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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Helicóptero com governador do Rio e snipers metralhou ponto de oração de evangélicos em Angra

08.05.2019
Do portal  REVISTA FÓRUM, 03.05.19
Por Redação

"Aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. Poderia ter sido uma tragédia", afirmou o pastor da Assembleia de Deus sobre a ação comandada pelo governador Wilson Witzel no último dia 4. Local foi confundido com casamata do tráfico


Reportagem de Matheus Maciel, na edição desta quarta-feira (8) do jornal Extra, informa que uma rajada de 10 tiros em apenas um segundo, que partiu do helicóptero onde estava o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), acompanhando snipers atingiu um um ponto de apoio para peregrinação de evangélicos, que foi confundido com uma casamata do tráfico.
Por sorte, segundo a reportagem, não havia ninguém no local, algo incomum numa manhã de sábado, quando ocorreu a operação na trilha do Monte do Campo Belo, em Angra dos Reis, no último dia 4.
“Foi um livramento. Nos fins de semana, sempre tem alguém ali, ajoelhado junto à lona, rezando. Faz parte da nossa peregrinação. O prefeito sabe disso”, reclamou o diácono da Assembleia de Deus Shirton Leone, citando Fernando Jordão (MDB), que também estava no helicóptero.
“Aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. Poderia ter sido uma tragédia”, lamentou.
Witzel se hospedou em um hotel cinco estrelas em Angra dos Reis no final de semana para comandar a operação cinematográfica na periferia da cidade. Com pretexto de “acabar com a criminalidade”, o governador acompanhou os disparos feitos pelos snipers nas comunidades de dentro do helicóptero.
Nesta terça-feira (7), Talíria Petrone (PSOL-RJ), deputada federal, e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) denunciaram a “agenda genocida” do governador Wilson Witzel (PSC) à Organização das Nações Unidas (ONU).

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

O triste significado atual de “evangélico”

21.01.2019
Do portal evangélico CHAMADA
Por pastor Lothar Gassmann*

“Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus...” (1Pedro 4.17)

A imagem pode conter: multidão

“Evangélico” era a definição que identificava cristãos fiéis à Bíblia, que levavam a sério a Palavra de Deus no ensino e no viver, sem supressões ou acréscimos. Hoje, porém, o termo infelizmente se tornou inconsistente. Numa época em que seria necessária uma oposição especial ao espírito anticristão da época, muitos evangélicos estão em litígio recíproco, infiltrados, mundanizados, contemporizados, fracos na fé, desanimados e debilitados. As discussões, cisões e escândalos dos últimos tempos são provas suficientes. O único satisfeito com essa situação é o Diabo, ao qual resta “pouco tempo” (Apocalipse 12.12) e espera que o reinado do Anticristo se desenvolva possivelmente sem entraves. Aqui estão alguns exemplos dessa triste situação, que esperamos que seja revertida. Em muitos círculos e comunidades de cristãos encontramos:
  • a substituição de uma postura bíblica consistente por sistemas contrários à Bíblia e afirmações abertas ou adaptadas para, por exemplo, a relativização das doutrinas bíblicas da Criação, igreja e sobre o fim dos tempos;
  • a introdução de enganos do humanismo, feminismo, evolucionismo e outros “ismos”;
  • a relativização ou inobservância de padrões éticos bíblicos, referentes a, por exemplo, concubinato, divórcio com base em mera “desordem”; opiniões, moda e estilo musical mundano;
  • a falta de disciplina na igreja em caso de pecados crassos e falsas doutrinas que destroem a igreja;
  • a ascendência do “eu” (mesmo o “eu piedoso”), com seus “privilégios” em relação à majestade e santidade de Deus;
  • a substituição de verdadeiro discipulado bíblico de confissão de pecados, arrependimento e perdão por métodos de psicologia humanista;
  • a prática da “cultura do entretenimento” nas igrejas com shows, festas e jogos de diversão;
  • a mercantilização do evangelho por meio de eventos agressivos de divulgação de editoras, altos cachês para artistas, além de “pregações de arrecadação” desleais, manipuladas e incisivas;
  • a apresentação de um evangelho de “bem-estar” e de “prosperidade”;
  • a substituição do ensino bíblico por uma “cultura romântica” superficial;
  • o crescente prejuízo do teor bíblico e da profundidade doutrinária em favor de experiências e necessidades humanas em muitos novos hinos cristãos;
  • a crescente omissão com relação a temas bíblicos básicos como “pecado”, “arrependimento”, “cruz”, “seriedade do discipulado”, “inferno” e “perdição eterna”;
  • a antiga ênfase para o amor e “ternura” de Deus em relação à santidade e à seriedade de seu juízo;
  • a substituição do espírito bíblico de confissão e resistência por uma busca errônea de unidade e harmonia;
  • a total falta de ênfase da apologética bíblica (doutrina sobre identificação dos espíritos ou defesa da fé);
  • a crescente abertura para um ecumenismo de denominações (em parte também de religiões), existente inclusive entre alguns líderes evangélicos;
  • a ridicularização de irmãos que desejam se manter firmes aos claros padrões da Escritura Sagrada, rotulando-os de “limitados”, “legalistas” e “antiquados”.
Certamente isso – graças a Deus – não acontece em todas as igrejas “evangélicas”. No entanto, a pergunta deve ser feita: será que os cristãos que “valorizam” uma vida cristã tão pobre e superficial estão aptos a enfrentar o Anticristo e os seus precursores? Temo que não, e por isso mencionarei no próximo texto alguns critérios para uma vida cristã resiliente e preparada para o fim dos tempos.
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*Lothar Gassmann nasceu em 1958 na cidade alemã de Pforzheim. É pregador, professor, evangelista e publicista. Escreveu numerosos livros, artigos e canções na área teológica. Desde 2009, é colaborador do Serviço das Igrejas Cristãs (CGD, na sigla original) e editor da revista trimestral Der schmale Weg [O Caminho Estreito]. Completou seu doutorado em teologia em 1992, na Universidade de Tubinga, na Alemanha.
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Fonte:https://www.chamada.com.br/meditacoes/somente_jesus_cristo/triste_significado_de_evangelico.html

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A GRAÇA PREVENIENTE NA TEOLOGIA ARMINIANA E WESLEYANA

07.11.2017
Do BLOG DO PASTOR ALTAIR GERMANO, 26.01.15
Por Pr. Altair Germano

Diversas denominações evangélicas no Brasil não são adeptas da teologia reformada calvinista no que diz respeito ao entendimento da doutrina da salvação. A soteriologia de tais denominações reproduz ou se aproxima da teologia arminiana clássica e da teologia wesleyana.

O calvinismo é a tradição teológica da qual o reformador protestante João Calvino (1509-1564) é o proponente mais famoso.[1] Já o arminianismo clássico é oriundo do movimento de oposição à perspectiva de salvação dos reformados calvinistas, que foi iniciado pelo teólogo e pastor Holandês Jacó Armínio (1569-1609).[2]

A tradição reformada calvinista e a tradição reformada arminiana clássica possuem diversos pontos em comum no campo teológico, mas divergem consideravelmente acerca da doutrina da salvação, chegando nesse aspecto ao nível da incompatibilidade. Neste artigo daremos ênfase nas diferentes perspectivas de como a graça de Deus age sobre a vida do perdido pecador.

Arminianos clássicos e calvinistas concordam no fato de que o pecado afetou todos os aspectos da personalidade humana, inclinando-nos à rebelião e ao mal, tornando-nos completamente indispostos a nos submeter a Deus à Sua boa, perfeita e agradável vontade. Estamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1). Trata-se aqui da depravação total do homem caído.

As diferenças entre os arminianos clássicos e wesleyanos, dos pensadores calvinistas, surgem no entendimento de como Deus trata com os pecadores nessa condição. Do ponto de vista arminiano clássico:

[...] Deus estende graça suficiente para todas as pessoas através do Espírito Santo, para opor-se à influência do pecado e capacitar uma resposta positiva a Deus (Jo 15.26-27; 16.7-11). A iniciativa aqui é inteiramente da parte de Deus; o papel do pecador é simplesmente responder em fé e grata obediência (Lc 15; Rm 5.6-8; Ef 2.4-5; Fp 2.12-13). Todavia, os pecadores podem resistir à iniciativa de Deus, e persistir no pecado e rebelião. Em outras palavras, a graça de Deus capacita e encoraja uma resposta positiva e salvífica para todas as pessoas, mas ela não determina uma resposta salvífica para ninguém (At 7.51). Além disso, uma resposta positiva inicial de fé e obediência não garante a salvação final de alguém. É possível iniciar um relacionamento genuíno com Deus, mas então, posteriormente, se afastar Dele, e persistir no mal de sorte que a pessoa, por fim, se perca (Rm 8.12-13; 11.19-22; Gl 5.21; 6.7-10; Hb 6.1-8; Ap 2.2-7).[3]

Passaremos a observa como Armínio e Wesley lidaram com a graça preveniente.

A GRAÇA PREVENIENTE NA TEOLOGIA DE ARMÍNIO

O posicionamento de Armínio sobre a graça preveniente foi registrado em suaDeclaração de Sentimentos:

Eu atribuo à graça o começo, a continuidade e a consumação de todo bem, e a tal ponto eu estendo sua influência, que um homem, embora regenerado, de forma nenhuma pode conceber, desejar, nem fazer qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação do mal, sem esta graça preveniente e estimulante, seguinte e cooperante. Desta declaração claramente parecerá que, de maneira nenhuma, eu faço injustiça à graça, atribuindo, como é dito de mim, demais ao livre-arbítrio do homem. Pois toda a controvérsia se reduz à solução desta questão, “a graça de Deus é uma certa força irresistível”? Isto é, a controvérsia não diz respeito àquelas ações ou operações que possam ser atribuídas à graça, (pois eu reconheço e ensino muitas destas ações ou operações quanto qualquer um) mas ela diz respeito unicamente ao modo de operação, se ela é irresistível ou não. Em se tratando dessa questão, creio, de acordo com as Escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida.[4]

Para Armínio, a salvação pessoal é um ato da iniciativa da graça de Deus, mas que não é irresistível.

Após a morte de Armínio, quarenta e seis ministros holandeses elaboraram um documento chamado de “Remonstrância” (protesto), onde reafirmaram os conceitos de Armínio. Em seu Artigo III, enfatizando a depravação total do homem afirma:

Que o homem não possui por si mesmo graça salvadora, nem as obras de sua própria vontade, de modo que, em seu estado de apostasia e pecado para si mesmo e por si mesmo, não pode pensar nada que seja bom – nada, a saber, que seja verdadeiramente bom, tal como a fé que salva antes de qualquer outra coisa. Mas que é necessário que, por Deus em Cristo e através de seu Santo Espírito, seja gerado de novo e renovado em entendimento, afeições e vontade e em todas as suas faculdades, para que seja capacitado a entender, pensar, querer e praticar o que é verdadeiramente bom, segundo a Palavra de Deus [Jo 15.5].[5]

Sobre a possibilidade da graça preveniente ser resistida, foi escrito no Artigo IV do mesmo documento que:

Que esta graça de Deus é o começo, a continuação e o fim de todo o bem; de modo que nem mesmo o homem regenerado pode pensar, querer ou praticar qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação para o mal sem a graça precedente (ou preveniente) que desperta, assiste e coopera. De modo que todas as obras boas e todos os movimentos para o bem, que podem ser concebidos em pensamento, devem ser atribuídos à graça de Deus em Cristo. Mas, quanto ao modo de operação, a graça não é irresistível, porque está escrito de muitos que eles resistiram ao Espírito Santo.[6]

O pensamento de Armínio reverberou ao longo dos anos encontrando guarida em diversos arcabouços teológicos.

A GRAÇA PREVENIENTE NA TEOLOGIA DE WESLEY

John Wesley (1703-1791), o grande teólogo e pregador inglês, pai do metodismo, movimento que influenciou o surgimento do pentecostalismo clássico, entendia a salvação do homem nos moldes do arminianismo clássico:

A graça opera diante de nós para nos atrair em direção à fé, para iniciar sua obra em nós. Até mesmo a primeira e frágil intuição da convicção do pecado, a primeira insinuação de nossa necessidade de Deus, é a obra da graça preparadora e antecedente à beira do nosso desejo, trazendo-nos em tempo de afligirmo-nos sobre nossas próprias injustiças, desafiando nossas disposições perversas, de modo que nossas vontades distorcidas gradualmente cessam de resistir ao dom de Deus.[7]

Sobre o estado de depravação humana Wesley comenta:

O homem, por natureza, é repleto de todo o tipo de maldade? É vazio de todo o bem? É totalmente caído? Sua alma está totalmente corrompida? Ou, para fazer o teste ao contrário, “toda imaginação dos pensamentos de seu coração [é] só má continuamente”? Admita isso, e até aqui você é um cristão. Negue isso, e você ainda é um pagão.[8]

Em seu sermão “O caminho para o Reino”, diz: Você é corrompido em cada poder, em cada faculdade de sua alma, por ser corrompido em cada um desses aspectos, toda fundação do seu ser está fora de curso.[9] Em outro sermão intitulado “A Falsidade do Coração Humano” enfatiza que: “No coração de todo filho de homem há um fundo inexaurível de maldade e injustiça, enraizado de forma tão profunda e firme na alma que nada, a não ser a graça toda-poderosa, pode curar isso.[10]

Diversos estudiosos da teologia de John Wesley reafirmaram o seu pensamento soteriológico arminiano clássico:

Em termos de contribuições mais modernas, George Croft Cell, no início do século XX, sustentou que Wesley, na verdade, “planta seus pés igualmente nas pegadas deixadas por Paulo, Agostinho, Lutero e Calvino”. Willian Cannon, fazendo uma declaração semelhante, afirma que Wesley, o teólogo arminianista, “percorre todo o caminho com Calvino, com Lutero e com Agostinho em sua insistência de que o homem é, por natureza, totalmente destituído de justiça e está sujeito ao julgamento e à ira de Deus” [...].[11]

As conclusões que se podem obter, conforme Richard Taylor, é que:

Jacó Armínio e John Wesley eram totalmente agostinianos nos seguintes aspectos: (a) a raça humana é universalmente depravada como resultado do pecado de Adão; (b) a capacidade do homem de querer o bem está tão debilitada que requer a ação da graça divina para que possa alterar seu curso e ser salvo.[12]

No que diz respeito ao entendimento sobre a operação da graça na vida do homem perdido e morto em seus delitos e pecados, assim como Armínio, Wesley diverge de Agostinho e dos reformistas do século XVI, defendendo que a graça preveniente, fundamentada na obra salvífica de Jesus Cristo, opera na restauração do livre-arbítrio, de maneira sobrenatural, pelo Espírito Santo, em todas as pessoas; as quais, à parte dessa restauração, do ponto de vista soteriológico, não são livres. Dessa forma, Wesley se afasta tanto do semipelagianismo católico romano que nega a total depravação humana, quanto do determinismo de Wittenberg e Genebra que elimina a responsabilidade moral do homem na aceitação ou na rejeição da oferta de salvação mediante a graça preveniente.[13]

Sobre a ideia de graça irresistível, Wesley não defende tal realidade no que se refere aos aspectos do chamado ou oferta para a salvação, mas ao restabelecimento das faculdades humanas que estabelecem o equilíbrio e responsabilidade individuais:

Mais uma vez, a graça preveniente não é irresistível no sentido de que a personalidade é aniquilada nem de que já existe um “eu” responsável viável que apenas é suprido com as faculdades. Antes, essa graça é necessária, na verdade, é imprescindível no melhor sentido do termo “antecedência” a fim de produzir no ser um “eu” responsável, em parte, precisamente pela restauração das faculdades. Simplificando, o princípio do processo da salvação não requer a graça cooperante (a essa altura, uma impossibilidade total), mas a graça livre, a atividade apenas de Deus.[14]

CONCLUSÃO

Torna-se assim evidente, que a doutrina da graça preveniente de Armínio e Wesley concorda com a concepção de depravação total e salvação somente pela graça, conforme Lutero e Calvino, mas discorda no sentido de que Deus predestinou poucos homens para a salvação, deixando a maior parte da humanidade na condenação do inferno eterno, de que a graça salvadora é irresistível, e que é direcionada apenas aos eleitos:

A eleição de Deus é um ato incondicional da graça livre, dada por meio de seu filho Jesus, antes de o mundo existir. Por meio deste ato, Deus escolheu, antes da fundação do mundo, aqueles que seriam libertos da escravidão ao pecado e levados ao arrependimento e à fé salvadora em Jesus.[15]

Sobre a ideia da graça irresistível na teologia reformada calvinista, lemos:

Isto significa que a resistência que todos os seres humanos exercem cada dia contra Deus (Rm 3.10-12, At 7.51) é vencida maravilhosamente, no tempo próprio, pela graça salvadora de Deus, em favor de rebeldes indignos, os quais ele escolhe salvar espontaneamente. [16]

Na perspectiva calvinista, para tornar a graça irresistível, Deus age mudando a nossa vontade, sem necessariamente agir contra a nossa vontade.[17] Com certeza, um argumento insustentável à luz da doutrina bíblica da salvação, e da responsabilidade moral do homem enquanto um ser livre.

O conhecido apelo evangelístico que diz “dê um passo para Deus que Ele dará dois em sua direção”, não se sustenta à luz do arminianismo clássico e do pensamente wesleyano. Tal apelo é norteado pelo arminianismo de cabeça[18] e arminianismo contemporâneo[19], que são essencialmente semipelagianos, e que acreditam que o homem não se encontra no estado de depravação total, podendo de alguma maneira tomar a iniciativa de buscar a Deus e de conseguir a sua salvação pessoal.

É também infundada e falsa a acusação calvinista de que o arminianismo clássico defende a ideia de que o homem após a queda não se tornou totalmente depravado, de que pode escolher o bem espiritual, e de exercer fé em Deus de maneira a receber o evangelho e assim tomar posse da salvação para si mesmo.[20]

Toda salvação pessoal é resultado da iniciativa graciosa de Deus, que abre o entendimento humano para a verdade do Evangelho, e que afrouxa as rédeas do poder do pecado. Somente a operação da graça preveniente torna o homem capaz de crer e aceitar o dom gratuito de Deus, que é a vida eterna em Cristo Jesus (Ef 2.1-10), ou de livremente rejeitá-lo, tornando-se assim moralmente responsável por tais decisões.

Altair Germano – Pastor, teólogo, pedagogo, escritor e conferencista. Atualmente é o 1º Vice-Presidente da Assembleia de Deus em Abreu e Lima-PE (COMADALPE), Vice-Presidente do Conselho de Educação e Cultura da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB.



[1] WALLS, Jerry; DONGELL. Por que não sou calvinista. São Paulo: Editora Reflexão, 2014, p. 12.
[2] OLSON, Roger E. Teologia Arminiana: mitos e realidades. São Paulo: Editora Reflexão, 2013, p.
[3] WALLS, Jerry L.; DONGEL, Joseph R. Ibid., p. 14.
[4] ARMINIUS, A Declaration of Sentiments, Works. V. 1, p. 664 apudOLSON, Roger E. Teologia Arminiana: mitos e realidades. São Paulo: Editora Reflexão, 2013, p. 210.
[5] Cinco Artigos da Remonstrância. Wikipédia.org, acesso em 26/01/2015.
[6] Ibid.
[7] Oden, Thomas C. John Wesley´s Scriptural Christianity. Grand Rapids: Zondervan, 1994, p. 246 apud OLSON, Roger E. Teologia Arminiana: mitos e realidades. São Paulo: Editora Reflexão, 2013, p. 219.
[8] Outler, Sermons, p. 2:179 apud COLLINS, Kenneth J. Teologia de John Wesley. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 97.
[9] Ibid.
[10] Ibid.
[11] Ibid., p. 99.
[12] Ibid.
[13] Ibid., p. 105.
[14] Ibid., p. 109.
[15] PIPER, John. Cinco Pontos: em direção a uma experiência mais profunda da graça de Deus. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2014, p. 17.
[16] Ibid., p. 18
[17] Ibid., p. 39.
[18] O arminianismo de cabeça possui uma ênfase no livre-arbítrio que está alicerçada no iluminismo e é mais tarde comumente encontrado nos círculos protestantes liberais [...]. Sua marca característica é uma antropologia otimista que nega a depravação total e a absoluta necessidade de graça sobrenatural para a salvação. É otimista acerca da habilidade de seres humanos autônomos em exercerem uma boa vontade para Deus e seus semelhantes sem a graça preveniente (capacitadora, auxiliadora) sobrenatural, ou seja, é pelagiano ou no mínimo semipelagiano. (OLSON, Roger E. Teologia Arminiana: mitos e realidades. São Paulo: Editora Reflexão, 2013, p. 23.)
[19] Talvez a fraqueza mais séria do arminianismo contemporâneo seja a sua visão de pecado Com muita frequência, os arminianos restringem o problema do pecado para a questão da culpa, amplamente entendido como uma (mera) sujeição a um julgamento futuro. O evangelismo arminiano, portanto, frequentemente foca unicamente na oferta de perdão para evitar essa ameaça, apresentando seu convite com a presunção de que a platéia goza de liberdade da vontade, julgamento relativamente equilibrado, e uma abertura para considerar, de maneira imparcial, a mensagem do Evangelho. Por conseguinte, o fator mais importante para determinar o grau de sucesso no evangelismo é o poder do evangelista, que em lógica, persuasão ou charme pessoal. Tal pensamento arminiano contemporâneo surgiu nas gerações subseqüentes a Wesley, e em especial no metodismo estadunidense. (WALLS, Jerry; DONGELL. Por que não sou calvinista. São Paulo: Editora Reflexão, 2014, p. 64.
[20] SEATON, W. J. Os cinco pontos do calvinismo. 3.ed. São Paulo: PES, 2012, p.4-5.
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Fonte:http://www.altairgermano.net/2015/01/a-graca-preveniente-na-teologia.html

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Para pastores batistas, reforma da Previdência é ‘crueldade genocida’

26.04.2017
Do portal do REDE BRASIL ATUAL
Por Redação RBA
Para a Aliança de Batistas do Brasil, PEC 287 é mais um projeto injusto contra trabalhadores, idosos, negros e camponeses. Além dos batistas, outras denominações evangélicas se unem aos católicos 
evangélicos.jpg
Para setores da igreja evangélica, reforma da Previdência terá maior impacto sobre a vida das populações mais pobres
São Paulo –  Em nota assinada pelos pastores batistas Joel Zeferino, Marcos Adoniram Lemos Monteiro e Nívia Souza Dias, a Aliança de Batistas do Brasil repudia o teor do projeto de reforma da Previdência. Para os religiosos, a proposta do governo Temer se soma a uma série de outros projetos que consideram injustos por “desequilibrar ainda mais a relação capital-trabalho”, estruturalmente danosos para o trabalhador e para a classe mais pobre e ainda embute uma “crueldade genocida”.
No documento, os pastores afirmam que a reforma ameaça ainda a população mais pobre e os idosos, que historicamente sofrem com o achatamento das aposentadorias e pensões e com a progressiva dificuldade de inserção no mercado de trabalho por faixa etária.
Eles criticam o que chamam de cumplicidade da mídia conservadora, que mesmo diante de resistências e protestos de grande parcela da sociedade civil, apresenta a reforma de “modo adocicado”, demonstrando mais uma vez a leniência e parcialidade dos meios de comunicação“O projeto tem sido apresentado como um evangelho, anúncio de salvação da pátria e do povo brasileiro”, afirmam os pastores. “A palavra evangelho é muito cara para nós, batistas. Denunciamos, então, esse projeto como um falso evangelho ou como um dysangelho, divulgação de um tipo de mundo contrário ao desejado por Deus.”
E destacam que a inconsistência de argumentos que respaldem a tese do déficit previdenciário e a inexistência de auditoria nas contas, prevista constitucionalmente, demonstram a iniquidade dos interesses que direcionam tais medidas. “A confluência de um presidente não eleito, um Legislativo venal e um Judiciário inconsistente ameaça garantias e direitos duramente conquistados pelos mais necessitados.”

Igrejas históricas

A Aliança de Batistas no Brasil é uma das entidades que congregam as várias igrejas de identidade batista no país. Outras, como a Convenção Batista Brasileira e a Convenção Batista Nacional, se juntaram a setores luteranos, metodistas e presbiterianos – que compõem as chamadas igrejas evangélicas históricas – em manifestação contrária à reforma da Previdência.
Esses evangélicos consideram que o atual sistema previdenciário cumpre fundamental papel redistributivo e realocativo de renda, atuando no combate à desigualdade social e na segurança alimentar a uma parcela significativa da população.
Para eles, é injusta e incoerente com a realidade a exigência de idade mínima de 65 anos para aposentadoria tanto de homens quanto de mulheres e de um tempo mínimo de contribuição de 25 anos que, na prática, requer 49 anos para aposentar-se com 100% dos proventos.
E que as mulheres, com dupla jornada, e os trabalhadores mais pobres, sem qualificação e registro em carteira, jamais poderão contribuir por 49 anos, como exige a proposta de Temer.
Além disso, apontam os graves desequilíbrios regionais e as diferenças de expectativa de vida entre as populações das regiões mais pobres em contraponto com as mais ricas, a injustiça na sistemática de cálculos proposta e a necessidade de investigação criteriosa e divulgação de dados quanto aos recursos arrecadados para sustentar a previdência e a seguridade social. Por fim, defendem a redução das desonerações fiscais concedidas aos segmentos privados, em detrimento da saúde financeira do Estado.
A cruzada contra a reforma da Previdência conta ainda a participação dos católicos. 
No último dia 19, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) voltou a se manifestar contra a reforma da Previdência, juntamente com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Federal de Economia (Cofecon).
No dia 23 de março, a CNBB, por meio do seu Conselho Permanente, divulgou nota convocando “os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados”.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Pr. José Lins, o Plantador de Igrejas, chega à Assembleia de Deus Ebenézer

18.02.2017
Do blog da ASSEMBLEIA DE DEUS EBENÉZER EM PERNAMBUCO, 15.02.17
Por Tânia Passos


O culto de ceia da Assembleia de Deus Ebenézer, na segunda terça-feira do mês, teve um elemento que alegrou a cerimônia que lembra o sacrifício de Jesus pela humanidade. Em uma celebração festiva, a Igreja anunciou o seu novo pastor-presidente, José Lins, o plantador de igrejas. Com 35 anos de serviço para a obra de Deus, pastor Lins que até então pastoreava igrejas da Assembleia de Deus de Abreu e Lima, atendeu a um chamado do Senhor para mais uma obra, talvez a maior e mais gratificante de seu legado: ampliar a plantação das igrejas Ebenézer ao lado do pastor Robenildo Lins, vice-presidente da Assembleia de Deus Ebenézer, para alcançar mais almas para o Reino de Deus.



O pastor Lins, que já viu crescer as sementes da palavra de Deus nas congregações que dirigiu na Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão pernambucano, traz a sua experiência e fé no poder do Espírito Santo de Deus para ajudar no caminhar das ovelhas de Cristo. “A importância de ter o pastor Lins na Ebenézer vai além de sua experiência de vida, mas, sobretudo, a espiritual onde ele dedica um grande amor pela obra do Nosso Senhor Jesus, o único responsável pela vinda dele para esse novo ministério. Em 35 anos de dedicação à obra, chegou a hora que Deus tinha falado e ele esperou o momento de Deus”, revelou o pastor Robenildo Lins.

"Estávamos orando para que Deus enviasse o Pr. José Lins e sua esposa para que eles pudessem somar conosco, com sua experiência na Obra de Deus e por ser um pastor de muita oração e com muita experiência com Deus",  complementou a irmã Ana Lins, esposa do Pr. Robenildo Lins


Em uma cerimônia com a igreja lotada na sede, ainda provisória, na Rua Ieda, no bairro São Benedito, em Olinda ( por trás do Terminal de Xambá), os fiéis e obreiros das cinco congragações da Ebenézer foram prestigiar a chegada do pastor-presidente José Lins ao lado da sua esposa, a irmã Edileuza Lins.



A igreja louvou ao Senhor com hinos cantados pela comissão sob a maestria da irmã Ana Lins. Também houve louvor do conjunto e do grupo gestos. As crianças participaram de um teatro e relembraram o sacrifício de Jesus que morreu na cruz para salvar a humanidade.



A  atmosfera de paz espiritual tomou conta dos irmãos. Era a preparação para o que ainda estava por vir. O evangelista Gilmar Mendes fez a leitura oficial no livro de Salmos capítulo 118 (5-12), onde a palavra de Deus diz no verso 5: “Na minha angústia invoquei o Senhor, e ele me ouviu, e me libertou.”


Mais louvores foram cantados para a Glória do nome de Jesus. A cantora Glauciane Monteiro e o cantor Leandro Moraes emocionaram a todos com a música “Meu Respirar”.


A consagração do pão antecedeu o momento da comunhão com os irmãos. Os pastores participaram da partilha do pão, que pela primeira vez, contou a com a presença do pastor-presidente José Lins.


Os irmãos se alegraram com o recebimento do pão da vida. A leitura que relembra a última ceia foi lida pelo pastor e vice-presidente da Assembleia de Deus Ebenézer, Robenildo Lins, no livro de Mateus Capítulo 26 (26).


Já a leitura do vinho foi feita pelo pastor-presidente José Lins,  no livro de Mateus Cap 26 (28).

E o vinho, representando o sangue de Cristo foi distribuído entre os irmãos


O cantor Leandro Moraes acompanhou a celebração louvando o hino Getsemani.

Na pregação do dia, o pastor José Lins escolheu o livro de Eclesiaste no Capítulo 3, verículo 15a “O que é já foi”. O pastor lembrou aos irmãos que o que já foi é passado. “Mas Deus vê o começo, o meio e o fim. Ele está na frente”. “É muito perigoso o homem pensar que é. Aí o Senhor diz: já foi”. “Come o teu pão e o teu vinho com muita alegria porque o que é já foi”. E continua: “Já passou, já passou, já passou. A minha vitória é hoje”.
As palavras proféticas do pastor-presidente alegraram a igreja com o poder do Espírito Santo de Deus. A Ebenézer e os irmãos nunca mais serão os mesmos porque o que é já passou.


No final do culto, o pastor Robenildo Lins anunciou a entrega da carteira dos membros. Uma das felizardas foi a irmã Catharina Nicolly, que recebeu sua carteira das mãos da irmã Ana Lins.

Os Obreiros da Ebenézer estavam todos felizes pela posse do Pr. José Lins na presidência da Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco. Esteve presente também, prestigiando o evento, o irmão em Cristo e  Vereador Luiz Eustáquio.

*Tânia Passosé jornalista do DIÁRIO DE PERNAMBUCO e membro da Igreja Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco.

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Fonte:http://ieadepe.blogspot.com.br/2017/02/o-plantador-de-igrejas-chega-ebenezer.html