Pesquisar este blog

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Pentecostal: que tipo de pregador e mensagem você tem ouvido e recebido em sua igreja?

01.02.2018
Do portal GOSPEL MAIS, 15.11.17
Por Silvio Costa*
Eu posso escrever sobre os pentecostais porque também sou um pentecostal. E testemunho que os melhores dias da minha vida foram e estão sendo vividos neste meio cristão (meio em que pretendo permanecer, pois foi nessa família que encontrei as maiores experiências e exemplos de ser integrante da igreja de Cristo). O poder, autoridade e consequente ousadia conferida as testemunhas de Jesus (Mt 10:8; Mc 16:15-18; At 1:8) podem se notar vigorosamente entre os pentecostais tais como: conversões, pessoas realmente sendo transformadas pelo poder de Deus, curas, batismo no Espírito Santo, dons espirituais, libertações, milagres e maravilhas conforme descritos em o Novo Testamento para os nossos dias (At 2:38, 39), pois não cessaram!
O que expus acima, visa evitar que algum imprudente – geralmente o que opina mesmo antes de conferir a exposição na íntegra – não cometa o pecado de julgar-mecomo mais um crítico externo ao movimento e portanto, sem conhecimento do assunto ou desprovido de autoridade para falar dos problemas e ameaças que existem e rondam este grande e particular segmento da fé evangélica no Brasil. Dito isso, passo a expor minhas observações quanto ao que tenho assistido e ouvido como pregação da Palavra de Deus em grande parte dos nossos eventos e festividades, principalmente.
Falando a verdade, para ser “pregador bom” (o contrário de bom pregador) para a sincera e simples massa pentecostal, você precisa ser conferencista internacional, adornar-se com uma bela e escandalosa pedra de ametista encravada num bonito anel (ou seja, manifestar que você é bacharel em teologia. Infelizmente, para um monte desses conferencistas, isso é apenas faz de conta – pois se quer sabem o que são o método histórico crítico, análise retórica, análise narrativa ou semiótica). Mas o que começou nos dedos desceu aos pés dos mais famosos e abastados e passaram a usar uns sapatos de escamas (couro) de cobra; mas aos aspirantes que ainda não tem grana para exibir essas questionáveis extravagâncias – passam a usar sapatos brancos ou vermelhos – pois quanto mais chamarem a atenção a si mesmos, melhor. E continuando, orquestrar o timbre de voz, ser apelativo às emoções do auditório e ser meio esquisito. Sim, principalmente esquisito mesmo, daqueles que chutam e esbofeteiam o ar, que saem de si (pois é o que insinuam) quando rodopiam, olham para o vazio, elevam o olhar e dizem: “eu vou falar Papai”, como se naquele momento estivem recebendo uma nova revelação para a igreja. Mas a performance só se completa com caras, bocas e contrações faciais. Te pergunto: isso é ou não é incoerente e esquisito para quem se diz um sério e comprometido pregador do Evangelho?
Porque a grande parte dos “conferencistas internacionais” que dizem ser pregadores pentecostais, precisam agir assim? Resposta: porque a maioria dos crentes pentecostais gostam de pregadores assim. E se gostam, seus pastores mais inconsequentes ainda (sem generalizar é claro) convidam os tais oradores, pagam os cachês que os tais insistem em taxar de oferta, mas sabemos que é cachê mesmo (pois se propor valor abaixo do que pedem, eles simplesmente não vão ao evento). E aí meu irmão, se o sujeito é PAGO e CONTRATADO como ATRAÇÃO dessas festividades polvorosas – é só acender o estopim que o SHOW literalmente vai acontecer – e mais que isso, vão explodir exageros, implodir a ordem da celebração e o que era para ser um CULTO DE GRATIDÃO transforma-se num ESPETÁCULO DE ESTRANHEZAS com gente caindo, rodando e correndo para tudo quanto é canto do ambiente com o pretexto litúrgico de que a glória de Deus desceu.
De onde esses profissionais do púlpito tiraram essas composições e performances? Acaso aprenderam na bíblia com Cristo e seus apóstolos sobre os trejeitos da face, a ostentação das vestes e a na maioria das vezes a notória e deliberada distorção das Escrituras? Claro que não! Essa estirpe de pregadores nada mais é que o espectro dos “expositores showman” de um importante congresso missionário que anualmente ocorre em Camboriú-SC, e com versões menores em suas sucursais representativas país afora.
O trabalho da igreja e da entidade por trás do aludido congresso, de fato tem feito a diferença na obra missionária e devemos louvar a Deus por isso, mas do ponto de vista bíblico, hermenêutico e homilético (referência específica a grande parte do conteúdo das mensagens que nesse congresso são apresentadas), é uma ofensa a genuína e boa pregação evangélica. Muitas exposições que lá são apresentadas podem ser classificadas como heresias do tipo: a última transferência das riquezas em que se afirmou que Deus tiraria a riqueza das mãos dos ímpios e as transferiria para as mãos dos crentes (de onde tiraram isso senão de algum compêndio herético da teologia da prosperidade). Ou algum absurdo do tipo: Jesus tinha uma grande casa na praia (praticamente uma mansão).
Sem falar de devaneios interpretativos. Lembra da polêmica pregação “Somos deuses” em que o deputado-pregador apresentou no congresso de Camboriú? Dispensa comentários – pois a aberração interpretativa – que o deputado explanou – realça o tipo fraco de pregador incapacitado de bíblia que anda ocupando os altares pentecostais para ministrar (é fraco porque a pregação é mais feita de conjecturas e achismos do que das Escrituras propriamente). Como um pregador que de fato conhece a Palavra de Deus em sã consciência vai afirmar: “o homem é um deus pequeno, diminuto, um deus em essência de poder”. Pois o pregador deputado fez isso, você acredita?
E a parte mais grave: se grande parte desses pregadores, personalistas, polêmicos e famosos do meio pentecostal e seus admiradores ministeriais (que funcionam como papagaios dos grandes em nossas congregações e eventos locais), estão a pregar o que o “povão” gosta, a violar regras de interpretação bíblica, a distorcerem passagens das Escrituras a ponto de inserir nelas condenáveis heresias. Esses realmente são perigosos à minha e a sua fé. Desse modo, comportam-se como “apresentadores contratados”; e pregador pago entrega um pseudo-evangelho que gera crentes de araque; oferecem pregações continuamente triunfalistas que por sua vez conceberão o cristão fantasia (que nunca vai ser levado à sério por ninguém – pois ignora a berrante realidade que o cerca); mensagens só de vitória, prosperidade e sucesso são na verdade meias verdades – porque o que está escrito na bíblia contém muito mais que isso: derrotas, pobreza, doenças e rejeição e a melhor de todas as mensagens: a salvação do indivíduo – fato ignorado na maioria dessas mega e incompletas pregações.
É preciso fazer uma distinção entre esses pregadores pentecostais. 
Existem aqueles que são dependentes e aprisionados as facilidades e apelos do mundo gospel (2 Tm 4:3 Ap 3:15-18); afinal não precisa de muita coisa para impressionar essas multidões, emocionalmente manobráveis (tem muitos desses pregadores que nem bíblia levam mais para o púlpito, quanto mais uma mensagem bíblica coerente, esquece). Esses primeiros não vão mudar, vão continuar com o show e manterão suas agendas lotadas – e o povão vai continuar dando glória a Deus e aleluia e sendo enganado – por esses falsificadores da palavra de Deus (2 Co 2:17; 2 Pe 2:1).

Mas, tem um segundo grupo, influenciado pela fama e glória dos primeiros; e estes estão a PAGAR PARA PREGAR em eventos de algumas sucursais daquele evento missionário que mencionei acima – ou em outros da mesma natureza. Bom, quem paga para pregar – tem segundas intenções nada cristãs – e na boa: esse “pregador” não confia em Cristo – pois se confiasse que o Senhor tem realmente uma chamada dirigida a ele para o ministério da Palavra jamais pagaria para apresenta-la dessa forma (a meu ver esse já foi reprovado aí).
E finalmente, tem um terceiro grupo de jovens sonhadores que desejam pregar a Palavra de Deus mesmo – mas nos moldes dos conferencistas internacionais – tão questionados neste artigo. A estes digo, se espelhem em outros exemplos e não nos desses comerciantes da Palavra. Pratiquem o evangelho que lhes está sendo ensinado nas classes da EBD, estudem a palavra (se possível, matriculem-se num bom curso ou faculdade teológica), orem, jejuem e sirvam a igreja local de vocês e fiquem tranquilos (esperando no Senhor), pois se o Senhor vos chamou – Ele mesmo trará grandes oportunidades até vocês!
*Silvio Costa mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; é administrador de empresas por profissão; estudou teologia no Seminário SEET e na Faculdade FAIFA. É membro do conselho editorial da revista Seara News. Contribui como colunista em outros portais evangélicos e é palestrante em escolas bíblicas realizadas em seu Estado. Escreve também para o seu blog Cristão Capixaba e é o editor responsável pelo portal Litoral Gospel.
*******
Fonte:https://colunas.gospelmais.com.br/pentecostal-que-tipo-de-pregador-e-mensagem-voce-tem-ouvido-e-recebido-em-sua-igreja_32702.html

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Entendendo a Ideologia de Gênero

07.12.2017
Do blog ELECTUS, 06.11.2015
Por Augustus Nicodemos


O tema ganhou um espaço enorme nas mídias sociais depois da prova do ENEM onde foi feita uma citação da feminista Simone de Beauvoir, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino (O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980)". Em outras palavras, uma mulher é definida, não pelo sexo biológico com que nasce, mas pela construção social da civilização.

De acordo com os defensores da ideologia de gênero, existe uma diferença entre sexo e gênero. Sexo aponta para as determinações naturais e diferenças biológicas entre homem e mulher. Entende-se por gênero, o papel que ambos, homem e mulher, têm e exercem na sociedade.

Na literatura secular acerca da sexualidade humana, gênero tem gradualmente substituído sexo. Ao invés de falar de diferenças de sexo, as pessoas agora falam em diferenças de gênero. Mas, então, qual seria a origem do termo gênero e como chegou a ser utilizado como substituto para sexo? Aparentemente, foi o psicólogo e sexista John Money o pioneiro no uso de gênero com sentido de sexo. Em suas obras ele postula que “o gênero é certo tipo particular de conduta do homem e mulher”. Depois dele, o psicanalista Robert Stoler escreveu em “Sexo e Gênero”(1968) que sexo é biológico, gênero é o que cada sociedade a ele atribui.

Decorre a seguinte questão: se o gênero de uma pessoa não é determinado biologicamente, como o é o sexo, quem, então, o determina? A resposta é: gênero é algo atribuído, não natural: é socialmente determinado. Masculino e feminino são papéis definidos por cada sociedade. Em outras palavras, uma pessoa pode nascer homem – isto é sexo – mas em termos de gênero, ele pode ser feminino, tanto por escolha como por determinação social.

Pode-se também dizer que a ideologia de gênero tem seu ponto de partida na ideologia marxista, na qual é impossível haver qualquer conciliação entre classes. Como o marxismo, a ideologia de gênero reivindica a abolição de todas as diferenças de sexo e gênero, tanto na sociedade como na igreja. Para fazê-lo, é preciso desconstruir a influência da cosmovisão patriarcal perpetuada na cultura ocidental pela igreja cristã e sua Bíblia, subverter a dominação masculina presente e real na sociedade e igreja por meio da imposição de uma cosmovisão feminina, ou, no mínimo, a abolição de todas as distinções claras entre sexos e gêneros.

Os apologistas da ideologia do gênero desenvolveram sistemas e métodos próprios para alcançar sua meta. Eles tem se mantido bastante ativos, influenciando e mudando as políticas governamentais, a educação pública (vide prova do ENEM), a mídia e a opinião pública, a fim de abolir tudo o que eles entendem que perpetua a dominação masculina e as distinções sexuais, e lhes impor a agenda homoafetiva.

As questões de gênero têm causado um impacto global. Elas alcançaram as igrejas ao redor do mundo, não somente no contexto ocidental. Como cristãos, podemos perceber os diversos perigos sociais e consequências do crescimento contínuo da ideologia de gênero e sua influência social e cultural em todos os continentes. Primeiro: todas as diferenças sexuais naturais, criadas por Deus de acordo com a Bíblia, são abolidas. Você pode se reinventar. Segundo, não é difícil de perceber que a instituição familiar e valores são desafiados. Da mesma forma, não existe mais certo e errado nestes assuntos. A ideologia do gênero representa, no fim das contas, um ataque severo à cosmovisão bíblica pela cosmovisão pagã.

Não há dúvida sobre o fato de que, em muitos países, as mulheres têm sido abusadas, oprimidas, humilhadas e escravizadas. Mesmo nas culturas mais civilizadas, as mulheres continuam a ser abusadas e espancadas por seus maridos. A ideologia de gênero, contudo, não se contenta apenas em fazer justiça aos direitos das mulheres; ela deseja a subversão e reversão dos papéis tradicionais e a abolição de todas as distinções entre homem e mulher, até mesmo a sua identidade biológica.

Qual deve ser a resposta bíblica a ser oferecida aos desafios da ideologia do gênero? Para responder, nós deveríamos compreender, antes de qualquer coisa, o que realmente está em jogo aqui. Eu creio que as questões do gênero não são de natureza secundária; elas são temas que lidam com pontos fundamentais da fé cristã, tais como a criação, família e igreja.

Também precisamos compreender a relação entre a cultura e as Escrituras. As Escrituras, e não a cultura, devem ser o referencial nas igrejas evangélicas no tratamento das questões de gênero. Embora existam elementos culturais no texto bíblico, a compreensão cristã histórica é que a Escritura se encontra sempre acima da cultura e representa a verdade universal. Isto se também se aplica aos contextos do sexo e gênero.

Assim sendo, uma resposta bíblica às questões de gênero começa com o fato de que Deus criou apenas dois sexos e gêneros. Nós podemos falar de sexo como algo determinado biologicamente da mesma forma que também dizemos que o gênero é a decorrência natural desta determinação. Aqueles que, por natureza, são homens, são machos (masculinos) conforme contempla o seu gênero. O mesmo se aplica às mulheres. Também podemos afirmar que o gênero, compreendido como a autoconsciência sexual de uma pessoa e o comportamento social dele ou dela, é bíblica, e não socialmente determinado, embora as culturas possam diferir acerca dos papeis tradicionais do homem e da mulher.

Como forma estratégica de tratar com essas questões, as igrejas deveriam procurar e preparar liderança masculina sólida e bíblica, fortalecer o ministério feminino, apoiar grupos para que homens e mulheres cristãos aprendam sobre a masculinidade e a feminilidade bíblicas, e criar e sustentar grupos para aqueles que são tentados ou têm caído na homossexualidade. Além disso, os púlpitos das igrejas cristãs eventualmente deveriam ministrar ensino bíblico sólido e compassivo abordando o tema. Também deveriam promover eventos regulares, com palestrantes convidados para falar sobre família e questões de gênero.

Tenho consciência de que é normal e compreensível haver certa resistência por parte da liderança da igreja em tocar no assunto. O resultado da omissão, contudo, é o crescimento do engano e do erro. Ensinos equivocados tendem a ocupar cada pequena brecha que possa existir na vida da igreja local. Se os membros da igreja não aprendem de seus pastores e líderes, eles aprenderão dos defensores da ideologia do gênero e ativistas. Um plano claro e definido para preparar os membros da igreja nestas áreas é uma necessidade. Eles precisam ser ensinados como enfrentar estas questões, tanto os jovens como os adultos. E o único modo de isso ocorrer é pelo ensino bíblico consistente.
*****
Fonte:https://blogelectus.blogspot.com.br/2015/11/entendendo-ideologia-de-genero.html#.WilVVtKnHcu

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A importância do ensino na vida da Igreja

06.12.2017
Do portal GOSPEL PRIME
Por Pr. Orlando Martins

Não confunda espiritualidade com falta de conhecimento

A importância do ensino na vida da Igreja

Atualmente, muitos cristãos desejam verdadeiramente crescer espiritualmente, no entanto, como acham que não precisam aprender a palavra e muito menos estudar teologia, acabam criando a sua própria teologia na informalidade: “É mistério, Veja o varão de branco! Queima ele Jeová! Receba a bola de fogo! Reteté de Jeová! Recebaaaa!”

Entretanto, os que defendem esse ponto de vista pecam ao confundirem espiritualidade com falta de conhecimento, afirmando que o cristão não precisa de ensino bíblico e muito menos de teologia. Portanto, para que possamos compreender a importância do ensino para a espiritualidade cristã, será apresentado aqui à história da educação ao longo da narrativa bíblica.

Ensino no Antigo Testamento

Primeiramente, o ensino era ministrado pelos anciões (Nm 22.29), posteriormente, pelos levitas e depois pelos escribas (Ed 7.10). Após o retorno do exílio babilônico de setenta anos, o povo judeu havia se esquecido do ensino da lei do Senhor. Diante dessa situação Esdras, o escriba, leu a lei perante o povo, desde a alva (cinco horas da manhã) até aproximadamente o meio-dia e um grupo de escribas traduziam o ensino, para que o povo, que falava aramaico, pudesse compreender  o real sentido do texto. Esta passagem é considerada por muitos especialistas, como sendo a primeira escola bíblica, pois foi a primeira vez que houve interpretação de passagens bíblicas, praticando-se o exercício tanto da hermenêutica como da exegese. O verdadeiro ensino bíblico produz arrependimento e confrontação, o que gerou um grande avivamento espiritual entre o povo de Israel.

Ensino no Novo Testamento e na Igreja atual.

Já no período do Novo Testamento o ensino era ministrado nas sinagogas pelos rabinos e pelos mestres, e além destes, podemos observar claramente o ministério do ensino na vida de Apolo, que era poderoso em palavras (At 18.24-28); no ministério do apóstolo Paulo, que ministrava sempre doutrinando as Igrejas; e em nosso Senhor Jesus, nosso maior exemplo, sendo chamado 50 vezes de mestre nos evangelhos (Jo 3.1) e 16 vezes de mestre dos mestres. Seu ensino era ministrado por meio de parábolas e através de ensinamentos pessoais e no templo.

Portanto, dentro do ensino claro do Novo Testamento, fica evidente que o Senhor chamou uns para mestres (Ef 4:11) e outros para ensinadores (Rm 12:7), sendo que o ensino é uma das tarefas mais importantes da igreja cristã e contribui para a sua edificação. Na Igreja primitiva os mestres e ensinadores eram grandemente usados pelo Senhor para ensinar e contribuir com a edificação das comunidades do NT.

Portanto, os que se envolvem com a área do ensino cristão e da educação teológica podem exercer o seu chamado como professor de Teologia, de EBD, de classes infantis, discipulador, palestrante, pregador expositivo, escritor, conferencista, revisor de Bíblias, de livros, de obras de referência, consultor teológico e etc.

Como reflexão

O ensino é de suma importância para o desenvolvimento do corpo de Cristo, portanto, é muito importante que em uma comunidade de fé haja: Escolas Bíblicas, Faculdade de Teologia, Seminário teológico, Curso de Discipulado, Pequenos Grupos, Grupos de Crescimento, Seminários, Palestras, Conferências, Plenárias, Simpósios, Classes infantis e etc.

Portanto, podemos refletir que os que ensinam, devem procurar servir com o seu dom à comunidade na qual estão inseridos. Como reflexão, gostaria de registrar o pensamento de John Milton Gregory: “A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho”. Portanto, ensinar é gerar edificação e é de suma importância que todos os mecanismos possíveis de ensino sejam usados, para que o corpo de Cristo seja edificado através do ensino bíblico, teológico e também por meio das áreas do conhecimento humano, pois como afirmou John Stott: “Crer é também pensar”.
***

 Pr. Orlando Martins. Vice-presidente da AD Mais de Cristo em Florianópolis, Pastor-Auxiliar, Bacharel em Teologia e Jornalismo. Especialista em Educação, Mestrando em Teologia na EST. Escritor, Diretor da Faculdade Mais de Cristo. Professor universitário e de matérias teológicas em seminários e faculdades no estado de Santa Catarina. Casado com Cleusa de Oliveira Martins. Pai de Larissa Eduarda de Oliveira Martins.

Referências bibliográficas 

GREGORY, John Milton. Ensinando para transformar vidas. Editora Betânia: Belo Horizonte, 2004.
– MARTINS, Orlando. Diaconia cristã: o serviço da mordomia. Editora AD Santos: Curitiba, 2016.
MARTINS, Orlando. Um presente de Deus para você. Editora Candeia: São Paulo, 2014.
PAULINO, Jesiel. III EEDUC. Teologia e espiritualidade, 2002. Ed. CEC, Itajaí,SC.100 p.
PAULINO,Jesiel.EBO.A Integridade e Espiritualidade do Ministro, 2002. Ed. CEC, Itajai, SC.40 p.
STOTT, John. Crer é também pensar. Edições Vida Nova, São Paulo.
TULLER,  Marcos. Manual do professor de Escola Dominical. Edições CPAD: Rio de Janeiro, 2004.
******
Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/a-importancia-do-ensino-na-vida-da-igreja/

PF prende pastores na Operação Ouro de Ofir

06.12.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 23.11.17
Por Jarbas Aragão

Golpe prometia rendimentos milionários aos fiéis

A Polícia Federal (PF) deflagrou nessa semana a operação Ouro de Ofir, que investiga um golpe, através de uma instituição financeira clandestina, que prometia lucros exorbitantes às vítimas. O negócio, que envolvia um suposto “ouro do império” e antigas “letras do Tesouro Nacional” tinha como intermediários pastores evangélicos.
A organização criminosa aplicou o golpe milionário em pelo menos 25.000 pessoas em todo o país. O delegado federal Guilherme Farias afirma que “A característica principal da fraude está em atingir a fé das pessoas e na sua crença em um enriquecimento rápido e legítimo, levando-as a crer, inclusive, que tal mecanismo seria um ‘presente de Deus aos fiéis’, ou seja, trazendo a fé religiosa para o centro da fraude. A maneira mais prática de explicar isso talvez seja a crença de que contra a fé não há fatos nem argumentos”. Ele acredita que muitas dessas vítimas “não estão interessadas em entender, pensar ou se informar – só estão interessadas em acreditar. E é exatamente neste ponto que a fraude tomou proporções inimagináveis e ganhou território”.
As investigações mostram que os criminosos usavam redes sociais como Facebook e Whatsapp para transmitir informações sobre as supostas “oportunidades” de negócio. Esses “corretores” repassavam inform
Eram diferentes narrativas apresentadas às vítimas, a maioria evangélicos. Elas davam conta que uma família de Campo Grande (MS) teria direito aos lucros sobre a venda de centenas de toneladas de ouro do tempo do Brasil imperial (1882-1889). Para repatriar esses valores será necessário um acordo com uma ‘Corte Internacional’. Haveria, contudo, uma condição: 40% do dinheiro devia ser doado a terceiros. As vítimas eram convidadas a “investir” para arcar com os custos da transação e posteriormente seriam recompensadas.
Com uma estrutura similar, as vítimas contribuíam para a ‘recuperação de antigas letras do Tesouro Nacional’. A partir de R$ 1.000 de investimento, lhes era prometido um grande lucro. Obviamente, em nenhum dos casos, as pessoas receberam o que foi prometido. A polícia identificou quem tenha dado mais de R$ 20.000 ao grupo.
O mentor do golpe era Sidinei dos Anjos Peró, conhecido como Dr. Peró. Ele afirmava ser juiz arbitral. Contudo, era só fachada. “Juiz arbitral é um cargo que não existe. Um árbitro existe em Câmaras de negociação, não é um cargo público. O que eles queriam era status”, afirma Guilherme Guimarães Farias, o delegado que conduz as investigações.
Foi Sidinei quem decidiu chamar pastores evangélicos para vender esses aportes de sua operação aos fiéis das igrejas.
Os investigadores dizem que uma das características para envolver as pessoas eram   mensagens do tipo: “vocês tem que acreditar”; “vocês foram os escolhidos”; “aguardem que a benção virá”, “tenham paciência que isso é uma dádiva de Deus”.
“Vários pastores são citados nos grupos, dos mais diversos estados brasileiros”, relata.
A PF diz afirma que além de Sidinei dos Anjos Peró, outro líder de destaque no esquema era o pastor Gleison França do Rosário, que funcionava como “corretor” na região de Primavera do Leste, no Mato Grosso. Ele costumava postar vídeos que mostravam conhecimento de como funcionavam as igrejas evangélicas.
Outro pastor envolvido no esquema era Ademir Reis, líder da Igreja Batista Independente de Primavera do Leste. À polícia, ele afirmou em outro momento que agiu de boa fé, pois tinha uma “revelação”.
“Eu acredito na licitude deste contrato, pois já existe prova documental e, além disso, eu creio na palavra de Deus, onde diz que Jonas foi engolido por uma baleia e vomitado. Se no livro sagrado estivesse escrito que ele engoliu a baleia, eu teria confiado. Como profeta de Deus, recebo confirmações, e não posso duvidar, porque se não tenho que rasgar meu manto ungido”, afirmou. Naquela cidade, cerca de 500 pessoas foram vítimas do golpe.
O nome da operação faz referência a uma passagem Bíblica que descreve o ouro da cidade de Ofir como finíssimo, puro e raro, sendo o mais precioso metal da época. Com informações Estadão
*****
Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/a-glossolalia-o-sacramento-pentecostal/

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

ESTUDO PREPARATÓRIO AO BATISMO EM ÁGUAS

23.11.2017
Do blog ENSINO DOMINICAL,28.05.16
Por *Ev. Paulo Briglia

Este estudo visa destacar a importância do BATISMO para a vida espiritual do cristão. Teologicamente, não há dúvida quanto à afirmação de que a ÁGUA do BATISMO simboliza o SANGUE de CRISTO, e que a aplicação da ÁGUA representa o LAVAR dos PECADOS pelo SANGUE precioso de CRISTO. Em outras palavras, o BATISMO representa a SALVAÇÃO operada pela remoção da culpa dos nossos pecados e o início de uma nova vida santificada. Portanto, o BATISMO simboliza o PERDÃO dos nossos PECADOS, habilitando-nos para fazer a OBRA de DEUS pela qual somos feitos novas criaturas (REGENERADOS e SANTIFICADOS).

Enquanto o BATISMO representa a aplicação da SALVAÇÃO (o lavar dos nossos pecados), a ÁGUA simboliza o SANGUE de Cristo. O ESPÍRITO DE CRISTO, também é representado pela ÁGUA, que nos dá vida tanto para a nossa justificação, como para a nossa santificação.

II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS SOBRE O BATISMO EM ÁGUAS

1) BATISMO e SANTA CEIA são duas ordenanças determinadas por Jesus Cristo. Quanto ao BATISMO, deve ser realizado por IMERSÃO e não por ASPERSÃO (Mt. 28:19);
Mt.28:19 – “Portanto ide, fazei discípulos de todas as naçöes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”

2) BATIZAR = SUBMERGIR. O batismo é um ATO SIMBÓLICO, pois representa a morte, sepultamento e ressurreição/Jesus (Rm.6:3-5);

Rm.6:3-5 – “Ou näo sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;”

3) É, também, um ATO PÚBLICO de declaração da nossa FÉ (At.8:12);
At.8:12 – “Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.”

4) O BATISMO NÃO É um sacramento que traga consigo a GRAÇA da SALVAÇÃO, pois a salvação obtém-se p/ fé em Jesus (1Jo.5:11-12);
1Jo.5:11-12 – “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem näo tem o Filho de Deus näo tem a vida.”

5) A SALVAÇÃO que CRISTO concede é PERFEITA e COMPLETA pela FÉ em seu sangue que purifica dos pecados (1Jo.1:7);

1Jo.1:7 – “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhäo uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.”

6) O BATISMO é para TODOS que ouviram a mensagem da SALVAÇÃO; arrependeram-se dos PECADOS. Através de seus atos dão TESTEMUNHO que receberam a CRISTO como seu SENHOR e SALVADOR PESSOAL (At. 10:44-48);

At.10:47-48 – “Respondeu, entäo, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias.”

7) Não se devem batizar INCRÉDULO, nem CRIANÇA, por serem INCAPAZES de assumirem COMPROMISSOS com CRISTO e com sua Igreja. Entenda: INCRÉDULOS são pessoas que professam CRISTO como SENHOR, mas que o MUNDO ainda continua a MANDAR em suas VIDAS. Aceitam Jesus de BOCA, mas ainda ama o tabaco. Aceitam Jesus de PALAVRAS, mas ainda são ESCRAVOS do ÁLCOOL. Dizem ser FILHOS de DEUS, mas sua única preocupação são as coisas terrenas.

8) A fundamental importância do BATISMO é REVELADA nas Escrituras Sagradas, quando Jesus ordenou aos discípulos que SAÍSSEM por todo o MUNDO anunciando o EAVGELHO e BATIZANDO aos que CRESSEM.
Mc.16:15-18 – “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.”

9) Questiona-se: O QUE É NECESSÁRIO PARA SER BATIZADO? Resposta: CRER no SENHOR JESUS, como ÚNICO e SUFICIENTE SALVADOR e ARREPENDE-SE de seus pecados. Neste caso, o “CRER” e O “ARREPENDER” exigem BOM TESTEMUNHO do CANDIDATO. Isto é, uma DECISÃO sincera de PROFISSÃO de FÉ. Deve também seguir o PADRÃO inicial da BÍBLIA, ou seja, tenha se tornado uma NOVA CRIATURA, deixando a VELHA VIDA de PECADOS p/ TRÁS, procurando VIVER uma NOVA VIDA dada por Jesus, voltada para Cristo e sua Igreja.


III – POR QUE VOCÊ DEVE SER BATIZADO?


O BATISMO da pessoa crente no Senhor Jesus representa a MORTE, o SEPULTAMENTO e a RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO, que MORREU pelos nossos PECADOS e RESSUSCITOU para nossa SALVAÇÃO. E todo CRENTE que se BATIZA, por meio dele PROFESSA ter FÉ nos méritos da MORTE de CRISTO como FUNDAMENTO de sua própria ESPERANÇA de SALVAÇÃO; e também PROFESSA ter COMUNHÃO com seus SOFRIMENTOS, declarando assim a sua própria MORTE para o PECADO, e sua RESSAURREIÇÃO para uma nova VIDA em CRISTO. O batismo também tipifica a LAVAGEM da REGENERAÇÃO. Declara, também, a ESPERANÇA que o CANDIDATO tem na RESSURREIÇÃO dentre os MORTOS, tal como CRISTO, na semelhança de sua morte que o levou a ser sepultado, e depois ressuscitado pela glória do Pai. Principalmente, a MORTE, o SEPULTAMENTO e a RESSURRREIÇÃO, os grandes fatos da graça redentora, são EXIBIDOS pelo BATISMO. O batismo por imersão ensina tudo isso ao candidato, pois somente a imersão pode ensiná-lo.

IV – A SANTA CEIA DO SENHOR – (Explica-se, inicialmente, o cerimonial da Santa Ceia)
1) É um sacramento SIMBÓLICO ordenado por JESUS CRISTO, no qual a Igreja participa do PÃO e do VINHO que representam o CORPO e o SANGUE de JESUS (1Co.11:23-34);

2) É uma SOLENE lembrança do SACRIFÍCIO de CRISTO por NÓS, a qual deverá ser realizada pela Igreja até o dia em que Ele regressar para nos levar ao céu. No céu celebraremos a GRANDE CEIA do CORDEIRO (Ap. 19:06-09);
Ap. 19:06-09 – “E ouvi como que a voz de uma grande mutidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovöes, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo- Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas säo as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino säo as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que säo chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas säo as verdadeiras palavras de Deus.”

3) Não devemos participar da SANTA CEIA, sem antes CONFESSAR nossas CULPAS e pedir PERDÃO a Deus, quando assim formos alertados pelo Espírito Santo (1Co. 11:27-29);

1Co.11:27-29 – “Portanto, qualquer que comer este päo, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste päo e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenaçäo,
não discernindo o corpo do Senhor.”

4) A participação na SANTA CEIA renova a FÉ CRISTÃ e também proporciona uma nova experiência com o AMOR de Nosso Senhor JESUS CRISTO, pois nos faz relembrar que o Seu SANGUE é a base do Novo Pacto (PACTO DA GRAÇA) que Deus fez para RESGATAR a humanidade da CONDENAÇÃO ETERNA (Ef. 2:4-08).

Ef. 2:4-08 – “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto näo vem de vós, é dom de Deus.”

V – DIREITOS E DEVERES ASSUMIDOS APÓS O BATISMO



1) O crente batizado passa a PERTENCER regularmente à IGREJA de CRISTO. Adquire direito á CARTEIRA de DENTIFICAÇÃO, e lhe é ASSEGURADO votar e decidir como membro da Assembléia Geral;

2) Habilita o crente para EXERCER cargos e ministérios na IGREJA do SENHOR;
3) Obriga-se a dar BOM TESTEMUNHO do Evangelho e a aceitar orientação espiritual de seus líderes;

4) Sujeitar-se, quando necessário, à DISCIPLINA ECLESIÁSTICA (Ef.4:27-32);

Ef.4:20-32 – “Näo deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mäos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Näo saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificaçäo, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria,e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos,misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”

5) Deverá vestir-se de forma discreta e decentemente (HOMEM e MULHER) sem exageros ou decotes. É costume na “Assembléia de Deus” a mulher NÃO USAR calça comprida, mas, usar saia ou vestido;

6) Participar dos cultos na Congregação (3ª e 6ª feiras, e Dom. manhã/noite) e os cultos/ Templo Central (2ª e 4ª feiras).

VI – DÍZIMOS E OFERTAS – COMPROMISSO DE GRATIDÃO A DEUS

A infidelidade a Deus nos DÍZIMOS e nas OFERTAS tem IMPEDIDO muitos CRENTES de viverem a vida ABUNDANTE que a PALAVRA de DEUS promete. O estudo deste tema para CRENTES FIÉIS é super-atraente e motivo de louvor e júbilo! Porém, para os INFIÉIS se mostra pesado, e pouco atraente! Logo a seguir, anotaremos alguns textos bíblicos onde Jesus afirma a necessidade da contribuição financeira para a Igreja e reprova a avareza: (Lc 21:1-4; Lc 11:42; Lc 12:15,22-31,42-44; Lc 16:1,2,10-12; Lc 18:18-23; 29-30; Lc 19:11-27).

1) Pergunta-se: “O QUE O CRENTE COVERTIDO DEVE LEVAR À IGREJA ?”

Resposta: 1) A BÍBLIA, 2) A FÉ, 3) DÍZIMOS e OFERTAS. Por quê ?

A BÍBLIA, porque é a Palavra de Deus. É o nosso ALIMENTO e FONTE de VIDA; 2) A FÉ, porque é o único vínculo de comunicação entre o HOMEM e Seu CRIADOR, e 3) Os DÍZIMOS e as OFERTAS, que na prática CONFIRMAM nossa FÉ na PROVISÃO DIVINA. Também porque nos é concedido privilégio de promover o SUSTENTO da Obra de Deus;

2) Além das OBRIGAÇÕES ESPIRITUAIS, o crente batizado também deve contribuir regularmente com DÍZIMOS e OFERTAS para manutenção da Igreja do Senhor, pois, no plano material, todos sabem que as instituições dependem de SUSTENTO FINANCEIRO para funcionar. De igual forma, a Igreja também carece de nosso SUSTENTO;

3) DÍZIMO corresponde a 10% (dez por cento) dos vencimentos auferidos pelo cristão contribuinte;

4) DÍZIMOS e OFERTAS são retribuições que oferecemos em GRATIDÃO e AMOR a Deus (Mq. 3:10-12)

Mq.3:10-12 – “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu näo vos abrir as janelas do céu, e näo derramar sobre vós uma bênçäo tal até que näo haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador , e ele näo destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo näo será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. E todas as naçöes vos chamaräo bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exército.

5) As OFERTAS são modalidades de retribuição que se oferecem a Deus, com FÉ e AMOR (Hb.11:4);

Hb.11:04 – “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela fala.”


VII - DESCULPAS INFUNDADAS DOS INFIÉIS NOS DÍZIMOS E OFERTAS QUE DEUS JAMAIS ACEITARÁ! 

1) “NÃO ENTREGO O DÍZIMO MAS DOU OFERTAS” 

- Lv 27:30-32 “O dízimo é santo ao Senhor” - A lei não foi revogada! Ml. 3:8 diz que quem não dizima rouba a Deus.

2) “EU ADMINISTRO O MEU DÍZIMO...” - Errado! Está escrito em Ml. 3:10: “Trareis à Casa do Tesouro” 

- Deve ser entregue publicamente na Igreja onde se é membro ou participante; 

3) “NÃO DOU O DÍZIMO PORQUE GANHO POUCO” - Injustificável... Sendo o dízimo percentual, ele é proporcional... É cálculo justo, igual para todos (10%). - Jesus não olha apenas o que damos, mas como dizimamos e ofertamos.

4) “NÃO DOU PORQUE NÃO SOBRA” - O Dízimo deve ser “primícia” para Deus. 

Deve ser o primeiro pagamento quando recebemos o nosso salário. Deve ser dado pela fé! Deus está em primeiro lugar, e deve ocupar o primeiro lugar na sua vida, e também no seu orçamento.

5) “NÃO CONCORDO COM A ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA” – Outro grave equívoco!

- Ao entregar o dízimo, o estamos entregando para Deus...

- Os Administradores dos recursos de Deus, terão que prestar contas da sua administração...

- E você prestará contas a Deus do que não deu!

- Concordando ou não, devemos entregar o dízimo na Congregação onde somos membros ou participantes. 

VIII - UMA TERRÍVEL VERDADE SOBRE O DÍZIMO

Deus não permite que o crente use o dinheiro do dízimo em seu próprio benefício. Quando Deus trata do dízimo, Ele promete bênçãos, mas também maldição! 


AGORA VEJA QUE TERRÍVEL VERDADE ESTÁ ESCRITA EM AGEU (Ag. 1:2-11) - Leia!
O muito que você espera se tornará pouco... O dinheiro vai estar sempre faltando na sua vida, não vai render! Deus, com assopro, dissipa o seu dinheiro! É como se você pegasse todo o seu salário e pusesse em um saco, e, segurando-o pela boca, vai levando o dinheiro para casa... Só que o “saco” está furado, e o dinheiro perde-se todo pelo caminho. A terra retém seus frutos... 

O Céu o seu orvalho! SACO FURADO NA VIDA DO CRENTE É... Representado por Despesas imprevisíveis, com: médico, farmácia, hospital, batida do carro, ladrão, etc. APRENDA! O dinheiro de Deus em Nossas mãos é MALDIÇÃO. Precisamos confiar Nele e ser FIEL nos DÍZIMOS e nas OfERTAS. 

O correto seria termos no culto público um Ato exclusivo para entrega de dízimos. As ofertas seriam entregues em outro momento distinto. E, no ritual de entrega dos dízimos, deveríamos observar a seguinte ordem: 1º) O Pastor; 2º) Os Oficiais e demais líderes; 3º) A Congregação em geral.

IX - BÊNÇÃOS PARA OS DIZIMISTAS 



Ml. 3:10 - “Fazei prova de mim se eu não vos abrir as janelas do céu... e derramar bênçãos sem medida” .

Deus não quer filhos pobres e necessitados! Nossa fidelidade é a porta da prosperidade! Faça prova, decida ser dizimista a partir de hoje!!!

X - ORIENTAÇÕES PRÉVIAS AOS CANDIDATOS NO DIA DO BATISMO


1) Preencha a FICHA CADASTRAL antes do dia do batismo e entregue ao seu dirigente;


2) No dia do BATISMO chegue ao Templo Sede 15 (quinze) minutos antes do início do culto, procurando assentar-se próximo aos demais candidatos da sua Congregação, do seu Setor e da Supervisão nº 02;


3) Procure vestir-se com roupas que não fiquem transparentes ao serem molhadas;


4) Leve em uma sacola com ROUPAS SECAS para você se trocar após o batismo;

5) Convide um irmão ou conhecido da sua Congregação, para entregar-lhe a sua roupa seca após o batismo;

6) Após o batismo procure mudar com máxima brevidade de roupa para receber a sua 1ª SANTA CEIA, sem estar ansioso;

7) Esteja, durante todo o culto e cerimônia, em máxima reverência, buscando a presença do Espírito Santo;

XI – ATITUDES DO VERDADEIRO CRISTÃO BATIZADO E ADORADOR

1) Esteja assiduamente nos CULTOS de sua Congregação (4ª feiras,  5ª feiras,sábados e aos Domingos) e demais eventos. Ausente-se apenas por motivo de enfermidade, estudo ou trabalho à noite;

2) Participe, também, dos Cultos ministrados no Templo Central (3ª feiras, à noite) e demais eventos. Evite faltar, pois a comunhão é indispensável ao crescimento espiritual;

3) Não espere ser chamado. Apresente-se ao Líder de Novos Convertidos ou ao seu Dirigente, e ofereça-se para exercer CARGO ou FUNÇÃO na Igreja do Senhor, sem importar-se com as atividades que irá desenvolver;

4) LEMBRE-SE, ...ESTÁ COMPROVADO... Os que, desde logo, ocupam-se num ministério na CASA DO SENHOR, perseveram e não encontram mais motivo para desistir da caminhada Cristã, nem desejo de voltar ao MUNDO;

5) Matricule-se na ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL e aprenda as doutrinas  lá ministradas; 

6) Não aceite CONVITE para ir “visitar” outras Igrejas e, assim, faltar aos cultos de sua Congregação, pois muitas denominações religiosas sem ética costumam desviar os novos na fé das fases normais de sua caminhada cristã;

7) Esforce-se para sempre ser útil na SEARA do MESTRE JESUS, desempenhando um ministério frutífero, dando preferência nas áreas de EVANGELISMO, MISSÕES ou de ORAÇÃO, pois são mais CARENTES;

8) Seja um DIZIMISTA e OFERTANTE FIEL que DEUS certamente lhe HONRARÁ com muitas bênçãos ESPIRITUAIS e MATERIAIS.
******                                                                                                                                
*Ev. Paulo Briglia
******
Fonte:http://ensdominical.blogspot.com.br/2016/05/estudo-preparatorio-ao-batismo.html

O pecado da simonia: Uma versão protestante

28.11.2017
Do portal ULTIMATO ON LINE, 05.2013
Por Alderi Souza de Matos*
Simonia – a palavra pode ser nova para muitos leitores, mas a prática é bastante antiga no âmbito do cristianismo. Na Idade Média, surgiu uma série de distorções na vida do clero e na administração eclesiástica. Três erros se destacaram por serem considerados especialmente danosos. O primeiro foi o “nicolaísmo”, termo derivado incorretamente de Apocalipse 2.15, o fato de que muitos clérigos viviam em concubinato, violando assim os seus votos solenes de castidade e celibato. A segunda prática condenada foram as chamadas “investiduras leigas”, isto é, a interferência de governantes civis (reis e imperadores) na nomeação e posse de altos líderes eclesiásticos, como abades e bispos. O terceiro mal na vida da igreja, esse certamente deletério sob todos os pontos de vista, foi a “simonia”.
 
Esse comportamento derivou o seu nome de Simão, o mágico, um personagem bíblico que tentou comprar dos apóstolos Pedro e João o poder de conceder o Espírito Santo àqueles sobre os quais ele impusesse as mãos (At 8.18-24). Assim, a simonia veio a se referir à concessão ou obtenção de qualquer coisa espiritual ou sagrada mediante remuneração, fosse ela monetária ou de outra espécie. Em outras palavras, era a compra e venda de coisas religiosas. Cometia esse pecado quem oferecia e quem recebia pagamento em troca de um bem espiritual ou eclesiástico. Na Idade Média, referia-se principalmente ao comércio de cargos da igreja. Um papa que se notabilizou por sua luta incessante contra esses males foi Hildebrando, ou Gregório VII (1073–1085), que adotou como lema de seu pontificado as contundentes palavras de Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!”.
 
Curiosamente, em certo sentido a Reforma Protestante surgiu como consequência de dois casos de simonia. Um deles foi a compra do arcebispado de Mainz, ou Mogúncia, na Alemanha, pela poderosa família Hohenzollern, mediante uma negociação questionável com o papa Leão X envolvendo altas somas de dinheiro. O segundo caso ocorreu quando o novo arcebispo (e futuro cardeal) Alberto de Brandenburgo promoveu uma venda especial de indulgências, cujos rendimentos foram utilizados em parte para saldar a dívida da compra do arcebispado, sendo a outra parte entregue ao papa para financiar a construção da catedral de São Pedro, em Roma. A reação de Martinho Lutero contra esse comércio do perdão, mediante suas Noventa e Cinco Teses, foi o estopim da Reforma.
 
Durante séculos, o ministério protestante foi caracterizado por elevados padrões éticos, especialmente na sensível área das finanças. Seguindo o exemplo de Cristo e seus apóstolos (At 20.33s; 2Co 11.7), a maior parte dos pastores e líderes procuravam realizar o seu trabalho como uma expressão de serviço desinteressado a Deus e às pessoas, isento de ambições materiais. Mesmo indivíduos de grande projeção, como avivalistas e evangelistas de massa (Wesley, Whitefield, Spurgeon, Billy Graham e outros), jamais usaram de seu grande carisma e influência para auferir vantagens pecuniárias e aumentar o seu patrimônio. Tal comportamento sóbrio e consciencioso ocorreu em todos os ramos do protestantismo, tanto os tradicionais ou históricos como, mais tarde, os pentecostais clássicos.
 
Esse honroso legado sofreu um abalo lamentável e constrangedor no Brasil, a partir da década de 1970, com o surgimento do chamado neopentecostalismo. Firmados numa teologia duvidosa, resultante de uma interpretação tendenciosa e altamente seletiva das Escrituras, os principais líderes desse movimento vêm demonstrando uma atitude em relação ao dinheiro que em nada difere do velho pecado da simonia. Servindo-se do poderoso veículo da televisão e manipulando com habilidade as carências e ambições de uma considerável parcela da população, esses pregadores têm transformado o evangelho e suas bênçãos em mercadoria e fonte de lucro (2Co 2.17; 1Tm 6.5,10). 
 
A recepção de benefícios como a cura, a prosperidade e a felicidade é condicionada à entrega de contribuições, dando-se a entender que as bênçãos serão proporcionais à generosidade do ofertante. Fica inteiramente esquecido o ensino claro de Jesus: “[...] de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8). Em consequência disso, surgiu uma geração de pastores-empresários que estão se colocando entre os homens mais ricos do país. Dominados pela ganância condenada com tanta veemência nas Escrituras (1Ts 2.5; Tt 1.7; 1Pe 5.2), estão acumulando grandes fortunas na forma de mansões, fazendas, carros de luxo e, agora, o símbolo máximo dos novos ricos – jatinhos particulares. Eles influenciam de tal forma os seus seguidores que estes, além de não questionarem tal procedimento, acham que seus líderes merecem os privilégios que usufruem.
 
Não se discute que os obreiros cristãos sejam remunerados condignamente pelo seu trabalho (2Co 8.14). O que se lamenta é a mercantilização da fé, que tantos prejuízos tem trazido para a causa de Cristo ao longo dos séculos, obscurecendo a graça de Deus, o seu favor imerecido. Os modernos simoníacos não só estão manchando para sempre a sua própria reputação, mas também contribuindo para prejudicar a imagem de toda a classe ministerial e das comunidades evangélicas. Suas ações têm produzido e continuarão a produzir reações negativas da imprensa, da opinião pública e dos governantes. Eles fariam bem em considerar as palavras ditas pelos apóstolos a Simão, o mágico – e se arrependerem enquanto é tempo.
 
Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de A Caminhada Cristã na História e "Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil". asdm@mackenzie.com.br.
******
Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/342/o-pecado-da-simonia-uma-versao-protestante