, C. S. Lewis, Francis Schaeffer, R. C. Sproul, John Stott e outros, que têm utilizado não somente a Bíblia, mas a teologia, a filosofia e a própria ciência para debater com os proponentes do secularismo. Além deles, outros autores têm publicado obras mais populares acerca do assunto, apresentado argumentos convincentes em resposta às alegações anticristãs. Um bom exemplo recente é o livro de Lee Strobel, Em Defesa da Fé, que possui um capítulo especialmente instrutivo sobre uma questão até hoje não aclarada pela ciência, ou seja, a origem da vida. É importante que você, universitário cristão, leia esses autores, familiarize-se com seus argumentos e reflita de maneira cuidadosa sobre a sua fé, a fim de que possa resistir à sedução dos argumentos divulgados nos meios acadêmicos.

Outra iniciativa importante que você deve tomar é aproximar-se de outros estudantes que compartilham as mesmas convicções. É muito difícil enfrentar sozinho as opiniões contrárias de um sistema ou de uma comunidade. Por isso, envolva-se com um grupo de colegas cristãos que se reúnam para conversar sobre esses temas, compartilhar experiências, apoiar-se mutuamente e cultivar a vida espiritual. Muitas universidades têm representantes da Aliança Bíblica Universitária (ABU) e de outras organizações cristãs idôneas que visam precisamente oferecer auxílio aos estudantes que se deparam com esses desafios. Não deixe também de participar de uma boa igreja, onde você possa encontrar comunhão genuína e alimento sólido para a sua vida com Deus.

Em conclusão, procure encarar de maneira construtiva os desafios com que está se defrontando. Veja-os não como incômodos, mas como oportunidades dadas por Deus para ter uma fé mais madura e consciente, para conhecer melhor as Escrituras, para inteirar-se das críticas ao cristianismo e de como responder a elas, para dar o seu testemunho diante dos seus professores e colegas, por palavras e ações. Saiba que você não está só nessa empreitada. Além de irmãos que intercedem por sua vida, você conta com a presença, a força e a sabedoria do Senhor. Muitos já passaram por isso e foram vitoriosos. Meu desejo sincero é que o mesmo aconteça com você. Deus o abençoe!

*Alderi Souza de Matos é doutor pela Boston University e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/carta.htm

O CÓDIGO DA VINCI: A verdadeira mensagem secreta escondida

18.08.2016
Do blog TELE - FÉ

Leia a reportagem do site R7.com e ao final da mesma uma NOTA APOLOGÉTICA com textos e contextos bíblicos a respeito da polêmica de Leonardo Da Vinci.
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Famosa há décadas, “A Última Ceia”, pintada por Leonardo da Vinci, ficou cercada por mistério e debate após “O Código Da Vinci” apresentar teorias sobre Maria Madalena e o “O Santo Graal“.

Enquanto esses aspectos ainda são estudados, os especialistas dizem que a obra retrata alguns segredos da vida real, como a ideia de que os discípulos eram pessoas comuns, e de que o próprio Jesus era um mero mortal.
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O canal Smithsonian explica que por mais que a pintura de da Vinci seja a mais reconhecida, ela não é a única versão. Existem inúmeras outras interpretações de Jesus com os doze discípulos criadas no século XV. O que diferencia outras obras da sua é a presença de halos. Na versão de da Vinci, nem mesmo Jesus é mostrado com halo em volta da cabeça. Já em outras versões, eles são retratados como santos.

Segundo Mario Taddei, um inventor de Milão e especialista em obras de da Vinci, omitir halos em sua pintura era uma forma de enviar uma mensagem.
O pesquisador, que passou quinze anos estudando o trabalho do artista, explica que as pessoas representadas na pintura de da Vinci não são santidades, mas sim “homens simples“, apontando que Jesus também era mortal. “Eu entendo que ele não registrou as auras porque acreditava que as pessoas são comuns, e esse é o verdadeiro segredo de Leonardo”.
Na obra “O Código Da Vinci”, a pintura desempenhou um papel crítico mostrando que a figura sentada à direita de Jesus seria Maria Madalena, em vez do discípulo João. Isso foi resultou na teoria de que ela era “O Santo Graal“. Os argumentos apresentados no livro de ficção foram recebidos com duras críticas, e especialistas dizem que não há dúvida que é João o retratado na imagem.
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Clique no PLAY e acompanhe o texto ouvindo o áudio:
Tocador de áudio
“É Jesus um mito? É Jesus apenas uma cópia dos deuses pagãos de outras religiões antigas?”
Resposta: Há uma série de vozes alegando que os relatos de Jesus como registrados no Novo Testamento são apenas mitos e foram o resultado dos escritores pegando emprestado contos da mitologia pagã, tais como as histórias de Osíris, Dionísio, Adonis, Attis e Mitra. A alegação é que essas figuras mitológicas são essencialmente a mesma história que o Novo Testamento atribui a Jesus Cristo de Nazaré. Como Dan Brown afirma em O Código Da Vinci, “Nada no Cristianismo é original.”
No entanto, quando os fatos são examinados, a suposta ligação entre o Novo Testamento e a mitologia é facilmente desmentida. Para descobrir a verdade sobre essas afirmações particulares e outras parecidas, é importante (1) descobrir a história por trás das afirmações, (2) analisar as representações históricas reais dos falsos deuses sendo comparados a Cristo, (3) expor as falácias lógicas que os autores estão fazendo, e (4) olhar por que os evangelhos do Novo Testamento podem ser confiados por descreverem com precisão o verdadeiro e histórico Jesus Cristo.
Em primeiro lugar, as alegações de que Jesus era um mito ou um exagero originaram-se nos escritos dos teólogos liberais alemães do século 19. Eles essencialmente alegaram que o Cristianismo era apenas uma cópia da adoração generalizada dos deuses da fertilidade morrendo e ressuscitando em vários lugares -Tamuz na Mesopotâmia, Adônis na Síria, Attis na Ásia Menor e Osíris no Egito. Nenhum destes escritos chegaram a avançar no âmbito acadêmico ou do pensamento religioso porque as suas afirmações foram investigadas por estudiosos e julgadas completamente infundadas. Foi somente no final século 20 e início do 21 que estas afirmações foram ressuscitadas, principalmente devido ao surgimento da internet e da distribuição em massa de informação que não tem qualquer fundamento ou responsabilidade histórica.
Isso nos leva à próxima área de investigação – os deuses mitológicos da antiguidade realmente espelham a pessoa de Jesus Cristo? Como exemplo, o filme Zeitgeist faz estas afirmações sobre o deus egípcio Hórus:
• Ele nasceu em 25 de dezembro de uma virgem – Isis Maria

• Uma estrela no Oriente proclamou a sua chegada

• Três reis foram adorar o “salvador” recém-nascido

• Aos 12 anos de idade, quando ainda um menino, ele tornou-se um professor prodígio

• Aos 30 anos ele foi “batizado” e começou um “ministério”

• Hórus tinha doze “discípulos”
• Hórus foi traído
• Ele foi crucificado
• Ele foi sepultado por três dias
• Ele foi ressuscitado depois de três dias

No entanto, quando os escritos atuais sobre Hórus são competentemente analisados, isto é o que encontramos:
• Hórus nasceu a Ísis; não há qualquer menção na história de sua mãe sendo chamada de “Maria”. Além disso, Maria é a nossa forma latinizada de seu nome verdadeiro “Miryam” ou Miriam. “Maria” não foi nem usado nos textos originais das Escrituras. • Ísis não era virgem; ela era a viúva de Osíris, com quem concebeu Hórus.

• Hórus nasceu durante o mês de Khoiak (outubro/novembro) e não no dia 25 de dezembro. Além disso, a Bíblia não menciona a data exata do nascimento de Cristo.

• Não há qualquer registro de três reis visitando Hórus em seu nascimento. A Bíblia nunca afirma o real número de magos que foram ver Cristo.

• Hórus não é um “salvador” de qualquer forma e nunca morreu por ninguém.

• Não há relatos de Hórus sendo um professor aos 12 anos de idade.

• Hórus não foi “batizado”. O único relato de Hórus que envolve a água é uma história onde ele é despedaçado e Ísis pede ao deus crocodilo que o pesque da água onde havia sido colocado.
• Hórus não tinha um “ministério”.
• Hórus não tinha 12 discípulos. De acordo com as narrativas, Hórus tinha quatro semi-deuses que eram seguidores e algumas indicações de 16 seguidores humanos e um número desconhecido de ferreiros que entraram em batalha com ele.
• Não existe nenhuma narrativa de Hórus sendo traído por um amigo.
• Hórus não morreu por crucificação. Há vários relatos da morte de Hórus, mas nenhum deles envolve a crucificação.
• Não existe nenhum relato de Hórus sendo sepultado por três dias.
• Hórus não foi ressuscitado. Não existe nenhuma narrativa de Hórus saindo do túmulo com o mesmo corpo de quando entrou. Alguns relatos narram Hórus/Osíris sendo trazidos de volta à vida por Ísis e sendo o senhor do submundo.

Então, quando comparados lado a lado, Jesus e Hórus têm pouca, ou nenhuma, semelhança um com o outro. Uma outra comparação popular feita por aqueles que afirmam que Jesus Cristo é um mito é entre Jesus e Mitra. Todas as declarações acima acerca de Hórus são aplicadas a Mitra (isto é, nascido de uma virgem, sendo crucificado, ressuscitando em três dias, etc.). Entretanto, o que os textos antigos realmente dizem sobre Mitra?
• Ele nasceu de uma rocha sólida e não de qualquer mulher.

• Ele lutou primeiro com o sol e em seguida com um touro primitivo, o que é considerado o primeiro ato da criação. Mitra matou o touro, o qual se tornou a base da vida para a raça humana.

• O nascimento de Mitra foi celebrado no dia 25 de dezembro, juntamente com o solstício de inverno.

• Não há menção dele sendo um grande professor.

• Não há menção de Mitra tendo 12 discípulos. A ideia de que Mitra teve 12 discípulos pode ter vindo de um mural em que Mitra é cercado por doze signos do Zodíaco.

• Mitra não teve uma ressurreição corporal. Diz o mito que Mitra concluiu sua missão terrena e em seguida foi levado para o paraíso em uma carruagem, vivo e bem. O escritor cristão primitivo Tertuliano escreveu sobre os seguidores de Mitra reencenando as cenas de ressurreição, mas ele escreveu sobre isso ocorrendo bem depois dos tempos do Novo Testamento, por isso, se qualquer plágio foi feito, o culto de Mitra foi quem copiou o Cristianismo.
Mais exemplos podem ser dados de Krishna, Átis, Dionísio e outros deuses mitológicos, mas o resultado é o mesmo. No final, o Jesus histórico, como retratado na Bíblia, é completamente original. As semelhanças reivindicadas são muito exageradas. Além disso, embora a crença em Hórus, Mitra e outros preceda o Cristianismo, há muito pouco registro histórico das crenças pré-cristãs dessas religiões. A grande maioria dos primeiros escritos sobre essas religiões são datadas dos séculos III e IV dC. É ilógico e anti-histórico reivindicar que as crenças pré-cristãs nessas religiões (das quais não há registro) foram idênticas às crenças pós-cristãs nestes grupos (das quais há registo). É mais historicamente válido atribuir eventuais semelhanças entre as religiões e o Cristianismo às religiões copiando as crenças cristãs sobre Jesus e dando esses atributos aos seus próprios deuses/salvadores/fundadores em uma tentativa de parar o rápido crescimento do Cristianismo.
Isso nos leva a analisar a próxima área: as falácias lógicas cometidas por aqueles que afirmam que o Cristianismo pegou emprestado das misteriosas religiões pagãs. Duas falácias em particular são evidentes — a falácia da falsa causa e a falácia terminológica. Se uma coisa precede a outra, isso não significa que a primeira causou a segunda. Esta é a falácia da falsa causa. Mesmo se as narrativas pré-cristãs de deuses mitológicos muito se assemelhassem a Cristo (e não se assemelham), isso não significa que elas causaram os escritores do evangelho a inventar um falso Jesus. Afirmar tal coisa seria como dizer que a série de TV Jornada nas Estrelas causou o programa de foguetes espaciais da NASA.
A falácia terminológica ocorre quando os termos são redefinidos para provar um ponto, quando na verdade esses termos não significam a mesma coisa quando comparados à sua fonte. Assim, por exemplo, o filme Zeitgeist diz que Hórus “iniciou o seu ministério”, mas Hórus não tinha um ministério – nada parecido com o ministério de Cristo. Os que afirmam que Jesus e Mitra são o mesmo falam sobre o “batismo” que iniciava os possíveis aderentes ao culto de Mitra, mas o que realmente acontecia? Os sacerdotes Mitra (usando um ritual também realizado pelos seguidores de Átis) suspendiam um touro sobre um buraco, colocavam aqueles que queriam pertencer ao culto naquele buraco e então cortavam o estômago do boi, cobrindo os iniciantes com sangue. Tal coisa não tem semelhança alguma com o batismo cristão, no qual uma pessoa vai debaixo d’água (simbolizando a morte de Cristo) e depois sai da água (simbolizando a ressurreição de Cristo). Entretanto, os defensores da posição do Jesus mitológico enganosamente usam o mesmo termo para descrever ambos na esperança de unir os dois.
A última questão a ser examinada acerca deste assunto é a veracidade do próprio Novo Testamento. Embora muito tenha sido escrito sobre este tema, nenhum trabalho da antiguidade tem mais evidências no que diz respeito à veracidade histórica do que o Novo Testamento. O Novo Testamento tem mais escritores (nove), melhores escritores e escritores que viveram mais perto do que estava sendo registrado do que qualquer outro documento da época. Além disso, a história comprova o fato de que esses escritores enfrentaram a morte para afirmar que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Embora alguns escolham morrer por uma mentira que acham ser verdade, ninguém morre por uma mentira que sabe ser falsa. Pense nisso — se alguém estivesse prestes a crucificá-lo de cabeça para baixo, como aconteceu com o apóstolo Pedro, e tudo o que você tivesse que fazer para salvar a sua vida fosse renunciar uma mentira que você tinha vivido conscientemente, o que você faria?
Além disso, a história tem mostrado que são necessárias pelo menos duas gerações antes de um mito poder entrar em um relato histórico. Por quê? Porque as testemunhas oculares podem refutar o erro registrado. Os que viviam naquela época poderiam ter refutado os erros do autor e expor o trabalho como sendo falso. Todos os evangelhos do Novo Testamento foram escritos durante a vida das testemunhas oculares, com algumas das epístolas de Paulo sendo escritas tão cedo quanto 50 dC. Essas datas servem como um mecanismo essencial de proteção contra eventuais falsidades sendo aceitas e difundidas.
Finalmente, o Novo Testamento atesta o fato de que a representação de Jesus não foi confundida com a de qualquer outro deus. Quando confrontados com o ensinamento de Paulo, os pensadores da elite de Atenas disseram isto: “’O que está tentando dizer esse tagarela?’ Outros diziam: ‘Parece que ele está anunciando deuses estrangeiros’, pois Paulo estava pregando as boas novas a respeito de Jesus e da ressurreição. Então o levaram a uma reunião do Areópago, onde lhe perguntaram: ‘Podemos saber que novo ensino é esse que você está anunciando? Você está nos apresentando algumas idéias estranhas, e queremos saber o que elas significam’” (Atos 17:18-20). É evidente que se as narrativas sobre Jesus fossem simplesmente um arranjo de contos de outros deuses, os atenienses não teriam se referido a elas como sendo “novas”. Se deuses morrendo e ressuscitando fossem abundantes no primeiro século, por que quando o apóstolo Paulo pregou sobre Jesus ressuscitando dos mortos em Atos 17 os epicuristas e estoicos não comentaram: “Ah, assim como Hórus e Mitra”?
Em conclusão, as alegações de que Jesus não era nada mais do que uma cópia dos deuses mitológicos originaram-se com autores cujas obras (1) têm sido descartadas pelo mundo acadêmico; (2) contêm falácias lógicas que prejudicam a sua veracidade e não podem ser comparadas com os evangelhos do Novo Testamento, os quais têm resistido quase 2.000 anos de intenso escrutínio. Os supostos paralelos desaparecem quando comparados com os textos originais históricos. Semelhanças entre Jesus e os vários deuses mitológicos só podem ser defendidas ao empregar-se descrições enganosas e seletivas.
Jesus Cristo permanece único na história, com Sua voz elevando-se acima de todos os deuses falsos e continuando a fazer a pergunta que, em última análise, determina o destino eterno de cada pessoa: “Quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16:15)
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Fonte:http://tele-fe.com/portal/apologetica-crista/esta-e-a-verdadeira-mensagem-secreta-escondida-por-leonardo-da-vinci-jesus-era-mortal

O QUE É PROTESTANTISMO

18.08.2016
Do blog TELE - FÉ, 

O que é Protestantismo?
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2.8-9
Conforme Dom Estêvão Bettencourt, um dos mais respeitados teólogos católicos do Brasil, o termo “protestantismo” tem sua origem “no fato seguinte: em 1529, durante a campanha da Reforma Luterana, a Dieta de Espira (Alemanha) resolveu que não se fariam mudanças religiosas na Alemanha até a reunião de um concílio geral; ; por conseguinte, católicos e luteranos ficariam nas posições até então assumidas. Esse decreto provocou o protesto de seis príncipes e 14 cidades imperiais em 19/04/1527. Daí o nome de protestantes que lhes foi dado. O substantivo ‘protestante’ só entrou em uso no século XVII, passando a designar todos os cristãos reformados que se opõem a Roma. Atualmente, esses irmãos preferem chamar-se ‘evangélicos’, como se autodenominavam os reformados do século XVI.” (BETTENCOURT, Estêvão. Crenças, religiões, igrejas e seitas: quem são? p. 20)
Portanto, é importante ressaltar, desde o início, que as palavras “protestante” e “protestantismo” não dizem respeito simplesmente ao conjunto de igrejas que têm, como objetivo precípuo, “protestar” contra a igreja católica ou contra o catolicismo, como se a razão de ser do protestantismo fosse protestar contra a igreja católica. Ao contrário, a essência do protestantismo é resgatar e anunciar o genuíno Evangelho de Jesus Cristo conforme consignado na Escritura Sagrada.
Foi com esse objetivo que Martinho Lutero (1483-1546), monge alemão da ordem dos agostinianos, empreendeu sua batalha contra o que considerou ser os erros mais graves da Igreja medieval, especialmente a obrigatoriedade das obras para a salvação do crente (em oposição à salvação por graça e fé, conforme aprendemos na Escritura Sagrada, particularmente nas epístolas de Paulo Aos Romanos, Aos Gálatas, Aos Efésios e Aos Colossenses). Em 31 de outubro de 1517 — data que se convencionou considerar o marco inicial da Reforma Protestante —, Lutero tornou públicas as suas “Noventa e cinco teses” acerca do comércio das indulgências. Considerando que essa prática não dispunha de fundamento claro na Bíblia, Lutero, junto como outros reformadores, deu início a uma persistente investigação de tudo aquilo que, na doutrina e na prática da Igreja, não encontrasse respaldo explícito na Sagrada Escritura ou que se opusesse a ela. Pois para os reformadores do século XVI, assim como para todas as igrejas legitimamente oriundas da Reforma, a Bíblia Sagrada é a autoridade máxima em matéria de fé e prática.
Nos diversos tópicos e links desse Guia, será possível encontrar um grande número de textos sobre os elementos essenciais da fé protestante, razão pela qual consideramos desnecessário abordá-los nesse texto introdutório. No entanto, um aspecto do protestantismo é importante destacar, pois esse aspecto tem sido superestimado e utilizado como munição, particularmente por estudiosos católicos, para atacar o protestantismo. Refiro-me à diversidade de igrejas e confissões protestantes. Até o século XVI, o clero detinha o monopólio da interpretação da Escritura Sagrada. Além disso, o povo não tinha acesso à Escritura (tanto por causa do analfabetismo que imperava quanto pela falta de interesse da liderança da Igreja em que o povo conhecesse o Texto Sagrado). A partir da Reforma, a Sagrada Escritura começou a ser lida e estudada por todo o povo. A liberdade de acesso à Escritura, inevitavelmente, teve um preço: a multiplicidade de interpretações, algumas até conflitantes entre si. Ou seja, antes, havia uma uniformidade de doutrina, mas mantida com mão de ferro pela autoridade eclesiástica, a qual não podia ser contestada (nem mesmo pela própria Escritura Sagrada!). Com a Reforma, toda a Igreja — e não só a hierarquia — passou a ter a possibilidade de estudar a Bíblia e de ser corrigida por ela, mas essa possibilidade veio acompanhada do indesejável efeito colateral das divergências de interpretações.
Não obstante, é de suma importância salientar que, embora não possamos negar a existência dessas divergências, há um substrato comum a todas as igrejas protestantes, um conjunto de elementos essenciais à fé cristã, elementos esses que são compartilhados inclusive pela igreja católica. Dentre esses elementos essenciais, podemos destacar: a Revelação de Deus na Escritura Sagrada e o seu caráter infalível como regra de fé e prática; a encarnação de Deus em Jesus; a dupla natureza de Jesus Cristo (divina e humana); o caráter sacrificial e expiatório de Sua morte na cruz; a justificação por graça e mediante a fé em Cristo (cf. Ef. 2.8); a trindade divina; a ressurreição de Cristo e de todo aquele que nEle crê; o batismo, pelo qual ingressamos na Igreja, e a Ceia, pela qual rememoramos a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo (cf. Lc. 22.19 e I Cor. 11.24-25), como sacramentos instituídos pelo próprio Cristo; e a segunda vinda de Jesus Cristo. Todos esses elementos encontram-se fundamentados na Escritura Sagrada. Quanto a aspectos secundários da fé cristã, podem existir divergências de ênfases ou de perspectivas. Mas, no essencial, há unidade entre os protestantes, sobretudo porque essa unidade está baseada na Escritura Sagrada.
Por fim, há um fator que não só se relaciona com essa diversidade de leituras presente no protestantismo, mas também é inerente à perspectiva protestante da fé cristã: os protestantes não só podem como devem ser permanentemente corrigidos pela Escritura Sagrada. Essa é, sem dúvida alguma, a mais importante herança da Reforma Protestante. Ou seja, ainda que divergências e mesmo equívocos de interpretação da Escritura sejam inevitáveis, o enorme e multifacetado conjunto de protestantes espalhados pelo mundo sempre poderá ser admoestado e corrigido pela Bíblia Sagrada. Sendo assim, as igrejas protestantes, bem como toda a cristandade desde o século XVI, tem não só a possibilidade como também o dever de buscar, junto à Escritura Sagrada, (re)aproximar-se cada vez mais daquilo que Deus planejou para a Sua Igreja na Terra.
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Fonte:http://tele-fe.com/portal/sugestao-de-links/guia-virtual-do-protestantismo

Teologia da Missão Integral: debate sobre o tema gera polêmica entre líderes evangélicos; Entenda o que é e qual o propósito

18.08.2016
Do blog GOSPEL +, 29.03.2014
Por Tiago Chagas

A Teologia da Missão Integral (TMI) é um conceito que vem sendo abraçada por diversas igrejas evangélicas e que sugere a aplicação dos princípios do Evangelho em todas as áreas da vida, incentivando o evangelismo que pregue a Palavra e que ofereça assistência social, psicológica e espiritual.
A TMI foi tema de uma das edições recentes do programa Academia em Debate, organizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com apresentação do reverendo Augustus Nicodemus Lopes e participação dos reverendos e filósofos Jonas Moreira Madureira e Filipe Costa Fontes.
Em suma, durante o debate, Madureira e Fontes apontaram uma suposta influência que a TMI receberia da Teologia da Libertação, conceito surgido há algumas décadas entre teólogos católicos latino-americanos que visa uma atenção maior ao oprimido socialmente, e também fizeram ligações de alguns princípios da TMI com o socialismo e marxismo. Assista:


Repercussão
O pastor e escritor Ariovaldo Ramos, auxiliar da Igreja Batista de Água Branca (IBAB) e um dos maiores entusiastas da TMI no Brasil, publicou em sua página no Facebook uma carta aberta aos debatedores, criticando a falta de profundidade nas considerações sobre o assunto.
“As colocações dos convidados não elucidaram o tema, suas críticas, de fato, por falta de rigor, mais pareceram meros ataques, e soaram como opiniões pessoais, acabando por correr o risco de ter prestado um desserviço ao debate teológico, sempre tão necessário, principalmente, neste momento da Igreja brasileira, tão vilipendiada por causa de maus exemplos, principalmente, midiáticos, e acossada por tantos ventos doutrinários”, escreveu Ramos.
Segundo Ramos, a única semelhança entre a TMI e a Teologia da Libertação é o fato de ambas serem “teologias da Práxis, isto é, reflexões teológicas sobre a ação da igreja, como propagadora do Evangelho, no cotidiano da sociedade em que está incrustada”.
Citando o teólogo anglicano John Stott, Ramos afirma que a TMI deu origem ao conceito do “Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens”, que é “compreendido como o poder de Deus para a Salvação de todo o que crê, assim como o poder de Deus para interferir na estrutura da sociedade, para dar sobrevida à humanidade, pela promoção da justiça”, e acrescentou: “Como se pode verificar na irrupção da chamada modernidade, a era dos direitos humanos, iniludível fruto do cristianismo”.
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, mediador do debate sobre a TMI, escreveu uma carta resposta ao pastor dizendo que em seu escrito, apesar de ressaltar a origem da TMI, Ramos não tocou “na questão do uso do marxismo, sim ou não, pela TMI, que é uma das críticas mais feitas ao movimento”.
Lopes também pontuou que o movimento de reforma protestante já trazia em seu bojo muitos dos pontos exaltados por John Stott: “Para mim ‘o Evangelho todo para o homem todo’ encontra uma de suas melhores expressões na cosmovisão reformada, refletida nas conhecidas palavras de Abraham Kuyper, primeiro ministro da Holanda e pastor reformado, ‘Não há um único centímetro quadrado, em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: É meu!’ Os seguidores desta linha abriram universidades, hospitais, escolas, abrigos e orfanatos, e se engajaram nas artes, ciência e academia – o ‘homem todo’, muito antes do surgimento da TMI”.
Perante o debate provocado pelo programa e as cartas abertas sobre o tema, o pastor Ariovaldo Carlos Jr, criador da Bíblia Freestyle, publicou um vídeo com um resumo explicativo da história e sentido da TMI. Segundo ele, a ideia da TMI “não é apenas tirar você do inferno, mas tirar o inferno de você”. Assista:


O blogueiro Alex Farjado publicou uma entrevista realizada há alguns meses com o pastor Ariovaldo Ramos, onde ele discorre sobre a existência de ligação – ou não – da TMI com o marxismo. Assista:


Assista também aos comentários de Marcos Botelho e Calebe Ribeiro sobre o debate a respeito da TMI:

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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/entenda-teologia-missao-integral-proposito-68115.html