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quinta-feira, 30 de junho de 2016

HERESIAS EVANGÉLICAS: MODISMOS

30.06.2016
Do blog DEFENDO A FÉ

A UNÇÃOS DOS QUATRO SERES

Está se tornando cada vez mais comum entre a juventude evangélica brasileira se falar na tal “unção dos quatro seres”. O que isso seria exatamente? Baseando-se em Ap.4:6-8 que descreve quatro seres viventes, um semelhante ao leão, outro semelhante a águia, outro semelhante ao novilho e outro semelhante ao homem, alguns ministérios estão tolerando e incentivando que pessoas em estados alterados de consciência imitem os seres descritos. Um ruge como leão, outro bate os braços como se fosse uma águia, outro imita um novilho, e o que supostamente teria a “unção do homem” começa a chorar.

Em primeiro lugar o termo “unção dos quatros seres” não aparece em nenhum lugar das Escrituras. Em toda a historia do cristianismo, não existe qualquer referência à referida unção. Além do mais, os seres dizem: Santo, Santo, Santo, em vez de rugir, chorar ou coisa parecida.

O Pastor Derek Prince em seu livro “Proteção contra o Engano” falando sobre esse assunto, cita manifestações que presenciou em cultos pagãos na África, onde as pessoas em transe recebiam “espíritos de animais” e começavam a agir como tais, rugindo como leão, dando cabeçadas em arvores igual aos elefantes e por ai vai. Não é preciso ir tão longe para presenciar esse tipo de coisa. Em terreiros de cultos afro-brasileiros também são comuns esse tipo de manifestações. Quem tem experiência em lidar com pessoas possessas sabe que não é raro os demônios manifestados agirem como animais.

Falsos Mestres na Igreja

A Bíblia nos alerta sobre o surgimento de apóstatas, falsos mestres, falsos profetas, sinais e prodígios da mentira que enganariam até os escolhidos.

Mateus 7:15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

Mateus 24:11 E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.

Marcos 13:22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.

2 Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

1 João 4:1 Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.

É natural que alguém questione: “Como seria possível alguém que começou seu ministério fazendo a obra de Deus se torne um falso profeta propagador de heresias?”

A Bíblia predisse que isso aconteceria:

1 Timóteo 4:1 Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.

Aqui o verbo grego traduzido como apostatar, é afisthmi (aphistemi) que significa literalmente: abandonar, deixar, afastar-se. Portanto, o texto se refere a pessoas que estão na verdadeira fé e se afastam dela, sendo seduzidos por ensinos demoníacos. Portanto não é nenhum absurdo pensar que certos ministérios que começaram bem, tenham sido seduzidos por heresias perniciosas.

Jesus disse que os falsos profetas operariam sinais e prodígios, por tanto o fato de alguém operar milagres não indica aprovação divina. Deus é soberano, o fato de Deus curar alguém durante a pregação de um divulgador de heresias não prova que ele está compactuando com as mentiras que estão sendo pregadas ou com a extorsão financeira feita por certos pregadores. Jesus disse que muitos operariam sinais em seu nome mais ele lhes dirá abertamente que nunca os conheceu.

Quando o culto se torna um “surto”.

1 Coríntios 14:33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

Imaginem uma igreja onde um grita histericamente, o outro pula desordenadamente, outro rodopia, alguns imitam animais, outros falam em línguas o mais alto que podem em clara desobediência a 1 Coríntios 14:28. Isso é ou não é confusão? Pois isso é o famoso movimento de adoração extravagante que tem trazido a cena a tal “unção dos quatro seres” que por si só escandaliza crentes e incrédulos.

Como desculpa para justificar práticas estranhas nas Escrituras gostam de citar:

Isaías 43:19 Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo.

Texto sem contexto é pretexto! Essa passagem é escatológica e se refere ao Milênio e não a manifestações na igreja. Um vez alguém disse que Deus iria escandalizar a Igreja nesses dias. Referindo-se a certas manifestações. Mas que utilidade teria para Deus, escandalizar seu povo? A Bíblia diz:

Mateus 13:41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade.

1Coríntios 10:32 Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.

2 Coríntios 6:3 não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado.

Por tanto carece de bases Bíblicas essa tal “unção dos quatro seres”, a qual tem trazido confusão assim como outras praticas semelhantes. Lembremos da advertência de Jesus a igreja de Tiatira
Apocalipse 2:20 Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
Não devemos tolerar falsos profetas em nosso meio ensinado heresias. Vamos banir de nosso meio, modismos heréticos, que estão invadindo as igrejas e provocando alienação e apostasia.
Por Francisco Belvedere Neto
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A CASA DE DAVI

Uma das características de grande parte da Igreja Evangélica Brasileira é a sua avidez por novidades. Vários segmentos evangélicos não se contentam mais com a antiga doutrina pregada pelos apóstolos e pais da Igreja — que uma vez deturpada foi mais tarde defendida pelos reformadores — e vivem numa busca constante de novidades e modismos doutrinários. Nos últimos anos, vimos vários ensinos e práticas controvertidos invadir os púlpitos e infestar a mídia evangélica, tais como, quebra de maldições hereditárias, cura interior, espíritos territoriais, mapeamento espiritual, galacionismo (que é a tentativa de levar a igreja à práticas e ensinos do Velho Testamento, como a guarda do sábado e das festas de Israel), dentre muitos outros, não nos esquecendo do movimento G-12 / Encontro que mais tem dividido igrejas atualmente.
A Casa de Davi era uma designação muito comum que os profetas da Bíblia davam à linhagem , aos descendentes ou a família do rei Davi.
Quando a Palavra de Deus registra “ Casa ”, em muitas vezes se referia à família, ou descendentes de uma pessoa, Casa de Davi, ou Casa de Jacó.
Davi foi ‘ um homem segundo o coração de Deus ’,I Samuel 13:14, Davi se aproximou de Deus e O agradou de tal modo que Deus lhe fez uma promessa jamais feita a qualquer homem sobre a face da terra : “Teu trono (Davi) será firme para sempre”, II Samuel 7:16, ou seja a Casa de Davi existirá para sempre, jamais terminará.
Conhecemos esta promessa como “ A Aliança Davídica ”, I Samuel 7:8-17, esta aliança dava a Davi:
1) a promessa da posteridade da Casa de Davi, ou da família de Davi;
2) um trono simbólico de autoridade real;
3) um reino, ou governo sobre a terra;
4) certeza de cumprimento, pois as promessas a Davi “ serão estabelecidas para sempre ”
5) de sua semente viria o PROMETIDO;
6) o Messias sentar-se-ia no trono de Davi eternamente.
Dessa maneira, a promessa messiânica feita pela primeira vez em Gênesis 3;15, e depois a Abraão, Isaque, Jacó e Judá, agora se concentram na Casa de Davi.
Depois que esta promessa foi feita pessoalmente a Davi, Deus fez questão de lembrar a Salomão, e aos demais descendentes de Davi, que nasceram após a sua morte; Em mais de uma vez nos Salmos, e por meio dos profetas Amós, Isaías, Miquéias, Jeremias e Zacarias, num período de 500 anos Deus sempre lembrava da promessa : “ Seu trono (Davi) não terá fim ”.
Como a Casa de Davi seria novamente estabelecida? 500 anos se passaram desde que Deus lhe havia feito a promessa, Davi estava morto, cremos que Deus tem poder de ressuscitar, mas não foi este o caso, o profeta Amós nos deixa claro que a Casa de Davi estava caída e seria levantada novamente, Amós 9:11,12, na época de Amós a monarquia davídica estava em condições aviltantes, com base neste versículo, os rabinos talmúdicos chamam o Messias de Bar Nafli ( “ o filho dos caídos ” ) o . Mas Ele Si levantará, Malaquias 4:2. Sim a Casa de Davi seria levantada mas não por Davi, e sim por seu descendente, pois as promessas apontavam para isto.
O Profeta Isaías deixa isto claro no capítulo 9:6,7 : “Um menino nos nasceu, e o principado esta sobre os seus ombros….deste principado jamais terá fim sobre o trono de Davi” de quem Isaías estava falando? “ E tu Belém Efrata (cidade de Davi) de ti sairá o que será o Senhor a Israel ” Miquéias 5:2,4, perguntamos que descendente de Davi nasceu em Belém ?
O profeta Zacarias registrou : “Naquele dia a casa de Davi será como DEUS”, 12:8, como isto poderia acontecer ? Somente um herdeiro de Davi que nasceria de uma virgem, portanto um verdadeiro homem, mas também “Emanuel” Deus conosco, o poderoso de Deus, o Pai eterno, o Príncipe da Paz. (Isaías 7:13,14; 9:6,7; 11:1; Jeremias 23:5; Ezequiel 34:23;37:24; Oséias 3:4,5)
Passaram-se os anos, na plenitude dos tempos, o anjo Gabriel foi enviado a Maria, em Nazaré, a qual era da família, da casa de Davi, e lhe disse: Maria …eis que conceberás e darás a luz um filho, e por-lhe-ás o nome de JESUS, este será grande, e será chamado filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o TRONO DE DAVI seu pai, e REINARÁ ETERNAMENTE…E O SEU REINO NÃO TERÁ FIM” Lucas 1:30-33
Sim em JESUS CRISTO a promessa feita a Davi se cumpriria, JESUS como homem é seu representante, tem em Si a linhagem de Davi, é seu descendente legal, conforme Romanos 1:3 “ o qual, (Jesus) veio da descendência de Davi ”, pois ambos, José e Maria, descendem de Davi, sendo José descendente de Nata filho de Davi e Maria descendente de Salomão também filho de Davi, conforme registra a genealogia de ambos em Mateus 1: 1 ao 23 e Lucas 3:23 ao 38.
“Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos”. – (ATOS 15:18) Tiago usa a profecia de Amós 9:11,12 , pois uma discussão havia se generalizado , deveriam os gentios tornarem-se judeus, se circuncidando antes de se tornarem cristão? O próprio Tiago mostra os seguintes elementos do plano divino neste texto de Amós :
1) O chamamento dentre os gentios de um povo para o nome do Senhor
2) “ Cumpridas estas coisas (isto é, o chamamento), voltarei ”
3) “Reedificarei o Tabernáculo caído de Davi”. Cristo levou o título do trono de Davi com Ele para o céu, assegurando que Davi jamais teria falta de um homem para sentar no seu trono e antevendo o restabelecimento do governo davídico sobre Israel conforme II Samuel 7:8-17 e Lucas 1:31 – 33.
4) “ Para que os demais homens (israelitas) busquem ao Senhor” Zac 12:7,8; 13:1,2
5) “ Todos os gentios ” Miq 4:2; Zac 8:21,22.
Entendemos que esta profecia se cumpriu em parte, pois Jesus já levantou a casa de Davi, o título esta com Ele no Céu, os demais homens e os gentios já tem buscado ao Senhor, cremos que na volta do Senhor Jesus, esta profecia se cumprirá totalmente .
Devemos vigiar para não cair na ‘lábia’ daqueles que surgem dizendo que receberam ‘ revelações ’, de que são os ‘escolhidos’ , há ensinamentos que dizem que Deus havia sido ‘destronado’, pergunto : Teria alguém este poder de destronar Deus ? ou seja arrancar Deus de Seu trono ?, a palavra mesmo diz que o reino de Deus é eterno.
A Casa de Davi já foi reerguida por Jesus Cristo seu legal herdeiro, e isto há dois mil anos atrás, porém há alguns que hoje querem se tornar um outro ‘herdeiro’ ou ‘escolhido’ para fazer esta obra, que Cristo já fez.
Devemos vigiar, sermos astutos, pois pessoas se levantam para fazer o que Cristo já fez por nós, outros querem ser co-redentores, ou ‘ ajudadores ’ de Cristo para ‘edificar’ a Casa de Davi, como posso edificar algo que Cristo já edificou, seria o mesmo de dizer que Cristo não fez bem feito mas agora Deus ‘escolheu’ alguém para o fazer, Misericórdia.
Não é de hoje que surgem no arraial evangélico pessoas com a ‘poção mágica’ , ‘inventores da pólvora’ , aqueles que ‘descobriram’ receberam a revelação e isto não num quarto de oração ou numa mata na vigília, mas muitas das vezes dentro de uma lanchonete, imagina o barulho, a atenção.
Este não será o último vento de doutrina a invadir o arraial evangélico. Seus líderes atuais já abraçaram outros modismos no passado e certamente, abraçarão outros que virão. Por esta razão, deixamos aqui um alerta ao povo de Deus: Todo líder, igreja ou ministério que se abrem para um vento de doutrina, um modismo doutrinário ou uma aberração teológica, estarão sempre abertos para a próxima onda quando aquela já arrefeceu. Que Deus nos ajude a permanecermos constantes, firmes na Rocha!
CONCLUSÃO
Muito ainda poderá ser dito, mas este opúsculo nos deixa claro o seguinte:
A Casa de Davi já esta levantada, e isto foi realizado por JESUS CRISTO seu herdeiro legal
A Casa de Davi não pode significar um ministério, ou uma Igreja, mas se funde na pessoa do SENHOR JESUS
Por dedução poderíamos dizer que também fazemos parte da casa de Davi, ou seja, da linhagem real, uma vez que somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, e Ele nos comprou com seu sangue e nos constituiu como rei e sacerdotes, poderíamos ser a ‘ casa de Davi espiritual ’ , mas este pensamento abriria muitos precedentes e confusão, este caminho da dedução e do ‘achômetro’ é perigoso, pois como a casa de Davi é Deus Zac. 12:8 , ou seja é o próprio Senhor Jesus, nós já nos desqualificamos neste ponto, pois somos criaturas, servos, filhos, obra das mãos de Deus.
Pr Afonso Martins Fernandes Neto
Colaborou Pr Sergio Grycuk
Obras consultadas:
Bíblia Thompson
Bíblia .Scolfilde
Manual Bíblico de Harley
O Plano Divino de N. Lawrence Olson
História de Israel
afonsopr@terra.com.br
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Ventos de Doutrinas – Modismos e Heresias Ameaçam Igrejas Brasileiras
Restauração da igreja primitiva com apóstolos e profetas

Ha mais de duzentos anos o mormonismo vem pregando uma “restauração” da igreja primitiva composta por Profetas, Apóstolos etc. Nesses últimos tempos uma doutrina parecida tem sido divulgada no Brasil por igrejas evangélicas em especial as adeptas do G12. Vale lembrar, que há séculos a Igreja Romana prega a doutrina da sucessão apostólica, tendo o Papa como sucessor de Pedro. O texto base de tais igrejas, normalmente é Ef.4.11, tirado de seu contexto. Jesus escolheu doze apóstolos, dos quais Judas escariotes se suicidou, ficando 11. Depois Matias foi acolhido apóstolo para ser junto com os onze testemunha da ressurreição do Senhor (At.1.21-26), posteriormente Paulo, foi chamado pelo próprio Senhor para ser apóstolo e mesmo assim se considerava um abortivo, como nascido fora de tempo por ter sido o ultimo a ver o Senhor (1 Cor.15.7-9). Se a instituição de apóstolos na igreja fosse algo necessário até a vinda do Senhor, Paulo não teria razão para fazer tal afirmação. Depois que morreu o ultimo apóstolo, nunca mais ninguém na igreja primitiva foi reconhecido ou ordenado Apóstolo. O dom de profecia é para a exortação edificação e consolação, não para dirigir a vida de ninguém ou para transmitir ordenanças a igreja, e muito menos para dar “autoridade” sobre quem quer que seja (cf.1Cor.14.3).
Confissão de Pecados aos Lideres
Tiago 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”
Esse texto tem sido usado para tentar provar que, temos que confessar nossos pecados para sermos de alguma forma, libertos. Certa vez ouvi um dos integrantes de uma banda gospel, vinculada a uma comunidade que pratica o G12, dizer que quem não confessar seus pecados aos seus pastores ou lideres, para que eles liberassem a “benção do perdão” , sofreriam ações diabólicas. Isso parece a doutrina católico romana da confissão auricular. O Texto Bíblico acima refere-se ao ensino de Jesus, sobre perdoar o irmão que pecar contra nós. Tiago está exortando a igreja à reconciliação e ao perdão mutuo. Veja, que antes dele falar em cura, ele fala em oração…”orai uns pelos outros para serem curados” é a ação divina em resposta a oração que cura e restaura, física e espiritualmente e não a confissão auricular. Somente a Deus devemos confessar nossos pecados.
Praticas Judaizantes
Valnice Milhomens, em entrevista à revista Vinde declarou:”Meu contato com Israel me mostrou várias coisas, como os dias proféticos, as alianças: seis’ dias trabalharás e ao sétimo descansarás. Êxodo 31 declara que o sábado é o sinal de uma aliança perpétua e da volta de Cristo.”
A Sra.Milhomens, contradiz frontalmente o ensino neotestamentario do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus ( Rom.14.5, Col 2.16, Ef.2.15, Gal.3.23-25). Da mesma forma a circuncisão era uma aliança perpetua e nem por isso ela a instituiu em sua igreja ( Gen.17 10-14). Esta Sra, já chegou declarar que Jesus vai vir em um Sábado de 2007, sendo que o próprio Senhor Jesus, declarou que o dia e a hora de sua vinda ninguém sabe. (Mat 24:36,43,50. 25:13)
MIR
As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor. Elas não são apenas judaicas; são, antes de mais nada, do Senhor, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23:1-44). (www.mir.org.br)
O Encontro de Levitas é um Encontro voltado para o resgate do Ministério Levítico dentro da Visão Celular no Governo dos 12. Esse encontro traz princípios e conceitos sobre os levitas, todo o histórico desde o seus surgimento até os nossos dias. http://www.mir.org.br
Com respeito a celebrar a festa dos tabernáculos veremos como era observada:
“ Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias.
Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis.
Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis.
“São estas as festas fixas do SENHOR, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio,” (Lev.23.34-37)
Resta saber se eles realmente observam a Festa dos Tabernáculos como está prescrito na Lei. Se eles não observam dessa forma, não estão observando o preceito. Se observam, estão anulando o sacrifício de Cristo, oferecendo holocaustos e sacrifícios. Isso mostra o grau de apostasia em que o MIR está envolvido O Apostolo Paulo deixa bem claro que não precisamos observar os dias santos e cerimônias judaicas ( Col.2.16, Gal. 4.9-11).
Levitas? Que absurdo! Não existe mais ministério levitico nos dias atuais. O ministério levitico como o próprio nome já diz se refere aos integrantes da tribo de Levi. Portanto é heresia grosseira querer instituir esse ministério na igreja. O Novo Testamento ensina que o ministério levítico cumpriu sua função e foi substituído pelo ministério de Cristo. (Heb 7:5-28)

Atos Proféticos

Mais um modismo! Esses atos proféticos estão baseados na crença de que o cristão faz ou diz, tem repercussão no mundo espiritual. Alguns chegam a blasfemar ensinado que assim como Deus, pela sua palavra falada, trouxe todas a coisas a existência, da mesma maneira, nós como sua imagem, podemos trazer coisas a existência pelo poder da palavra falada. Esse ensino é uma blasfêmia idolátrica, que procura assemelhar o homem a Deus. Esses atos proféticos normalmente tem como objetivo, “conquistar” cidades ou nações para o Reino de Deus. A palavra de Deus nos ensina a ganhar almas para o Reino de Deus através da pregação do evangelho de Jesus Cristo, e não através de “declarações de posse” ou de “orações reivindicatórias.” Líderes de diversas comunidades ligadas ao G12 e ao apostolado contemporâneo, estão planejando uma série de “atos proféticos” para a redenção do Brasil até 2007, o anos anunciado por Valnice Milhomens para o retorno de Cristo. O primeiro desses atos foi feito na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte e o ultimo está marcado para ser em Porto Alegre. Sinomar Ferreira falando sobre esses atos proféticos declarou: “Os atos proféticos são extremamente importantes, por que aquilo que é feito aqui na terra tem repercussão no céu” Isso mostra o caráter herético de tais atos, pois insinua que podemos manipular o mundo espiritual. Crença parecida com as dos Bruxos da Nova Era que acreditam poder manipular as forças da natureza através de palavras mágicas e encantamentos. [Vide o livro “A Sedução do Cristianismo” de Dave Hunt]
Que Pastores, lideres e membros de Igrejas, estejam vigilantes, para que ventos de doutrinas não invadam suas comunidades eclesiais, causando divisão e confusão em seu meio. Fica aqui um alerta: Antes de convidar alguém para pregar em suas igrejas, acampamentos, retiros etc. Procure se informar bem, sobre a linha doutrinária seguida por essa pessoa, para evitar futuros problemas.

QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DA IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA!
Por Francisco Belvedere Neto
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UNÇÃO DO RISO

I – INTRODUÇÃO

Atualmente há em todo o planeta distinto “avivamentos”. Um dos mais notórios é o das religiões orientais, particularmente do hinduísmo. O mundo ocidental está vendo nestes últimos dias uma invasão de gurus, lamas tibetanos, mestres iluminados, e uma infinidade de técnicas de meditação, yoga e cursos para alcançar “graus elevados de consciência”.
Em meio a tudo isto temos uma ala do movimento carismático (também chamado de neo-pentecostal) que decidiu ter sua própria versão comercial do misticismo oriental para não ficar atrás da conquista das massas. Este novo fenômeno religioso se chama “O Avivamento do Riso”, “A Unção do Riso”, “A Bebedeira Espiritual”, “A Bênção de Isaque” e “A Bênção de Toronto”.
Devem ser bem poucos os cristãos que no Brasil a esta altura ainda não ouviram falar da “Experiência de Toronto”. Até o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou reportagem especial sobre a “Bênção de Toronto”. Uma onda de manifestações físicas, incluindo prostrações, estremeções e especialmente riso tem assolado, e ainda assola as igrejas em várias partes do mundo.

II – O FENÔMENO DE TORONTO E SUAS RAÍZES

A. A expressão:
O nome “Benção de Toronto”, ou “Unção do Riso”, como prefiro chamá-la, tem sido aplicado a estes fenômenos porque a mais importante erupção destas manifestações ocorreu na Igreja Vineyard do Aeroporto de Toronto. Na verdade, não há nada que seja novo nestes fenômenos.
B. Suas Raízes:
Rodney Howard-Browne, segundo todos os estudos que existem a respeito do fenômeno, a figura mais respeitada atrás do controvertido fenômeno. Ele é considerado o – “barman de Deus”.
C. Principais Promotores
Nos Estados Unidos a maioria dos pregadores da prosperidade como, por exemplo: Oral e Richard Roberts, Pat Robertson, Paul Crouch, Kenneth Copeland, Francis e Charles Hunter, Benny Hinn. Temos ainda na Inglaterra Colin Day (que já esteve várias vezes no Brasil), Breed Flooker (que também já esteve no Brasil). São muitos os pregadores no Brasil que foram influenciados por esta nova onda ao ponto de hoje termos várias empresas de turismo fazendo vôos turísticos para Toronto levando vários pastores brasileiros para visitar a Igreja Vineyard do Aeroporto de Toronto.


III – DIVINO OU DEMONÍACO?

A comunidade evangélica em todo mundo está dividida a este respeito. Uns consideram esta experiência um sinal divino ainda que reconheçam que não tem respaldo bíblico, nem na história do cristianismo. Outros embora a considerem demoníaco, reconhecem que algo acontece (algo sobrenatural), porem, descartam totalmente a possibilidade que seja de origem do Espírito Santo; mas que se trata, crêem, de algo parecido com uma manifestação de terreiro de candomblé, umbanda ou até um transe como acontece nas reuniões dos gurus da Nova Era. Veja (I Co 14:29; I Ts 5:21; I Jo 4:1ss.)


IV – BEM VINDOS AO CIRCO DA ALEGRIA

Os cultos promovidos pelos pregadores são de aparência igual a qualquer culto numa igreja carismática ou pentecostal. Muito louvor e na hora da mensagem começam a falar que algo novo vai acontecer na vida das pessoas que ali estão, e que elas serão cheias de alegria naquela noite. Em meio às pregações começam a ouvir aqui ou ali pessoas rindo de uma forma incontrolável, algumas pessoas começam a dar gargalhada ao ponto de caírem no chão incontroláveis.
A chamada Igreja Vineyard do Aeroporto de Toronto é uma comunidade carismática que enfatiza as experiências místicas mais do que a Palavra de Deus e os valores cristãos objetivos. têm sido um dos centros de atenção mundial ao que o “Avivamnento do Riso” se refere. O que acontece nos cultos do pastor Randy Clark é bastante similar ao que acontece em todo mundo, apesar de existirem traços distintivos. Além das gargalhadas os participantes emitem sons de vários animais como “prova” de estar possuído por Deus. Mulheres rugem como leoas, homens bufam como touros, e uivam como lobos, gritam como aves. Em muitos destes cultos há uma participação muito grande de padres e freiras católicas que também recebem esse “poder”.

V – NEGANDO A BÍBLIA, A HISTÓRIA E A RAZÃO

É quase impossível que pessoas razoáveis e em sã juízo se deixem levar por este fenômeno. Ainda que seja normal o fato de o ser humano rir ao ouvir algo engraçado, pode ser considerados muitas vezes sintomas de demência a pessoa fazer isso sem causa alguma; muito, mas se isto acontece por um período de tempo prolongado. Minha experiência ao visitar vários manicômios e hospitais psiquiátricos, é que a maioria dos seus internos chegaram ali com estes sintomas.


VI – TORCENDO OS FATOS

Se é praticamente impossível que uma pessoa em sua sã consciência participe do Avivamento do Riso, o mesmo podemos dizer de qualquer cristão que conhece a Palavra de Deus e a história dos avivamentos cristãos. Sinceramente, o fenômeno da “Gargalhada Santa” não tem precedente algum, nem na Bíblia nem na História. Não só isso: é totalmente contrário e incompatível com os princípios que ensinou Nosso Senhor Jesus Cristo. Convencê-los do erro é outro assunto.


VII – OS FENÔMENOS DOS AVIVAMENTOS HISTÓRICOS

Os defensores dos fenômenos atuais astutamente lembram aos seus leitores que ocorreram fenômenos extraordinários nos avivamentos históricos. É verdade; no entanto, o mais estranho é que nenhum historiador de religião ou erudito de avivamento o tenha percebido em centenas de anos. Uma leitura atenta das evidências mostra que esses eram significativamente diferentes.


A. América do Norte

O nome que estão procurando associar hoje, na tentativa de defender o que está acontecendo, é Jonathan Edwards.


B. As Ilhas Britânicas

Um quadro similar emerge aqui, pois nos avivamentos todos os tipos de fenômenos se manifestaram. Todavia, de novo, os líderes dos avivamentos geralmente procuravam distinguir a obra de Deus da de Satanás, e desencorajar ou proibir as manifestações que pareciam originar-se de Satanás.


VIII – FENÔMENOS ACONTECENDO EM OUTRAS RELIGIÕES

O problema da unção do riso tem afetado não apenas o meio evangélico, mas também a outros movimentos religiosos, como por exemplo: Hinduísmo, Meditação Transcendental, seitas da Nova Era, além de técnicas de hipnose etc.


IX – REFUTAÇÃO BÍBLICA

Os que favorecem a “Experiência de Toronto” freqüentemente citam certos textos ou incidentes bíblicos em apoio à sua causa. (Salmo 23.2)
A. Velho Testamento
1. Abraão caiu num sono profundo, conforme Gn 15.12
2. Saul em I Sm 19
3. II Cr 5.13,14
4. Daniel caiu amedrontado com o rosto em terra Dn 8.17
B. Novo Testamento
1. Caiam em adoração Mt 2.11 ou para rogar-lhe socorro Mc 1.40
2. Caiam de medo Mt 17.6; Mt 28.4
3. A experiência de Pedro At 10.10
4. A experiência de João Ap 1.7

X – O PERIGO DO ENGANO

Um dos mais sérios perigos que defrontam o avivamento é a incapacidade demonstrada por líderes e liderados de discernir entre a obra de Deus nas almas dos homens e a obra do diabo no contra-avivamento.
A. A Necessidade de Discernimento
Há pelo menos meia dúzia de passagens no Novo Testamento que falam da astúcia e das manhas do maligno. (II Co 11:13, 14 e Ef 6:11).
B. O Mandado para Julgar
Não se deve confundir realidade com legitimidade. Numa época de experiências religiosas sem conteúdo, a atração exercida por fenômenos espirituais poderosos é muito maior do que a da sua legitimidade.


XI – DISCERNIMENTO E MENTE SÃ

Um dos aspectos mais estarrecedores dos pregadores é a seguinte exortação: “Não tente usar a sua mente para entender isto. Apenas o receba”. Isso é completamente contrário ao ensino do Novo Testamento. O apóstolo Pedro, ao instar com seus leitores, e conosco, a que nos preparemos para servir a Deus, escreve: “Cingi os lombos do vosso entendimento”(I Pe 1.13 (RA), cf. 4.7; 5.8).


XII – CONCLUSÃO: CRISES E VALORES TEOLÓGICOS EM CAOS

A existência e popularidade do fenômeno conhecido como Avivamento do Riso devem preocupar qualquer pessoa sensata, mesmo que seja remota a possibilidade de que se deixe enganar por ele. Deve ser motivo de reflexão tanto para o pastor como para as ovelhas ver milhões de pessoas caindo na gargalhada santa ou latindo como cachorros, rugindo como animais e agindo como verdadeiros beberrões num show onde usam o nome de Deus. Quantas pessoas podem deixar sua razão em troca de experiências místicas que as levam a um profundo caos teológico e intelectual. O fato é que este mesmo tipo de pessoa pode levar vidas aparentemente normais fora desses cultos religiosos e, ainda que alguns deles pretendam estudar de vez em quando a Bíblia, faz o assunto todavia mais preocupante, pois isto quer dizer que os princípios mais elementares da genuína espiritualidade e do raciocínio têm sido transtornados.
O perigo não tem limite e legitima a pergunta: Uma vez que uma seita pode induzir seus seguidores a praticarem o suicídio coletivo como aconteceu agora com 39 pessoas nos Estados Unidos, ou outras vezes induzir seus seguidores a entregar grande quantia de dinheiro, a latir, a babar como um louco sem motivo algum, o que acontecerá depois? Qual será a próxima experiência que nos oferecerão? Já que têm sido removidos os limites de sã teologia e do sentido comum, a resposta é: Qualquer coisa. Nós estamos a mercê disto e mil tipos distintos de gurus carismáticos sem escrúpulos que têm acesso direto a consciência de seus seguidores.
Jim Jones, em Guiana, Mangayonon Butog, nas Filipinas, Park Soon Ja, na Coréia do Sul, David Koresh, em Texas, Luc Jouret, em Cantão de Friburgo e Marshall Appelewhite, no Rancho Santa Fé sobreenfatizaram as experiências subjetivas, anularam a razão seus respectivos adeptos e logo sobreveio a tragédia. Com o movimento Avivamento do Riso as portas estão aberta a todo tipo de abuso.
Haverá no século XXI uma religião mundial única que imponha as experiências subjetivas sobre a razão, a sã teologia e a verdade objetiva? Será substituído o cristianismo por técnicas metafísicas da Nova Era para induzir a estados alterados de consciência? Continuará enfatizando estranhas revelações em vez da Palavra de Deus? Continuará a presente tendência a utilizar a religiosidade como simples escalão para obter prazer através das experiências esotéricas? Seremos perseguidos pelos poderosos impérios desses gurus ao negarmos a reconhecer as tais experiências como divinas? A resposta a  todos aqueles que ainda têm raciocínio, famílias e valores cristãos que defender. Façamos algo para impedi-lo. Promovamos ativamente o genuíno cristianismo, o estudo sério da Bíblia e denunciemos claramente seus perigos e erros.

Autor: Joaquim de Andrade
Colaborou com este artigo: Pr. João Flávio Martinez
Apologista, Pesquisador e Presidente do CREIA.

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Fonte:https://defendendoafe.wordpress.com/doutrinarios/modismo/

HERESIOLOGIA: Modismos e Heresias Ameaçam Igrejas Brasileiras

30.06.2016
Do blog SOLA SCRIPTURA, 2014*
Por Francisco Belvedere Neto*

Não é nenhuma novidade que apareçam divulgadores de heresias no seio da igreja, mas nos últimos tempos a igreja brasileira tem sofrido a influencia do grupo musical gospel Diante do Trono, da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte – MG. Este grupo é o que mais vende CDs evangélicos no Brasil e tem influenciado fortemente  a juventude evangélica brasileira, tendo fama de “ungidos”. A Igreja Batista da Lagoinha tem se tornado refêrencia a tal ponto de haver caravanas para ir assistir seus cultos e conhecer a igreja. Só que, tal igreja tem disseminado um festival de doutrinas anti-biblicas . A IBL partilha  dos ideais do MIR ( Ministério Internacional de Restauração). Esse ministério tem sido o principal responsável pela disseminação do G12 em terras brasileiras e é presidido por seu fundador René Terra Nova, que afirma ser “Apostolo”. Umas das principais aliadas de Terra Nova é Valnice Milhomens do Ministério Palavra da Fé, uma pregadora da teologia da prosperidade, famosa por pregar heresias.

Entre as falsas doutrinas que o MIR  e demais adeptos de sua visão   tem pregado, estão doutrinas que assemelham à doutrinas: católico romanas, judaicas e mormonitas. A IBL já adotou, não só o G12 , mas também a onda de “restauração do apostolado”  ungindo Marcio Valadão, seu pastor presidente, “Apostolo”, além de ter cedido seu templo para a consagração de René Terranova “Apostolo” do Brasil e da América Latina, culto este que teve a presença da “Apostola” Valnice Milhomens, já citada e do “Apostolo” Mike Shea, conhecido por ministrar louvor de costas, características esta da igreja ortodoxa antioquina.

  Vamos analisar algumas doutrinas e práticas propagadas por esses movimentos:


Teologia da Prosperidade

      
Essa é uma das doutrinas principais pregada por todos esses movimentos.  Trata-se de uma  substituição do Evangelho da Graça, pelo  “evangelho” da ganância. Oral Roberts, um dos principais pregadores dessa heresia, chegou a escrever um livro intitulado  How i learned Jesus Was  Not Poor (“Como aprendi que Jesus Não foi Pobre”) É comum ouvimos da boca  dos pregadores da prosperidade coisas do tipo: “ Você é filho do Rei, não tem por que levar uma vida derrotada.” A principio uma frase dessas pode até pode parecer ortodoxa. Mas, o que muitos talvez não saibam, é que para esses pregadores, “vida derrotada”=ser pobre, ter dificuldades financeiras, ficar doente etc.T.L Osborn, ensina em seu livro Curai Enfermos e Expulsai Demônios , que Paulo jamais esteve doente contradizendo  o seguinte texto:

 ” E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto; antes, me recebestes como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus”.(Gal.4.13,14). É interessante saber que Osborn no começo de seu ministério se apoiou em líderes heréticos como William Marrion Branham.

T. L. Osborn, no folheto intitulado Um Homem Chamado William Branham, escreveu o seguinte:

"Esta geração está incumbida: uma geração na qual Deus tem caminhado em carne humana na forma de um Profeta. Deus tem visitado seu povo. Porque Um grande Profeta Tem-se Levantado entre Nós"

Osborn trata a pessoa de Branham como se fosse o próprio Deus. Em outro lugar no mesmo folheto, diz:

"Deus tem enviado o irmão Branham no século 20 e tem feito a mesma coisa. Deus em carne, novamente passando por nossos caminhos, e muitos não o conheceram. Eles tampouco o teriam conhecido se tivessem vivido no tempo em que Deus cruzou seus caminhos no corpo chamado Jesus, o Cristo."

A teologia da prosperidade une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e comodismo. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós temos direito de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo da soberania divina. Cito abaixo alguns textos bíblicos, que refutam esse evangelho falso, que promete ao homem uma vida de prosperidade material, atiçando-lhe a ganância.
      
Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;   mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;(Mat.6.19,20) é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.     De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.   Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.   Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.   Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.   Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.   Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.(1Tim.6.4-11)


Alguns dias atrás, recebi um e-mail, que continha um material da pesquisadora de religiões Mary Schultze mostrando como terminaram alguns dos grandes pregadores da prosperidade e da saúde perfeita. observem:

1.  E. W. Kennyon  faleceu vitima de um tumor maligno.

2.  John Wimber e seu filho Chris morreram de câncer.

3.  A . A. Allen morreu de alcoolismo.

4.  John Lake morreu de um colapso.

5.  Gordon Lindsey morreu do coração.

6.  O cunhado de Kenneth Haigin morreu de câncer.

7.  O mesmo aconteceu à sua irmã

8.  Sua esposa foi operada e o próprio Haigin usou óculos até morrer.

9.  Kathryn Khulmann morreu do coração.

10. Daisy Osborne morreu de câncer, jurando que havia sido curada.

11. Jamie Buckingham morreu de câncer.

12. Fred Price conseguiu uma quimioterapia para a sua esposa.

13. John Osteen procurou ajuda médica para curar o câncer da esposa.

14. A esposa de Charles Capps fez tratamento médico de câncer e também Joyce Meyer.

15. Mack Timberlake está se tratando de um câncer na garganta.

16. R. W. Shambach fez quatro pontes safenas.

17. O Profeta Keith Greyton morreu de AIDS.

 Isso é uma prova convincente não são bem assim como pregam entusiasticamente esses “profetas” do materialismo. Por ai percebe-se que não vivem o que pregam!


Restauração da igreja primitiva com apóstolos e profetas 


  Há mais de duzentos anos o mormonismo vem pregando uma “restauração” da igreja primitiva composta por Profetas, Apóstolos etc. Nesses últimos tempos uma doutrina parecida tem sido divulgada no Brasil por igrejas evangélicas em especial as adeptas do G12. Vale lembrar, que há séculos a Igreja Romana prega a doutrina da sucessão apostólica, tendo o Papa como sucessor de Pedro. O texto base de tais igrejas, normalmente é Ef.4.11, tirado de seu contexto. Jesus escolheu doze apóstolos, dos quais Judas Iscariotes se suicidou, ficando 11. Depois Matias foi acolhido apóstolo para ser junto com os onze testemunha da ressurreição do Senhor (At.1.21-26), posteriormente Paulo, foi chamado pelo próprio Senhor para ser apóstolo e mesmo assim se considerava um abortivo, como nascido fora de tempo por ter sido o ultimo a ver o Senhor (1 Cor.15.7-9). Se a instituição de apóstolos na igreja fosse algo necessário até a vinda do Senhor, Paulo não teria razão para fazer tal afirmação.  Depois que morreu o ultimo apóstolo, nunca mais ninguém na igreja primitiva foi reconhecido ou ordenado Apóstolo. O dom de profecia é para a exortação edificação  e consolação, não para dirigir a vida de ninguém ou para transmitir ordenanças a igreja, e muito menos para dar “autoridade” sobre quem quer que seja (cf.1Cor.14.3).


 Confissão de Pecados aos Lideres


Tiago 5:16  “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”

         Esse texto tem sido usado para tentar provar que, temos que confessar nossos pecados para sermos de alguma forma, libertos. Certa vez ouvi um dos integrantes de uma banda gospel, vinculada a uma comunidade que pratica o G12, dizer que quem não confessar seus pecados aos seus pastores ou lideres, para que eles liberassem a “benção do perdão”  , sofreriam ações diabólicas. Isso parece a  doutrina católico romana da confissão auricular. O Texto Bíblico acima refere-se ao ensino de Jesus, sobre perdoar o irmão que pecar contra nós. Tiago está exortando a igreja à reconciliação e ao perdão mutuo. Veja, que antes dele falar em cura, ele fala em oração...”orai uns pelos outros para serem curados” é a ação divina em resposta a oração que cura e restaura, física e espiritualmente e não a confissão auricular. Somente a Deus devemos confessar nossos pecados.

Praticas Judaizantes

Valnice Milhomens, em entrevista à revista Vinde declarou:

"Meu contato com Israel me mostrou várias coisas, como os dias proféticos, as alianças: seis' dias trabalharás e ao sétimo descansarás. Êxodo 31 declara que o sábado é o sinal de uma aliança perpétua e da volta de Cristo."

A Sra.Milhomens, contradiz frontalmente o ensino neotestamentario do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus ( Rom.14.5, Col 2.16, Ef.2.15, Gal.3.23-25). Da mesma forma a circuncisão era uma aliança perpetua e nem por isso ela a instituiu em sua igreja ( Gen.17 10-14). Esta Sra, já chegou declarar que Jesus vai vir em um Sábado de 2007, sendo que o próprio Senhor Jesus, declarou que o dia e a hora de sua vinda ninguém sabe. (Mat 24:36,43,50.  25:13)


MIR

As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor. Elas não são apenas judaicas; são, antes de mais nada, do Senhor, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23:1-44). www.mir.org.br 

O Encontro de Levitas é um Encontro voltado para o resgate do Ministério Levítico dentro da Visão Celular no Governo dos 12. Esse encontro traz princípios e conceitos  sobre os levitas, todo o histórico desde o seus surgimento até os nossos dias. www.mir.org.br

Com respeito a celebrar a festa dos tabernáculos veremos como era observada:

    “  Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias.

     Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis.

 Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis.

São estas as festas fixas do SENHOR, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio,” (Lev.23.34-37)

Resta saber se  eles  realmente observam a Festa dos Tabernáculos como está prescrito na Lei. Se eles não observam dessa forma, não estão observando o preceito. Se observam, estão anulando o sacrifício de Cristo, oferecendo holocaustos e sacrifícios. Isso mostra o grau de apostasia em que o MIR está envolvido  O Apostolo Paulo deixa bem claro que não precisamos observar os dias santos e cerimônias judaicas ( Col.2.16, Gal. 4.9-11).

Levitas? Que absurdo! Não existe mais ministério levítico nos dias atuais. O ministério levítico como o próprio nome já diz se refere aos integrantes da tribo de Levi. Portanto é heresia  grosseira querer instituir esse ministério  na igreja. O Novo Testamento ensina que o ministério  levítico cumpriu sua função e foi substituído pelo ministério de Cristo. (Heb 7:5-28)

Atos Proféticos

Mais um modismo! Esses atos proféticos estão baseados na crença de  que o cristão faz ou diz, tem repercussão no mundo espiritual. Alguns chegam a blasfemar ensinado que assim como Deus, pela sua palavra falada, trouxe todas a coisas a existência, da mesma maneira, nós como sua imagem, podemos trazer coisas a existência pelo poder da palavra falada. Esse ensino é uma blasfêmia idolátrica, que procura assemelhar o homem a Deus. Esses atos proféticos normalmente tem como objetivo, “conquistar” cidades ou nações para o Reino de Deus. A palavra de Deus nos ensina a ganhar almas para o Reino de Deus através da pregação do evangelho de Jesus Cristo, e não através de “declarações de posse” ou de “orações reivindicatórias.”  Líderes de diversas comunidades ligadas ao G12 e ao apostolado contemporâneo, estão planejando uma série de “atos proféticos” para a redenção do Brasil até 2007, o ano anunciado por Valnice Milhomens  para o retorno de Cristo. O primeiro desses atos foi feito na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte e o ultimo está marcado para ser em Porto Alegre.  Sinomar Ferreira falando sobre esses atos proféticos declarou: “Os atos proféticos são extremamente importantes, por que aquilo que é feito aqui na terra tem repercussão no céu”  Isso mostra o caráter herético de tais atos, pois insinua que podemos manipular o mundo espiritual. Crença parecida com as dos Bruxos da Nova Era que acreditam poder manipular as forças da natureza através de palavras mágicas e encantamentos. [Vide o livro "A Sedução do Cristianismo" de Dave Hunt]

Que Pastores, lideres e membros de Igrejas, estejam vigilantes, para que ventos de doutrinas não invadam suas comunidades eclesiais, causando divisão e confusão em seu meio. Fica aqui um alerta: Antes de convidar alguém para pregar em suas igrejas, acampamentos, retiros etc. Procure se informar bem, sobre a linha doutrinária seguida por essa pessoa, para evitar futuros problemas.

   QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DA IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA!


*Seminarista Francisco Belvedere Neto

*Fonte:http://coletividademorbida.blogspot.com.br/2014/03/modismos-e-heresias-ameacam-igreja.html

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Fonte:http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/VentosDeDoutrinas-FBelvedereNeto.htm

domingo, 26 de junho de 2016

CIENTISTAS DE CRISTO: A história de fé de Rosalind Picard

26.06.2016
Do portal ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA CRISTÃOS NA CIÊNCIA
Por Áquila Mazzinghy

rosalinRosalind Picard é uma das cientistas entrevistadas pelo Projeto “O Teste da Fé”, que tem como objetivo demonstrar que é possível aliar ciência a uma fé cristã robusta. Professora de Arte e Ciências no MIT (Massachusetts Institute of Technology), diretora e também fundadora do Affective Computing Research Group do MIT Media Lab, co-diretora do grupo Things That Think Consortium, e cientista-chefe e co-fundadora da Affectiva e da Empatica, Rosalind já recebeu diversos prêmios internacionais, participa de vários conselhos editoriais de revistas respeitadas internacionalmente, escreveu livros e mais de duzentos artigos científicos e desenvolve algoritmos e sensores para auxiliar pessoas que sofrem com autismo, epilepsia e distúrbios do sistema nervoso em geral.

Quando Rosalind Picard era mais jovem, ela assumiu que a religião era para as pessoas emocional ou intelectualmente “atrofiadas”: “Eu era ateia convicta. Eu achava que aqueles que acreditavam em um Deus tinham jogado sua razão ao vento.” “Eu poderia olhar ao redor e ver todos os tipos de pessoas sem instrução que eram crentes, e eu pensava que os dois andavam de mãos dadas. Eu acreditava que a religião era uma criação do homem, inventada por pessoas que não eram fortes o suficiente para lidar com a morte. Eu assumi que a fé não era intelectual ou com base em provas”.

Desafiada a ler a Bíblia por amigos próximos, Rosalind concordou. “Eu achava que a Bíblia era errada sem ao menos ter lido uma única vez, e eu confiava na minha boa educação intelectual para isso, mas eu realmente achei a leitura profundamente sábia. Então, eu decidi ler toda a Bíblia. A experiência de ler a Bíblia por mim mesma desafiou todos os meus pressupostos anteriores.” Rosalind conta, então, que gradualmente tornou-se preparada para admitir a sua fé.

Perguntada sobre como ela concilia fé e ciência em seu trabalho ela afirmou: “Eu não tenho problemas em conciliar minha fé cristã e minha carreira. Ciência e fé são mais do que compatíveis – elas são complementares, como as duas asas para nos erguer do chão e nos ajudar a ver mais do que podemos daqui de onde estamos.”

Indagada sobre quais são os motivos mais fortes para rejeitar a fé cristã, Rosalind Picard não apontou questões profundas da ciência. Segundo ela, existem muitas objeções intelectuais para a fé, mas podem ser tratadas. O maior problema é, talvez, a os impactos que o cristianismo traz à vida de uma pessoa: “muitos não querem mudar o modo como vivem, ou não querem viver da maneira como nosso mestre, Cristo, viveu”. Também segundo ela, muitos não cristãos se sentem desencorajados ao ver cristãos que vivem vidas aparentemente sem qualquer transformação.


Veja: Conversão – Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=jnS2ovwIx-g
Veja: Conversão – Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=Vu0m2tpfWfA
Veja: Conversão – Vídeo 3: https://www.youtube.com/watch?v=jWRsaeKvj_o
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Fonte:http://www.cristaosnaciencia.org.br/recursos/a-historia-de-fe-de-rosalind-picard/

Pr. Sean Michael Lucas: Deus usa igrejas comuns

26.06.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Sean Michael Lucas*

deus-usa-igrejas-comuns

Ao longo de sua história, a igreja tendeu a se enxergar como extraordinária. Por exemplo, no período medieval, a igreja era um lugar extraordinário à parte do mundo, o sagrado separado do profano, o lugar de salvação, a detentora dos mistérios do céu.

A igreja continha pessoas extraordinárias: monges e freiras, padres e bispos e, acima de tudo, o Papa como representante de Cristo na terra. Essas pessoas extraordinárias eram as que tinham chamados para o ministério; todas as outras simplesmente trabalhavam. Além disso, a igreja tinha meios extraordinários: sacramentos que transmitiam graça pela operação dos próprios rituais. Enquanto monges e místicos realizavam feitos poderosos e alimentavam os leigos com alimento celestial, alguns dos extraordinários alcançavam a santidade, enquanto os comuns ansiavam pela libertação final do pecado e um vislumbre de Deus no céu.

Para aumentar o aspecto extraordinário da igreja e de seus agentes mais santos, os próprios edifícios da Igreja foram construídos com o altar extraordinário na extremidade do santuário separado das pessoas comuns por uma cerca, tela ou grade. A divisão era desenhada novamente na Eucaristia, em que aos leigos era negada a chance de participar do vinho (como o sangue de Cristo), por medo do que poderia acontecer se ele fosse derramado. A igreja cristã estava cheia de lembretes do extraordinário.

Uma das principais contribuições da Reforma e do protestantismo em geral tem sido a sua ênfase no aspecto comum da igreja. É bem certo que João Calvino aprovaria a observação de Cipriano que a igreja é a nossa mãe e que “longe de seu seio, não se pode esperar qualquer perdão dos pecados ou qualquer salvação”, ou como a Confissão de Fé de Westminster ensina: “a Igreja visível […] é o Reino do Senhor Jesus Cristo, a casa e família de Deus, do qual não há possibilidade de salvação” (25.2). A igreja é o lugar normal da graça de Deus. Entretanto, a graça de Deus não vem através de uma exibição extraordinária; em vez disso, Deus usa sua igreja comum para sustentar e nutrir crentes através de ministério, pessoas e meios comuns.

Ministério comum

Em sua igreja comum, Deus trabalha por meio do ministério comum. Os reformadores fizeram uma distinção entre os ofícios bíblicos que eram extraordinários e feitos para durar por um tempo, como apóstolos e profetas, e aqueles ofícios bíblicos que eram “comuns e perpétuos” na igreja, como presbíteros e diáconos (Ef 4.11-13; 1Tm 3.1-13; Tt 1.5-9). O ministério extraordinário de apóstolos e profetas estabeleceu a igreja (Ef 2.20), com seu ensino fundamental consistindo no cânon das Escrituras. Contudo, a partir do encerramento do cânon até o tempo presente, Deus tem usado o ministério comum e regular de presbíteros e diáconos para edificar a igreja (1Tm 3.15).

Esses presbíteros e diáconos são escolhidos pelo povo de Deus, em concordância com a própria determinação de Cristo de presentear seu povo com oficiais (At 6. 1-7,14.23; Ef 4.7-12). Longe de envolver um chamado sobrenatural ou extraordinário, o chamado para o ministério comum vem através do povo de Deus procurando entre si por homens “de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria” (At 6.3). Esses homens são separados para tomar o que receberam a respeito do evangelho e passá-lo fielmente aos outros (2Tm 2.2). E, enquanto alguns desses homens farão isso em tempo integral e recebendo uma remuneração (1Co 9.8-12; 1Tm 5.17), outros continuarão em seu trabalho diário como fazedores de tendas, pescadores, professores e médicos, mesmo enquanto pastoreiam o rebanho de Deus (At 18.1-4,24-28; 1Co 9.6–7). Presbíteros se dedicam principalmente à oração e ao ministério da Palavra, e diáconos a atender as necessidades físicas das pessoas, mas ambos trabalham para a edificação da igreja comum de Deus (At 6.1-7).

Este é o ministério normal através do qual Deus trabalha: presbíteros e diáconos exercendo o ministério comum em resposta ao chamado de Deus que vem através dos processos regulares da igreja. Mas a igreja avança a sua causa não só através de um ministério comum, mas também através de homens e mulheres comuns que vivem a vida diária no mundo e na igreja.

Pessoas comuns

Os reformadores insistiram que a causa de Deus no mundo avança através de pessoas comuns vivendo seus chamados em todas as áreas da vida. Ao confiar em Cristo durante seu trabalho diário, homens e mulheres fazem boas obras. Estas obras são tão boas quanto as de um pastor quando prega ou de um presbítero que ministra junto ao leito de uma mulher à beira da morte. Lutero coloca desta forma: “Se ele encontra o seu coração confiante de que agrada a Deus, então o trabalho é bom, mesmo que seja algo tão pequeno quanto apanhar uma palha”. O trabalho dos crentes é aceitável para Deus não por estar relacionado à igreja ou por possuir reputação do mundo; é aceitável porque é feito com fé, porque agrada a Deus, e porque Deus o usa para fazer prosperar seu mundo. Deus usa pessoas comuns como um reino de sacerdotes que representam e mediam graça comum para toda a criação.

Este sacerdócio de todos os crentes também muda nosso entendimento da vida comum na igreja. Uma vez que cada crente é um sacerdote diante de Deus unido ao sumo sacerdote, Jesus, a adoração de cada crente é significativa (1Pe 2.4-10). As orações das mulheres na sexta-feira são tão valorizadas e valiosas aos olhos de Deus quanto as orações do ministro no domingo. O ensino do contador na escola dominical é tão valorizado e valioso aos olhos de Deus quanto as palestras do professor de seminário. Todos os crentes têm a unção de Deus, todos são sacerdotes diante de Deus, todos são importantes na construção do reino de Deus (1Jo 2.27).

Isso não quer dizer que Deus não tenha dotado alguns mais do que outros, nem que Deus não tenha ordenado uma estrutura para sua igreja com os presbíteros chamados para pastorear o rebanho e estar aptos para ensinar (1Pe 5.1-5; Hb 13.7,17). No entanto, isso quer dizer que na igreja cristã comum, Deus usa homens e mulheres comuns como “sacerdotes para o seu Deus e Pai” (Ap 1.6), cuja adoração é significante e cujo trabalho é aceitável em Cristo.

Meios comuns

Quando essa igreja comum se reúne, homens e mulheres comuns servidos por um ministério comum, ela encontra Deus trabalhando através de meios comuns. O Breve Catecismo de Westminster se refere aos “meios ordinários de graça”, como a Palavra, os sacramentos e a oração. Embora estes meios comuns pareçam simples e até mesmo tolos para alguns, Deus os usa de maneiras poderosas, pois ele os faz “eficazes aos eleitos para a salvação” (P. 88; cf. 1Co 1.18-31).

Na leitura e especialmente na pregação da Bíblia, Deus trabalha para convencer e converter os pecadores e para convencer e confortar os santos, isto é, todos os crentes. Nos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor, Deus trabalha para confirmar sua Palavra e assegurar nossos corações através do trabalho de seu Espírito e da resposta da nossa fé. Em nossas orações, Deus opera em nossos corações e vidas ao oferecermos nossos desejos a Deus. Através de sua atuação, Deus faz com que esses meios comuns sejam eficazes para a nossa salvação (BCW, P. 89-91). Ou seja, eles nos confirmam e santificam em Cristo, enquanto aguardamos a nossa glorificação.

A igreja cristã comum não precisa das últimas modas para chamar os pecadores ou aqueles que estão em busca de algo. Ela precisa, em vez disso, desses meios ordinários, juntamente com a fé no Deus que utiliza esses meios. Certamente, uma das grandes crises em nossos dias é a crise de confiança e fé nos meios comuns de graça. Deus está nos chamando para lembrar mais uma vez que ele não precisa de experiências ou eventos extraordinários; antes, ele tem prazer em usar esses meios comuns para fazer sua obra na vida das pessoas.

Pois, quando o povo de Deus usa os meios ordinários, mesmo a pessoa menos instruída pode aprender a grande história da salvação, crescer em fé e graça, e servir como um sacerdote na casa de Deus. A Confissão de Fé de Westminster admite que nem tudo na Bíblia é simples ou claro para todo leitor da mesma, “mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios comuns, podem alcançar uma suficiente compreensão” das coisas necessárias para a salvação (CFW 1.7). Semelhantemente, não é preciso “revelação extraordinária” ou uma manifestação especial do Espírito para se obter garantia; pelo contrário, uma garantia infalível de salvação é alcançada “no devido uso dos meios comuns” (CFW 18.3). 

Tal aprendizado e segurança exigem que o povo de Deus participe de sua igreja cristã comum, dia do Senhor após dia do Senhor, a fim de usar esses meios comuns de graça.E quando nos comprometemos com esta igreja cristã comum, Deus faz coisas extraordinárias. 

Ele concede misericórdia e graça, ele ilumina nossas mentes e orienta nossas vontades, ele chama eficazmente e justifica, ele santifica seus filhos adotivos, e ele os leva com segurança para seu lar. Assim, Deus não nos chama para dar o primeiro lugar à conferência, podcast, livro ou revista, que são úteis, porém extraordinárias. Antes, ele nos chama a amar sua igreja cristã, bela, comprada por sangue e comum.

Dr. Sean Michael Lucas é pastor titular da First Presbyterian Church (PCA) em Hattiesburg, Mississippi, EUA. É autor de God’s Grand Design: The Theological Vision of Jonathan Edwards [sem tradução em português].
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/06/deus-usa-igrejas-comuns/

terça-feira, 21 de junho de 2016

O que o coração , segundo a Bíblia?

20.06.2016


Resposta: Primeiro, vamos afirmar o óbvio: este artigo não é sobre o coração como um órgão vital, um músculo que bombeia o sangue por todo o corpo. Nem este artigo se trata de definições românticas, filosóficas ou literárias.

Em vez disso, vamos nos concentrar no que a Bíblia tem a dizer sobre o coração. A Bíblia menciona o coração humano quase 300 vezes. Em essência, isso é o que diz: o coração é aquela parte espiritual dentro de nós onde os nossos desejos e emoções habitam.

Antes de darmos uma olhada no coração humano, vamos mencionar que, uma vez que Deus tem emoções e desejos, pode-se dizer que Ele também tem um "coração". Nós temos um coração porque Deus o tem. Davi era um homem "segundo o coração de Deus" (Atos 13:22). E Deus abençoa o Seu povo com líderes que conhecem e seguem o Seu coração (1 Samuel 2:35, Jeremias 3:15).

O coração humano, em sua condição natural, é perverso, traiçoeiro e enganador. Jeremias 17:9 diz: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?" Em outras palavras, a Queda nos afetou no nível mais profundo –a nossa mente, emoções e desejos foram manchados pelo pecado e somos cegos para o quão penetrante o problema realmente é.

Podemos não entender os nossos próprios corações, mas Deus entende. Ele "conhece os segredos do coração" (Salmo 44:21; ver também 1 Coríntios 14:25). Jesus "conhecia a todos, e não necessitava de que alguém lhe desse testemunho do homem, pois bem sabia o que havia no homem" (João 2:24-25). Com base em Seu conhecimento do coração, Deus pode julgar com retidão: "Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações" (Jeremias 17:10).

Jesus destacou a condição caída de nossos corações em Marcos 7:21-23: "Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem." O nosso maior problema não é externo, mas interno - todos nós temos um problema de coração.

Para que uma pessoa possa ser salva, então, o coração tem que ser mudado. Isso só acontece pelo poder de Deus, em resposta à fé. "Com o coração se crê para justiça" (Romanos 10:10). Em Sua graça, Deus pode criar um coração novo dentro de nós (Salmo 51:10, Ezequiel 36:26). Ele promete "vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57:15).

A obra de Deus de criar um novo coração dentro de nós envolve testar o nosso coração (Salmo 17:3; Deuteronômio 8:2) e encher os nossos corações com novas ideias, nova sabedoria e novos desejos (Neemias 7:5; 1 Reis 10:24; 2 Coríntios 8:16).

O coração é o centro do nosso ser, e a Bíblia coloca grande importância em manter o coração puro: "Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" (Provérbios 4:23).

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

A natureza e os atributos de Deus

09.06.2016
Do blog  PALAVRA PRUDENTE, 23.07.15
Por T. P. Simmons 

 A NATUREZA DE DEUS
Duas expressões bastarão para indicarem a natureza de Deus.
1. DEUS É UM ESPÍRITO.
Temos estas palavras exatas da boca de Jesus em João 4:24. Este estatuído significa que Deus é puro, inteiro e unicamente um espírito. Um espírito pode habitar um corpo, mas um espírito puro não tem e não habita um corpo; pois Jesus disse outra vez depois da ressurreição: “Um espírito não tem carne e ossos como vós vedes que eu tenho” (Lucas 24:39). Conseqüentemente, nunca se diz de o homem ser um espírito enquanto habita o corpo. Diz-se que ele possui um espírito, mas, quando sua natureza mista se descreve, diz-se ser ele uma “alma vivente” (Gênesis 2:7; 1 Coríntios 15:45) antes que um espírito.
Também sabemos que Deus é um espírito puro, não possuindo ou habitando um corpo, por causa da Sua invisibilidade (Colossenses 1:15; 1 Timóteo 1:17; Hebreus 11:27) e por causa de Sua onipresença.
Isto nos traz a considerarmos aquelas passagens da Escritura que atribuem a Deus partes corporais tais como olhos e ouvidos, mãos e pés. Em vista do que já se disse, claro é que estas passagens se tomem num sentido figurado e simbólico. Semelhantes representações são conhecidas teologicamente como antropomorfismos.
Robert Young, autor de “Analytical Concordance to the Biblie”, diz: “Sentimentos, ações e partes humanas se atribuem a Deus, não que elas estejam realmente n?Ele, mas porque tais efeitos procedem d?Ele como iguais àqueles que fluem de tais coisas nos homens”.
Doutro lado, há outras passagens que são explicadas por A. H. Strong como segue: “Quando de Deus se diz como aparecendo aos patriarcas e andando com eles, as passagens são para ser explicadas como se referindo a manifestações temporárias dEle mesmo em forma humana, manifestações que prefiguram o tabernáculo final do Filho de Deus em carne humana” (Systematic Theology, pág. 120).
A personalidade de Deus está envolvida na Sua espiritualidade e portanto não é tratada como uma característica separada.
2. DEUS É UM.
Por este estatuído pensamos afirmar Sua unidade em toda a plenitude desse termo. Queremos dizer que há um só Deus e também queremos dizer que a Sua essência é homogênea, individida e indivisível.
Que há um só Deus, está ensinado em Deuteronômio 6:4; Isaías 44:6; João 17:3; I Coríntios 8:4; I Timóteo 1:17; 2:5. E é irracional, ainda mais, assumir a existência de uma pluralidade de deuses, quando um só explica todos os fatos. Também as passagens que representam Deus como infinito e perfeito (Cf. Salmos 145:3; Jó 11:7-9; Mateus 5:47-48) e provas indiretas de Sua unidade; porquanto infinidade e perfeição absolutas são possíveis a um só. Dois seres semelhantes não podiam existir, pois um limitaria o outro.
Que a essência de Deus é homogênea, individida e indivisível, é uma inferência necessária do fato que Deus é um espírito puro. Tudo quanto sabemos do espírito nos compele a crer que sua essência é simples e não composta.
J. P. Boyce dá as três seguintes razões para afirmar-se a unidade de Deus no sentido em que a estamos agora discutindo:
“1. Porque a composição (ou um por junto) envolve a possibilidade de separação, o que envolveria a destrutibilidade e mutabilidade, cada qual inconsistente com a perfeição absoluta e a existência necessária.
“2. A composição envolve um tempo de existência separada das partes componentes”. Isto necessitaria de um tempo em que as partes existiram separadamente e, portanto, de um tempo em que Deus não existiu, ou “quando Ele existiu imperfeitamente, não tendo ainda recebido para Sua natureza essencial as adições feitas subseqüentemente, o que tudo é inconsistente com a perfeição absoluta e a essência necessária.
“3. Se as partes foram compostas, foram feitas por alguma força de fora, ou tem sido um crescimento em Sua natureza”. E ambas essas idéias são inconsistentes com a perfeição absoluta e a existência necessária.
Todavia, a unidade de Deus não impede Sua trindade e Sua trindade não está de modo algum em discrepância com a Sua unidade. A trindade, como veremos mais claramente depois, consiste de três distinções eternas no mesmo ser e na mesma pura essência, distinções que nos são apresentadas sob a figura de pessoas.
II. OS ATRIBUTOS DE DEUS
“O termo “atributo”, diz J. M. Pendleton, “na sua aplicação a pessoa ou coisas, significa algo pertencente a pessoas ou coisas. Os atributos de uma coisa são tão essenciais a ela que sem eles ela não podia ser o que é; o que é igualmente verdade dos atributos de uma pessoa. Se um homem fosse despido dos atributos que lhe pertencem, ele cessaria de ser um homem, pois esses atributos são inerentes naquilo que o constitui um ser humano. Se transferirmos estas idéias a Deus, acharemos que os Seus atributos lhe pertencem inalienávelmente e, portanto, o que Ele é deve ter sido sempre. Os seus atributos são suas perfeições, inseparáveis de Sua natureza e constituindo o Seu caráter” (Christian Doctrines, pág. 42).
J. P. Boyce diz: “Os atributos de Deus são aquelas particularidades que marcam ou definem o modo de Sua existência, ou que constituem o Seu caráter. Não são separados ou separáveis de Sua essência ou natureza e contudo não são essa essência, mas simplesmente fundamento ou causa de sua existência nela, e são ao mesmo tempo as particularidades que constituem o modo e o caráter do Seu ser” (Abstract of Systematic Theology, pág. 65).
“Os atributos de Deus”, segundo definição de A. H. Strong “são aqueles característicos distinguintes da natureza divina inseparáveis da idéia de Deus e que constituem a base e o fundamento para Suas várias manifestações às Suas criaturas. Chamamo-los atributos, porque somos compelidos atribuí-los a Deus como qualidades ou poderes fundamentais do Seu ser, para podermos dar conta racional de certos fatos constantes nas auto-revelação de Deus” (Systematic Theology, pág. 115).
É comum dividir-se os atributos de Deus em duas classes. Isto ajuda tanto à memória como ao entendimento. A estas divisões deram-se vários pares de nomes, tais como comunicável e incomunicável; imanente e transiente; positivo e negativo; natural e moral; absoluto e relativo. Estas duas últimas classificações foram adotadas nestes estudos.
1. ATRIBUTOS ABSOLUTOS.
Os atributos absolutos de Deus são aqueles que dizem respeito ao Seu Ser independente de Sua aliança com qualquer outra coisa.
(1) Auto-existência.
O ser de Deus é inderivado. Sua existência é auto-causada. Sua existência é independente de tudo o mais. A auto-existência de Deus está implicada em o nome “Jeová”, que quer dizer “o existente” e também na expressão “Eu sou o que sou” (Êxodo 3:14), que significa que SER é a natureza de Deus.
A eternidade de Deus, que figura na segunda classe de atributos, também implica sua auto-existência. Se Deus existiu para sempre, então Sua existência é uma auto-existência necessária, inderivada, autocausada. Auto-existência é um mistério que é incompreensível ao homem; todavia, uma negação dela envolveria a nós outros num maior mistério. Se não existe no universo alguma pessoa auto-existente, então a ordem presente de coisas veio a existir do nada, sem causa ou criador. Elas não podiam ter sido o produto de mera energia, porquanto a energia é a propriedade tanto da matéria como da vida. E desde que a ciência provou que a matéria não é eterna, cabe-nos assumir uma pessoa eterna e portanto auto-existente como explicação da presente ordem de coisas.
(2) Imutabilidade.
Notai as seguintes afirmações:
“Por imutabilidade definimos a Deus como imutável na Sua natureza e nos Seus propósitos” (E. Y. Mullins, The Christian Religion in its Doctrinal Expression, págs. 223, 224).
“Por imutabilidade de Deus defini-se que Ele é incapaz de mudar, tanto na duração da vida, como em a natureza, no caráter, na vontade ou felicidade. Em nenhuma destas, nem em nenhum outro respeito, há qualquer possibilidade de mudança” (J. P. Boyce, Abstract of Systematic Theology, pág. 73).
A imutabilidade está implicada em infinidade e perfeição. Qualquer mudança, quer para melhor, quer para pior, implica imperfeição e finidade tanto antes como depois.
As principais passagens que ensinam a imutabilidade geral de Deus são Salmos 102:27; Malaquias 3:6; Tiago 1:17.
As seguintes passagens ensinam especificamente a imutabilidade da vontade de Deus: Números 23:19; I Samuel 15:29; Jó 23:13; Salmos 33:11; Provérbios 19:21; Isaías 46:10; Hebreus 6:17.
As passagens precedentes dão-nos declarações positivas e absolutas. Todas as passagens que representam Deus como se arrependendo, tais como Gênesis 6:6,7; Êxodo 32:14; I Samuel 15:11; Salmos 106:45; Amos 7:3; Jonas 3:10 e as que de qualquer maneira parecem implicar ou sugerir qualquer mudança nos propósitos de Deus, devem ser explicadas à luz delas. Estas últimas contêm antropomorfismos.
Ao comentar Êxodo 32:14, diz A. W. Pink: “Estas palavras não querem dizer que Deus mudou de mente ou alterou Seu propósito, porque Ele é “sem variação ou sombra de mudança” (Tiago 1:17). Nunca houve e nunca haverá a menor ocasião de o Todo-Poderoso efetuar o mais leve desvio do Seu eterno propósito, pois tudo foi a Ele pré-conhecido desde o principio e todos os Seus conselhos foram ordenados por infinita sabedoria. Quando a Escritura fala de Deus arrepender-se, ela emprega uma figura de retórica em que o Altíssimo condescende em falar na nossa linguagem. O que se intenta pela expressão acima é que Jeová respondeu a oração de um mediador típico.
E, sobre tais passagens, diz J. P. Boyce; “Pode ser asseverado que estas são meramente antropomórficas, visando simplesmente a inculcar sobre os homens Sua grande ira pelo pecado e Sua ardente aprovação do arrependimento daqueles que tinham pecado contra Ele. A mudança de conduta no homens, não em Deus, mudará a relação entre eles e Deus. O pecado os fizera suscetíveis do Seu justo desprazer. O arrependimento os trouxera para dentro das possibilidades de Sua misericórdia. Não os tivesse Ele tratado diferentemente, então teria havido uma mudança n?Ele. Sua própria imutabilidade fá-lo necessário que Ele trate diferentemente os que são inocentes e os que são culpados, os que se endurecem contra Ele e os que se viram para Ele por misericórdia com corações arrependidos” (Abstract of Systematic Theology, pág. 76).
Devemos do mesmo modo entender todas as alusões que parece indicarem uma sucessão de emoções em Deus. Todas as emoções em Deus existem lado a lado uma da outra no mesmo momento e assim tem sido desde toda a eternidade. Ele se tem sempre agradado da justiça e desagradado do pecado. E desde toda a eternidade conheceu toda a justiça e todo o pecado. O pecado expõe o homem ao desprazer de Deus. A justiça o sujeita ao prazer de Deus. A passagem do desprazer ao prazer de Deus efetua-se por uma mudança no homem e não em Deus. O sol derrete a cera, mas, se a cera pudesse ser mudada em barro, o sol a endureceria. Representaria isso qualquer mudança que fosse no sol?
A oração não muda Deus: ela muda-nos e as coisas e as circunstâncias com que temos de tratar; mas não muda Deus. Jamais teremos a justa atitude para com Deus enquanto pensarmos que a oração é um meio de alcançarmos de Deus o que Ele não intentou fazer. Muito longe de a oração mudar a vontade de Deus, devemos orar segundo Sua vontade, se esperarmos obter uma resposta. Diz-nos João: “Esta é a confiança que temos nEle, que se pedirmos qualquer coisa segundo Sua vontade, Ele nos ouve” (I João 5:14). É o Espírito Santo que nos faz orar (Romanos 8:15; Gálatas 4:6), e é ao Espírito Santo que devêramos procurar por direção nas coisas que pedimos (Romanos 8:26). A oração, então, é a obra de Deus em nossos corações preparando-nos para o uso mais proveitoso e o desfruto mais grato de Suas bênçãos. É a Sua própria chave com que Ele destranca os diques do rio de Suas bênçãos. Nos sábios conselhos de Deus, antes da fundação do mundo, Ele ordenou a oração como um dos meios de execução da Sua vontade. A oração não muda Deus mais do que a fé do pecador arrependido muda Deus. Um e outro são simplesmente meios na realização do propósito eterno e imutável de Deus.
(3). Santidade.
A santidade de Deus é sua perfeita excelência moral e espiritual. Deus é perfeitamente puro, impoluto e justo em Si mesmo. Santidade é o fundamento de todos os outros atributos morais em Deus. A santidade de Deus tipificou-se nas vestes imaculadas do Sumo Sacerdote quando ele entrou nos Santo dos santo.
Diz R. A. Torrey: “O sistema inteiro mosaico de lavagens; divisões do tabernáculo; divisões do povo em israelitas comuns, levitas, sacerdotes e sumos sacerdotes, a quem se permitiam diferentes graus de aproximação a Deus, sob condições rigorosamente definidas; o insistir sobre sacrifícios como meios necessários de aproximação a Deus; as direções de Deus a Moisés em Êxodo 3:5, a Josué em Josué 5:15, o castigo de Usias em 2 Crônicas 26:16-26, as ordens rigorosas a Israel sobre aproximarem-se do Sinai quando Moisés falava com Deus – tudo visou a ensinar, acentuar e ferretear nas mentes e corações dos israelitas a verdade fundamental que Deus é santo, irrepreensivelmente santo. A verdade que Deus é santo é a verdade fundamental da Bíblia, do Velho e do Novo Testamento, da religião judaica e cristã” (What The Bible Teaches, pág. 37).
As seguintes passagens da Escritura são as principais a declararem a santidade de Deus: Josué 24:19; Salmos 22:3; 99:9; Isaías 5:16; 6:3; João 17:11; 1 Pedro 1:15,16.
A santidade de Deus fá-Lo aborrecer o pecado e, portanto, provoca Sua justiça, a qual consideraremos sob os atributos relativos.
2. ATRIBUTOS RELATIVOS.
Os atributos relativos de Deus são os que se vêem por causa da conexão de Deus com o tempo e a criação.
(1) Eternidade.
Isto quer dizer que Deus não teve princípio e que Ele não pode ter fim. Quer dizer também que Ele de modo algum está limitado ou condicionado pelo tempo. A. H. Strong diz: “Deus não está no tempo. Mais correto é dizer que o tempo está em Deus. Conquanto haja sucessão lógica nos pensamentos de Deus, não há sucessão cronológica” (Systematic Theology, pág. 130).
Deus vê os eventos como tendo lugar no tempo, mas desde toda a eternidade esses eventos têm sido os mesmos para Ele como depois que aconteceram. A eternidade tem sido descrita como segue: “A eternidade não é, como os homens crêem, antes e depois de nós, uma linha sem fim. Não, é um circulo, infinitamente grande, toda a circunferência com a criação aglomerada; Deus reside no centro, contemplando tudo. E, ao passo que nos movemos nesta eterna volta, a porção finita que só vemos, atrás de nós está o passado; o que nos fica adiante chamamos futuro; mas para Ele que reside no centro, igualmente afastado de todo o ponto da circunferência, ambos são iguais, futuro e passado” (Murphy, Scientific Basis, pág. 90).
(2) Onipresença.
Por onipresença de Deus quer dizer-se que Deus está presente no mesmo momento em toda a Sua criação.
A onipresença de Deus está bela e incisivamente declarada no Salmos 139:7-10 e em Jeremias 23:23,24.
Aquelas passagens que falam de Deus como estando presente em lugares especiais são para se entenderem como referindo-se a manifestações especiais e transcendentais de Deus. Assim se fala de Deus como uma habitação no céu, porque é lá que Ele faz a maior manifestação de Sua presença.
(3) Onisciência.
Desde toda a eternidade Deus possuiu todo o conhecimento e sabedoria. João declara que Deus “conhece todas as coisas” (1 João 3:20). A onisciência de Deus pode ser argüida de Sua infinitude. Em toda a parte da Escritura Ele está retratado como um ser infinito. Assim Seu conhecimento deve ser infinito. A onisciência pode ser também argüida da imutabilidade. Se Deus não muda, como a Escritura declara, então Ele deve ter possuído todo conhecimento desde o princípio; doutra sorte Ele estaria aprendendo continuamente e isso por si mesmo constituiria uma mudança nEle e conduziria necessariamente ainda a mais mudanças manifestas.
Mais ainda: a necessidade de onisciência da parte de Deus pode ser vista em Efésios 1:11, a qual diz que Deus “Opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade”. Só um ser onisciente podia operar todas as coisas segundo o conselho de sua própria vontade.
(4) Onipotência.
Deus possui todo o poder. Em Gênesis 17:1 Deus declara: “Sou um Deus Todo-poderoso”. Este título se aplica a Ele vezes sem conta na Escritura. Significa este título que Ele possui toda potência ou força. Lemos de novo em Mateus 19:26: “Com Deus todas as coisas são possíveis”. Muitas outras passagens declaram a onipotência de Deus.
A onipotência de Deus não significa, sem duvida, que Ele pode fazer coisas que são logicamente absurdas ou coisas que são contra a Sua própria vontade. Ele não pode mentir, porque a santidade do Seu caráter obsta a que Ele queira mentir. E Ele não pode criar uma rocha maior do que Ele pode erguer; nem tanto uma força irresistível como um objeto inamovível; nem Ele pode traçar uma linha entre dois pontos mais curta do que uma reta; nem botar duas montanhas adjacentes uma à outra sem criar um vale entre elas. Ele não pode fazer qualquer dessas coisas porque elas não são objetos de poder: são autocontraditórias e logicamente absurdas; violariam as leis de Deus por Ele ordenadas e O fariam atravessar-se a Si mesmo.
(5) Veracidade.
Por veracidade de Deus quer dizer-se Sua veracidade e fidelidade na Sua revelação às suas criaturas e no trato com elas em geral, em particular com o Seu povo redimido.
Algumas das passagens que estabelecem a veracidade de Deus são: João 9:33; Romanos 1:25; 3:4; 1 Coríntios 1:9; 2 Coríntios 1:20; 1 Tessalonicenses 5:24; Tito 1:2; Hebreus 6:18; 1 Pedro 4:19.
(6) Amor.
Usa-se na Bíblia o amor em diferentes sentidos quando atribuídos a Deus nos Seus tratos com Suas criaturas. Algumas vezes refere-se a mera bondade na concessão de benefícios naturais sobre todos os homens (Salmos 145:9; Mateus 18:33; Lucas 6:35; Mateus 5:44,45). O amor redentor de Deus, por outro lado, é soberano, discriminante e particular. Ele diz: “Amei a Jacó e detestei a Esaú” (Romanos 9:13). E de Deus se declara enfaticamente: “Detestas a todos os obradores de iniqüidade” (Salmos 5:5).
(7) Justiça.
A justiça de Deus está ensinada em Gênesis 18:25; Deuteronômio 32:4; Salmos 7:9-12; 18:24; Romanos 2:6.
Foi a justiça de Deus que fez necessário Cristo morrer para que os homens pudessem ser salvos. A justiça de Deus torna impossível Deus deixar que o pecado passe impune. A morte de Cristo tornou possível que Ele fosse justo e contudo justificador de pecadores crentes (Romanos 3:26).
No sacrifício de Jesus cumpriu-se a Escritura que diz: “A misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram” (Salmos 85:10).
A salvação dos crentes é um ato de graça para com eles; contudo, é um ato de justiça a Jesus Cristo que morreu em lugar de todos que crêem.
Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
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Fonte:http://palavraprudente.com.br/biblia/capitulo-5-a-natureza-e-atributos-de-deus/