Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador APOLOGÉTICA CRISTÃ. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador APOLOGÉTICA CRISTÃ. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 30 de junho de 2016

HERESIAS EVANGÉLICAS: MODISMOS

30.06.2016
Do blog DEFENDO A FÉ

A UNÇÃOS DOS QUATRO SERES

Está se tornando cada vez mais comum entre a juventude evangélica brasileira se falar na tal “unção dos quatro seres”. O que isso seria exatamente? Baseando-se em Ap.4:6-8 que descreve quatro seres viventes, um semelhante ao leão, outro semelhante a águia, outro semelhante ao novilho e outro semelhante ao homem, alguns ministérios estão tolerando e incentivando que pessoas em estados alterados de consciência imitem os seres descritos. Um ruge como leão, outro bate os braços como se fosse uma águia, outro imita um novilho, e o que supostamente teria a “unção do homem” começa a chorar.

Em primeiro lugar o termo “unção dos quatros seres” não aparece em nenhum lugar das Escrituras. Em toda a historia do cristianismo, não existe qualquer referência à referida unção. Além do mais, os seres dizem: Santo, Santo, Santo, em vez de rugir, chorar ou coisa parecida.

O Pastor Derek Prince em seu livro “Proteção contra o Engano” falando sobre esse assunto, cita manifestações que presenciou em cultos pagãos na África, onde as pessoas em transe recebiam “espíritos de animais” e começavam a agir como tais, rugindo como leão, dando cabeçadas em arvores igual aos elefantes e por ai vai. Não é preciso ir tão longe para presenciar esse tipo de coisa. Em terreiros de cultos afro-brasileiros também são comuns esse tipo de manifestações. Quem tem experiência em lidar com pessoas possessas sabe que não é raro os demônios manifestados agirem como animais.

Falsos Mestres na Igreja

A Bíblia nos alerta sobre o surgimento de apóstatas, falsos mestres, falsos profetas, sinais e prodígios da mentira que enganariam até os escolhidos.

Mateus 7:15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

Mateus 24:11 E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.

Marcos 13:22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.

2 Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

1 João 4:1 Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.

É natural que alguém questione: “Como seria possível alguém que começou seu ministério fazendo a obra de Deus se torne um falso profeta propagador de heresias?”

A Bíblia predisse que isso aconteceria:

1 Timóteo 4:1 Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.

Aqui o verbo grego traduzido como apostatar, é afisthmi (aphistemi) que significa literalmente: abandonar, deixar, afastar-se. Portanto, o texto se refere a pessoas que estão na verdadeira fé e se afastam dela, sendo seduzidos por ensinos demoníacos. Portanto não é nenhum absurdo pensar que certos ministérios que começaram bem, tenham sido seduzidos por heresias perniciosas.

Jesus disse que os falsos profetas operariam sinais e prodígios, por tanto o fato de alguém operar milagres não indica aprovação divina. Deus é soberano, o fato de Deus curar alguém durante a pregação de um divulgador de heresias não prova que ele está compactuando com as mentiras que estão sendo pregadas ou com a extorsão financeira feita por certos pregadores. Jesus disse que muitos operariam sinais em seu nome mais ele lhes dirá abertamente que nunca os conheceu.

Quando o culto se torna um “surto”.

1 Coríntios 14:33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

Imaginem uma igreja onde um grita histericamente, o outro pula desordenadamente, outro rodopia, alguns imitam animais, outros falam em línguas o mais alto que podem em clara desobediência a 1 Coríntios 14:28. Isso é ou não é confusão? Pois isso é o famoso movimento de adoração extravagante que tem trazido a cena a tal “unção dos quatro seres” que por si só escandaliza crentes e incrédulos.

Como desculpa para justificar práticas estranhas nas Escrituras gostam de citar:

Isaías 43:19 Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo.

Texto sem contexto é pretexto! Essa passagem é escatológica e se refere ao Milênio e não a manifestações na igreja. Um vez alguém disse que Deus iria escandalizar a Igreja nesses dias. Referindo-se a certas manifestações. Mas que utilidade teria para Deus, escandalizar seu povo? A Bíblia diz:

Mateus 13:41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade.

1Coríntios 10:32 Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.

2 Coríntios 6:3 não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado.

Por tanto carece de bases Bíblicas essa tal “unção dos quatro seres”, a qual tem trazido confusão assim como outras praticas semelhantes. Lembremos da advertência de Jesus a igreja de Tiatira
Apocalipse 2:20 Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
Não devemos tolerar falsos profetas em nosso meio ensinado heresias. Vamos banir de nosso meio, modismos heréticos, que estão invadindo as igrejas e provocando alienação e apostasia.
Por Francisco Belvedere Neto
Este artigo foi enviado por e-mail.

A CASA DE DAVI

Uma das características de grande parte da Igreja Evangélica Brasileira é a sua avidez por novidades. Vários segmentos evangélicos não se contentam mais com a antiga doutrina pregada pelos apóstolos e pais da Igreja — que uma vez deturpada foi mais tarde defendida pelos reformadores — e vivem numa busca constante de novidades e modismos doutrinários. Nos últimos anos, vimos vários ensinos e práticas controvertidos invadir os púlpitos e infestar a mídia evangélica, tais como, quebra de maldições hereditárias, cura interior, espíritos territoriais, mapeamento espiritual, galacionismo (que é a tentativa de levar a igreja à práticas e ensinos do Velho Testamento, como a guarda do sábado e das festas de Israel), dentre muitos outros, não nos esquecendo do movimento G-12 / Encontro que mais tem dividido igrejas atualmente.
A Casa de Davi era uma designação muito comum que os profetas da Bíblia davam à linhagem , aos descendentes ou a família do rei Davi.
Quando a Palavra de Deus registra “ Casa ”, em muitas vezes se referia à família, ou descendentes de uma pessoa, Casa de Davi, ou Casa de Jacó.
Davi foi ‘ um homem segundo o coração de Deus ’,I Samuel 13:14, Davi se aproximou de Deus e O agradou de tal modo que Deus lhe fez uma promessa jamais feita a qualquer homem sobre a face da terra : “Teu trono (Davi) será firme para sempre”, II Samuel 7:16, ou seja a Casa de Davi existirá para sempre, jamais terminará.
Conhecemos esta promessa como “ A Aliança Davídica ”, I Samuel 7:8-17, esta aliança dava a Davi:
1) a promessa da posteridade da Casa de Davi, ou da família de Davi;
2) um trono simbólico de autoridade real;
3) um reino, ou governo sobre a terra;
4) certeza de cumprimento, pois as promessas a Davi “ serão estabelecidas para sempre ”
5) de sua semente viria o PROMETIDO;
6) o Messias sentar-se-ia no trono de Davi eternamente.
Dessa maneira, a promessa messiânica feita pela primeira vez em Gênesis 3;15, e depois a Abraão, Isaque, Jacó e Judá, agora se concentram na Casa de Davi.
Depois que esta promessa foi feita pessoalmente a Davi, Deus fez questão de lembrar a Salomão, e aos demais descendentes de Davi, que nasceram após a sua morte; Em mais de uma vez nos Salmos, e por meio dos profetas Amós, Isaías, Miquéias, Jeremias e Zacarias, num período de 500 anos Deus sempre lembrava da promessa : “ Seu trono (Davi) não terá fim ”.
Como a Casa de Davi seria novamente estabelecida? 500 anos se passaram desde que Deus lhe havia feito a promessa, Davi estava morto, cremos que Deus tem poder de ressuscitar, mas não foi este o caso, o profeta Amós nos deixa claro que a Casa de Davi estava caída e seria levantada novamente, Amós 9:11,12, na época de Amós a monarquia davídica estava em condições aviltantes, com base neste versículo, os rabinos talmúdicos chamam o Messias de Bar Nafli ( “ o filho dos caídos ” ) o . Mas Ele Si levantará, Malaquias 4:2. Sim a Casa de Davi seria levantada mas não por Davi, e sim por seu descendente, pois as promessas apontavam para isto.
O Profeta Isaías deixa isto claro no capítulo 9:6,7 : “Um menino nos nasceu, e o principado esta sobre os seus ombros….deste principado jamais terá fim sobre o trono de Davi” de quem Isaías estava falando? “ E tu Belém Efrata (cidade de Davi) de ti sairá o que será o Senhor a Israel ” Miquéias 5:2,4, perguntamos que descendente de Davi nasceu em Belém ?
O profeta Zacarias registrou : “Naquele dia a casa de Davi será como DEUS”, 12:8, como isto poderia acontecer ? Somente um herdeiro de Davi que nasceria de uma virgem, portanto um verdadeiro homem, mas também “Emanuel” Deus conosco, o poderoso de Deus, o Pai eterno, o Príncipe da Paz. (Isaías 7:13,14; 9:6,7; 11:1; Jeremias 23:5; Ezequiel 34:23;37:24; Oséias 3:4,5)
Passaram-se os anos, na plenitude dos tempos, o anjo Gabriel foi enviado a Maria, em Nazaré, a qual era da família, da casa de Davi, e lhe disse: Maria …eis que conceberás e darás a luz um filho, e por-lhe-ás o nome de JESUS, este será grande, e será chamado filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o TRONO DE DAVI seu pai, e REINARÁ ETERNAMENTE…E O SEU REINO NÃO TERÁ FIM” Lucas 1:30-33
Sim em JESUS CRISTO a promessa feita a Davi se cumpriria, JESUS como homem é seu representante, tem em Si a linhagem de Davi, é seu descendente legal, conforme Romanos 1:3 “ o qual, (Jesus) veio da descendência de Davi ”, pois ambos, José e Maria, descendem de Davi, sendo José descendente de Nata filho de Davi e Maria descendente de Salomão também filho de Davi, conforme registra a genealogia de ambos em Mateus 1: 1 ao 23 e Lucas 3:23 ao 38.
“Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos”. – (ATOS 15:18) Tiago usa a profecia de Amós 9:11,12 , pois uma discussão havia se generalizado , deveriam os gentios tornarem-se judeus, se circuncidando antes de se tornarem cristão? O próprio Tiago mostra os seguintes elementos do plano divino neste texto de Amós :
1) O chamamento dentre os gentios de um povo para o nome do Senhor
2) “ Cumpridas estas coisas (isto é, o chamamento), voltarei ”
3) “Reedificarei o Tabernáculo caído de Davi”. Cristo levou o título do trono de Davi com Ele para o céu, assegurando que Davi jamais teria falta de um homem para sentar no seu trono e antevendo o restabelecimento do governo davídico sobre Israel conforme II Samuel 7:8-17 e Lucas 1:31 – 33.
4) “ Para que os demais homens (israelitas) busquem ao Senhor” Zac 12:7,8; 13:1,2
5) “ Todos os gentios ” Miq 4:2; Zac 8:21,22.
Entendemos que esta profecia se cumpriu em parte, pois Jesus já levantou a casa de Davi, o título esta com Ele no Céu, os demais homens e os gentios já tem buscado ao Senhor, cremos que na volta do Senhor Jesus, esta profecia se cumprirá totalmente .
Devemos vigiar para não cair na ‘lábia’ daqueles que surgem dizendo que receberam ‘ revelações ’, de que são os ‘escolhidos’ , há ensinamentos que dizem que Deus havia sido ‘destronado’, pergunto : Teria alguém este poder de destronar Deus ? ou seja arrancar Deus de Seu trono ?, a palavra mesmo diz que o reino de Deus é eterno.
A Casa de Davi já foi reerguida por Jesus Cristo seu legal herdeiro, e isto há dois mil anos atrás, porém há alguns que hoje querem se tornar um outro ‘herdeiro’ ou ‘escolhido’ para fazer esta obra, que Cristo já fez.
Devemos vigiar, sermos astutos, pois pessoas se levantam para fazer o que Cristo já fez por nós, outros querem ser co-redentores, ou ‘ ajudadores ’ de Cristo para ‘edificar’ a Casa de Davi, como posso edificar algo que Cristo já edificou, seria o mesmo de dizer que Cristo não fez bem feito mas agora Deus ‘escolheu’ alguém para o fazer, Misericórdia.
Não é de hoje que surgem no arraial evangélico pessoas com a ‘poção mágica’ , ‘inventores da pólvora’ , aqueles que ‘descobriram’ receberam a revelação e isto não num quarto de oração ou numa mata na vigília, mas muitas das vezes dentro de uma lanchonete, imagina o barulho, a atenção.
Este não será o último vento de doutrina a invadir o arraial evangélico. Seus líderes atuais já abraçaram outros modismos no passado e certamente, abraçarão outros que virão. Por esta razão, deixamos aqui um alerta ao povo de Deus: Todo líder, igreja ou ministério que se abrem para um vento de doutrina, um modismo doutrinário ou uma aberração teológica, estarão sempre abertos para a próxima onda quando aquela já arrefeceu. Que Deus nos ajude a permanecermos constantes, firmes na Rocha!
CONCLUSÃO
Muito ainda poderá ser dito, mas este opúsculo nos deixa claro o seguinte:
A Casa de Davi já esta levantada, e isto foi realizado por JESUS CRISTO seu herdeiro legal
A Casa de Davi não pode significar um ministério, ou uma Igreja, mas se funde na pessoa do SENHOR JESUS
Por dedução poderíamos dizer que também fazemos parte da casa de Davi, ou seja, da linhagem real, uma vez que somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, e Ele nos comprou com seu sangue e nos constituiu como rei e sacerdotes, poderíamos ser a ‘ casa de Davi espiritual ’ , mas este pensamento abriria muitos precedentes e confusão, este caminho da dedução e do ‘achômetro’ é perigoso, pois como a casa de Davi é Deus Zac. 12:8 , ou seja é o próprio Senhor Jesus, nós já nos desqualificamos neste ponto, pois somos criaturas, servos, filhos, obra das mãos de Deus.
Pr Afonso Martins Fernandes Neto
Colaborou Pr Sergio Grycuk
Obras consultadas:
Bíblia Thompson
Bíblia .Scolfilde
Manual Bíblico de Harley
O Plano Divino de N. Lawrence Olson
História de Israel
afonsopr@terra.com.br
Este artigo foi enviado por e-mail.

Ventos de Doutrinas – Modismos e Heresias Ameaçam Igrejas Brasileiras
Restauração da igreja primitiva com apóstolos e profetas

Ha mais de duzentos anos o mormonismo vem pregando uma “restauração” da igreja primitiva composta por Profetas, Apóstolos etc. Nesses últimos tempos uma doutrina parecida tem sido divulgada no Brasil por igrejas evangélicas em especial as adeptas do G12. Vale lembrar, que há séculos a Igreja Romana prega a doutrina da sucessão apostólica, tendo o Papa como sucessor de Pedro. O texto base de tais igrejas, normalmente é Ef.4.11, tirado de seu contexto. Jesus escolheu doze apóstolos, dos quais Judas escariotes se suicidou, ficando 11. Depois Matias foi acolhido apóstolo para ser junto com os onze testemunha da ressurreição do Senhor (At.1.21-26), posteriormente Paulo, foi chamado pelo próprio Senhor para ser apóstolo e mesmo assim se considerava um abortivo, como nascido fora de tempo por ter sido o ultimo a ver o Senhor (1 Cor.15.7-9). Se a instituição de apóstolos na igreja fosse algo necessário até a vinda do Senhor, Paulo não teria razão para fazer tal afirmação. Depois que morreu o ultimo apóstolo, nunca mais ninguém na igreja primitiva foi reconhecido ou ordenado Apóstolo. O dom de profecia é para a exortação edificação e consolação, não para dirigir a vida de ninguém ou para transmitir ordenanças a igreja, e muito menos para dar “autoridade” sobre quem quer que seja (cf.1Cor.14.3).
Confissão de Pecados aos Lideres
Tiago 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”
Esse texto tem sido usado para tentar provar que, temos que confessar nossos pecados para sermos de alguma forma, libertos. Certa vez ouvi um dos integrantes de uma banda gospel, vinculada a uma comunidade que pratica o G12, dizer que quem não confessar seus pecados aos seus pastores ou lideres, para que eles liberassem a “benção do perdão” , sofreriam ações diabólicas. Isso parece a doutrina católico romana da confissão auricular. O Texto Bíblico acima refere-se ao ensino de Jesus, sobre perdoar o irmão que pecar contra nós. Tiago está exortando a igreja à reconciliação e ao perdão mutuo. Veja, que antes dele falar em cura, ele fala em oração…”orai uns pelos outros para serem curados” é a ação divina em resposta a oração que cura e restaura, física e espiritualmente e não a confissão auricular. Somente a Deus devemos confessar nossos pecados.
Praticas Judaizantes
Valnice Milhomens, em entrevista à revista Vinde declarou:”Meu contato com Israel me mostrou várias coisas, como os dias proféticos, as alianças: seis’ dias trabalharás e ao sétimo descansarás. Êxodo 31 declara que o sábado é o sinal de uma aliança perpétua e da volta de Cristo.”
A Sra.Milhomens, contradiz frontalmente o ensino neotestamentario do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus ( Rom.14.5, Col 2.16, Ef.2.15, Gal.3.23-25). Da mesma forma a circuncisão era uma aliança perpetua e nem por isso ela a instituiu em sua igreja ( Gen.17 10-14). Esta Sra, já chegou declarar que Jesus vai vir em um Sábado de 2007, sendo que o próprio Senhor Jesus, declarou que o dia e a hora de sua vinda ninguém sabe. (Mat 24:36,43,50. 25:13)
MIR
As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor. Elas não são apenas judaicas; são, antes de mais nada, do Senhor, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23:1-44). (www.mir.org.br)
O Encontro de Levitas é um Encontro voltado para o resgate do Ministério Levítico dentro da Visão Celular no Governo dos 12. Esse encontro traz princípios e conceitos sobre os levitas, todo o histórico desde o seus surgimento até os nossos dias. http://www.mir.org.br
Com respeito a celebrar a festa dos tabernáculos veremos como era observada:
“ Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias.
Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis.
Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis.
“São estas as festas fixas do SENHOR, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio,” (Lev.23.34-37)
Resta saber se eles realmente observam a Festa dos Tabernáculos como está prescrito na Lei. Se eles não observam dessa forma, não estão observando o preceito. Se observam, estão anulando o sacrifício de Cristo, oferecendo holocaustos e sacrifícios. Isso mostra o grau de apostasia em que o MIR está envolvido O Apostolo Paulo deixa bem claro que não precisamos observar os dias santos e cerimônias judaicas ( Col.2.16, Gal. 4.9-11).
Levitas? Que absurdo! Não existe mais ministério levitico nos dias atuais. O ministério levitico como o próprio nome já diz se refere aos integrantes da tribo de Levi. Portanto é heresia grosseira querer instituir esse ministério na igreja. O Novo Testamento ensina que o ministério levítico cumpriu sua função e foi substituído pelo ministério de Cristo. (Heb 7:5-28)

Atos Proféticos

Mais um modismo! Esses atos proféticos estão baseados na crença de que o cristão faz ou diz, tem repercussão no mundo espiritual. Alguns chegam a blasfemar ensinado que assim como Deus, pela sua palavra falada, trouxe todas a coisas a existência, da mesma maneira, nós como sua imagem, podemos trazer coisas a existência pelo poder da palavra falada. Esse ensino é uma blasfêmia idolátrica, que procura assemelhar o homem a Deus. Esses atos proféticos normalmente tem como objetivo, “conquistar” cidades ou nações para o Reino de Deus. A palavra de Deus nos ensina a ganhar almas para o Reino de Deus através da pregação do evangelho de Jesus Cristo, e não através de “declarações de posse” ou de “orações reivindicatórias.” Líderes de diversas comunidades ligadas ao G12 e ao apostolado contemporâneo, estão planejando uma série de “atos proféticos” para a redenção do Brasil até 2007, o anos anunciado por Valnice Milhomens para o retorno de Cristo. O primeiro desses atos foi feito na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte e o ultimo está marcado para ser em Porto Alegre. Sinomar Ferreira falando sobre esses atos proféticos declarou: “Os atos proféticos são extremamente importantes, por que aquilo que é feito aqui na terra tem repercussão no céu” Isso mostra o caráter herético de tais atos, pois insinua que podemos manipular o mundo espiritual. Crença parecida com as dos Bruxos da Nova Era que acreditam poder manipular as forças da natureza através de palavras mágicas e encantamentos. [Vide o livro “A Sedução do Cristianismo” de Dave Hunt]
Que Pastores, lideres e membros de Igrejas, estejam vigilantes, para que ventos de doutrinas não invadam suas comunidades eclesiais, causando divisão e confusão em seu meio. Fica aqui um alerta: Antes de convidar alguém para pregar em suas igrejas, acampamentos, retiros etc. Procure se informar bem, sobre a linha doutrinária seguida por essa pessoa, para evitar futuros problemas.

QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DA IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA!
Por Francisco Belvedere Neto
Este artigo foi enviado por e-mail.

UNÇÃO DO RISO

I – INTRODUÇÃO

Atualmente há em todo o planeta distinto “avivamentos”. Um dos mais notórios é o das religiões orientais, particularmente do hinduísmo. O mundo ocidental está vendo nestes últimos dias uma invasão de gurus, lamas tibetanos, mestres iluminados, e uma infinidade de técnicas de meditação, yoga e cursos para alcançar “graus elevados de consciência”.
Em meio a tudo isto temos uma ala do movimento carismático (também chamado de neo-pentecostal) que decidiu ter sua própria versão comercial do misticismo oriental para não ficar atrás da conquista das massas. Este novo fenômeno religioso se chama “O Avivamento do Riso”, “A Unção do Riso”, “A Bebedeira Espiritual”, “A Bênção de Isaque” e “A Bênção de Toronto”.
Devem ser bem poucos os cristãos que no Brasil a esta altura ainda não ouviram falar da “Experiência de Toronto”. Até o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou reportagem especial sobre a “Bênção de Toronto”. Uma onda de manifestações físicas, incluindo prostrações, estremeções e especialmente riso tem assolado, e ainda assola as igrejas em várias partes do mundo.

II – O FENÔMENO DE TORONTO E SUAS RAÍZES

A. A expressão:
O nome “Benção de Toronto”, ou “Unção do Riso”, como prefiro chamá-la, tem sido aplicado a estes fenômenos porque a mais importante erupção destas manifestações ocorreu na Igreja Vineyard do Aeroporto de Toronto. Na verdade, não há nada que seja novo nestes fenômenos.
B. Suas Raízes:
Rodney Howard-Browne, segundo todos os estudos que existem a respeito do fenômeno, a figura mais respeitada atrás do controvertido fenômeno. Ele é considerado o – “barman de Deus”.
C. Principais Promotores
Nos Estados Unidos a maioria dos pregadores da prosperidade como, por exemplo: Oral e Richard Roberts, Pat Robertson, Paul Crouch, Kenneth Copeland, Francis e Charles Hunter, Benny Hinn. Temos ainda na Inglaterra Colin Day (que já esteve várias vezes no Brasil), Breed Flooker (que também já esteve no Brasil). São muitos os pregadores no Brasil que foram influenciados por esta nova onda ao ponto de hoje termos várias empresas de turismo fazendo vôos turísticos para Toronto levando vários pastores brasileiros para visitar a Igreja Vineyard do Aeroporto de Toronto.


III – DIVINO OU DEMONÍACO?

A comunidade evangélica em todo mundo está dividida a este respeito. Uns consideram esta experiência um sinal divino ainda que reconheçam que não tem respaldo bíblico, nem na história do cristianismo. Outros embora a considerem demoníaco, reconhecem que algo acontece (algo sobrenatural), porem, descartam totalmente a possibilidade que seja de origem do Espírito Santo; mas que se trata, crêem, de algo parecido com uma manifestação de terreiro de candomblé, umbanda ou até um transe como acontece nas reuniões dos gurus da Nova Era. Veja (I Co 14:29; I Ts 5:21; I Jo 4:1ss.)


IV – BEM VINDOS AO CIRCO DA ALEGRIA

Os cultos promovidos pelos pregadores são de aparência igual a qualquer culto numa igreja carismática ou pentecostal. Muito louvor e na hora da mensagem começam a falar que algo novo vai acontecer na vida das pessoas que ali estão, e que elas serão cheias de alegria naquela noite. Em meio às pregações começam a ouvir aqui ou ali pessoas rindo de uma forma incontrolável, algumas pessoas começam a dar gargalhada ao ponto de caírem no chão incontroláveis.
A chamada Igreja Vineyard do Aeroporto de Toronto é uma comunidade carismática que enfatiza as experiências místicas mais do que a Palavra de Deus e os valores cristãos objetivos. têm sido um dos centros de atenção mundial ao que o “Avivamnento do Riso” se refere. O que acontece nos cultos do pastor Randy Clark é bastante similar ao que acontece em todo mundo, apesar de existirem traços distintivos. Além das gargalhadas os participantes emitem sons de vários animais como “prova” de estar possuído por Deus. Mulheres rugem como leoas, homens bufam como touros, e uivam como lobos, gritam como aves. Em muitos destes cultos há uma participação muito grande de padres e freiras católicas que também recebem esse “poder”.

V – NEGANDO A BÍBLIA, A HISTÓRIA E A RAZÃO

É quase impossível que pessoas razoáveis e em sã juízo se deixem levar por este fenômeno. Ainda que seja normal o fato de o ser humano rir ao ouvir algo engraçado, pode ser considerados muitas vezes sintomas de demência a pessoa fazer isso sem causa alguma; muito, mas se isto acontece por um período de tempo prolongado. Minha experiência ao visitar vários manicômios e hospitais psiquiátricos, é que a maioria dos seus internos chegaram ali com estes sintomas.


VI – TORCENDO OS FATOS

Se é praticamente impossível que uma pessoa em sua sã consciência participe do Avivamento do Riso, o mesmo podemos dizer de qualquer cristão que conhece a Palavra de Deus e a história dos avivamentos cristãos. Sinceramente, o fenômeno da “Gargalhada Santa” não tem precedente algum, nem na Bíblia nem na História. Não só isso: é totalmente contrário e incompatível com os princípios que ensinou Nosso Senhor Jesus Cristo. Convencê-los do erro é outro assunto.


VII – OS FENÔMENOS DOS AVIVAMENTOS HISTÓRICOS

Os defensores dos fenômenos atuais astutamente lembram aos seus leitores que ocorreram fenômenos extraordinários nos avivamentos históricos. É verdade; no entanto, o mais estranho é que nenhum historiador de religião ou erudito de avivamento o tenha percebido em centenas de anos. Uma leitura atenta das evidências mostra que esses eram significativamente diferentes.


A. América do Norte

O nome que estão procurando associar hoje, na tentativa de defender o que está acontecendo, é Jonathan Edwards.


B. As Ilhas Britânicas

Um quadro similar emerge aqui, pois nos avivamentos todos os tipos de fenômenos se manifestaram. Todavia, de novo, os líderes dos avivamentos geralmente procuravam distinguir a obra de Deus da de Satanás, e desencorajar ou proibir as manifestações que pareciam originar-se de Satanás.


VIII – FENÔMENOS ACONTECENDO EM OUTRAS RELIGIÕES

O problema da unção do riso tem afetado não apenas o meio evangélico, mas também a outros movimentos religiosos, como por exemplo: Hinduísmo, Meditação Transcendental, seitas da Nova Era, além de técnicas de hipnose etc.


IX – REFUTAÇÃO BÍBLICA

Os que favorecem a “Experiência de Toronto” freqüentemente citam certos textos ou incidentes bíblicos em apoio à sua causa. (Salmo 23.2)
A. Velho Testamento
1. Abraão caiu num sono profundo, conforme Gn 15.12
2. Saul em I Sm 19
3. II Cr 5.13,14
4. Daniel caiu amedrontado com o rosto em terra Dn 8.17
B. Novo Testamento
1. Caiam em adoração Mt 2.11 ou para rogar-lhe socorro Mc 1.40
2. Caiam de medo Mt 17.6; Mt 28.4
3. A experiência de Pedro At 10.10
4. A experiência de João Ap 1.7

X – O PERIGO DO ENGANO

Um dos mais sérios perigos que defrontam o avivamento é a incapacidade demonstrada por líderes e liderados de discernir entre a obra de Deus nas almas dos homens e a obra do diabo no contra-avivamento.
A. A Necessidade de Discernimento
Há pelo menos meia dúzia de passagens no Novo Testamento que falam da astúcia e das manhas do maligno. (II Co 11:13, 14 e Ef 6:11).
B. O Mandado para Julgar
Não se deve confundir realidade com legitimidade. Numa época de experiências religiosas sem conteúdo, a atração exercida por fenômenos espirituais poderosos é muito maior do que a da sua legitimidade.


XI – DISCERNIMENTO E MENTE SÃ

Um dos aspectos mais estarrecedores dos pregadores é a seguinte exortação: “Não tente usar a sua mente para entender isto. Apenas o receba”. Isso é completamente contrário ao ensino do Novo Testamento. O apóstolo Pedro, ao instar com seus leitores, e conosco, a que nos preparemos para servir a Deus, escreve: “Cingi os lombos do vosso entendimento”(I Pe 1.13 (RA), cf. 4.7; 5.8).


XII – CONCLUSÃO: CRISES E VALORES TEOLÓGICOS EM CAOS

A existência e popularidade do fenômeno conhecido como Avivamento do Riso devem preocupar qualquer pessoa sensata, mesmo que seja remota a possibilidade de que se deixe enganar por ele. Deve ser motivo de reflexão tanto para o pastor como para as ovelhas ver milhões de pessoas caindo na gargalhada santa ou latindo como cachorros, rugindo como animais e agindo como verdadeiros beberrões num show onde usam o nome de Deus. Quantas pessoas podem deixar sua razão em troca de experiências místicas que as levam a um profundo caos teológico e intelectual. O fato é que este mesmo tipo de pessoa pode levar vidas aparentemente normais fora desses cultos religiosos e, ainda que alguns deles pretendam estudar de vez em quando a Bíblia, faz o assunto todavia mais preocupante, pois isto quer dizer que os princípios mais elementares da genuína espiritualidade e do raciocínio têm sido transtornados.
O perigo não tem limite e legitima a pergunta: Uma vez que uma seita pode induzir seus seguidores a praticarem o suicídio coletivo como aconteceu agora com 39 pessoas nos Estados Unidos, ou outras vezes induzir seus seguidores a entregar grande quantia de dinheiro, a latir, a babar como um louco sem motivo algum, o que acontecerá depois? Qual será a próxima experiência que nos oferecerão? Já que têm sido removidos os limites de sã teologia e do sentido comum, a resposta é: Qualquer coisa. Nós estamos a mercê disto e mil tipos distintos de gurus carismáticos sem escrúpulos que têm acesso direto a consciência de seus seguidores.
Jim Jones, em Guiana, Mangayonon Butog, nas Filipinas, Park Soon Ja, na Coréia do Sul, David Koresh, em Texas, Luc Jouret, em Cantão de Friburgo e Marshall Appelewhite, no Rancho Santa Fé sobreenfatizaram as experiências subjetivas, anularam a razão seus respectivos adeptos e logo sobreveio a tragédia. Com o movimento Avivamento do Riso as portas estão aberta a todo tipo de abuso.
Haverá no século XXI uma religião mundial única que imponha as experiências subjetivas sobre a razão, a sã teologia e a verdade objetiva? Será substituído o cristianismo por técnicas metafísicas da Nova Era para induzir a estados alterados de consciência? Continuará enfatizando estranhas revelações em vez da Palavra de Deus? Continuará a presente tendência a utilizar a religiosidade como simples escalão para obter prazer através das experiências esotéricas? Seremos perseguidos pelos poderosos impérios desses gurus ao negarmos a reconhecer as tais experiências como divinas? A resposta a  todos aqueles que ainda têm raciocínio, famílias e valores cristãos que defender. Façamos algo para impedi-lo. Promovamos ativamente o genuíno cristianismo, o estudo sério da Bíblia e denunciemos claramente seus perigos e erros.

Autor: Joaquim de Andrade
Colaborou com este artigo: Pr. João Flávio Martinez
Apologista, Pesquisador e Presidente do CREIA.

*****
Fonte:https://defendendoafe.wordpress.com/doutrinarios/modismo/

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A Vida e o Ministério de Agostinho de Hipona

15.02.2016
Do portal MINISTÉRIO FIEL, 12.03.2014
Por Alderi Matos

Na mesma época em que se desenrolavam na igreja grega ou oriental as controvérsias cristológicas, viveu no Ocidente aquele que seria considerado o maior dos pais da igreja – Aurélio Agostinho. Por sua genialidade, produtividade e influência, ele é considerado o equivalente latino do brilhante Orígenes. Agostinho foi o último dos grandes escritores cristãos da antiguidade e o precursor da teologia medieval, tendo também influenciado profundamente a teologia protestante do século 16. Ele deu à teologia ocidental características que a destacaram da oriental e contribuíram para o rompimento final das duas tradições.
O famoso bispo introduziu no pensamento cristão o conceito de “monergismo” (de monos = “um só” e ergon = “obra”), ou seja, que tanto na história humana como na salvação a atuação de Deus é plenamente soberana, em contraste com a posição “sinergista” aceita por vários séculos, com sua ênfase na cooperação das agências humana e divina. Essa posição de Agostinho nunca foi totalmente aceita pela sua igreja e foi rejeitada pela igreja oriental. Ainda assim, ele foi declarado um dos quatro doutores da igreja latina, ao lado de Ambrósio, Jerônimo e Gregório I.
Por causa da sua autobiografia, as Confissões, a vida de Agostinho é a mais conhecida dentre todos os pais da igreja. Ele nasceu em 354 em Tagaste, no norte da África (a moderna Argélia), não longe da grande cidade de Cartago (na atual Tunísia), e recebeu o nome de Aurelius Augustinus. Seu pai, Patrício, um funcionário público de classe média, era um pagão que só se converteu pouco antes de morrer em 372. A mãe, Mônica, era uma cristã piedosa de forte personalidade.
O jovem estudou em sua cidade natal e depois em Madaura e Cartago. Destacou-se na retórica latina, mas não conseguiu dominar a língua grega. Embora fosse um catecúmeno desde a infância, tinha paixão pelo teatro e somente disciplinou a sua sexualidade através da união com uma concubina (372-385), que lhe deu um filho, Adeodato, falecido por volta de 390. Desiludido com a Bíblia e fascinado pela filosofia através da leitura de uma obra do orador romano Cícero (Hortênsio), Agostinho voltou-se para o maniqueísmo, uma seita gnóstica, e depois para o ceticismo. Tornou-se professor de retórica em Tagaste e Cartago, e foi então para Roma (383) e Milão (384), sendo logo seguido por sua mãe, que estava interessada em seu progresso profissional e em seu retorno à igreja.
Em Milão, o jovem retórico recebeu a influência da filosofia neoplatônica, que o convenceu da existência do Ser transcendente imaterial e lhe deu uma nova compreensão do problema do mal como corrupção ou ausência do bem. Impressionou-se com a eloquência erudita e com a pregação alegórica do grande bispo Ambrósio (c. 339-397), considerado o maior orador sacro da antiga igreja latina.
Sua peregrinação culminou em agosto de 386 com a célebre experiência do jardim, narrada com detalhes nas Confissões. Enquanto conversava com o amigo Alípio sobre a mensagem do apóstolo Paulo, Agostinho sentiu-se tomado de profunda emoção. Afastando-se, ouviu uma criança cantar repetidamente tolle lege(“toma e lê”). Abrindo ao acaso a carta aos Romanos, leu os versos 13 e 14 do capítulo 13, convertendo-se afinal. Abandonando a carreira pública, abraçou a vida monástica e foi batizado por Ambrósio na páscoa de 387.
Ao retornar a Tagaste, após a morte de Mônica em Óstia, perto de Roma, começou a escrever contra o maniqueísmo e formou uma comunidade contemplativa. Ao fazer uma visita a Hipona, hoje na Argélia, foi ordenado sacerdote quase à força (391). Tornou-se bispo coadjutor em 395 e no ano seguinte, bispo de Hipona, cargo que exerceu até sua morte em 430. Sendo agora um líder da igreja e defrontando-se com grandes desafios, sua perspectiva transformou-se de modo decisivo. Passou a ter uma visão mais radicalmente bíblica do ser humano e da história, em contraste com o seu anterior humanismo otimista neoplatônico.
A teologia de Agostinho foi forjada e amadureceu no contexto de três grandes controvérsias nas quais se envolveu, a começar da sua luta contra os maniqueístas. Estes eram seguidores do profeta persa Mani (c. 216-276), que foi martirizado pelos romanos. Criam em duas forças eternas e iguais, o bem e o mal, em luta perpétua. Assim como os gnósticos, atribuíam o mal à matéria, criada pelo princípio do mal, e o bem ao espírito, criado pelo Deus bom. A alma ou espírito do homem era uma centelha do poder benigno que havia sido roubada pelas forças malignas e aprisionada na matéria. Quando jovem, Agostinho se sentira atraído por essa filosofia religiosa, que parecia explicar melhor que o cristianismo algumas das questões mais importantes da existência. Mais tarde, decepcionou-se com o movimento, principalmente após uma conversa com Fausto, o filósofo maniqueu mais importante.
Em sua principal obra contra o maniqueísmo, Da natureza do bem (c. 405), Agostinho argumentou que não é preciso admitir duas forças iguais e opostas no universo (dualismo) para explicar o mal. Este não é uma natureza ou substância, mas a corrupção da natureza boa criada por Deus ou uma privatio boni (ausência do bem). Ele usou dois argumentos: metafísico (toda natureza criada é inferior a Deus e passível de corrupção) e moral (o mal moral decorre do uso impróprio do livre-arbítrio). Agostinho utilizou a filosofia (no caso o neoplatonismo) contra o maniqueísmo, adaptando-a à fé cristã, algo que vinha sendo feito desde a época de Clemente de Alexandria e Orígenes, por causa do entendimento de que toda verdade é verdade de Deus, venha de onde vier. Ao mesmo tempo, discordou do neoplatonismo quanto à natureza de Deus (pessoal em contraste com o Uno impessoal) e à criação do mundo (a partir do nada ou ex nihiloem contraste com a eternidade da matéria). Com a ajuda da filosofia, Agostinho demonstrou racionalmente a superioridade do cristianismo e forneceu padrões para o pensamento cristão sobre temas como Deus, a graça, a criação, o pecado, o livre arbítrio e o mal. Empregou argumentos já conhecidos, porém de forma nova e atraente.
A segunda grande controvérsia de que Agostinho participou foi contra os donatistas. Esse cisma na igreja católica do norte da África, que resultou na formação de uma poderosa igreja rival, havia surgido após a última perseguição contra os cristãos, no início do 4° século (303-311). Os líderes iniciais do movimento, entre os quais estava um bispo chamado Donato, afirmavam que os bispos que tinham cooperado com os perseguidores romanos não eram legítimos e que os homens que eles haviam ordenado não eram sacerdotes cristãos. Os donatistas eram herdeiros da tradição rigorista ou moralista de O Pastor de Hermas e Tertuliano, e agora, na época de Agostinho, argumentavam que os bispos e sacerdotes católicos eram corruptos ou heréticos, e por isso os sacramentos que ministravam não eram válidos. Nessas alegações, apelavam inclusive aos escritos de Cipriano.
Ao lutar contra os donatistas, em obras como Sobre o batismo, Agostinho salientou duas questões: a natureza da igreja e a validade dos sacramentos. A ênfase principal dos donatistas era a pureza da igreja: esta era considerada a congregação dos santos, tanto na terra como no céu, sendo sempre um pequeno remanescente fiel. Rejeitando essa eclesiologia, Agostinho argumentou que os donatistas é que eram impuros, por destruírem a unidade da igreja e caírem no pecado do cisma. Para ele, a igreja inclui todos os tipos de pessoas, contendo em si tanto o bem como o mal (o trigo e o joio) até a separação definitiva no último dia.
Quanto aos sacramentos, ele insistiu que o batismo e a Eucaristia transmitem a graça de Deus ex opere operato, ou seja, “em virtude do próprio ato”, independentemente da condição moral e espiritual do oficiante. Os sacramentos provêm de Cristo e o seu poder e eficácia baseiam-se na santidade de Cristo, que não pode ser corrompida por ministros indignos “assim como a luz do sol não é corrompida ao brilhar através de um esgoto”. Portanto, um sacramento é válido mesmo quando ministrado por um sacerdote imoral ou herético, contanto que tenha uma ordenação válida e esteja em comunhão com a igreja. Ele é mero instrumento da graça de Cristo.
Sem dúvida, a controvérsia mais importante na qual se envolveu Agostinho, e aquela que trouxe consequências mais profundas para sua teologia, foi a que ele manteve contra o pelagianismo. Pelágio era um monge britânico que nasceu em meados do século 4°. Por volta de 405 ele foi para Roma e depois seguiu para o norte de África, mas não chegou a se encontrar com Agostinho. Foi então para a Palestina e escreveu dois livros sobre o pecado, o livre-arbítrio e a graça: Da natureza e Do livre-arbítrio. Embora criticado fortemente por Agostinho e seu amigo Jerônimo (†420), comentarista bíblico e tradutor daVulgata Latina, ele foi inocentado por um sínodo reunido na Palestina em 415. Todavia, foi condenado como herege pelo bispo de Roma (417-418) e pelo Concílio de Éfeso (431). Pelágio era um cristão moralista que achava que a crença numa tendência natural para o pecado era um desestímulo para que os cristãos vivessem vidas virtuosas.
Pelágio foi acusado de três heresias. Primeiro, negou o pecado original no sentido de culpa herdada, no que era acompanhado por muitos cristãos orientais. Dizia que as pessoas pecam porque nascem num mundo corrompido e são influenciadas pelos maus exemplos ao seu redor, mas que elas não têm uma tendência natural para pecar. Se elas pecam é porque decidem fazê-lo deliberadamente. Em segundo lugar, ele negou que a graça sobrenatural de Deus seja essencial para a salvação. Tudo de que os cristãos precisam é a iluminação dada pela Palavra de Deus e por sua própria consciência. Finalmente, afirmou a possibilidade, pelo menos teórica, de se viver uma vida sem pecado mediante o uso correto do livre-arbítrio. Todo ser humano se encontra na situação de Adão antes da queda, podendo optar por viver em perfeita obediência à lei de Deus.
Reagindo contra os ensinos de Pelágio, Agostinho desenvolveu a sua própria soteriologia, que parte de duas convicções centrais: a total corrupção dos seres humanos após a queda e a absoluta soberania de Deus. Suas principais obras antipelagianas foram: Do Espírito e da letra (412), Da natureza e da graça (415), Da graça de Cristo e do pecado original (418), Da graça e do livre arbítrio (427) e Da predestinação dos santos (429). Ele também tratou dessas questões em outras obras, tais como o Enchiridion (421) e A cidade de Deus (c. 413-427).
Apelando a ensinos do apóstolo Paulo, como Romanos 5.12-21, Agostinho afirmou que todos os seres humanos, inclusive os filhos dos cristãos, nascem culpados e totalmente corrompidos por causa do pecado de Adão e da natureza pecaminosa herdada dele, estando sujeitos à condenação eterna. Eles fazem parte de uma “massa de perdição”. Essa situação só é desfeita pelo batismo (o sacramento da regeneração), pelo arrependimento e pela graça sacramental. A vida cristã virtuosa é inteiramente uma obra da graça de Deus e de modo algum um produto do esforço humano ou do livre-arbítrio, sem a graça capacitadora. Por causa da corrupção herdada, o ser humano não tem liberdade para não pecar (non posse non peccare).
Para Agostinho, o livre-arbítrio era simplesmente fazer o que se deseja fazer, agir de acordo com a própria natureza, não incluindo a capacidade da escolha contrária, como era sustentado por Pelágio e seus seguidores. Assim, as pessoas são livres para pecar, mas não para não pecar: pecar é tudo o que elas querem fazer sem a graça interveniente de Deus.
Portanto, a graça soberana de Deus é absolutamente necessária para qualquer decisão ou ação positiva do ser humano caído. As criaturas humanas estão de tal modo corrompidas que, se Deus não lhes concedesse o dom da fé, nem sequer se voltariam para ele. Se fosse possível alcançar a retidão somente pela natureza e pelo livre-arbítrio, sem a graça sobrenatural, Cristo teria morrido em vão. Deus determina ou predestina de modo soberano tudo o que acontece.
Em sua última obra, Da predestinação dos santos, Agostinho afirmou que Deus escolhe alguns indivíduos do meio da massa humana de perdição para receberem a dádiva da fé, e deixa os outros em sua merecida perdição. É aquilo que mais tarde seria descrito como “eleição incondicional” e “graça irresistível”. Agostinho não explicou satisfatoriamente certas questões difíceis levantas pela sua soteriologia (Deus é o autor do mal? Como conciliar a soberania de Deus e a responsabilidade humana? Por que Deus não salva a todos?), deixando-as na esfera dos mistérios. Para ele, a verdade fundamental é o fato de que Deus é a causa suprema de todas as coisas e não há nada no universo que esteja fora do seu controle ou que possa frustrar a sua vontade.
Além da doutrina da igreja e dos sacramentos e da doutrina da graça, outra contribuição fundamental do bispo de Hipona foi sua exposição da doutrina trinitária no valioso tratado De Trinitate (Sobre a Trindade). Partindo do fundamento lançado pelos pais capadócios, cuja teologia conheceu por meio de Hilário de Poitiers, Agostinho deu mais ênfase à unidade da essência divina do que à diversidade de pessoas. Enquanto os capadócios partem da diversidade de pessoas para ir em direção à unidade, ele usa o processo inverso. Prefere falar em relações ao invés de pessoas (a unidade divina acima da diversidade). Ao explicar a procedência do Espírito Santo, diz que ele é o vínculo de amor entre o Pai e o Filho, o que deu origem ao debate medieval sobre a cláusula Filioque (“e do Filho”), presente no Credo Niceno.
Agostinho argumentou que todas as coisas, pelo fato de terem sido criadas pelo Deus triúno, levam a marca da Trindade. Assim sendo, deu uma contribuição inovadora ao introduzir o “modelo psicológico” da Trindade. Comparou a unidade de Deus com a unidade do ser humano e equiparou a Trindade a três faculdades internas da alma ou aspectos da personalidade humana: a memória, o entendimento e a vontade. Uma de suas últimas obras foi Retractationes ou Revisões(426-427), nas quais arrolou seus escritos, corrigindo-se e defendendo-se em alguns pontos. Outros temas da teologia de Agostinho foram o conhecimento como iluminação da mente pelo Verbo de Deus; a existência e o ser de Deus; a criação, a natureza do tempo e a escatologia. Curiosamente, ele nunca explorou a fundo o campo da cristologia.
Sua obra-prima foi A cidade de Deus, na qual fez uma grande síntese do pensamento cristão. Começou com uma apologia contra alegações de que, em última análise, o cristianismo havia sido responsável pelo saque de Roma pelos visigodos no ano 410. O livro acabou se tornando uma grande interpretação da história romana e cristã, analisada teológica e escatologicamente através dos complexos destinos terrenos de duas “cidades” criadas por amores conflitantes (amor próprio e amor a Deus). Segundo ele, o reino de Deus não se identificava com nenhuma civilização humana e não seria afetado pelo declínio do Império Romano. Ironicamente, Agostinho morreu quando a África romana sucumbia diante dos vândalos que cercavam Hipona. A civilização romana clássica estava desmoronando, mas havia surgido uma nova cultura cristã, que alcançaria seu maior esplendor na Idade Média.
Fonte: Revista Fé Para Hoje N.40 (Artigo 3)
****
Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/653/A_Vida_e_o_Ministerio_de_Agostinho_de_Hipona

Uma ou mais verdades?

15.02.2016
Do portal ULTIMATO ON LINE, 28.01.16


Ainda é possível crer em uma única coisa? E como lidar com quem não crê no que cremos? O Cristianismo detém a verdade absoluta? Se sim, como dialogar com tantas “verdades”? Qual a diferença entre pluralidade e pluralismo? E qual a diferença entre saber e crer? Não crer em uma verdade absoluta é sinal de humildade? Afinal, qual o “fio da meada” do que pensamos?

Estas - e muitas outras questões - são o tema de reflexão de Leslie Newbigin em seu aclamado livro O Evangelho em Uma Sociedade Pluralista, agora publicado em português pela Editora Ultimato.

Com uma linguagem clara e profundo raciocínio,O Evangelho em Uma Sociedade Pluralista coloca em cheque boa parte da lógica contemporânea sobre a verdade e 
sobre o Cristianismo. O autor não foge do debate filosófico sobre o que permeia o raciocínio atual.

O resultado que Leslie espera não é meramente “ganhar uma discussão”, mas fortalecer a fé dos cristãos diante de uma sociedade cada vez mais pluralista e relativista:

“O objetivo é examinar as raízes desta cultura que compartilhamos e sugerir como nós como cristãos podemos afirmar com mais confiança nossa fé neste tipo de ambiente intelectual”.

“Quando os cristãos afirmam, como fazem, que Jesus é o caminho, o caminho verdadeiro e vivo pelo qual chegamos ao Pai (Jo 16.4), eles não estão declarando que sabem tudo. Eles estão declarando que estão no caminho e convidando os outros a se juntarem a eles à medida que avançam na direção da plenitude da verdade, na direção do dia em que conheceremos como somos conhecidos”.

Ficha técnica
Autor: Lesslie Newbigin
Páginas: 320
Formato: 16x23
Preço: R$ 58,50

***

Sobre o autor 

Lesslie Newbigin (1909-1998) foi pastor da Igreja Reformada Unida, Reino Unido, bispo da Igreja do Sul da Índia e secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas. Conhecido e respeitado internacionalmente como teólogo e apologista, Lesslie Newbigin é uma referência para missiólogos e teólogos contemporâneos em todo o mundo.

***
O livro em frases

O evangelho dá origem a uma nova estrutura de plausibilidade, uma visão radicalmente diferente das coisas daquelas que formam todas as culturas humanas à parte do evangelho.
***

Há uma atmosfera admirável de humildade em relação à afirmação de que a verdade é muito maior do que qualquer pessoa ou qualquer tradição religiosa pode compreender. Não há dúvida de que a afirmação é verdadeira, mas pode ser usada contra a verdade quando usada para neutralizar qualquer afirmação da verdade.
***

A razão não é uma fonte independente de informações sobre o que é o caso. É um aspecto da atividade humana pelo qual buscamos entender o mundo e a nós mesmos.
***

Se eu não souber o propósito para o qual a vida humana foi criada, não tenho base para dizer que qualquer tipo de estilo de vida humano é bom ou ruim.

***
A exigência pela liberdade de pensamento e de expressão deve basear-se em alguma convicção firme sobre a origem, a natureza e o destino da vida humana. Se não tiver essa base, ela se mostrará impotente diante daqueles que têm convicções firmes sobre a verdade.
***

A tradição não é uma fonte à parte da revelação da Escritura; é a atividade contínua da igreja ao longo dos séculos na tentativa de compreender e expressar, sob novas condições, o que é dado na Escritura.

****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/uma-ou-mais-verdades