26.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Leiliane Roberta Lopes
São mais de 1100 voluntários que prestam apoio espiritual aos detentos

O detento Ronaldo Magalhães, ex-pastor, comanda cultos e coral na cadeia / O Globo
Os evangélicos são os religiosos que mais trabalham dentro de
penitenciárias, nas próximas semanas será divulgada uma pesquisa que
destaca este tipo de trabalho.
O estudo “Assistência religiosa em prisões do Rio de Janeiro: um
estudo a partir da perspectiva de servidores públicos, presos e agentes
religiosos (e uma proposta de recomendação à Seap)” foi desenvolvido
pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser) com coordenação do
pesquisador Clemir Fernandes.
“Esta predominância acompanha uma tendência de crescimento dos
evangélicos na sociedade, apontada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Na pesquisa, percebemos que tanto para
os detentos quanto para os funcionários das penitenciárias, a presença
religiosa tem um efeito apaziguador e calmante em um ambiente muito
tenso”, afirmou.
De acordo com os dados recolhidos pelo Iser, das 100 instituições
religiosas com autorização para entrar nas penitenciárias do Rio, 81 são
igrejas evangélicas. Destas, 47 são pentecostais, 20 de missão e 14 de
outras origens. As demais são oito instituições católicas, seis
espíritas, três Testemunhas de Jeová e uma de origem umbandista.
Na Penitenciária Esmeraldino Bandeira, no Complexo de Gericinó há uma
ala só para detentos que aceitaram a evangelização dos cristãos
protestantes. As celas abrigam 1.425 detentos que são fiéis de oito
instituições diferentes.
A ala recebe cerca de 1.194 voluntários que atendem os presidiários e
oferecem apoio emocional e espiritual. “Eu adoro estar aqui. Faço isso
para Jesus, para Deus, é um prazer”, disse Edson Lisboa, de 84 anos, que
é membro da Igreja Universal do Reino de Deus.
Mas se por um lado a religiosidade ajuda na recuperação dos detentos,
por outro a criação de um ala especial para os evangélicos enfrenta
resistência.
“Eu não posso dizer se a divisão é positiva ou negativa. Isso ainda
está em pauta. A princípio, pensamos na segregação como algo negativo,
mas ela pode ser benéfica para não incomodar detentos não-religiosos com
vigílias e cultos nas celas, por exemplo”, diz Teresinha Teixeira de
Araújo, assistente social da divisão de planejamento e intercâmbio
setorial da Seap.
No estudo o Isep recomenda espaços ecumênicos para que cultos de
diferentes religiões sejam realizados sem segregar os detentos em alas
especiais. Mas esse tipo de separação pode impedir casos de intolerância
religiosa.
Porém, assim como do lado de fora algumas manifestações de
intolerância são sentidas dentro da prisão, principalmente contra
membros do Candomblé que relatam casos de confronto de ideias. Com informações O Globo
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/evangelicos-penitenciarias-rj/