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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Jesus ou Buda: que diferença faz?

25.06.2018
Do portal ULTIMATO ON LINE, 
Entrevista :Ziel Machado e Mila Gomides


“A dor é inevitável, o sofrimento é opcional”. Frases motivacionais e bonitas como essa são compartilhadas diariamente nas redes sociais. A maioria, provavelmente, não sabe que se trata de uma frase budista. Isso mostra um pouco como ensinamentos e pensamentos do Budismo estão diluídos em nossa cultura e sociedade. 

A religião baseada nos ensinamentos de Siddharta Gautama (600 a.C.), reúne aproximadamente 376 milhões de adeptos em todo o mundo – no Brasil são quase 250 mil adeptos. Assim como nem sempre é possível perceber a influência budista em frases bonitas, talvez, nem todo mundo distingue com facilidade as semelhanças e diferenças entre Buda e Jesus, entre Budismo e Cristianismo. Para esclarecer dúvidas e curiosidades sobre o assunto, o Portal Ultimato conversou com o teólogo Ziel Machado, diretor do Seminário Servos de Cristo, e com Mila Gomides, missionária com experiência entre budistas.

Portal Ultimato – Para o conhecido teólogo e escritor Frei Betto, Buda e Jesus têm muito em comum. Para ele, “Os dois não fundaram religiões; propuseram uma via espiritual centrada no amor, na compaixão e na justiça, capaz de nos conduzir ao que todo ser humano mais almeja: a felicidade”. Se é assim, que diferença a fé cristã pode fazer para o budista?

Ziel Machado – A singularidade de Jesus, o Cristo. Ele não veio iluminar o ser humano, Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nosso problema não é um apagão existencial, nosso problema é o nosso pecado, aquele que Cristo tomou para si, para nos assegurar a plena vida.

Mila Gomides – Há um ditado budista tailandês que diz: “o perigo surge daquilo que amamos”. Eu discordo do Frei Betto. Quanto mais estudo a vida de Jesus e de Buda, mais vejo que as diferenças entre os dois são maiores do que imaginamos no ocidente. E o livro Budismo, escrito pelo antropólogo David Burnett, nos ajuda a entender isso. 
Ao usar a história e os textos da tradição budista clássica como base, entendo que não existem referências que embasam que Buda Sakayumi pregou o amor ou compaixão durante sua vida. Naquela época, o foco era outro. A mensagem dele estava mais centrada na eliminação do sofrimento (dukkha), e um dos seus ensinos era que as paixões do mundo e o amor levavam ao apego e por consequência ao sofrimento. As práticas espirituais na primeira comunidade monástica eram muito individualizadas e individualistas, incluíam o abandono familiar, das relações de amor e não havia um exercício tão forte da compaixão. Totalmente diferente da vida e ensinamentos de Cristo e seus primeiros discípulos, cuja centralidade do ministério estava no amor e na compaixão. 

Séculos após a morte de Buda, o budismo desenvolveu mais este pensamento e criou novas tradições, com a Mahayana e Tibetana, incluindo pensamentos sobre a compaixão e amor, apresentando uma releitura à vida de Buda e outros budas, amorosos e compassivos. Mas isso somente aconteceu quando o budismo começou a chegar a novos lugares, como a China, e a ter contato com outras religiões, como o cristianismo que pregava o amor e compaixão por meio dos missionários nestorianos, e o confucionismo que ensinava o valor da família. Neste momento, o budismo começou a incluir esses valores em sua mensagem, mas ainda sim bem diferentes dos ensinados por Cristo. 
E num capítulo mais recente da história, o budismo chega ao ocidente e encontra uma busca grande pelo amor, compaixão, justiça e felicidade. Mas uma vez, ele precisa se reinventar, assimilar conceitos fora de sua base original, para permanecer e a responder por esses anseios humanos. 

Sobre a justiça, a compreensão é oposta. A crença budista no carma os fazem entender justiça de forma muito diferente dos ensinos cristãos com base na queda e graça.
Recentemente li que monges japoneses altamente estudados, ao refletir as raízes históricas de sua fé, reconheceram que suas escolas maiores (Shinram, Zen, Nichiren) já estavam muito afastados dos ensinamentos originais do Buda Sakayumi, e mais baseados em construtos humanistas e dando respostas mais humanistas também sobre a felicidade, amor, compaixão. E pode ser aí que teólogos liberais começam a crer que há uma semelhança com os ensinos numa perspectiva liberal sobre Cristo. 

Buda não conhecia o amor, nos primórdios do budismo. Mas Deus é amor. Jesus é amor. Amamos porque somos amados pelo próprio Amor e compaixão. Essa é uma grande diferença que a fé cristã pode fazer para o budista. E onde não há amor, há medo. E na Ásia, o que os budistas mais têm é medo. Medo dos espíritos, medo da morte, medo das consequências dos carmas negativos. E a diferença que Cristo pode fazer em suas vidas é libertá-los de todo o medo, dando uma vida plena nEle e confiantes no seu amor e proteção.

A meditação é uma técnica bastante associada ao budismo, a ponto de afastar alguns grupos de cristãos das disciplinas e exercícios espirituais. Como lidar com essa questão na igreja?

Ziel Machado – A meditação não é particularidade do Budismo. Na prática cristã, a meditação não tem por objetivo esvaziar a mente ou nos unir com o Cosmo. A meditação cristã tem por objetivo ouvir, de forma atenta, a voz do Deus Trino, por meio de Sua Palavra.

Mila Gomides – Vejo esta busca crescente pela meditação budista como sinalizador de que muitas pessoas no contexto de secularização não se satisfazem nas coisas materiais e nem na correria do dia a dia. Eles buscam espiritualidade, uma experiência transcendental. Mas com quem? Pois no budismo não há crença em Deus, logo, os cristãos que se afastam da igreja na busca por meditação budista, acabam recebendo uma espiritualidade distorcida da que a Bíblia nos ensina. Por outro lado, igrejas que entraram no ritmo frenético proposto pelo securalismo também oferecem uma espiritualidade distorcida. Vou explicar melhor.

Creio que a igreja precisa retomar a prática da meditação, mas entender as suas diferenças com a do budismo. No livro de Salmos, o escritor continuamente afirma que meditará, mas, em todos os casos, a meditação está no caráter e na atividade de Deus: “Meditamos em teu amor leal” (Sl 48.9); “[...] então meditarei nas tuas maravilhas” (Sl 119.27). Escritores cristãos ao longo dos séculos falaram de uma maneira de ouvir a voz de Deus, de se comunicar com o Criador dos céus e da terra.


David Burnet nos ensina, contudo, que uma diferença fundamental entre meditação budista e meditação cristã é que a tradição budista aspira desapego do mundo de experiências, enquanto a tradição cristã procura apego a Deus. No budismo, em geral, busca-se o vazio, no cristianismo, busca-se o encher-se de Deus. 

Uma característica central da meditação cristã é que a Bíblia é considerada a revelação especial de Deus que criou todas as coisas. Richard Foster sugeriu vários métodos a serem usados na meditação cristã, mas enfatiza a importância da Bíblia. Não é fazer exegese, é internalizar e personalizar as passagens bíblicas. Já as técnicas budistas mais elevadas, levarão os praticantes a estados de transe. No cristianismo, não é preciso de transe nem guias espirituais para conseguirmos estar em plena consciência e comunicação com Deus, pois o próprio vem ao nosso encontro e fala conosco no estado natural. 
E, por fim, a meditação no budismo faz parte das disciplinas espirituais do dharma, ou melhor, o caminho da "salvação" para eles. Ou seja, é preciso também meditar para chegar ao nirvana. No cristianismo, não meditamos para sermos salvos. Meditamos na grande expectativa nos encher da Palavra e presença transformadora nosso salvador.

Em meio às muitas frases de efeito, discursos de autoajuda e manifestações de religiosidade que enchem a mídia e as redes sociais, como fazer diferença entre o pensamento budista e as verdades bíblicas?

Ziel Machado – O critério será sempre a Palavra de Deus, ela será a base para discernir cada ensino, seja um ensino feito por um cristão ou por um budista. A pergunta será sempre: "está afirmação está em concordância com o ensino bíblico?" Independente de quem ensina, a questão é saber se o mesmo tem o apoio das Escrituras.

Mila Gomides – A diferença básica é a fonte da transformação do homem e da criação. As técnicas de autoconhecimento, meditação, mindfulness têm por base que o homem por si pode obter a transformação que precisa. Não há crença em Deus, nem na necessidade de um salvador. 
As verdades bíblicas nos ensinam o contrário. O homem por si, por mais bem intencionado, não é capaz de se transformar, nem de se salvar. Lembro aqui de 1 João capítulo 4, que por várias vezes apresenta Jesus como o nosso único aperfeiçoador. Ele é o nosso salvador e nos coloca direto na história da redenção, onde estão seremos transformados.

É verdade que os budistas não entendem Jo 3.16 (o versículo mais traduzido da Bíblia)?

Ziel Machado – Nunca ouvi nada a respeito disso, portanto não posso responder.

Mila Gomides – Sim, é verdade. Mas para budistas no contexto asiático. Em grande maioria, entenderão o versículo como más novas ao invés de boas novas, pois a interpretação que sua cosmovisão dará, é que o caminho apresentado nas palavras de João sobre o Evangelho são contrários aos ensinamentos de Buda. 

Para os cristãos, não existe outro caminho espiritual válido a não ser por Jesus. E para os budistas, qual é a sua visão acerca de outras expressões de fé?

Ziel Machado – Se por outro caminho espiritual estamos nos referindo a caminho para salvação, fora de Jesus Cristo, não há outro, segundo as Escrituras. Não sei se salvação é uma questão para os budistas.

Mila Gomides – Percebo que há uma visão no ocidente que o budismo é somente uma filosofia tolerante a outras expressões de fé e que não se declara como única verdade ou caminho espiritual. Existem vários capítulos no livro "Budismo" que explicam como tem sido o contato deles com outras religiões. 

Em suma, Buda Sakyamuni não se manifestou contrário à algumas expressões de religião populares na sua época, como a crença nos espíritos, contudo, apregoou para que os seus ensinos no dharma não fossem mudados. É interessante que segundo a tradição budista, ele chegou a pregar o dharma para vinte mil deuses, incluindo os grandes deuses hindus brama e indra. Para ele, o dharma é o único caminho e um ensinamento mais elevado às outras expressões de fé. Ele, inclusive chegou a comissionar seus discípulos para a pregarem por todo o mundo. 

Na caminhada, contudo, o budismo assimilou expressões de fé locais na China, Japão, Tibet e outros países, para conseguir permanecer lá, mas eram expressões populares como o shintoísmo ou xamanismo e não religiões como cristianismo ou islamismo. Na Tailândia, vários monges ensinam para a população que o cristianismo é inferior ao budismo. 

Em 2004, aconteceu um congresso mundial de líderes budistas para a fortalecerem a propagação do budismo no mundo e diminuírem a influência das grandes religiões em países tradicionalmente budistas. E isso já está em prática. Existe grande dificuldade de muitos missionários cristãos obterem vistos religiosos em países budistas, e não se compara a ampla facilidade dos monges budistas obterem vistos religiosos no ocidente.
Vale lembrar que também existem disputas internas entre eles, como por exemplo a do Dalai Lama e da Nova Tradição Kadampa (NTK). 

Existe alguma prática do budismo que seja possível conciliar com o cristianismo?

Ziel Machado – O cuidado com o próximo e com a criação, embora baseado em justificativas distintas. 

Mila Gomides – Sim! Precisamos reconhecer isso também. A sila, por exemplo, é a conduta ética e moral, que ensina o abster-se de matar, de roubar, de mentir. Lembra muito os 10 mandamentos, sem o primeiro sobre o amor à Deus.

Quando morei em alguns países budistas, percebi que os índices de assassinato ou roubos eram bem menores do que no Brasil tão cristão. Fui muito desafiada!

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/jesus-ou-buda-que-diferenca-faz?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Newsletter+%DAltimas+403+-+25%2F06%2F2018

sábado, 25 de janeiro de 2014

"Qual é a religião certa para mim?"

25.01.2014
Do porta GOT QUESTIONS


Resposta:Os restaurantes de fast food nos seduzem permitindo-nos pedir a nossa comida exatamente como nós a queremos. Algumas cafeterias exibem mais de cem sabores e variedades de café. Mesmo quando compramos casas e carros, nós podemos procurar por um com todas as opções e recursos que desejamos. Não vivemos mais num mundo de chocolate, baunilha e morango. A escolha reina! Você pode encontrar praticamente qualquer coisa de acordo com seus gostos e necessidades pessoais.

Então que tal uma religião que seja certa para você? Que tal uma religião sem culpa, que não exige nada e que não está cheia de faças e não-faças? Está bem aí, bem como eu descrevi, mas a religião é algo a ser escolhido como o seu sabor de sorvete favorito?

Há muitas vozes pedindo a nossa atenção, então por que alguém deveria considerar Jesus acima de, vamos dizer, Maomé ou Confúcio, Buda, ou Charles Taze Russell, ou Joseph Smith? Afinal, todas as estradas não o levam para o Céu? Todas as religiões não são basicamente a mesma coisa? A verdade é que todas as religiões não o levam para o Céu, da mesma forma que nem todas as estradas o levam para São Paulo.

Somente Jesus fala com a autoridade de Deus porque somente Jesus derrotou a morte. Maomé, Confúcio e os outros estão se decompondo em suas sepulturas até o dia de hoje, mas Jesus, pelo Seu próprio poder, saiu da tumba três dias depois de morrer numa cruel cruz romana. Qualquer um com poder sobre a morte merece ser ouvido.

As provas a favor da ressurreição de Jesus são irrefutáveis. Primeiro, houve mais de quinhentas testemunhas oculares do Cristo ressuscitado! São muitas testemunhas. 

Quinhentas vozes não podem ser ignoradas. Há também a questão da tumba vazia; os inimigos de Jesus poderiam simplesmente ter acabado com toda a conversa sobre a ressurreição exibindo o Seu corpo morto e decadente, mas não havia corpo morto para eles exibirem! A tumba estava vazia! Poderiam os discípulos ter roubado o Seu corpo?

 Dificilmente. Para impedir que isso acontecesse, a tumba de Jesus havia sido fortemente guardada por soldados armados. Considerando que Seus seguidores mais próximos haviam fugido com medo durante a prisão e crucificação de Jesus, é pouco provável que este bando de pescadores assustados teriam ido corpo-a-corpo contra soldados treinados e profissionais. O simples fato é que a ressurreição de Jesus não pode ser explicada!

Mais uma vez, qualquer um com poder sobre a morte merece ser ouvido. Jesus provou o Seu poder sobre a morte, portanto nós devemos ouvir o que Ele diz. Jesus diz ser o único caminho para a salvação (João 14:6). Ele não é um caminho; Jesus não é um de vários caminhos, mas é o caminho.

E este mesmo Jesus diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Este é um mundo duro e a vida é difícil. Muitos de nós estão ensangüentados, arranhados e feridos pelas batalhas. Concorda? Então o que você quer? Restauração ou mera religião? Um Salvador vivo ou um de vários “profetas” mortos? Uma relação com significado ou rituais vazios? Jesus não é uma escolha – Ele é a escolha!

Jesus é a “religião” certa se você está procurando por perdão (Atos 10:43). Jesus é a “religião” certa se você está procurando por uma relação significativa com Deus (João 10:10). 

Jesus é a “religião” certa se você está procurando por uma morada eterna no Céu (João 3:16). Deposite a sua fé em Jesus Cristo como seu Salvador – você não vai se arrepender! Confie nele para o perdão dos seus pecados – você não vai se desapontar.

Se você quer ter uma “relação correta” com Deus, aqui está uma simples oração. Lembre-se que fazer esta oração ou qualquer outra não irá salvá-lo. Somente confiando em Cristo você pode ser salvo de seu pecado! Esta oração é simplesmente uma forma de expressar a Deus a sua fé Nele e agradecer a Ele por prover a sua salvação. “Deus, sei que pequei contra Ti e mereço punição. Mas Jesus Cristo tomou a punição que eu mereço para que através da fé Nele eu pudesse ser perdoado. Com a Tua ajuda, eu me volto contra os meus pecados e deposito a minha confiança em Ti para salvação. Obrigado pela Tua maravilhosa graça e perdão – o dom da vida eterna! Amém!”


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Fonte:

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Desafios de um pastor entre radicais no Butão

21.11.2013
Do portal CPAD NEWS

Homem lidera três igrejas domésticas em três distritos diferentes no Butão


Desafios de um pastor entre radicais no Butão
Pedro, nome fictício para a segurança do cristão, viaja até as aldeias para encontrar os fiéis das igreja que lidera, orar por eles e incentivá-los a permanecer em Jesus. Em uma conversa com a Portas Abertas, ele compartilha sua história e os desafios de ministrar para uma minoria cristã em um país predominantemente budista.
 
Portas Abertas: Quantos cristãos frequentam uma típica igreja doméstica?

Pedro: Na maioria das vezes, uma igreja doméstica tem de 15 a 20 membros. Umas poucas chegam a 30 fiéis.

Portas Abertas: E a sua igreja doméstica, tem quantos membros?

Pedro: De 40 a 50.

Portas Abertas: Você vem de uma forte prática hindu. Quando você se encontrou com Cristo, você experimentou problemas por causa de sua fé? Você pode, por favor, compartilhar esta história?

Pedro: Uma vez, meu chefe budista me chamou e me perguntou por que eu me converti a Cristo. Ele disse que a minha religião (cristianismo) é "religião de estrangeiro". Então, eu compartilhei com ele como o Senhor Jesus me curou do meu problema de coração. Ele ficou furioso comigo; me obrigou a ficar em pé por um longo tempo em seu escritório, pensando que eu logo ficaria cansado e negaria a Jesus. Mas, quando ele viu que eu não cedia, ele me deixou ir e me advertiu para não formar grupos de oração e evangelização no meu local de trabalho. "Não crie problemas", ele me disse.
 
Portas Abertas: Quando ele disse: "Não crie problemas", o que ele quis dizer?
 
Pedro: Para eu não evangelizar nem converter ninguém ao cristianismo. Veja, eu tenho outras pessoas que trabalham sob a minha autoridade. Meu chefe temia que eu começasse a converter aquelas pessoas e criasse problemas. Ele estava preocupado, mas eu não forço as pessoas a virem a Cristo. Se elas estão interessadas , elas podem vir à igreja doméstica. 

Podem ouvir as boas novas de Jesus. Podem orar, mas não posso forçá-las a isso. Há cerca de três famílias em meu escritório, que agora são cristãs. Eu não posso ser o único ministro na vida delas; eu envio outros pastores e líderes para ajudá-las a crescer na fé.
 
Portas Abertas: Como você administra seu tempo entre um trabalho em tempo integral e um ministério de três igrejas domésticas?
 
Pedro: É muito difícil. Em alguns lugares, é muito arriscado visitar os cristãos, porque as comunidades budistas são bastante hostis ao cristianismo. Eles não gostam que nós ensinemos sobre Jesus. Eles não permitem que entremos em seus territórios. Então, faço minhas visitas à noite, e digo aos líderes locais que eu estou lá para ver alguns amigos. Uma vez, quando eu estava realizando uma reunião, os moradores ouviram. Eles vieram e jogaram pedras na casa.
 
Portas Abertas: O governo agora segue um sistema democrático parlamentar. Isso melhorou a situação dos cristãos no Butão?
 
Pedro: Se começarmos a pregar, batizar e nos reunir, a maioria budista estará muito atenta a isso. No passado, fazíamos tudo isso secretamente. Agora, há um pouco de liberdade, mas nós não podemos ficar expostos. Se informarem ao governo sobre nossas ações, pode haver problemas. Então, ainda somos cuidadosos. No Butão, sinto que muitos pastores e cristãos agem baseados em emoções e não em ensinamentos bíblicos. O governo não gosta disso. 

Os cristãos precisam de discipulado bíblico.
 
Portas Abertas: Você acha que a Igreja está pronta para uma democracia plena?
 
Pedro: Vai levar um longo tempo. No momento, ela não está pronta.
Portas Abertas: Então, qual é o próximo passo para a Igreja no Butão?

Pedro: O próximo passo deve ser equipar a Igreja com materiais e literaturas cristãs. O que estamos tentando fazer é unir os líderes para oferecermos um treinamento a eles. Precisamos também melhorar nossa comunicação, para que possamos responder biblicamente à perseguição que acontece em diferentes áreas.

Portas Abertas: Se todos os líderes cristãos no Butão estiverem reunidos em um só lugar, qual deve ser o primeiro assunto a ser falado?

Pedro: Eu creio que devemos falar sobre como fazer com que os cristãos fortaleçam sua fé e, ao mesmo tempo, como lidar com o governo, com a sociedade; algum tipo de programa de conscientização sobre o que fazer quando a sociedade reclama de nós ao governo.

Portas Abertas: Qual é o principal ensino que você acha que os líderes precisam ouvir?

Pedro: No Butão, o que precisamos aprender é sobre a simplicidade da Igreja. Isso é muito importante. Temos diversas igrejas domésticas, mas não temos uma igreja registrada. Mais importante do que isso: precisamos conhecer o papel e a função da Igreja.
 
Pedidos de oração

• Ore para que as igrejas no Butão permaneçam unidas em Cristo.

• Peça pela proteção e sabedoria de Deus para Pedro e outros líderes itinerantes das igrejas domésticas no país.

• Interceda para que Deus mostre o caminho e para que os cristãos butaneses entendam a simplicidade, o papel e a função da Igreja.
 
Fonte: Portas Abertas
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Fonte:http://www.cpadnews.com.br/interna-12-19274.html