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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

FAZ-ME VENCER, SENHOR JESUS!

20.12.2024
Escrito por pastor Irineu Messias


Faz-me vencer, Senhor Jesus!
Como venceste no Calvário, ó Divino Salvador,
O inimigo de todos os homens,
Livrando-me do poder do cruel tentador.

Faz-me vencer,
Unigênito Filho do Deus Pai.
Desejo comer da árvore da eterna vida,
Que está no meio do Paraíso do Pai Amado.
Quando por Ti for arrebatado,
Ou ao findar da minha lida.

Faz-me vencer, Cristo Jesus, ó Todo-Poderoso,
Almejo receber das Tuas mãos
A coroa da eterna vida
No Teu lar celeste de eterno gozo.
O dano da segunda morte também vencerei
Quando estiver ao lado, ó meu Divino Rei.

Faz-me vencer, Cristo de Deus,
Pois a minha alma anela
Alimentar-se do escondido maná
E de Ti receber uma pedra branca,
E o meu novo nome estará escrito lá!

Faz-me vencer,
Jesus, Senhor da Glória,
Pois anseio receber poder sobre as nações
Que o Senhor, na eternidade de Glória, me dará.

Faz-me vencer, Leão da Tribo de Judá,
Quero cobrir a minha alma
Com as brancas vestes celestiais.
Na cidade divinal,
No Reino Eterno do Deus Pai!

Faz-me vencer, meu Cristo Amado,
Pois desejo ver meu nome no livro da vida, eternamente grafado.
No teu reino sem igual,
Meu nome, diante do Pai, será por ti confessado.

O Santo Espírito teu, 
Sussurra sempre em meu ser:
“Seja fiel até o fim, 
No nome de Jesus, 
Você vai vencer o mundo e todo o seu finito poder."

"Eu estou contigo, meu filho,
Eu te ajudo a vencer"
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Sobre pastores políticos e corruptos

19.12.2024

Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.04.22

Por Paulo Ribeiro

Acredito que todos concordam com a máxima que “todo poder corrompe”. Alguém sugeriu ir mais longe. Quanto mais altas forem as pretensões do poder, mais desumano e opressor ele será. Todo poder político é, na melhor das hipóteses, um mal necessário.  

Mas quando a coisa transcende para o espiritual, com pastores agindo como coletores de propinas para distribuir verbas públicas, a corrupção atinge sua forma mais convoluta. É como se a corrupção fosse terceirizada via a igreja, e os pastores agissem como sacerdotes do estado - o Bezerro de Ouro sendo literalmente construído por seus novos ministros. “Eles mergulharam na corrupção, como nos dias de Gibeá” (Oseias 9.9) 
 
Alguns pontos para reflexão:
 
1 – Não devemos confundir esse comportamento como algo ligado ao cristianismo.  Essa conduta tem como objetivo enriquecer seus líderes e não ajudar a população carente, onde o deus é mais a barra do que o bezerro de ouro. 
 
2 – Quando os evangélicos eram a minoria, havia um sentimento de certo e errado, de comportamento ético e temor às recomendações bíblicas.  Hoje eles dividem o poder com a facções e milícias e muitos agem como instrumento do maligno. 
 
3 – Em breve, se a igreja não se revoltar contra esse tipo de comportamento e aceitar por conveniência tais apostasias, a perseguição será implacável contra todos aqueles, comprometidos com o evangelho de Cristo, que protestarem contra essas aberrações.   
 
4 – A acusação típica mais leve feita contra qualquer cristão que tenha uma preocupação ética e social é a taxação de serem esquerdistas ou comunistas. Depois seguem as perseguições pessoais, práticas que já destruíram muitas vidas e carreiras no passado e que estão destruindo no presente. 
 
5 – Maturidade não se adquire rapidamente. O crescimento súbito da igreja evangélica não produziu milagres, mas apenas números de pessoas interessadas em benefícios pessoais. A conversão e crescimento requer uma alteração da vontade e do comportamento, os quais requerem intervenção supernatural. 
 
6 – Em tempo: o cristianismo não está em perigo e continuará a florescer e crescer de forma lenta, mas resoluta em pequenos grupos não afetados pela corrupção de Mamon.
 
E que não esqueçamos a palavra dura do Senhor da Igreja: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! ...”  (Mateus 23.15a)
 

Leia mais:

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Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/sobre-pastores-politicos-e-corruptos

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Sua alegria obstinada derrubou a escravidão (William Wilberforce)

18.12.2024
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 20.06.19
Por John Piper

Sua-alegria-obstinada-derrubou-a-escravidão-(William-Wilberforce)

Contra grandes obstáculos, William Wilberforce, um membro evangélico do Parlamento, lutou pela abolição do comércio de escravos africanos e contra a escravidão em si até que ambos fossem ilegais no Império Britânico.
A batalha consumiu quase quarenta e seis anos de sua vida (de 1787 a 1833). As derrotas e retrocessos ao longo do caminho teriam levado um político comum a abraçar uma causa mais popular. Embora nunca tenha perdido uma eleição parlamentar dos vinte e um aos setenta e quatro anos, a causa da abolição do tráfico de escravos foi derrotada onze vezes antes de sua aprovação em 1807. E a batalha pela abolição da escravidão não obteve a vitória decisiva até três dias antes dele morrer em 1833. Quais eram as raízes da perseverança deste homem na causa da justiça pública?

Político amante de Festas

Wilberforce nasceu em 24 de agosto de 1759, em Hull, na Inglaterra. Quando criança ele admirava George Whitefield, John Wesley e John Newton. Mas logo ele deixou toda a influência dos evangélicos para trás. A respeito de seus últimos anos de escola, ele disse: “Eu não realizei nada”. Esse estilo de vida continuou ao longo de seus anos no St. John’s College, em Cambridge. Ele pode viver da riqueza de seus pais e sobreviver com pouco trabalho. Perdeu qualquer interesse pela religião bíblica e amava circular entre a elite social.
Por diversão, Wilberforce disputou um assento na Câmara dos Comuns de sua cidade natal, Hull, em 1780, quando ele tinha vinte e um anos. Ele gastou £ 8.000 (mais ou menos 38 mil reais) na eleição. O dinheiro e seu incrível talento para falar triunfaram sobre seus oponentes. Wilberforce começou sua carreira política de cinquenta anos como um incrédulo de classe alta que amava festas que iam até tarde da noite.

“A grande mudança”

Nas longas férias em que o Parlamento não estava em sessão, Wilberforce às vezes viajava com amigos ou familiares. No inverno de 1784, aos vinte e cinco anos, por impulso, convidou Isaac Milner, ex-professor, e amigo da escola de gramática – que agora era professor particular no Queens College, em Cambridge – para ir com ele, sua mãe e irmã à Riviera Francesa. Para sua surpresa, Milner havia se tornado um cristão convicto, sem nenhum dos estereótipos que Wilberforce concebera contra os evangélicos. Eles conversaram por horas sobre a fé cristã.
No verão seguinte, Wilberforce viajou novamente com Milner e eles discutiram o Novo Testamento grego por horas. Lentamente, seu “assentimento intelectual tornou-se uma profunda convicção” (William Wilberforce, p. 37). Uma das primeiras manifestações do que ele chamou de “a grande mudança” – a conversão – foi o desprezo que sentia por sua riqueza e pelo luxo em que vivia, especialmente nessas viagens entre as sessões parlamentares. Ao que parece, sementes foram plantadas, quase imediatamente, no início de sua vida cristã, do que viria a ser sua paixão posterior em ajudar os pobres e transformar todas as suas riquezas herdadas e sua posição naturalmente alta em um meio de abençoar os oprimidos.

Escravidão e Costumes

Um ano após sua conversão, o aparente chamado de Deus em sua vida tornou-se claro para ele. Em 28 de outubro de 1787, ele escreveu em seu diário: “O Deus Todo-Poderoso colocou diante de mim dois grandes objetivos, a supressão do tráfico de escravos e a reforma dos costumes [a moral]” (The Life of William Wilberforce, p. 69).
Logo depois do Natal de 1787, alguns dias antes do recesso parlamentar, Wilberforce notificou na Câmara dos Comuns que no início da nova sessão ele apresentaria uma moção para a abolição do tráfico de escravos. Levaria vinte anos até que ele pudesse levar a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes a colocar a abolição como lei. Mas quanto mais ele estudava o assunto e quanto mais ele ouvia falar das atrocidades, mais decidido ele se tornava.
Em maio de 1789, ele falou à Câmara sobre como ele chegou à sua convicção: “Confesso a vocês, tão enorme, tão terrível, tão irremediável é a maldade desse comércio que minha mente ficou inteiramente tomada em favor da abolição….sem importar as consequências, a partir desse momento estou determinado a não descansar até efetivar essa abolição”.  (The Life of William Wilberforce, p. 56).

283 Ayes

Claro, a oposição que durou vinte anos foi por causa dos benefícios financeiros da escravidão para os comerciantes e para a economia britânica. Eles não podiam conceber qualquer outra forma de produzir sem trabalho escravo. Isso significa que a vida de Wilberforce foi ameaçada mais de uma vez. Mesmo não sofrendo dano físico, houve a dolorosa perda de amigos. Alguns simplesmente não discutiam mais com ele e se mantinham alienados. Depois houve a enorme pressão política para recuar por causa dos desdobramentos políticos internacionais. Esses tipos de argumentos financeiros e políticos mantiveram o Parlamento cativo por décadas.
Mas a vitória veio em 1807. A visão moral e o impulso político para a abolição finalmente se tornaram irresistíveis. A certa altura, “praticamente toda a casa levantou-se e virou-se para Wilberforce em uma explosão de aplausos parlamentares. De repente, acima do rugido de “ouçam, ouçam” e completamente fora de ordem, três “hurras” ecoaram enquanto ele permanecia sentado, a cabeça baixa, lágrimas escorrendo pelo rosto” (The Life of William Wilberforce, p. 211).
Às quatro horas da manhã de 24 de fevereiro de 1807, a casa se dividiu – 283 Ayes (sim), 16 Noes (não). Maioria de 267 votos pela abolição do tráfico. E em 25 de março de 1807, o assentimento real foi declarado. Um dos amigos de Wilberforce escreveu: “[Wilberforce] atribui isso à interposição imediata da Providência. Naquela hora da madrugada, Wilberforce procurou seu melhor amigo e colega, Henry Thornton, e disse: “Bem, Henry, o que aboliremos em seguida”? (The Life of William Wilberforce, p. 212).

Nunca em silêncio

Claro que a batalha não acabou. E Wilberforce lutou até a sua morte vinte e seis anos depois, em 1833. A implementação da lei da abolição não somente era controversa e difícil, como tudo o que ela fez foi abolir o tráfico de escravos, não a escravidão em si. E essa se tornou a próxima grande causa.
Em 1821 Wilberforce recrutou Thomas Fowell Buxton para continuar a luta, mas mesmo à margem, envelhecido e frágil, ele o apoiava. Três meses antes de sua morte, em 1833, Wilberforce foi persuadido a propor uma última petição contra a escravidão. “Eu nunca pensei em vir a público novamente, mas nunca se dirá que William Wilberforce se manteve em silêncio enquanto os escravos precisavam de sua ajuda” (William Wilberforce, p. 90).
O voto decisivo da vitória veio em 26 de julho de 1833, apenas três dias antes de Wilberforce falecer. A escravidão em si foi proibida nas colônias britânicas. “É um fato singular”, disse Buxton, “que na mesma noite em que fomos bem-sucedidos na Câmara dos Comuns, aprovando a cláusula do Ato de Emancipação – uma das cláusulas mais importantes já promulgadas. . . o espírito do nosso amigo deixou o mundo. O dia do encerramento de seus trabalhos foi o dia do término de sua vida”. (William Wilberforce,p.  91).

Feliz como uma criança

O que fez Wilberforce agir? O que o fez perseverar na causa da justiça pública através de décadas de fracasso, difamação e ameaças?
É claro que devemos prestar o devido respeito ao poder do companheirismo na causa da justiça. Muitas pessoas associam o nome de Wilberforce ao termo “Clapham Sect”. O grupo a que esse termo se refere foi “rotulado” como ‘os santos’ por seus contemporâneos no Parlamento – proferido por alguns com desprezo, enquanto por outros com profunda admiração” (Character Counts, p. 72). Juntos, eles realizaram mais do que qualquer um poderia ter feito por conta própria. “William Wilberforce é a prova de que um homem pode mudar seus tempos, embora não possa fazê-lo sozinho”. (William Wilberforce, p. 88).
Mas há uma raiz mais profunda da resistência de Wilberforce do que apenas companheirismo. É a raiz da alegria da abnegação em Cristo. Os testemunhos e evidências disso na vida de abnegação de Wilberforce são muitos. Uma certa srta. Sullivan escreveu a um amigo sobre Wilberforce por volta de 1815: “Pelo tom de sua voz e expressão de seu semblante, ele mostrou que a alegria era a característica predominante de sua própria mente, alegria vinda da integridade da confiança nos méritos do Salvador e amor a Deus e ao homem. . .. Sua alegria era bastante penetrante”. (William Wilberforce, p. 87).
Outro de seus contemporâneos, James Stephen, relembrou após a morte de Wilberforce: “Era divertido e interessado por tudo, tudo o que ele dizia se tornava divertido ou interessante. . .. Sua presença era tão fatal para a estupidez quanto para a imoralidade. Sua alegria era tão irresistível quanto o primeiro riso da infância”. (William Wilberforce, p. 185).
Aqui está uma grande chave para sua perseverança e eficácia. Sua presença era “fatal para o torpor. . . [e] imoralidade”. Em outras palavras, sua alegria indomável levou outros a serem felizes e bons. Ele observou em seu livro A Practical View of Christianity: “O caminho da virtude é também de real interesse e de sólido prazer” (p. 12). Em outras palavras, “é mais abençoado dar do que receber” (At 20. 35). Ele sustentou-se e influenciou outros pela sua alegria. Se um homem pode roubar sua alegria, ele pode roubar sua utilidade. A alegria de Wilberforce era indomável e, portanto, ele foi um cristão e político convincente durante toda a sua vida. Essa foi a forte raiz de sua resistência.

Doutrinas peculiares, verdades gigantescas

Se a sua alegria quase infantil, indomável e abnegada era a raiz vital para a sua persistência na luta pela abolição ao longo da vida, o que, poderíamos perguntar, seria a raiz da raiz? Ou qual era a terra firme onde essa raiz estava plantada?
O principal foco do livro de Wilberforce, A Practical View of Christianity, é mostrar que o verdadeiro cristianismo, que consiste em novas e indomáveis ​​afeições espirituais por Cristo, está enraizado nas grandes doutrinas da Bíblia sobre pecado, Cristo e fé. “Portanto, aquele que quer crescer e abundar nesses princípios cristãos, esteja muito familiarizado com as grandes doutrinas do Evangelho” (p. 170).“Da negligência dessas doutrinas peculiares surgem os principais erros práticos da maioria dos professos cristãos. Essas verdades gigantescas mantidas em vista envergonhariam a pequenez de sua moralidade anã. . .. Toda a superestrutura da moral cristã é fundamentada em suas bases profundas e amplas”. (p. 166-167).
Há uma “perfeita harmonia entre as principais doutrinas e os preceitos práticos do cristianismo”. E, portanto, é um “hábito fatal” – tão comum naqueles dias quanto nos nossos – “considerar a moral cristã distinta das doutrinas cristãs” (p. 198).

Cristo nossa justiça

Mais especificamente, é a conquista de Deus através da morte de Cristo que está no centro dessas “verdades gigantescas”, levando à reforma pessoal e política da moral. A alegria indomável que leva à vitória nos tempos de tentação e provação está enraizada na cruz de Cristo. Se quisermos lutar pela alegria e perseverar até o fim em nossa luta contra o pecado, devemos conhecer e abraçar o pleno significado da cruz.
Desde o início de sua vida cristã, em 1785, até sua morte, em 1833, Wilberforce viveu “das grandes doutrinas do evangelho”, especialmente a doutrina da justificação pela fé somente baseada no sangue e na justiça de Jesus Cristo. Esse é o lugar onde ele alimentou sua alegria. Por causa dessas verdades, “quando tudo à sua volta era escuro e tempestuoso, ele pode levantar os olhos para o Céu, radiante de esperança e com gratidão” (Uma Visão Prática do Cristianismo, p. 173). A alegria do Senhor se tornou sua força (Neemias 8.10). E nessa força ele insistiu na causa da abolição do tráfico de escravos até que ele tivesse a vitória.
Portanto, em todo o nosso zelo hoje pela harmonia racial, ou pela santidade da vida humana, ou pela construção de uma cultura moral, não nos esqueçamos destas lições: Nunca minimize o lugar central da doutrina alicerçada em Deus e exaltadora de Cristo. Trabalhar para ser indomavelmente alegre em tudo o que Deus é para nós em Cristo, confiando em sua grande obra consumada. E nunca seja ocioso em fazer o bem – para que os homens possam ver nossas boas ações e dar glória ao nosso Pai que está no céu (Mateus 5.16).
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A História de Samuel: Fé, Chamado e Transformação em Israel

18.12.2024

Postado pelo pastor Irineu Messias

Vamos explorar a história de Samuel e como Deus o chamou para um papel crucial em Israel. Conheça a jornada inspirada de fé de Ana, mãe de Samuel, e a importância da obediência a Deus.

A História de Samuel e Eli

Samuel, ainda jovem, serviu fielmente como sacerdote sob a supervisão de Eli, mas o ambiente espiritual em Israel era desolador, com a voz de Deus recentemente ouvida. Imagine uma cena: um jovem em um templo silencioso, cercado por figuras de autoridade que falharam em guiar seu povo. O fato de Samuel não reconhecer a voz de Deus demonstra imediatamente como, às vezes, a voz divina pode ser ofuscada por vozes de distração. Samuel representa a mudança que Deus estava preparado para trazer e, seu papel como profeta começou a se desenhar nesse cenário de transição.

Ana: A Mãe que Orava com Fé

Ana, a mãe de Samuel, era uma mulher preocupada por sua esterilidade em uma cultura que valorizava incessantemente a maternidade. Apesar da dor e do desprezo, Ana voltou a Deus em oração. A beleza de sua história está na transformação de suas petições: inicialmente centradas em sua necessidade, evoluíram para um profundo desejo de glorificar a Deus. Sua persistente busca por um filho reflete uma fé que vai além das dificuldades, mostrando que, às vezes, uma devoção verdadeira só se manifesta nas horas mais sombrias. O que muitos puderam ver como falhas, Ana transformou em momentos de comunhão e entrega a Deus.

Samuel e a Consagração ao Senhor

Após o cumprimento de suas promessas, Ana leva Samuel ao templo para ser apresentado a Deus. Este ato não apenas honra seu voto, mas simboliza a essência da inspiração verdadeira: não a forma externa, mas um coração sincero em devoção. Samuel estava iniciando sua jornada de consagração, ao mesmo tempo, em que Israel entrava em uma nova era de liderança. A transição de uma teocracia divinamente guiada para uma monarquia humana convida à reflexão sobre a relação entre o que desejamos e o que Deus deseja para nós. Diante dessa mudança, a presença e o chamado de Samuel tornam-se fundamentais para guiar os nossos caminhos de Deus.

Reconhecendo a Voz de Deus

A história do chamado de Samuel destaca a importância de considerar a voz de Deus em meio a um mar de outras vozes. Mesmo sendo desprezado e rejeitado pelo povo que ansiava por um rei, o Senhor conforta Samuel, apontando que o pedido de seu povo não era uma rejeição a ele, mas a Deus. Essa dinâmica oferece uma lição poderosa: a intimidade com Deus e a obediência são essenciais para discernir Seu chamado em nossas vidas. O processo de Samuel entender a voz de Deus nos mostra que, apesar de nossos desafios e dúvidas, a orientação divina está sempre ao nosso alcance, aguardando nossa resposta de fé.

Transformações e Novos Começos

A mensagem de que Deus confia em Samuel promete mudanças significativas não apenas na vida pessoal, mas também na nação de Israel. O chamado de Samuel marcou uma nova era de liderança que exigia não apenas coragem, mas também uma profunda disposição para ouvir e seguir o que Deus direcionava. O significado de considerar e aceitar a mudança, mesmo quando é desconfortável ou desconhecido, reflete o desejo de Deus de nos guiar por novos começos. Essa experiência de ouvir e responder ao chamado divino é crucial para cada um de nós em nossa própria jornada espiritual.

Conclusão:

A história de Samuel nos inspira a ouvir o chamado de Deus e a compreender que, apesar das dificuldades, uma nova era de propósito e direção aguarda aqueles que respondem à Sua voz. A fé de Ana e a disposição de Samuel são lembretes poderosos de que Deus sempre está disposto a nos guiar, desde que ouçamos a voz de Seu Espírito, o Espírito de Cristo. Somente através do Senhor Jesus Cristo podemos agir de forma vigorosa e firme como agiu Samuel diante de uma sociedade, ainda que religiosa, mas afastada de Deus, inclusive seus líderes religiosos.

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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

O Amor e a Proteção do Bom Pastor Jesus. Salmos 23:1-3

17.12.2024
Preletor: pr Irineu Messias



Encontrando Segurança e Provisão no Senhor

Como cristãos, somos chamados a confiar em Jesus como nosso Bom Pastor, que cuida de nós com amor e proteção. No Salmo 23, o salmista Davi expressa essa verdade de uma maneira profunda e inspirada, declarando que "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará." Essa declaração de fé nos lembra que, assim como Davi, podemos encontrar segurança, provisão e descanso sob os cuidados amorosos do nosso Deus, em Cristo Jesus, o Bom Pastor.

Neste artigo, vamos explorar os versículos 1-3 do Salmo 23, mergulhando nas ricas verdades sobre a natureza de Deus como nosso Pastor. Vamos refletir sobre como Ele nos guia, nos alimenta e nos protege, mesmo quando enfrentamos os "vales da sombra da morte". Ao longo do caminho, seremos convidados a fazer uma reflexão pessoal sobre nossa própria jornada com o Bom Pastor, aceitando Seu cuidado e liderança em nossas vidas.

O Senhor, Nosso Pastor

O Salmo 23 começa com uma declaração poderosa: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará." Essa afirmação revela a profunda confiança de Davi em Deus como seu provedor e protetor. Ao se referir a Deus como seu “pastor”, Davi está evocando uma imagem rica e significativa.

Na época de Davi, ser um pastor era uma tarefa árdua e de grande responsabilidade. Os pastores eram encarregados de cuidar e proteger suas ovelhas, guiando-as para pastos verdejantes e águas tranquilas, defendendo-as de predadores e garantindo seu bem-estar. Davi, que também havia sido pastor em sua juventude, sabia bem o que poderia ser um bom pastor.

Ao declarar que “O Senhor é o meu pastor”, Davi está afirmando que Deus assume esse mesmo papel em sua vida. Assim como um pastor cuida de suas ovelhas, Deus cuida de Davi, provando tudo o que ele precisa. Essa imagem nos lembra que, assim como as ovelhas dependentes de seu pastor, nós também dependemos completamente de Deus para nossa provisão, proteção e orientação.

Guiado para Pastos Verdejantes e Águas Tranquilas

No versículo 2, o salmista continua a descrever a natureza amorosa e cuidadosa de Deus como seu Pastor: "Deita-me em verdes pastos, guia-me mansamente as águas tranquilas." Essa imagem evoca uma sensação de paz, descanso e abundância.

Os "verdes pastos" representam a provisão abundante que Deus oferece às Suas ovelhas. Assim como um pastor leva suas ovelhas a áreas férteis e saudáveis ​​para se alimentarem, Deus nos leva a "pastos verdejantes" - lugares de nutrição espiritual, onde podemos nos alimentar de Sua Palavra e encontrar fortalecimento para nossa alma.

Da forma, as "águas tranquilas mesmas" simbolizam a paz e o descanso que Deus proporciona. Assim como um pastor leva suas ovelhas a fontes de água calma e refrescante, Deus nos guia a momentos de descanso e restauração em meio aos turbilhões da vida. Ele nos concede Sua paz que transcende todo o entendimento, nos fortalecendo e nos revitalizando.

Essa imagem nos lembra que, assim como as ovelhas que dependem de seu pastor para sua sobrevivência, nós também dependemos de Deus para nossa nutrição espiritual e nosso descanso. Ele nos guia com cuidado e sabedoria, nos levando a lugares de abundância e tranquilidade.

Restaurante Nossa Alma

No versículo 3, o salmista declara: "Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome." Essa afirmação nos revela outra faceta do cuidado amoroso de Deus como nosso Pastor.

Quando Davi fala sobre Deus "refrigerando" sua alma, ele está se referindo a Deus restaurando, revivendo e fortalecendo seu ser interior. Assim como um pastor cuida de suas ovelhas cansadas e esgotadas, Deus cuida de nossa alma, nos dando novo ânimo e vigor quando estamos exaustos.

Além disso, Davi afirma que Deus o “guia pelas veredas da justiça”. Essa imagem nos lembra que, assim como um pastor guia suas ovelhas pelos caminhos seguros, Deus nos guia pelos caminhos da retidão e da santidade. Ele nos direciona para longe do pecado e do mal, nos conduzindo em Seus caminhos perfeitos.

Essa declaração também nos revela que Deus faz isso "por amor do seu nome." Ou seja, Ele não nos guia e nos restaura por causa de nossos próprios méritos, mas sim por causa de Sua própria natureza amorosa e fiel. Deus age em nosso favor para glorificar Seu nome e cumprir Seus propósitos em nossas vidas.

Essa verdade é extremamente reconfortante, pois nos lembra de que podemos confiar no cuidado de Deus, mesmo quando não entendemos completamente Seus caminhos. Ele nos guia e nos restaura, não por causa do que merecemos, mas por causa de Quem Ele é.

Confiando no Bom Pastor, Mesmo no Vale da Sombra da Morte

No versículo 4, o salmista declara: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." Essa afirmação nos revela a confiança inabalável de Davi no cuidado de Deus, mesmo em meio às maiores adversidades.

O “vale da sombra da morte” é uma imagem poderosa que representa os momentos mais sombrios e perigosos da vida. Pode se referir a dificuldades, tribulações, doenças ou até mesmo a própria morte física. Mas mesmo diante desses desafios, Davi declara que não teme, pois Deus está com ele.

A "vara" e o "cajado" do pastor são instrumentos que representam a autoridade, a disciplina e a proteção do pastor. Eles servem para guiar, corrigir e defender as ovelhas. Da mesma forma, Davi encontra conforto e segurança no fato de que Deus usa Sua autoridade e Seu poder para cuidar e proteger Suas ovelhas, mesmo nos momentos mais sombrios.

Essa declaração de confiança nos lembra que, assim como Davi, podemos encontrar refúgio e fortaleza no Bom Pastor, mesmo quando enfrentamos os "vales da sombra da morte". Deus não nos abandona, mas está conosco, usando Sua vara e Seu cajado para nos guiar, nos disciplinar e nos defender.

Essa verdade é especialmente importante em tempos de adversidade e sofrimento. Quando a vida parece sombria e ameaçadora, podemos nos agarrar à promessa de que o Senhor, nosso Pastor, está conosco, nos sustentando e nos consolando.

Aceitando Jesus como Nosso Bom Pastor

Ao refletirmos sobre o Salmo 23, somos convidados a fazer uma escolha crucial: aceitar Jesus Cristo como nosso Bom Pastor. Afinal, como o próprio Jesus declarou: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas." (João 10:11)

Assim como Davi encontrou segurança, provisão e proteção em Deus, nós também podemos encontrar esses mesmos benefícios em Jesus. Ele é o Bom Pastor que nos guia, nos alimenta e nos defende, mesmo quando enfrentamos os maiores desafios da vida.

Ao aceitarmos Jesus como nosso Salvador e Senhor, nós nos tornamos Suas ovelhas. Isso significa que devemos nos submeter à Sua liderança, obedecer à Sua voz e confiar em Seu cuidado amoroso. Assim como as ovelhas que dependem de seu pastor, nós dependemos completamente de Jesus para nossa salvação, nossa provisão e nossa proteção.

Essa decisão de tornar uma ovelha de Jesus não é apenas uma questão de segurança espiritual, mas também de estilo de vida. Precisamos nos deixar guiar pelos caminhos da justiça, aceitar Sua disciplina amorosa e confiar em Sua presença, mesmo quando passamos por "vales da sombra da morte."

Se você ainda não aceitou Jesus como seu Bom Pastor, eu o convenço de fazê-lo agora mesmo. Ore e peça a Ele que entre em sua vida, assumindo o papel de seu Pastor e Salvador. Entregue-se a Ele, confiando em Seu cuidado e Sua proteção. Você não se arrependerá, pois, como o salmista Davi declarou: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará."

Conclusão

O Salmo 23 nos apresenta uma imagem poderosa e reconfortante de Deus como nosso Bom Pastor. Assim como Davi encontrou segurança, provisão e descanso sob os cuidados de Deus, nós também podemos desfrutar dessa mesma vitória ao aceitarmos Jesus como nosso Salvador e Senhor.

Ao refletirmos sobre as verdades deste Salmo, somos convidados a confiar no cuidado amoroso de Deus, que nos guia, nos alimenta e nos protege, mesmo nos momentos mais sombrios. Podemos declarar, com a mesma confiança de Davi, que "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará."

Que essa mensagem de amor e proteção do Bom Pastor Jesus toca profundamente seu coração. Que você possa encontrar refúgio, descanso e fortaleza em Sua presença, sabendo que Ele está sempre ao seu lado, cuidando de você com Seu amor e Sua graça.

  • Assista ao vídeo "A Ovelha Perdida - Harpa Cristã Hino 156" para uma reflexão sobre a parábola do Bom Pastor: https://youtu.be/8bWZECelVGk
  • Assista ao vídeo "A Parábola do Bom Pastor (Quem é o Ladrão? A Ovelha? E o Pastor?)" para entender melhor a figura de Jesus como o Bom Pastor: https://youtu.be/XrQqeDA0Aa0

Que Deus o abençoe abundantemente, meu amigo. Que você possa experimentar a segurança, a provisão e o cuidado do Bom Pastor Jesus em sua vida.

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Fonte:https://youtu.be/W_BGxvGmCBw