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segunda-feira, 30 de junho de 2025

TV BRASIL: Caminhos da Reportagem mostra crescimento de evangélicos no país

30.06.2025

Do portal da Agência Brasil

Por TV BRASIL

Dados do Censo de 2022 sobre religião mostram aumento significativo do número de fiéis evangélicos no Brasil, nas últimas décadas. Para conhecer melhor quem são esses brasileiros, o programa Caminhos da Reportagem que a TV Brasil leva ao ar nesta segunda-feira (30), às 23h, visitou diferentes igrejas espalhadas pelo país.

De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada quatro brasileiros, um é evangélico. O Censo revelou avanço no percentual de adeptos dessa religião em comparação com os números de 2010, passando de pouco mais de 20% para quase 27%.

A primeira parada da jornalista Luciana Barreto foi na Casa da Benção, localizada em Mesquita, região metropolitana do Rio de Janeiro. De origem pentecostal, a Igreja foi fundada em 1964 e hoje conta com mais de 2 mil unidades espalhadas pelo Brasil e outras partes do mundo.

André Ferreira é empresário e pastor na Casa da Benção. Nascido em família católica, a mudança de religião da família começou pela mãe: “A minha mãe era desenganada pela medicina porque sofria do coração. Foi aí que ela resolveu procurar ajuda numa igreja evangélica. Foi quando conheceu a Casa da Benção”. José Luiz Ferreira, pai de André, encontrou na Igreja um caminho para os problemas de alcoolismo: “Deus transformou a nossa vida, então, eu pelo menos me sinto realizado com a minha família, tanto na presença de Deus”.

O teólogo e diretor do Instituto de Estudos de Religião (Iser), Ronilso Pacheco, ressalta que “a sociedade brasileira tem uma marca de religiosidade muito forte, sobretudo nas classes populares, que vai lendo as dificuldades da vida a partir de lentes muito espiritualizadas e religiosas”.

Em Búzios, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, a equipe de reportagem da TV Brasil visitou o Quilombo de Baía Formosa, um território formado originalmente pela antiga Fazenda de Santo Inácio dos Campos Novos, onde, atualmente, vivem cerca de 130 famílias.
Na década de 1970, parte do quilombo foi desterritorializado, dando origem a um processo de luta e resistência. Em 2022, a comunidade recebeu uma doação das terras, feita por fazendeiros da família Cunha Bueno, em um ato de reparação histórica.

O Quilombo de Baía Formosa é um dos inúmeros locais no Brasil que mantêm expressões culturais praticadas por seus antepassados, ainda que, assim como muitos outros, não se apoie nos mesmos referenciais das religiões de matriz africana. Para Elizabeth Fernandes Teixeira, quilombola e presidente da Associação Cultural do Quilombo de Baía Formosa, o fato de ser evangélica não interfere: “A gente já nasce sendo indígena ou quilombola, né? E a nossa religião a gente escolhe. Nós escolhemos ser evangélicos, mas em momento nenhum deixamos que interferisse [em nossa cultura]. Pelo contrário, só somou”.

Enquanto prepara a feijoada para a equipe de gravação, o quilombola Renan fala da ausência de preconceito entre a comunidade e os que lá visitam “A maioria acha que quando a pessoa diz quilombo, é uma coisa ligado a candomblé, mas não tem nada a ver. Aqui é um lugar que onde vêm pessoas da Igreja, de vários tipos de religiões”.

A fala de Renan é somente um exemplo de como essas pessoas buscam conviver em harmonia. No programa, Luciana Barreto reflete sobre as relações entre as pessoas da comunidade: “Há uma tentativa de respeito, de manutenção da tradição, de manutenção da ancestralidade, de manutenção das raízes, ao mesmo tempo que há uma convivência interessante com a doutrina evangélica”.

Em Piraí, no Vale do Paraíba Fluminense, a equipe visitou dois assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST): o Rosali Nunes, onde vivem 39 famílias; e o Terra da Paz, com 34 famílias. Embora não existam pesquisas que comprovem o aumento de adeptos da religião entre os integrantes do MST, Ronilso explica que “é notório o crescimento da presença evangélica em assentamentos. O MST muda um pouco da sua pedagogia, da sua estrutura, pensando na presença desse público evangélico”.

O agricultor Antenor Gil de Souza, morador do Assentamento Terra da Paz, conta como a fé o ajudou na luta pela terra,

 “Em todos os acampamentos por onde passei, se não tivesse congregação, eu abria. Porque na congregação você vai falar de amor, vai falar de consideração, respeito, estima. Então, estamos lutando aqui, lutando pela terra, Sem Deus, acho que não conseguiríamos absolutamente nada. Disso tenho plena convicção. Sou fiel nisso. Tenho certeza que não chegaremos a lugar nenhum”.

Sirlei Maria Lopes Gil de Souza, também agricultora e esposa de Antenor, faz questão de falar que o MST não se envolve em religião: “temos diversidade de religiões dentro do movimento. Não existe preconceito em absolutamente nenhum tipo de situação”.

A fala de Sirlei ilustra o que a jornalista Luciana Barreto vivenciou durante as gravações. 

“É muito interessante perceber o quanto questões ideológicas não interferem nos assentamentos. Muito interessante ver a proximidade dessas ideologias, a do cristianismo e a da luta por justiça social”.

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Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-06/caminhos-da-reportagem-mostra-crescimento-de-evangelicos-no-pais

terça-feira, 3 de junho de 2025

Aprendendo com Davi: Lições de Fé e Restauração

03.06.2025

Por Irineu Messias, pastor na Assembleia de Deus do Planalto Central, em Brasília/DF

Refletiremos em uma passagem marcante da vida de Davi, registrada no livro de 1º Samuel, capítulo 30. Este episódio nos ensina lições preciosas sobre fé, angústia, arrependimento e, acima de tudo, sobre o poder de Deus em nos livrar e restaurar, mesmo em meio às nossas falhas.

O Cenário de Angústia

Em 1º Samuel 30, versículos 1 a 8, encontramos Davi e seus homens retornando à cidade de Ziclague, apenas para encontrá-la queimada e suas famílias levadas cativas pelos amalequitas. A profundidade da angústia que tomou conta de Davi e de seus homens é reveladora. O versículo 6 destaca: 

Davi ficou muito angustiado... Mas Davi se fortaleceu no Senhor, seu Deus."

A Busca pela Direção de Deus

Após viver esse momento de desespero, Davi busca a orientação divina através do sacerdote Abiatar. Ele consulta ao Senhor se deveria perseguir os inimigos:

"Persegue-a, porque, decerto, a alcançarás e tudo libertarás."

Essa resposta de Deus mostra que, nas horas mais sombrias, é fundamental buscarmos Sua direção.

O Poder da Restauração

O desfecho dessa história, conforme expressa nos versículos 18 e 19, reafirma a fidelidade de Deus:

"Assim, livrou Davi tudo quanto os amalequitas haviam tomado."

Nada faltou; Davi teve tudo restaurado. Essa experiência revela o caráter restaurador de Deus, que é fiel às Suas promessas.

As Dificuldades e a Promessa de Deus

Davi enfrentou não apenas essa crise em Ziclague, mas também passou por outras provações que testaram sua fé. Mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus, Davi enfrentou a adversidade, angústia e amargura. Sua experiência nos lembra que estar no centro da vontade de Deus não nos isenta de dificuldades.

A Advertência do Cuidado com o Coração

Em sua trajetória, Davi também cometeu erros, uma vez que se deixou levar pelo medo. No capítulo 27, ele decidiu buscar refúgio nos filisteus, uma decisão tomada por sua própria imprudência, e não pela direção de Deus. Este é um lembrete para nós: 

"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas." (Jeremias 17:9)*

O Caminho para a Restauração

Mesmo diante do desespero e da culpa, Davi se fortaleceu no Senhor e buscou Sua face. A restauração é sempre possível quando nos voltamos a Deus em arrependimento e humildade. 

"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça." Isaías 41:10

Conclusão

Que possamos aprender com as experiências de Davi. Nos momentos de aflição, que não percamos a visão da vitória que Deus tem para nós. Que, ao enfrentarmos decisões difíceis, busquemos fervorosamente a direção do Senhor.

Deus é fiel para perdoar, libertar e restaurar tudo que o inimigo nos roubou. Que Ele nos abençoe e nos guarde na Sua paz.

Que as lições da vida de Davi inspirem cada um de nós a buscar a presença de Deus em todas as situações. Amém!

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Fidelidade Inabalável: Lições de Sadraque, Mesaque e Abednego na Fornalha Ardente

02.06.2025

Por pastor Irineu Messias

A paz do Senhor Jesus Cristo a todos os irmãos e irmãs, em nome do Senhor Jesus.

Nesta oportunidade, queremos meditar juntos na poderosa Palavra de Deus, extraindo lições preciosas de uma das histórias mais conhecidas e inspiradoras da Bíblia: a de Sadraque, Mesaque e Abednego na fornalha ardente, registrada no livro do profeta Daniel, capítulo 3. Convidamos você a abrir seu coração para o que o Espírito Santo deseja nos ensinar através deste relato de fé, coragem e livramento divino.

O Contexto: Jovens Hebreus na Corte da Babilônia

Jovens hebreus na corte da BabilôniaPara compreendermos a profundidade do testemunho desses três jovens, precisamos voltar um pouco no tempo. Sadraque, Mesaque e Abednego, juntamente com Daniel, eram príncipes da tribo de Judá, levados cativos para a Babilônia após a conquista de Jerusalém. Mesmo em terra estrangeira, distantes de seu povo e de seu templo, eles se destacaram. Eram jovens de boa aparência, inteligentes e instruídos, escolhidos para servir na corte do rei Nabucodonosor.

Desde o início, enfrentaram desafios à sua fé. O rei determinou que fossem alimentados com os manjares finos de sua mesa e com o vinho que ele bebia – alimentos frequentemente associados a rituais pagãos ou que não seguiam as leis alimentares judaicas. Contudo, Daniel, e seus companheiros concordaram entre si, "assentou em seu coração não se contaminar" (Daniel 1:8). Com sabedoria e a graça de Deus, conseguiram permissão para manter uma dieta simples de legumes e água. O resultado? Ao final de um período de teste, eles se mostraram mais saudáveis e sábios que os demais jovens, demonstrando que a fidelidade a Deus traz bênçãos visíveis.

Deus honrou a fidelidade desses jovens, concedendo-lhes conhecimento, inteligência e sabedoria. A Daniel, especificamente, deu entendimento em visões e sonhos. Essa base de compromisso e a experiência do cuidado de Deus foram fundamentais para o que enfrentariam a seguir.

O Desafio da Adoração Imposta: A Estátua de Ouro na Planície de Dura

Sadraque, Mesaque e Abednego recusam-se a adorar a estátua
No capítulo 3, encontramos Nabucodonosor, talvez inflado por seu poder e glória, ordenando a construção de uma imensa estátua de ouro, com cerca de 27 metros de altura. Ele a ergueu na planície de Dura e decretou que, ao som de diversos instrumentos musicais, todos os oficiais, governadores e povos de seu vasto império deveriam prostrar-se e adorar a imagem. A ordem era clara e a penalidade para a desobediência, severa: ser lançado imediatamente numa fornalha de fogo ardente.

Imagine a cena: uma multidão reunida, o som estridente da música ecoando pela planície, e todos, por medo ou conveniência, curvando-se diante do ídolo dourado. Era uma imposição religiosa, uma tentativa de unificar o império sob a adoração de uma imagem que representava o poder do rei, talvez até ele mesmo.

Essa situação nos remete a momentos da história, inclusive no Brasil, onde houve períodos de religião oficial e perseguição àqueles que professavam uma fé diferente. Muitos servos de Deus, ao longo dos séculos e em diversas partes do mundo, enfrentaram pressões semelhantes para negar sua fé ou obrigados a conformar-se com práticas contrárias à Palavra de Deus.

A Firmeza na Fé em Meio à Pressão: "Não Serviremos a Teus Deuses"

No meio da multidão ajoelhada, três figuras permaneceram de pé: Sadraque, Mesaque e Abednego. Sua recusa em adorar a estátua não passou despercebida. Logo, alguns caldeus, talvez movidos por inveja da posição que aqueles estrangeiros ocupavam, correram para denunciá-los ao rei.

Nabucodonosor, furioso, mandou chamá-los. Deu-lhes uma última chance, reiterando a ordem e a ameaça: "Se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro do forno de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?" (Daniel 3:15).

A resposta dos três jovens é um dos pontos altos da narrativa e um testemunho eterno de fé e coragem:

"Ó Nabucodonosor, não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é quem nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste." (Daniel 3:16-18).

Que declaração poderosa! Eles afirmaram sua confiança no poder de Deus para livrá-los, mas sua fidelidade não estava condicionada a esse livramento. Mesmo que Deus não os livrasse da fornalha, eles não O negariam, não se curvariam a outros deuses. Sua lealdade era incondicional. Eles sabiam que, como disseram os apóstolos séculos depois, "Mais importa agradar a Deus do que aos homens" (Atos 5:29).

Essa firmeza só é possível para quem tem uma profunda intimidade com Deus, para quem O conhece e confia em Seu poder, mesmo em meio às circunstâncias mais adversas.

O Milagre na Fornalha: O Quarto Homem no Fogo

O quarto homem na fornalha
Os três amigos, atados, caíram no meio do fogo. Humanamente falando, era o fim. Mas Deus tinha outros planos. O rei, observando a cena, ficou espantado e perguntou aos seus conselheiros: "Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo?" Eles confirmaram. Então o rei declarou: "Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nada há de lesão neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus." (Daniel 3:25).

Que visão gloriosa! No meio da provação mais intensa, Deus não apenas os livrou do poder do fogo, mas manifestou Sua presença de forma visível. O próprio Filho de Deus estava ali, caminhando com eles na fornalha. O fogo que deveria consumi-los não teve poder sobre seus corpos; nem um fio de cabelo se queimou, suas roupas não foram afetadas, e nem cheiro de fogo havia neles (Daniel 3:27).

Lições de Coragem, Fidelidade e Confiança

A história de Sadraque, Mesaque e Abednego na fornalha ardente nos deixa lições preciosas para nossa caminhada de fé:

1.A Fidelidade Começa nas Pequenas Coisas: A decisão de não se contaminar com os manjares do rei preparou o coração deles para a grande prova da fornalha. A fidelidade a Deus nos detalhes do dia a dia nos fortalece para os grandes desafios.

2.A Pressão do Mundo é Real: Vivemos em uma "Babilônia moderna" que constantemente nos pressiona a nos conformarmos com seus valores e a abandonarmos os princípios da Palavra de Deus. Precisamos estar vigilantes e firmes.

3.A Coragem Nasce da Confiança em Deus: A ousadia dos três jovens não vinha de sua própria força, mas de sua profunda confiança no Deus a quem serviam. Conhecer a Deus e Sua Palavra nos dá coragem para enfrentar qualquer situação.

4.A Fidelidade Incondicional Agrada a Deus: Nossa obediência a Deus não deve depender das circunstâncias ou da promessa de livramento. Devemos ser fiéis porque Ele é Deus, digno de toda honra e adoração, independentemente do que aconteça.

5.Deus Está Presente nas Provações: Mesmo nos momentos mais difíceis, quando nos sentimos no meio do fogo, Deus está conosco. Ele pode nos livrar da provação ou nos dar força para atravessá-la, mas Sua presença é certa para aqueles que confiam Nele.

6.O Testemunho Fiel Glorifica a Deus: O livramento milagroso levou Nabucodonosor a reconhecer o poder do Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, e a decretar que ninguém blasfemasse contra Ele. Nossa fidelidade em meio às provações pode ser um poderoso testemunho para o mundo.

Um Chamado à Preparação e Vigilância

Queridos irmãos e amigos, assim como aqueles jovens viveram em tempos desafiadores, nós também enfrentamos nossos próprios dilemas e pressões. A Palavra nos alerta sobre tempos trabalhosos e a necessidade de estarmos preparados para a volta de Jesus Cristo.

Que a história de Sadraque, Mesaque e Abednego inspire nossa fé. Que possamos, como eles, decidir em nosso coração não nos contaminar com os "manjares" deste mundo. Que tenhamos a coragem de permanecer firmes nos princípios da Palavra de Cristo, mesmo quando isso signifique ir contra a correnteza ou enfrentar consequências.

Que nossa confiança esteja firmada no Deus que é poderoso para nos livrar, mas que nossa fidelidade seja inabalável, aconteça o que acontecer. Lembremo-nos sempre: "Mais importa agradar a Deus do que aos homens." Que possamos viver de tal maneira que, mesmo em meio às fornalhas da vida, a presença gloriosa de Jesus seja vista em nós, para a glória do Seu nome.

Louvado seja o nome do Senhor Jesus! A Ele a glória, a honra e o louvor, hoje e para sempre. Amém.

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