Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador pastor Lothar Gassmann. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pastor Lothar Gassmann. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 15 de outubro de 2019

A resposta insatisfatória da reencarnação

15.10.2019
Do portal CHAMADA
Por
Lothar Gassmann

“... o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo.” (Hebreus 9.27)

https://www.chamada.com.br/assets/images/somente-jesus/somente-jesus42.jpg

“Somos novamente reencarnados” é a afirmação das religiões do Extremo Oriente (hinduísmo e budismo), bem como de correntes esotéricas que surgiram no Ocidente (teosofia, antroposofia e Nova Era), diante da questão: “O que acontece após a morte?”. Apesar de haver determinadas variações entre os vários sistemas, a ideia central é a mesma: a pessoa morre, mas uma parte espiritual invisível permanece viva e em algum momento recebe um novo corpo terreno.

O hinduísmo afirma que podemos reencarnar inclusive em algum animal, enquanto os sistemas influenciados pela concepção ocidental rejeitam essa ideia. Para eles a pessoa, no futuro, sempre retorna ao mundo na forma humana e em condição melhor ou pior do que era a anterior, dependendo do carma que ela desenvolve. Carma é a lei que determina o seu destino, ou seja, a soma das boas ou más ações que são comparadas ao fim de sua vida e – dependendo da direção que aponta o fiel da balança – definirá a sua próxima existência. Assim, de acordo com essa concepção, em caso de saldo positivo de boas obras, por exemplo, na minha próxima vinda ao mundo serei um príncipe ou comerciante, enquanto muitas más ações na próxima vida resultariam num pedinte ou numa criança com necessidades especiais.

Essa concepção de reencarnação conta que haverá outra vida após a morte. Ela parece dar esperança à pessoa de que há uma continuidade. Mesmo assim, essa esperança não é brilhante nem alegre, mas opressora e amedrontadora, pois sempre haverá a pergunta: minhas ações são suficientes para permitir uma posição melhor – ou elas me condenam a uma existência infeliz? Por quanto tempo essa “roda de renascimentos” continuará girando? Quando finalmente haverá um final?

    Desde sua raiz, a crença da reencarnação constitui uma doutrina pessimista.

Tais pensamentos ocupam a pessoa que crê na reincorporação. Não é de admirar que essa religião do Extremo Oriente é considerada uma maldição, levando a pessoa a se esforçar desesperadamente por meio de boas ações para dela se livrar. Apenas pensadores ocidentais da atualidade, como G. E. Lessing e Rudolf Steiner, tentaram lhe atribuir um sentido positivo (por exemplo, reencarnação como “possibilidade para aprender mais”). Essa ideia, porém, soa um tanto artificial, pois de que vale “aprender mais” se, na próxima existência, a pessoa não consegue mais lembrar aquilo que já aprendeu? Desde sua raiz, a crença da reencarnação constitui uma doutrina pessimista – e essa raiz não consegue ser totalmente escondida, mesmo com todas as reinterpretações.

Em Gênesis 8.21 lemos: “... por causa do homem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância”. E em Romanos 3.10 consta: “Não há nenhum justo, nem um sequer”. A própria salvação por meio da reencarnação e do carma é uma ilusão. A pessoa nunca conseguirá chegar ao seu alvo. Ela entra em desespero. Desse modo, essa concepção – assim como a resposta “Tudo acaba com a morte!” – não consegue proporcionar esperança nem faz qualquer sentido.

Além disso, ela não conhece qualquer responsabilidade, pois o sofrimento do indivíduo lhe é acrescentado a partir do carma da reencarnação anterior. De acordo com essa ideia, a própria pessoa é culpada, por exemplo, por ter que viver pedindo esmolas ou por ser consumida pela lepra. A indescritível miséria nas ruas da Índia fala mais sobre as consequências da doutrina da reencarnação e do carma do que qualquer discussão teórica!

Assim, essa doutrina também não consegue dar uma resposta satisfatória para a pergunta: “O que acontece após a morte?”. Assim, no próximo texto consultaremos a Bíblia sobre isso. Oremos:
    Senhor, abre os olhos aos que estão aprisionados pelas doutrinas da salvação própria, para que eles reconheçam e aceitem a tua maravilhosa obra redentora no Gólgota. Amém.

*****
Fonte:https://www.chamada.com.br/assets/images/somente-jesus/somente-jesus42.jpg

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

O triste significado atual de “evangélico”

21.01.2019
Do portal evangélico CHAMADA
Por pastor Lothar Gassmann*

“Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus...” (1Pedro 4.17)

A imagem pode conter: multidão

“Evangélico” era a definição que identificava cristãos fiéis à Bíblia, que levavam a sério a Palavra de Deus no ensino e no viver, sem supressões ou acréscimos. Hoje, porém, o termo infelizmente se tornou inconsistente. Numa época em que seria necessária uma oposição especial ao espírito anticristão da época, muitos evangélicos estão em litígio recíproco, infiltrados, mundanizados, contemporizados, fracos na fé, desanimados e debilitados. As discussões, cisões e escândalos dos últimos tempos são provas suficientes. O único satisfeito com essa situação é o Diabo, ao qual resta “pouco tempo” (Apocalipse 12.12) e espera que o reinado do Anticristo se desenvolva possivelmente sem entraves. Aqui estão alguns exemplos dessa triste situação, que esperamos que seja revertida. Em muitos círculos e comunidades de cristãos encontramos:
  • a substituição de uma postura bíblica consistente por sistemas contrários à Bíblia e afirmações abertas ou adaptadas para, por exemplo, a relativização das doutrinas bíblicas da Criação, igreja e sobre o fim dos tempos;
  • a introdução de enganos do humanismo, feminismo, evolucionismo e outros “ismos”;
  • a relativização ou inobservância de padrões éticos bíblicos, referentes a, por exemplo, concubinato, divórcio com base em mera “desordem”; opiniões, moda e estilo musical mundano;
  • a falta de disciplina na igreja em caso de pecados crassos e falsas doutrinas que destroem a igreja;
  • a ascendência do “eu” (mesmo o “eu piedoso”), com seus “privilégios” em relação à majestade e santidade de Deus;
  • a substituição de verdadeiro discipulado bíblico de confissão de pecados, arrependimento e perdão por métodos de psicologia humanista;
  • a prática da “cultura do entretenimento” nas igrejas com shows, festas e jogos de diversão;
  • a mercantilização do evangelho por meio de eventos agressivos de divulgação de editoras, altos cachês para artistas, além de “pregações de arrecadação” desleais, manipuladas e incisivas;
  • a apresentação de um evangelho de “bem-estar” e de “prosperidade”;
  • a substituição do ensino bíblico por uma “cultura romântica” superficial;
  • o crescente prejuízo do teor bíblico e da profundidade doutrinária em favor de experiências e necessidades humanas em muitos novos hinos cristãos;
  • a crescente omissão com relação a temas bíblicos básicos como “pecado”, “arrependimento”, “cruz”, “seriedade do discipulado”, “inferno” e “perdição eterna”;
  • a antiga ênfase para o amor e “ternura” de Deus em relação à santidade e à seriedade de seu juízo;
  • a substituição do espírito bíblico de confissão e resistência por uma busca errônea de unidade e harmonia;
  • a total falta de ênfase da apologética bíblica (doutrina sobre identificação dos espíritos ou defesa da fé);
  • a crescente abertura para um ecumenismo de denominações (em parte também de religiões), existente inclusive entre alguns líderes evangélicos;
  • a ridicularização de irmãos que desejam se manter firmes aos claros padrões da Escritura Sagrada, rotulando-os de “limitados”, “legalistas” e “antiquados”.
Certamente isso – graças a Deus – não acontece em todas as igrejas “evangélicas”. No entanto, a pergunta deve ser feita: será que os cristãos que “valorizam” uma vida cristã tão pobre e superficial estão aptos a enfrentar o Anticristo e os seus precursores? Temo que não, e por isso mencionarei no próximo texto alguns critérios para uma vida cristã resiliente e preparada para o fim dos tempos.
***
*Lothar Gassmann nasceu em 1958 na cidade alemã de Pforzheim. É pregador, professor, evangelista e publicista. Escreveu numerosos livros, artigos e canções na área teológica. Desde 2009, é colaborador do Serviço das Igrejas Cristãs (CGD, na sigla original) e editor da revista trimestral Der schmale Weg [O Caminho Estreito]. Completou seu doutorado em teologia em 1992, na Universidade de Tubinga, na Alemanha.
*****
Fonte:https://www.chamada.com.br/meditacoes/somente_jesus_cristo/triste_significado_de_evangelico.html