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domingo, 23 de agosto de 2020

ESTUDOS BÍBLICOS E TEOLÓGICOS: A Eleição é Condicional e a Expiação é Universal qualificada

23.08.2020

Do portal CRISTÃO ALERTA, 05.2008

Por Pr Silas Daniel*

De vez em quando, alguns cristãos se deparam com antigos questionamentos teológicos que os levam a debater-se interiormente. Alguns dizem respeito ao livre arbítrio, à Predestinação, à Eleição e à Expiação. Portanto, vejamos uma exposição sintética sobre esses temas à luz das Escrituras.

Em primeiro lugar, é importante dizer que, à luz da Bíblia, o homem não regenerado é escravo do pecado e incapaz de servir a Deus com suas próprias forças (Rm 3.10-12), mas, por ainda ter em si resquícios da imagem de Deus, ele tem a capacidade (livre-arbítrio) de, mesmo no estado caído, corresponder com arrependimento e fé quando Deus o atrai a si. A iniciativa é sempre de Deus, já que o homem, em seu estado caído, não pode e não quer tomar a iniciativa. Ele precisa primeiro ser convencido para depois ser convertido, e quem convence o homem é o Espírito Santo (Jo 16.8-11).

É Deus, portanto, quem desperta o interesse de salvação no homem (Jo 6.44 e At 16.14). Tal desejo, porém, depois de despertado, pode ser resistido (Hb 3.7-19; 10.23-29; 10.39 e 12.25; At 7.51 e 13.46; Mt 23.37; 2Pd 2.1,2,20,21; 2Cr 15.2; 1 Tm 4.1; 2Tm 2.12 e Tg 4.8). Se o homem aceita a oferta de Salvação, Ele é salvo por Deus e o Espírito opera a regeneração.

Assim como a iniciativa para a salvação é sempre de Deus (Ef 2.4-9), a regeneração é operada tão somente por Deus. Não é pelas próprias forças do homem que ocorre a regeneração, mas pelo poder do Espírito (Tt 3.3-7). Ou seja, o livre-arbítrio é claro (Dt 30.19; Js 24.15; 1 Rs 18.21; Is 1.19,20; SI 119.30; At 10.43; Jo 1.12 e 6.51), mas não é ele que salva o homem. E Deus quem opera a Salvação no homem e o transforma pelo poder do Espírito Santo quando ele aceita a Salvação. E mesmo no livre-arbítrio há a soberania divina, pois foi Deus quem deu essa capacidade de escolher ao homem, capacidade esta que é resquício da imagem divina nele. Deus, em sua soberania, criou homens livres.

Em segundo 'lugar, à luz da Bíblia, a Eleição é condicional. A Eleição divina não é uma escolha arbitrária de Deus, mas fruto de sua presciência (Rm 8.29,30).

Deus quer que todos se salvem (At 10.34 e 17.30-31; 1Tm 2.4; 2Pd 3.9 e Rm 11.32), mas os eleitos de Deus são aqueles que o aceitaram (Jo 7.37-38 e Ap 22.17), cuja decisão já era conhecida por Deus por ser Ele onisciente e presciente, isto é, sabe de todas as coisas antes de todas as coisas acontecerem.

A Bíblia sempre fala de predestinação à vida eterna em Cristo. Efésios mostra isso. Aliás, os termos “em Cristo Jesus”, “no Senhor” e “Nele” ocorrem 160 vezes nos escritos de Paulo, sendo que 36 vezes só em Efésios, onde está o recorde. Ou seja, se queremos entender bem Efésios, devemos começar a atentar para a palavra-chave dessa epístola: “em Cristo”. Ora, mais de uma vez é dito em Efésios 1 que a predestinação ocorre em Cristo. Ou seja, a predestinação e a eleição não são para estarem Cristo. A predestinação e a eleição estão em Cristo.

Clarificando: para aqueles que estão em Cristo está destinado desde a fundação do mundo a Salvação; a quem não estiver Nele, a perdição. Enquanto você estiver Nele, seu destino é o Céu.\ Enquanto não estiver Nele, o Inferno. O critério é estar Nele./ Como afirma Paulo, Deus nos elegeu “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef 1.4), mas Cristo só vai “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do Evangelho” (Cl 1.22,23). Está claro: a eleição é condicional. E qual a condição? Estar em Cristo: “...nos elegeu nele...” (Ef 1.4).

Finalmente, à luz da Bíblia, a Expiação de Cristo é universal qualificada.

Como assim?

Cristo morreu por todos (Jo 3.16; 6.51; 2Co 5.14; Hb 2.9 e 1Jo 2.2), mas sua obra salvífica só é levada a efeito naqueles que se arrependem e creem (Mc 16.15,16 e Jo 1.12). Ela é suficiente, mas só se torna eficiente na vida daqueles que sinceramente se arrependem de seus pecados e aceitam a Cristo como único e suficiente Salvador e Senhor de suas vidas.

A Expiação de Cristo foi feita para toda humanidade, mas só os que a aceitam usufruem de sua eficácia.

Conquanto existam passagens que afirmam que Cristo morreu pelas ovelhas (Jo 10.11,15), pela Igreja (At 20.28 e Ef 5.25) ou por “muitos” (Mc 10.45), o que sugeriria que a Expiação é limita da, a Bíblia afirma claramente em muitas outras passagens que a Expiação é universal em seu alcance (Jo 1.29; Hb 2.9 e 1Jo 4.14), o que deixa claro que as passagens que dão uma ideia de ela ter sido limitada nada mais são do que referências à eficácia da Expiação e não ao seu alcance. Quando a Bíblia associa natural e enfaticamente os que creem em Cristo à obra expiadora, está apenas frisando a eficácia da Expiação e não seu alcance (Jo 17.9; G11.4; 3.13; 2Tm 1.9; Tt 2.3 e 1Pd 2.24).

Porém, ainda há quem argumente que se a Expiação é universal, mas só crida e aceita por alguns e não por todos, isso significa que ela teria sua eficácia comprometida. Claro que não! O fato de muitos usufruírem dela já demonstra sua eficácia. Ela só não seria eficaz se ninguém se salvasse.

A salvação de todos não é a condição sine qua non para a eficácia da Expiação, mas o é, tão somente, a consecução da Salvação. Se muitos são os salvos por essa Expiação, esta já é eficiente. Não houve “desperdício” pelo fato de seu alcance ser universal, mas nem todos serem salvos. Além disso, se crermos que a Expiação de Cristo é limitada, o que seria um sacrifício que proporcionasse uma Expiação Ilimitada? Jesus sofreria um pouco mais na cruz?

Outro fato: uma Expiação Limitada é uma contradição ao ensino bíblico de que Deus não faz acepção de pessoas (Dt 10.17 e At 10.34). Deus é soberano, mas isso não significa que Ele fará alguma coisa que contradiga o seu caráter santo e amoroso.

Lembremos ainda que uma hermenêutica prudente interpreta uma passagem ou passagens observando o contexto geral sobre o assunto na Bíblia. A Bíblia se explica por meio dela mesma. Portanto, se ela afirma que Deus é santo, justo e amor, e não faz acepção de pessoas; e que Deus quer que todos se salvem e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2.3,4); e que a Expiação foi por “todos” (1 Tm 2.6 e Hb 2.9); logo, as passagens em que há alusão a “muitos” devem ser interpretadas à luz dessas outras. E quando o fazemos, percebemos que as passagens que aludem a “muitos” não se referem ao alcance da Expiação, que é universal, mas à eficácia dela para os “muitos” que a receberam por fé.

Além disso, como frisa o teólogo norte-americano Daniel Pecota, não se pode simplesmente desconsiderar o significado óbvio de alguns textos sem ir além da credibilidade exegética. Quando a Bíblia diz que “Deus amou o mundo” (Jo 3.16) ou que Cristo é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29) ou que Ele é “o Salvador do mundo” (1 Jo 4.14), significa isso mesmo. Em texto algum do Novo Testamento, “mundo” se refere à Igreja ou aos eleitos. Escreve o apóstolo João, referindo-se a Cristo e à Expiação: “E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2).

Fonte: Jornal Mensageiro da Paz, Maio de 2008 – Artigo: Pr. Silas Daniel

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Fonte:https://cristao-alerta.alumy.com/posts/a-eleicao-e-condicional-e-a-expiacao-e-universal-qualificada

sábado, 22 de agosto de 2020

Família hindu se converte após orações de missionária sobre filho desaparecido

 21.08.2020

Do blog GOSPEL MAIS, 20.08.2020

Por 


Uma vez que a pandemia do coronavírus trouxe desequilíbrio econômico no mundo inteiro, muitas pessoas que tinham planos e almejavam iniciar num emprego viram seus projetos pessoais interrompidos.

Algumas não souberam lidar com a frustração, e com isso, surtos de depressão, ansiedade e outras reações de natureza psicológica foram desencadeadas. Foi o que ocorreu com o jovem Nirmal, na Índia.

Nirmal é um jovem hindu que entrou nesse quadro de frustração após ver que não conseguiu concretizar seus planos por causa da pandemia. Diante disso ele resolveu desaparecer, deixando sua família bastante preocupada.

“Isso fez com que Nirmal ficasse deprimido e mentalmente instável. A ponto de ele sair de casa e ficar desaparecido por uma semana”, informou o projeto missionário asiático Biglife, segundo informações do God Reports.

Seus pais não puderam sair em busca de seu filho por causa dos bloqueios na região, devido à pandemia, mas a família de Nirmal, que segue o hinduísmo, religião que devota à milhões de deuses, soube de uma cristã chamada Sujata, e resolveu pedir orações sobre o paradeiro do jovem.

A irmã Sujata aproveitou a ocasião para pregar o evangelho à família hindu e orar por eles, buscando acalmá-los. Uma semana depois, em resposta às orações, Nirmal voltou à sua casa, com a mente sã e mais tranquilo.

Como resultado das orações e do suporte missionário de Sujata, o jovem e sua família entregaram suas vidas a Cristo como Senhor e Salvador.

“O Senhor também providenciou um emprego para Nirmal. Ele é muito grato ao Senhor por sua nova vida”, informou a Biglife.

A iniciativa da missionária está em harmonia com a passagem de  Efésios 5:16, que orienta os cristãos a aproveitarem cada oportunidade para fazer conhecido o nome de Cristo, mesmo em meio a dor. É dessa forma que muitos conhecem a Cristo e se entregam à Verdade.

“Aproveitando bem cada oportunidade, porque os dias são maus”, diz o texto bíblico.

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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/familia-hindu-se-converte-apos-oracoes-de-missionaria-sobre-filho-desaparecido.html

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

O SONHADOR: OS SONHOS DA PRISÃO. Gn 40:1-23

21.08.2020
Do canal do pr Irineu Messias, no Youtube, 19.08.2020 
Postado por Irineu Messias

 

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Fonte:https://youtu.be/nREhBqf2Sfc

Sucot – A festa dos tabernáculos (cabanas)

 21.08.2020

Do blog GOSPEL PRIME, 25.09.2015

Por Alexandre Dutra*

Festival judaico que se inicia no dia 15 de Tishrei relembra os 40 anos de êxodo dos hebreus no deserto após sua saída do Egito.

Com o término das festas temerárias de Rosh Hashaná e Yom Kipur temos a celebração da festa dos Tabernáculos, ou das Cabanas, chamada em hebraico de Sucot, onde o mandamento é: “e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias” (Lv 23:40b).

Nesta festa o israelita é convidado a celebrar a proteção, provisão divina e presença bendita de seu criador durante o tempo de Israel no Deserto, após a libertação da escravidão no Egito.

Portanto, Sucot diz respeito à peregrinação de 40 anos dos israelitas no deserto, período em que o povo habitou em tendas. Isso antes de conquistarem a Terra Prometida, quando passaram a habitar em casas e cidades que a Bíblia diz que eles não construíram (Dt 6:10-11).

Celebrando a festa

A Festa dos Tabernáculos é comemorada em 8 dias, sendo que o primeiro e o oitavo dia Shemini Atséret (oitavo dia de reunião solene) da festa se tornam um Shabat, dia de descanso solene (Lv.23:35-36).

No calendário judaico diz respeito aos dias 15 a 21 de Tishrei de 5779, que corresponde, em nosso calendário, aos dias 24 de Setembro a 1 de Outubro 2018.

Sucot também é conhecida como a Festa das Colheitas (Hag Haassif), por ser realizada durante as últimas colheitas do ano em Israel, no Outono (Deuteronômio 16:13-15).

Nesse período os campos estão cheios, os pomares carregados e as vinhas preparadas para a colheita (Lv.23:39). Aqui está o tom de Sucot – alegria, festividade e gratidão pelo cuidado divino do Deus de amor, que é o seu provedor.

Assim como as demais festas solenes do Senhor, Sucot tem caráter de estatuto perpétuo para Israel, passando de geração a geração: “E celebrareis esta festa ao SENHOR por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis” (Lv.23:41); fato que se confirma pela história do povo judeu até os dias de hoje.

Os principais requisitos durante a festividade de Sucot são: construir uma Sucá (tenda/cabana), que pode ser feita de madeira ou outro material e montada no quintal ou na varanda para lembrar a peregrinação de Israel no deserto; habitar em tendas, cobertas com folhas de palmeiras, durante os dias da festa: “Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas” (Lv 23:42); comer as refeições na Sucá e também ali dormir, a menos que chova.

A Sucá, que não é uma fortaleza e sim uma habitação frágil e temporária, serve para lembrar ao homem que ele depende da proteção divina e que a vida nesse mundo é passageira, somos todos peregrinos.

Outros ritos

Judeu com etrog nas mãos para comemorar o Sucot. (Foto: Esther Wechsler / Unsplash)

Ainda existem outros ritos da tradição judaica, como por exemplo, as Arbá Minim (Quatro Espécies), conforme Levítico 23:40: “E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias”, em hebraico são: Etrog (fruta cítrica), Lulav (ramo da palmeira), três Hadasin (ramos de murta, ramo de árvore frondosa-espessa-tamareira) e duas Aravot (ramos de salgueiro); todas juntas na mão do judeu falam da unidade e da interdependência uns dos outros.

O Talmud vê no ramo da palmeira (Lulav) a força religiosa; na murta (Hadas), a força da inocência; no salgueiro (Aravá), a força da modéstia; e no Etrog (espécie de limão), a força da amenidade e amor ao próximo.

Segundo o Midrash (Yalcut), a união das quatro espécies que formam o Lulav é o símbolo da união e fraternidade entre o povo judeu.

O propósito da Sucá

A Festa das Cabanas tinha como propósito lembrar ao israelita a fragilidade da vida, através dos sete dias habitando em cabanas simples e desprotegidas.

Um outro propósito intrínseco à festa é lembrar aos israelitas de sua dependência do Deus provedor, através da abundante colheita, do fruto da terra que saciaria e alimentaria a nação inteira, incluindo filhos e filhas, servos e servas, órfãos e viúvas, levitas e estrangeiros, ou seja, todos aqueles que viviam na Terra de Israel (Dt.16:13,14).

Judeus religiosos ou seculares até hoje fazem a Sucá no quintal de casa, na varanda do apartamento, ou em outro lugar apropriado, não só para lembrarem da realidade que seus antepassados viveram, mas para proporcionar uma experiência à atual geração, ao menos em parte, a fim de que saibam que Deus fez com que os filhos de Israel habitassem em tendas no Deserto (Lv.23:43).

”Significado profético de Sucot: A encarnação do Messias

Judeus no Muro das Lamentações. (Foto: Tim Mossholder / Unsplash)

O Tabernáculo de Israel era símbolo da presença de Deus no meio de seu povo: “E porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma de vós não se enfadará. E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo. Eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos tirei da terra dos egípcios, para que não fósseis seus escravos; e quebrei os timões do vosso jugo, e vos fiz andar eretos” (Lv.26:11-13).

Posteriormente, o Templo de Salomão em Jerusalém, que substituiu o Tabernáculo, passou a ser o lugar da “morada” de Deus entre o seu povo (1 Reis 8:1-11; 2 Crônicas 7:1-3).

Sucot aponta como uma tipologia para a encarnação do Messias-Jesus, conforme lemos no Evangelho de João: “E o Verbo se fez carne, e habitou [tabernaculou-se] entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo.1:14). Assim como Deus estava entre o povo de Israel através do Tabernáculo, o Messias estaria, através da sua encarnação, manifestando o Pai: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo.1:18).

Ainda no Evangelho de João encontramos menção à Festa dos Tabernáculos: “E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos” (Jo.7:2).

Durante os sete dias da festa um sacerdote especialmente separado carregava água num cântaro de ouro do tanque de Siloé para ser derramado numa bacia aos pés do altar pelo Sumo-Sacerdote (Stern, 2008, p.205). Isto era uma petição simbólica por chuva e um claro ato profético sobre o derramar do Espírito Santo, conforme profetizado por Isaías: “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes” (Is.44:3).

Nesse momento o sumo-sacerdote proclama o Salmo 118, chamado cântico dos degraus, onde encontramos declarações como: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina (…); Salva-nos, agora, te pedimos, ó SENHOR e Bendito aquele que vem em nome do SENHOR” (Sl.118:22, 25a, 26a,).

Jesus subiu a Jerusalém para participar desta festa (Jo.7:10) e no exato momento em que o Sumo-Sacerdote fez a declaração acima, sendo o último dia, o grande dia da festa (Jo.7:37a) o Senhor Jesus levantando-se declarou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo.7:37b-39). O resultado foi que muitos reconheceram que ele era o profeta que havia de vir (Jo.7:40 cf. Dt.18:15-18).

Vimos a presença do Pai no Filho, e agora a Igreja, isto é, cada crente nascido de novo, é a moradia de Deus na terra, conforme o Senhor mesmo prometeu: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo.14:23). Sobre o ministério do Espírito Santo, o Senhor Jesus disse o seguinte: “habita convosco e estará em vós” (Jo.14:17b).

O que temos é a profecia cumprida, Deus habitando no homem por meio do seu Espírito: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co.3:16).

O reino messiânico

A Festa de Sucot também tipifica o Reino Messiânico: “e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap.20:4).

De acordo com as Escrituras Sagradas, Sucot é a mais universal de todas as festas judaicas, ou seja, engloba todas as nações do mundo.

O profeta Zacarias profetizou que um dia essa festa será celebrada por toda a humanidade: “E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o SENHOR, e um será o seu nome. E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos” (Zc. 14:9,16).

Os sábios judeus ensinam, com base na passagem acima do profeta Zacarias, que na festa de Sucot Deus decide assuntos relativos às chuvas – se serão abundantes ou não, se serão fonte de bênção ou não, no ano que está por vir.

O Talmud nos diz, no Tratado Rosh Hashaná 1:2: “Na festa (de Sucot), o mundo é julgado na questão da chuva”. Portanto, o propósito era levar Deus a decretar um ano de chuvas abundantes e prosperidade para o mundo todo.

Esse tom messiânico de Sucot é reconhecido até os dias de hoje, conforme afirmou o rabino Lamm: “Sucot, assim, incorpora um ideal messiânico que é transmitido para todo o mundo”.

O Reino eterno

E por último Sucot aponta para o Reino Eterno de Deus como podemos ler nas palavras inspiradas do apóstolo Paulo: “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1Co.15:24,28). Assim, o governo eterno de Deus visto pelo profeta Daniel terá o seu cumprimento na história da redenção (cf. Daniel 2:44-45).

Como desejo de estarmos na presença bendita do Senhor, transcrevo a declaração do salmista que diz: “Habitarei no teu tabernáculo para sempre; abrigar-me-ei no esconderijo das tuas asas” (Sl.61:4).

Sucot, portanto, é um convite para habitarmos com o Pai, diante dele, na casa dele, em comunhão com ele, através do Filho! Tem coisa melhor?

*Alexandre Dutra. Pastor Batista, Diretor dos Amigos de Sião, Mestre em Letras - Estudos Judaicos (USP).

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Fonte:https://www.gospelprime.com.br/sucot-a-festa-dos-tabernaculos/

quarta-feira, 19 de agosto de 2020