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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Deveríamos exterminar os bebês com microcefalia?

05.02.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Elisa Robson 

A dor e a perspectiva de um futuro com desafios tão grandes nos levam a pensar com misericórdia nessas pessoas.

Resultado de imagem para CRIANÇAS COM MICROCEFALIA ABORTOA antropóloga Debora Diniz, do instituto de bioética Anis, anunciou esta semana que prepara uma ação para pedir à Suprema Corte o direito ao aborto em gestações de bebês com microcefalia. Em 2004, sua organização entrou com um o pedido de avaliação dos abortos para fetos anencéfalos e foi aceito pelos ministros, por 8 votos a 2, em 2012.

Ela declarou em entrevista à BBC Brasil: “Hoje, sabemos que a microcefalia típica é um mal incurável, irreversível, mas o bebê sobrevive (na maioria dos casos). Portanto trata-se do aborto propriamente dito e isso enfrenta resistência”. E acrescentou: “Somos uma organização que já fez isso antes. E conseguiu. Estamos plenamente inspiradas para repetir”.

Resultado de imagem para CRIANÇAS COM MICROCEFALIA ABORTOA microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, o que prejudica o seu desenvolvimento mental, explica a pediatra Beatriz Beltrame. Uma das hipóteses que está sendo estudada é a ação do Zika vírus durante a gravidez. Mas a microcefalia também pode ser genética e acontece em crianças que possuem outras doenças como Síndrome de West, Síndrome de Down e Síndrome de Edwards, por exemplo, escreve a especialista no site Tua Saúde.

Quando analisamos as informações médicas, inevitavelmente, desejamos poupar da dor as crianças gravemente deficientes, da mesma forma que, é natural, nós queiramos poupar os pais que sofrem. Quem desejaria que um inocente vivesse por toda a sua vida em uma batalha pela saúde? Quem desejaria a uma jovem mãe que seu bebê nascesse com tantas complicações?

A dor e a perspectiva de um futuro com desafios tão grandes nos levam a pensar com misericórdia nessas pessoas. Desejamos o melhor a elas. Há um sentimento de amor e cuidado para que o sofrimento possa ser evitado ou, pelo menos, amenizado.

Esses sentimentos nobres deveriam nos impulsionar com afinco à busca por soluções, a desenvolver um sistema de apoio eficiente para as mães, a valorizar aquelas que podem fazer tudo o que os homens fazem e ainda têm a capacidade de gerar uma vida. Contudo, não é isto que está acontecendo.

Quando nos apresentam a opção do aborto como “solução” para os casos de microcefalia (que logo será para a Síndrome de Down também), nos ensinam que acabar prematuramente com uma vida é a saída para muitos problemas. Nos ensinam que qualquer outra situação que não seja considerada “normal” deveria ser exterminada. Nos ensinam que a morte é a resposta para situações difíceis. A morte?

Além disso, outro ponto levantado por quem vê no aborto uma “escolha” para os casos de microcefalia é a nossa responsabilidade, como sociedade. Muitas pessoas acreditam que os filhos são responsabilidades apenas dos pais, principalmente da mulher.

Dessa forma, dizem, deveríamos oferecer a esta mãe o “direito” de poder matar o próprio filho, se assim quisesse. (Mesmo sabendo que o aborto só mascara os reais problemas que as mulheres enfrentam.) Quem defende tal ideia, geralmente, fica horrorizado em pensar que terá que se envolver com a questão de educar crianças e dar suporte em casos de doença, uma vez que, não sendo pai nem mãe, “nada disso lhe diz respeito”. Não mesmo?

As crianças de hoje serão os profissionais de amanhã. Muitos serão médicos, policiais ou políticos. Portanto, vão cuidar da saúde ou segurança da sociedade em que eu e você viveremos daqui a 25 anos. Sua formação vai passar pela maneira como são educados diretamente por seus pais, e, indiretamente, por nós, por meio das causas que apoiamos hoje e ajudamos a promover, bem como, por nossas “conquistas” junto à Suprema Corte.

Isto significa que as crianças estão, neste momento, interagindo com todas as ideias lançadas, como as defendidas pelo Instituto Anis. Se alguém apoia o “joga fora e faz outro” ou “cérebro veio com defeito, pode eliminar”, deve ser lembrado que provavelmente os jovens de hoje, convencidos por essas ideias, farão parte de uma nova geração que achará natural criar um Estado sem responsabilidades.

Um Estado que permitirá a carnificina de inocentes, porque é bem mais barato do que oferecer condições de uma vida digna a um bebê com microcefalia ou alguma outra diferença. Um Estado que pouco se importará com os mais fracos, ou com aqueles que ficarão assim. Que só dará valor aos mais fortes e “adaptados” até achar uma solução mais “prática” para os idosos, doentes e “diferentes” de amanhã. Em algum lugar da história, já vimos esse roteiro.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/deveriamos-exterminar-os-bebes-com-microcefalia/

PERIGO ESPIRITUAL: Obediência seletiva!

05.02.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Carla Stracke

Quem em sua fase infantil ou adolescente pedia uma coisa para o pai sabendo que a mãe não deixaria ou vice-versa e elaborava técnicas de convencimento para dobrar a autoridade dos mesmos desde algo simples como ir ao cinema com amigos como algo mais grave que você sabia que era errado e fazia escondido? Pois é, crescemos e muitas vezes continuamos a repetir esse comportamento conhecido como obediência seletiva em nossos trabalhos, relacionamentos, igrejas e principalmente com Deus.

Mas como assim obediência seletiva? Em uma conversa recente com o meu pastor, eu disse: “fulano é uma bênção, mas é rebelde, não comigo, mas com outras pessoas, ele não sabe lidar com autoridades acima dele”. Meu pastor sabiamente me disse: “Carla, não é que ele é rebelde, ele pratica algo chamado obediência seletiva – ele obedece a aqueles que ele admira e concorda enquanto sabota e não aceita lideranças que não sejam como ele deseja”.

Desde então essa expressão não sai de minha mente OBEDIÊNCIA SELETIVA, até porque a pessoa da qual estávamos falando é alguém que é muito parecido comigo inclusive nesse sentido.

Há algum tempo Deus tem me exortado nessa área trazendo a luz traços rebeldes de minha personalidade que eu prefiro traduzir como independência, afinal rebelde foi Lúcifer e eu não quero me parecer com ele em nenhum aspecto e isso é uma das maiores armadilhas humanas para fugir da cura pessoal que Deus quer fazer em nós – amenizarmos nossos pecados ou porque não queremos ser curados ou simplesmente porque não conseguimos lidar com nossa natureza humana caída que sim tem traços diabólicos.

Recentemente ouvi um pregador dizer o seguinte: “Para você realmente se arrepender do seu pecado, olhe para você mesmo e diga – EU SOU (nome do pecado) no meu caso REBELDE – pare de amenizar seu pecado com algo como – ah eu pratico tal pecado (no meu caso rebeldia) – aceitar seu pecado como prática tira sua responsabilidade sobre ele e aí você não se arrepende de verdade. Quando falamos dos outros os rotulamos com o nome do pecado, e quando falamos de nós mesmos chamamos de prática como se fosse algo menor ou temporário e assim não somos curados, então crie vergonha na cara e diga bem alto EU SOU (NOME DO PECADO) até que você tenha seu coração quebrantado a ponto de assumi-lo, confessá-lo e deixar a luz de Deus entrar em suas trevas e te curar.

Ahhh meu irmão/irmã que está lendo esse texto, aquilo doeu em mim bem lá dentro, na verdade fingi que não era comigo e que eu estava bem resolvida e consciente de meus traços de personalidade que não agradam a Deus, mas Deus começou a me incomodar ainda mais e naturalmente eu rebati e disse: “Mas Deus, eu obedeço meus pais, meus pastores, meus líderes, não saboto ninguém ( a vida toda fui chamada de boazinha e pacificadora) … o espírito santo então me disse: você obedece porque você concorda com eles, pois quando discorda não é bem assim. Continuei me justificando: mas eu não saboto ninguém, nem saio falando mal ou causando motim…. mas, pensando bem eu empaco que nem uma mula e fico tentando convencê-los o porquê de eu não concordar com algo e emburro que nem uma criança. Nesse momento claramente senti Jesus sorrindo para mim, algo como: É isso, e você sabe disso. Continuei fingindo que não era comigo.

Eu e meu esposo então viemos para uma das bases da JOCUM (Jovens com uma missão) no sul do Brasil para fazermos a ETED (Escola de treinamento e discipulado) com ênfase em aconselhamento e em menos de uma semana de curso uma das primeiras que recebemos foi sobre Jonas e que sim ele fez o que Deus queria, porém tardiamente e que Deus não se alegra com obediência tardia ou procrastinadora por mais traumáticos que sejam os motivos que te levam a desobedecer, pois sim, Jonas tinha seus motivos e não eram poucos ou leves e assim como Jonas, mais 1 vez eu me justifiquei para Deus: “Pai, eu e meu esposo abrimos mão de quase tudo – família, emprego, igreja, amigos para seguir o que o Senhor quer de nós por amor a ti e não porque somos melhores do que alguém, pois a cada dia temos percebido o nível raso que ainda vivemos e o quão mais fundo temos que ir em ti, porque o Senhor tem martelado nesse quesito?” Deus então me disse: “Filha, você me obedece, porém nem sempre é prontamente ou sem titubear como uma obediência em fé deve ser. Você só me obedece como deve ser quando você concorda comigo ou se sente mentalmente satisfeita com a resposta, senão me obedece tardiamente ou de coração triste e não é isso que quero de você.

E assim Deus foi me trazendo a memória Saul por exemplo que começou bem sua jornada e literalmente pagou um preço de morte quando resolveu seguir a Deus a sua maneira. Isso me trouxe temor e cautela e me mostrou que não adianta eu ter um começo de jornada incrível com Deus e chegar no final sem fé, amor, obediência e confiança Nele. 

Deus sabe o quanto eu o amo e eu tenho certeza de que ele sonda meu coração e ouve minhas orações e sabe onde preciso aparar minhas arestas nessa nova fase da jornada e se eu continuar insistindo em fingir que não é comigo esse papo de obediência seletiva e fingindo para mim mesma que sou independente e não rebelde, afinal ser independente ainda é aceito positivamente socialmente dentro e fora da igreja e confessar rebeldia como pecado parece que você está de braços dados com o capeta, afinal foi assim que ele casou a rebelião dos anjos no céu e pior ainda, antes disso, sua rebeldia o fez pensar que ele poderia ser igual a Deus. Um abismo chama outro abismo e eu definitivamente quero me parecer com aquele no qual fui feita imagem e semelhança e não com seu oponente.

Desejo a você leitor assim como eu um quebrantamento de coração, arrependimento, alma curada e muita vontade de realmente mudar e eliminar a rebeldia de sua vida para que Deus realmente possa ser Senhor de todas as áreas que nos formam.

Leitura recomendada: livro de Jonas (com um olhar como se você fosse Jonas e recebesse as palavras desse livro para seu início de cura pessoal e muita oração para entender que Deus disciplina seus filhos amados e quão honrados somos por isso).

Escrevo esse texto crendo e sabendo que quando confesso meu pecado a Deus sou perdoada e restaurada e quando confesso ao meu próximo sou curada. Desejo que em nome de Jesus todo espírito de rebeldia seja arrancado de nossas vidas e aprendamos a obedecer a Deus sem reservas, afinal se Ele nos pede algo é porque ele já supriu ou já está lá nos aguardando.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/obediencia-seletiva/

Pastor é condenado à prisão por ajudar ex-gay e sua filha

05.02.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

Ex-lésbica Lisa Miller e sua filha Isabella saíram dos EUA com ajuda do religioso 

Pastor é condenado à prisão por ajudar ex-gay
Um pastor menonita norte-americano foi condenado por dar assistência a uma ex-lésbica que fugiu do país com a filha. Ele começará a cumprir pena no próximo mês, pois perdeu o recurso.

O pastor Kenneth Miller foi condenado em agosto de 2012 por ter ajudado a ex-lésbica Lisa Miller e sua filha Isabella a cruzarem a fronteira com o Canadá. Em seguida, ambas fugiram para a Nicarágua.

O caso teve início em 2000, quando Lisa Miller ainda era homossexual e vivia em união estável com Janet Jenkins. Elas decidiram fazer um procedimento de inseminação artificial e Miller deu à luz a Isabella em 2002. Em 2003, Miller e Jenkins se separaram.

Nessa época, Lisa converteu-se, renunciou ao estilo de vida homossexual. Quando a união civil foi legalmente dissolvida, o tribunal deu a guarda da criança para Lisa, mas Janet tinha o direito de visitar a criança.

Logo começaram a surgir problemas. Isabella passou algumas noites na casa de Janet, que continua sendo homossexual. A mãe afirma que essas visitas estavam causando grande trauma para a menina.

Quanto tinha seis anos de idade, a menina voltava para casa tocando suas partes íntimas “de forma inadequada”, garante Lisa. Também falava sobre suicídio. Para Lisa, a criança passou por alguma situação muito difícil, pois pedia para não ficar mais com Janet.

Isso a fez recorrer ao tribunal e pedir a custódia exclusiva de Isabella. No primeiro momento teve ganho de causa, mas Janet recorreu. O processo se arrastou até 2008, quando a Suprema Corte concedeu novamente o direito de Janet receber Isabella em sua casa.

Como Lisa se recusou a isso, o juiz Richard Cohen ameaçou passar a custódia para Janet se ela não acatasse a decisão do tribunal. Desesperada, Lisa decidiu fugir do país.

Quando um processo foi instaurado para apurar o caso, o nome do pastor Kenneth Miller apareceu. Ele era citado como “cúmplice” na fuga. Em 2013, o caso foi julgado e o pastor condenado a 27 meses atrás das grades, mais um ano de condicional supervisionada.

O pastor recorreu, mas o 2º Circuito de Apelações confirmou a decisão no final de janeiro de 2016. Como a Nicarágua não possui tratado de extradição com os Estados Unidos, Lisa e Isabella continuarão com suas vidas no novo país.

No site oficial do caso, montado pela defesa do pastor, Ken Miller afirma que irá cumprir a pena. Pede orações por ele e pela sua família. Em uma ‘carta aberta’ afirma que tentou apenas ajudar Lisa e Isabella. Para ele, suas atitudes meramente apoiaram o desejo de Lisa de mudar de vida, seguir a Jesus e sair de um relacionamento que contraria os padrões estabelecidos por Deus.

O pastor cita Romanos 8:28. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Afirma ainda que “Não estamos desanimados ou deprimidos por causa do futuro, porque Deus está no futuro e nós estamos com Deus, por isso somos encorajados”.

Finaliza ressaltando que “Algumas coisas nunca poderão ser trancadas atrás dos muros de uma prisão. Verdade. Consciência. Retidão moral e o Evangelho salvador de Jesus”. Com informações Christian News
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Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/pastor-condenado-prisao-ajudar-ex-gay/

sábado, 30 de janeiro de 2016

ARMINIANSIMO CLÁSSICO E WESLEYANO

30.01.2016
Do portal WIKIPÉDIA

Arminianismo clássico


O arminianismo clássico (às vezes chamado de arminianismo reformado) é o sistema teológico que foi apresentado por Jacó Armínio e mantido pelos remonstrantes;[5] sua influência serve como base para todos os sistemas arminianos. A lista de crenças é dado abaixo:

  • A depravação é total: Arminius declarou: "Neste estado [caído], o livre-arbítrio do homem para o verdadeiro bem não está apenas ferido, enfermo, inclinado, e enfraquecido; mas ele está também preso, destruído, e perdido. E os seus poderes não só estão debilitados e inúteis a menos que seja assistido pela graça, mas não tem poder algum exceto quando é animado pela graça divina."[6]

  • A expiação destina-se a todos: Jesus morreu para todas as pessoas, Jesus atrai todos a si mesmo, e todas as pessoas têm oportunidade de se salvarem pela fé.[7]

  • A morte de Jesus satisfaz a justiça de Deus: A penalidade pelos pecados dos eleitos é paga integralmente através da obra de Jesus na cruz. Assim, a expiação de Cristo é destinada a todos, mas requer a fé para ser efetuada. Arminius declarou que: "Justificação, quando usado para o ato de um juiz, também é exclusivamente a imputação da justiça através da misericórdia... ou esse homem é justificado diante de Deus... de acordo com o rigor da justiça sem qualquer perdão."[8] Stephen Ashby esclarece: "Arminius só considera duas maneiras possíveis em que o pecador pode ser justificado: (1) pela nossa adesão absoluta e perfeita à lei, ou (2) exclusivamente pela divina imputação da justiça de Cristo."[9]

  • A graça é resistível: Deus toma a iniciativa no processo de salvação e a sua graça vem a todas as pessoas. Esta graça (muitas vezes chamada de preveniente ou pré-graça regeneradora) age em todas as pessoas para convencê-las do Evangelho, chamá-las fortemente à salvação, e capacitar a possibilidade de uma fé sincera. Picirilli declarou que "realmente esta graça está tão próxima da regeneração que ela leva inevitavelmente a regeneração, a menos que, por fim seja resistida." [10] A oferta de salvação por graça não age irresistivelmente em um simples causa-efeito (i.e num método determinístico), mas sim de um modo de influência-e-resposta, que tanto pode ser livremente aceita e livremente negada.[11]

  • O homem tem livre arbítrio para responder ou resistir: O livre-arbítrio é limitado pela soberania de Deus, mas a soberania de Deus permite que todos os homens tenham a opção de aceitar o Evangelho de Jesus através da fé, simultaneamente, permite que todos os homens resistam.

  • A eleição é condicional: Arminius define eleição como "o decreto de Deus pelo qual, de Si mesmo, desde a eternidade, decretou justificar em Cristo, os crentes, e aceitá-los para a vida eterna."[12] Só Deus determina quem será salvo e a sua determinação é que todos os que crêem em Jesus através da fé sejam justificados. Segundo Arminius, "Deus a ninguém preza em Cristo, a menos que sejam enxertados nele pela fé".[12]
  • Deus predestina os eleitos a um futuro glorioso: A predestinação não é a predeterminação de quem irá crer, mas sim a predeterminação da herança futura do crente. Os eleitos são, portanto, predestinados a filiação pela adoção, glorificação, e vida eterna.[13]

  • A justiça de Cristo é imputada ao crente: A justificação é sola fide. Quando os indivíduos se arrependem e creem em Cristo (fé salvífica), eles são regenerados e trazidos a união com Cristo, pela qual a morte e a justiça de Cristo são imputados a eles, para sua justificação diante de Deus.[14]

  • A segurança eterna é também condicional: Todos os crentes têm plena certeza da salvação com a condição de que eles permaneçam em Cristo. A salvação é condicional a fé, portanto, a perseverança também é condicional.[15] A apostasia (desvio de Cristo) só é cometida por uma deliberada e proposital rejeição de Jesus e renúncia da fé.[16]

Os cinco artigos da remonstrância que os seguidores de Arminius formularam em 1610 o estado acima de crenças relativas (I) eleição condicional, (II) expiação ilimitada, (III) depravação total, (IV) depravação total e a graça resistível, e (V) possibilidade de apostasia. Note, entretanto, que o artigo quinto não nega completamente a perseverança dos santos, Arminius mesmo, disse que "nunca me ensinaram que um verdadeiro crente pode cair ... longe da fé ... ainda não vou esconder que há passagens de Escritura que parecem-me usar este aspecto, e as respostas a elas que me foi permitido ver, não são como a gentileza de aprovar-se em todos os pontos para o meu entendimento ".[17]Além disso, o texto dos artigos da Remonstrancia diz que nenhum crente pode ser arrancado da mão de Cristo, e à questão da apostasia, "a perda da salvação" é necessário mais estudos antes que pudesse ser ensinada com plena certeza.

As crenças básicas de Jacó Armínio e os remonstrances estão resumidos como tal pelo teólogo Stephen Ashby:

  1. Antes de ser chamado e capacitado, alguém é incapaz de crer... somente capaz de resistir.
  2. Depois de ter sido chamado e capacitado, mas antes da regeneração, alguém é capaz de crer... também capaz de resistir.
  3. Após alguém crer, Deus o regenera, alguém é capaz de continuar crendo... também capaz de resistir.
  4. Após resistir ao ponto de descrer, alguém é incapaz de acreditar... só capaz de resistir.[18]

Interpretação dos Cinco Pontos

O terceiro ponto sepulta qualquer pretensão de associar o arminianismo ao pelagianismo ou ao semipelagianismo. De fato, a doutrina de Armínio é perfeitamente compatível com a Depravação Total calvinista. Ou seja, em seu estado original o homem é herdeiro da natureza pecaminosa de Adão e totalmente incapaz, até mesmo, de desejar se aproximar de Deus. Nenhum homem nasce com o "livre-arbítrio", ou seja, com a capacidade de não resistir a Deus.
O quarto ponto demonstra claramente que é a graça preveniente que restaura no homem a sua capacidade de não resistir à Deus. Portanto, para Armínio, a salvação é pela graça somente e por meio da fé somente. Nesse sentido, os arminianos do coração concordam com os calvinistas no sentido de que a capacitação, por meio da graça, precede a fé, e que até mesmo a fé salvadora seja um dom de Deus. A diferença está na compreensão da operação dessa graça. Para os calvinistas, a graça é concedida apenas aos eleitos, que a ela não podem resistir. Para os arminianos, a expiação por meio de Jesus Cristo é universal e comunica essa graça preveniente a todos os homens; mas ela pode ser resistida. 

Assim como o pecado entrou no mundo pelo primeiro Adão, a graça foi concedida ao mundo por meio de Cristo, o segundo Adão (conforme Romanos 5:18João 1:9). Nesse sentido, os arminianos entendem que I Timóteo 4:10 aponta para duas salvações em Cristo: uma universal e uma especial para os que creem. A primeira corresponde à graça preveniente, concedida a todos os homens, que lhes restaura o arbítrio, ou seja, a capacidade de não resistir a Deus. Ela é distribuída a todos os homens porque Deus é amor (I João 4:8João 3:16) e deseja que todos os homens se salvem (I Timóteo 2:4II Pedro 3:9), conforme defendido no segundo ponto do arminianismo. A segunda é alcançada apenas pelos que não resistem à graça salvadora e creem em Cristo. Estes são os predestinados, segundo a visão arminiana de predestinação.

Portanto, embora a expressão "livre-arbítrio" seja comumente associada ao arminianismo, ela deve ser entendida como "arbítrio liberto" ou "vontade liberta" pela graça preveniente, convencedora, iluminadora e capacitante que torna possíveis o arrependimento e a fé. Sem a atuação da graça, nenhum homem teria livre-arbítrio.

Ao contrário dos calvinistas, os arminianos creem que essa graça preveniente, concedida a todos os homens, não é uma força irresistível, que leva o homem necessariamente à salvação. Para Armínio, tal graça irresistível violaria o caráter pessoal da relação entre Deus e o homem. Assim, todos os homens continuam a ter a capacidade de resistir à Deus, que já possuíam antes da operação da graça (conforme Atos 7:51Lucas 7:30Mateus 23:37). Portanto, a responsabilidade do homem em sua salvação consiste em não resistir ao Espírito Santo. Este é o coração do sinergismo arminiano, o qual difere radicalmente dos sinergismos pelagiano e semipelagiano.

No que tange à perseverança dos santos, os remonstrantes não se posicionaram, já que deixaram a questão em aberto.


Citações das obras de Arminius


Os textos a seguir transcritos, escritos pelo próprio Arminius, são úteis para demonstrar algumas de suas ideias.

…Mas em seu estado caído e pecaminoso, o homem não é capaz, de e por si mesmo, pensar, desejar, ou fazer aquilo que é realmente bom; mas é necessário que ele seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições ou vontade, e em todos os seus poderes, por Deus em Cristo através do Espírito Santo, para que ele possa ser capacitado corretamente a entender, avaliar, considerar, desejar, e executar o que quer que seja verdadeiramente bom. Quando ele é feito participante desta regeneração ou renovação, eu considero que, visto que ele está liberto do pecado, ele é capaz de pensar, desejar e fazer aquilo que é bom, todavia não sem a ajuda contínua da Graça Divina.

Com referência à Graça Divina, creio, (1.) É uma afeição imerecida pela qual Deus é amavelmente afetado em direção a um pecador miserável, e de acordo com a qual ele, em primeiro lugar, doa seu Filho, "para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna," e, depois, ele o justifica em Cristo Jesus e por sua causa, e o admite no direito de filhos, para salvação. (2.) É uma infusão (tanto no entendimento humano quanto na vontade e afeições,) de todos aqueles dons do Espírito Santo que pertencem à regeneração e renovação do homem - tais como a fé, a esperança, a caridade, etc.; pois, sem estes dons graciosos, o homem não é capaz de pensar, desejar, ou fazer qualquer coisa que seja boa. (3.) É aquela perpétua assistência e contínua ajuda do Espírito Santo, de acordo com a qual Ele age sobre o homem que já foi renovado e o excita ao bem, infundindo-lhe pensamentos salutares, inspirando-lhe com bons desejos, para que ele possa dessa forma verdadeiramente desejar tudo que seja bom; e de acordo com a qual Deus pode então desejar trabalhar junto com o homem, para que o homem possa executar o que ele deseja.

Desta maneira, eu atribuo à graça O COMEÇO, A CONTINUIDADE E A CONSUMAÇÃO DE TODO BEM, e a tal ponto eu estendo sua influência, que um homem, embora regenerado, de forma nenhuma pode conceber, desejar, nem fazer qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação do mal, sem esta graça preveniente e excitante, seguinte e cooperante. Desta declaração claramente parecerá que de maneira nenhuma eu faço injustiça à graça, atribuindo, como é dito de mim, demais ao livre-arbítrio do homem. Pois toda a controvérsia se reduz à solução desta questão, "a graça de Deus é uma certa força irresistível"? Isto é, a controvérsia não diz respeito àquelas ações ou operações que possam ser atribuídas à graça, (pois eu reconheço e ensino muitas destas ações ou operações quanto qualquer um,) mas ela diz respeito unicamente ao modo de operação, se ela é irresistível ou não. A respeito da qual, creio, de acordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida.

Arminianismo wesleyano
Ver artigo principal: Metodismo
Parte de uma série sobre
Metodismo
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John Wesley
 Portal do metodismo

John Wesley foi historicamente o advogado mais influente dos ensinos da soterologia arminiana. Wesley concordou com a vasta maioria daquilo que o próprio Arminius defendeu, mantendo doutrinas fortes, tais como as do pecado original, depravação total, eleição condicional, graça preveniente, expiação ilimitada e possibilidade de apostasia.
Wesley, porém, afastou-se do arminianismo clássico em três questões:

  • Expiação – A expiação para Wesley é um híbrido da teoria da substituição penal e da teoria governamental de Hugo Grócio, advogado e um dos Remonstrantes. Steven Harper expõe: "Wesley não colocou o elemento substitucionário dentro de uma armação legal …Preferencialmente [sua doutrina busca] trazer para dentro do próprio relacionamento a 'justiça' entre o amor de Deus pelas pessoas e a aversão de Deus ao pecado …isso não é a satisfação de uma demanda legal por justiça; assim, muito disso é um ato de reconciliação imediato."[19]

  • Possibilidade de apostasia – Wesley aceitou completamente a visão arminiana de que cristãos genuínos podem apostatar e perder sua salvação. Seu famoso sermão "A Call to Backsliders" demostra claramente isso. Harper resume da seguinte forma: "o ato de cometer pecado não é ele mesmo fundamento para perda da salvação … a perda da salvação está muito mais relacionada a experiências que são profundas e prolongadas. Wesley via dois caminhos principais que resultam em uma definitiva queda da graça: pecado não confessado e a atitude de apostasia."[20] Wesley discorda de Arminius, contudo, ao sustentar que tal apostasia não é final. Quando menciona aqueles que naufragaram em sua fé (1 Tim 1:19), Wesley argumenta que "não apenas um, ou cem, mas, estou convencido, muitos milhares … incontáveis são os exemplos … daqueles que tinham caído, mas que agora estão de pé"[21]

  • Perfeição cristã – Conforme o ensino de Wesley, cristãos podem alcançar um estado de perfeição prática. Isso significa uma falta de todo pecado voluntário, mediante a capacitação do Espírito Santo em sua vida. Perfeição cristã (ou santificação inteira), conforme Wesley, é "pureza de intenção; toda vida dedicada a Deus" e "a mente que estava em Cristo, nos capacita a andar como Cristo andou." Isso é "amar a Deus de todo o seu coração, e os outros como você mesmo".[22] Isso é 'uma restauração não apenas para favor, mas também para a imagem de Deus," nosso ser "encheu-se com a plenitude de Deus".[23] Wesley esclareceu que a perfeição cristã não implica perfeição física ou em uma infabilidade de julgamento. Para ele, significa que não devemos violar a longanimidade da vontade de Deus, por permanecer em transgressões involuntárias. A perfeição cristã coloca o sujeito sob a tentação, e por isso há a necessidade contínua de oração pelo perdão e santidade. Isso não é uma perfeição absoluta mas uma perfeição em amor. Além disso, Wesley nunca ensinou um salvação pela perfeição, mas preferiu dizer que "santidade perfeita é aceitável a Deus somente através de Jesus Cristo."[22]

Os Cinco Artigos da Remonstrância
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Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Arminianismo