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quarta-feira, 2 de abril de 2025

A relação entre Fé e Obras, segundo o livro de Tiago: um equilíbrio essencial

02.04.2025
Do portal BIBLIAONLINE


A carta de Tiago aborda um dos temas mais importantes para a vida cristã: o equilíbrio entre fé e obras. Em Tiago 2:14, ele pergunta:

Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?

Tiago 2:14
Para Tiago, a fé verdadeira é evidenciada pelas ações que refletem essa fé.

Fé sem Obras é morta

Tiago argumenta que a fé sem obras é morta (Tiago 2:17). Ele ilustra isso ao dizer que, assim como o corpo sem o espírito está morto, a fé sem obras também está. Essa afirmação enfatiza que a fé genuína deve ser acompanhada de ações que demonstram nosso compromisso com Deus e Seu Reino. A mera crença em Deus não é suficiente; nossas atitudes devem refletir essa crença.


Obras como expressão de Fé

As obras não são o meio de salvação, mas a expressão natural de uma fé viva. Em Tiago 2:26, ele enfatiza que "assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta." Portanto, a prática de boas obras e atos de justiça é uma consequência de nossa fé em ação. Ao servir aos outros e viver de maneira ética, mostramos ao mundo o amor de Cristo que habita em nós.

Vivendo a Fé no dia a dia

A fé verdadeira se manifesta através de obras que glorificam a Deus. Isso significa que, em nossa vida cotidiana, devemos procurar oportunidades para agir de acordo com os ensinamentos de Jesus. Seja por meio de pequenos gestos de bondade ou pelo envolvimento em projetos comunitários, nossas ações devem ser um reflexo do amor de Deus.

Cultive uma fé viva, que se evidencie nas suas ações diárias.

Compartilhe os Ensinamentos da Bíblia e ajude a espalhar a Palavra de Cristo. Deus abençoe!
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Fonte:https://www.bibliaonline.com.br/a/fe-e-obras-segundo-tiago?b=acf

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

A Ética Cristã: Fundamentos, Principais Princípios e Sua Aplicação na Vida dos Fiéis

06.02.2025
Postado por pastor Irineu Messias


A ética cristã, um tema fundamental na vida da Igreja, é um chamado à reflexão sobre como devemos viver conforme os ensinamentos de Jesus Cristo e a sabedoria contida na Bíblia. Este sistema de valores morais, ensinadas pela Igreja Evangélica, não é apenas uma lista de regras, mas uma luz que orienta a conduta dos cristãos ao longo das gerações.

A Natureza Normativa e Absoluta da Ética Cristã

Em essência, a ética cristã é normativa e absoluta. Sua origem está no caráter imutável de Deus, que nos oferece mandamentos que se aplicam a todas as pessoas, em todos os tempos e lugares. Isso significa que as verdades morais que a ética cristã apresenta não são relativas, mas têm uma solidificação e uma certeza que podem orientar toda a nossa vida – em casa, no trabalho e na sociedade.

A Relação Entre Ética e Identidade Cristã

A ética não é apenas sobre o que é certo ou errado; ela é também um pilar da identidade cristã. Nossos valores e normas éticas moldam nossas ações e nos diferenciam como seguidores de Cristo em um mundo que muitas vezes se distancia da moralidade bíblica. A fé desempenha um papel crucial nesse processo, proporcionando um horizonte de sentido e motivação para nossas decisões morais.


Desafios na Reflexão Ética Cristã

Na busca por viver uma vida que reflita os ensinamentos de Cristo, enfrentamos diversos desafios éticos. É preciso garantir que a nossa fé permeie nosso comportamento moral, mantendo sempre a centralidade da relação com Cristo. A ética cristã deve também integrar valores que se alinhem à realidade atual, promovendo uma ação que seja tanto crítica quanto profética em relação aos padrões que nos cercam.

A Importância da Fé na Ética Cristã

A fé não só fundamenta a moralidade cristã, mas também nos estimula a buscar soluções que promovam a dignidade humana e respeitem os valores morais. Principais com o adventos das redes sociais, em que muitos ditos cristão, exalam ódio, acusações e espalha mentiras(fake news) sem levarem em consideração o compromisso que assumiram com Ele, quando O aceitaram como Senhor de suas vidas. Tal comportamento confronta-se com os seus princípios com Seus Santos e inerrantes ensinamentos

Seus ensinamentos atuam como luz em tempos de dúvida, confrontando nossas convicções pessoais com a Palavra de Deus e encorajando-nos a rejeitar o que não está alinhado com a revelação divina, inclusive a mentira, tal em voga hoje, nas redes sociais. Aliás, nunca é de mais lembra que o Pai da Mentira é o Diabo, como bem disse o Senhor Jesus: 

"Vós sois do pai, o diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e nunca se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira." João 8:44

Reflexões Finais

Ao abordarmos a ética cristã, somos desafiados a integrar nossos valores de fé na vida cotidiana. Questões profundas surgem, como: Qual é o papel da antropologia teológica na formação de nossa moralidade? Como podemos conciliar a ética cristã com a racionalidade humana? Essas perguntas nos levam a aprofundar nosso entendimento e práticas éticas.

Em suma, a ética cristã é uma bússola que nos guia em meio às complexidades da vida moderna. Ela nos convida a viver uma vida que não só glorifica a Deus, mas também é relevante e significativa em nosso contexto social. Que possamos, juntos, refletir sobre esses princípios e nos esforçar para vivê-los a cada dia, conforme os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus e sua infalível Palavra. Pois como o Mestre revelou:   

"Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar." Mateus 24:35

Se você se sentiu tocado por essas reflexões ou tem dúvidas sobre a ética cristã, compartilhe suas ideias! Como você aplica esses princípios em sua vida?

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Sobre pastores políticos e corruptos

19.12.2024

Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.04.22

Por Paulo Ribeiro

Acredito que todos concordam com a máxima que “todo poder corrompe”. Alguém sugeriu ir mais longe. Quanto mais altas forem as pretensões do poder, mais desumano e opressor ele será. Todo poder político é, na melhor das hipóteses, um mal necessário.  

Mas quando a coisa transcende para o espiritual, com pastores agindo como coletores de propinas para distribuir verbas públicas, a corrupção atinge sua forma mais convoluta. É como se a corrupção fosse terceirizada via a igreja, e os pastores agissem como sacerdotes do estado - o Bezerro de Ouro sendo literalmente construído por seus novos ministros. “Eles mergulharam na corrupção, como nos dias de Gibeá” (Oseias 9.9) 
 
Alguns pontos para reflexão:
 
1 – Não devemos confundir esse comportamento como algo ligado ao cristianismo.  Essa conduta tem como objetivo enriquecer seus líderes e não ajudar a população carente, onde o deus é mais a barra do que o bezerro de ouro. 
 
2 – Quando os evangélicos eram a minoria, havia um sentimento de certo e errado, de comportamento ético e temor às recomendações bíblicas.  Hoje eles dividem o poder com a facções e milícias e muitos agem como instrumento do maligno. 
 
3 – Em breve, se a igreja não se revoltar contra esse tipo de comportamento e aceitar por conveniência tais apostasias, a perseguição será implacável contra todos aqueles, comprometidos com o evangelho de Cristo, que protestarem contra essas aberrações.   
 
4 – A acusação típica mais leve feita contra qualquer cristão que tenha uma preocupação ética e social é a taxação de serem esquerdistas ou comunistas. Depois seguem as perseguições pessoais, práticas que já destruíram muitas vidas e carreiras no passado e que estão destruindo no presente. 
 
5 – Maturidade não se adquire rapidamente. O crescimento súbito da igreja evangélica não produziu milagres, mas apenas números de pessoas interessadas em benefícios pessoais. A conversão e crescimento requer uma alteração da vontade e do comportamento, os quais requerem intervenção supernatural. 
 
6 – Em tempo: o cristianismo não está em perigo e continuará a florescer e crescer de forma lenta, mas resoluta em pequenos grupos não afetados pela corrupção de Mamon.
 
E que não esqueçamos a palavra dura do Senhor da Igreja: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! ...”  (Mateus 23.15a)
 

Leia mais:

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Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/sobre-pastores-politicos-e-corruptos

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Sua alegria obstinada derrubou a escravidão (William Wilberforce)

18.12.2024
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 20.06.19
Por John Piper

Sua-alegria-obstinada-derrubou-a-escravidão-(William-Wilberforce)

Contra grandes obstáculos, William Wilberforce, um membro evangélico do Parlamento, lutou pela abolição do comércio de escravos africanos e contra a escravidão em si até que ambos fossem ilegais no Império Britânico.
A batalha consumiu quase quarenta e seis anos de sua vida (de 1787 a 1833). As derrotas e retrocessos ao longo do caminho teriam levado um político comum a abraçar uma causa mais popular. Embora nunca tenha perdido uma eleição parlamentar dos vinte e um aos setenta e quatro anos, a causa da abolição do tráfico de escravos foi derrotada onze vezes antes de sua aprovação em 1807. E a batalha pela abolição da escravidão não obteve a vitória decisiva até três dias antes dele morrer em 1833. Quais eram as raízes da perseverança deste homem na causa da justiça pública?

Político amante de Festas

Wilberforce nasceu em 24 de agosto de 1759, em Hull, na Inglaterra. Quando criança ele admirava George Whitefield, John Wesley e John Newton. Mas logo ele deixou toda a influência dos evangélicos para trás. A respeito de seus últimos anos de escola, ele disse: “Eu não realizei nada”. Esse estilo de vida continuou ao longo de seus anos no St. John’s College, em Cambridge. Ele pode viver da riqueza de seus pais e sobreviver com pouco trabalho. Perdeu qualquer interesse pela religião bíblica e amava circular entre a elite social.
Por diversão, Wilberforce disputou um assento na Câmara dos Comuns de sua cidade natal, Hull, em 1780, quando ele tinha vinte e um anos. Ele gastou £ 8.000 (mais ou menos 38 mil reais) na eleição. O dinheiro e seu incrível talento para falar triunfaram sobre seus oponentes. Wilberforce começou sua carreira política de cinquenta anos como um incrédulo de classe alta que amava festas que iam até tarde da noite.

“A grande mudança”

Nas longas férias em que o Parlamento não estava em sessão, Wilberforce às vezes viajava com amigos ou familiares. No inverno de 1784, aos vinte e cinco anos, por impulso, convidou Isaac Milner, ex-professor, e amigo da escola de gramática – que agora era professor particular no Queens College, em Cambridge – para ir com ele, sua mãe e irmã à Riviera Francesa. Para sua surpresa, Milner havia se tornado um cristão convicto, sem nenhum dos estereótipos que Wilberforce concebera contra os evangélicos. Eles conversaram por horas sobre a fé cristã.
No verão seguinte, Wilberforce viajou novamente com Milner e eles discutiram o Novo Testamento grego por horas. Lentamente, seu “assentimento intelectual tornou-se uma profunda convicção” (William Wilberforce, p. 37). Uma das primeiras manifestações do que ele chamou de “a grande mudança” – a conversão – foi o desprezo que sentia por sua riqueza e pelo luxo em que vivia, especialmente nessas viagens entre as sessões parlamentares. Ao que parece, sementes foram plantadas, quase imediatamente, no início de sua vida cristã, do que viria a ser sua paixão posterior em ajudar os pobres e transformar todas as suas riquezas herdadas e sua posição naturalmente alta em um meio de abençoar os oprimidos.

Escravidão e Costumes

Um ano após sua conversão, o aparente chamado de Deus em sua vida tornou-se claro para ele. Em 28 de outubro de 1787, ele escreveu em seu diário: “O Deus Todo-Poderoso colocou diante de mim dois grandes objetivos, a supressão do tráfico de escravos e a reforma dos costumes [a moral]” (The Life of William Wilberforce, p. 69).
Logo depois do Natal de 1787, alguns dias antes do recesso parlamentar, Wilberforce notificou na Câmara dos Comuns que no início da nova sessão ele apresentaria uma moção para a abolição do tráfico de escravos. Levaria vinte anos até que ele pudesse levar a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes a colocar a abolição como lei. Mas quanto mais ele estudava o assunto e quanto mais ele ouvia falar das atrocidades, mais decidido ele se tornava.
Em maio de 1789, ele falou à Câmara sobre como ele chegou à sua convicção: “Confesso a vocês, tão enorme, tão terrível, tão irremediável é a maldade desse comércio que minha mente ficou inteiramente tomada em favor da abolição….sem importar as consequências, a partir desse momento estou determinado a não descansar até efetivar essa abolição”.  (The Life of William Wilberforce, p. 56).

283 Ayes

Claro, a oposição que durou vinte anos foi por causa dos benefícios financeiros da escravidão para os comerciantes e para a economia britânica. Eles não podiam conceber qualquer outra forma de produzir sem trabalho escravo. Isso significa que a vida de Wilberforce foi ameaçada mais de uma vez. Mesmo não sofrendo dano físico, houve a dolorosa perda de amigos. Alguns simplesmente não discutiam mais com ele e se mantinham alienados. Depois houve a enorme pressão política para recuar por causa dos desdobramentos políticos internacionais. Esses tipos de argumentos financeiros e políticos mantiveram o Parlamento cativo por décadas.
Mas a vitória veio em 1807. A visão moral e o impulso político para a abolição finalmente se tornaram irresistíveis. A certa altura, “praticamente toda a casa levantou-se e virou-se para Wilberforce em uma explosão de aplausos parlamentares. De repente, acima do rugido de “ouçam, ouçam” e completamente fora de ordem, três “hurras” ecoaram enquanto ele permanecia sentado, a cabeça baixa, lágrimas escorrendo pelo rosto” (The Life of William Wilberforce, p. 211).
Às quatro horas da manhã de 24 de fevereiro de 1807, a casa se dividiu – 283 Ayes (sim), 16 Noes (não). Maioria de 267 votos pela abolição do tráfico. E em 25 de março de 1807, o assentimento real foi declarado. Um dos amigos de Wilberforce escreveu: “[Wilberforce] atribui isso à interposição imediata da Providência. Naquela hora da madrugada, Wilberforce procurou seu melhor amigo e colega, Henry Thornton, e disse: “Bem, Henry, o que aboliremos em seguida”? (The Life of William Wilberforce, p. 212).

Nunca em silêncio

Claro que a batalha não acabou. E Wilberforce lutou até a sua morte vinte e seis anos depois, em 1833. A implementação da lei da abolição não somente era controversa e difícil, como tudo o que ela fez foi abolir o tráfico de escravos, não a escravidão em si. E essa se tornou a próxima grande causa.
Em 1821 Wilberforce recrutou Thomas Fowell Buxton para continuar a luta, mas mesmo à margem, envelhecido e frágil, ele o apoiava. Três meses antes de sua morte, em 1833, Wilberforce foi persuadido a propor uma última petição contra a escravidão. “Eu nunca pensei em vir a público novamente, mas nunca se dirá que William Wilberforce se manteve em silêncio enquanto os escravos precisavam de sua ajuda” (William Wilberforce, p. 90).
O voto decisivo da vitória veio em 26 de julho de 1833, apenas três dias antes de Wilberforce falecer. A escravidão em si foi proibida nas colônias britânicas. “É um fato singular”, disse Buxton, “que na mesma noite em que fomos bem-sucedidos na Câmara dos Comuns, aprovando a cláusula do Ato de Emancipação – uma das cláusulas mais importantes já promulgadas. . . o espírito do nosso amigo deixou o mundo. O dia do encerramento de seus trabalhos foi o dia do término de sua vida”. (William Wilberforce,p.  91).

Feliz como uma criança

O que fez Wilberforce agir? O que o fez perseverar na causa da justiça pública através de décadas de fracasso, difamação e ameaças?
É claro que devemos prestar o devido respeito ao poder do companheirismo na causa da justiça. Muitas pessoas associam o nome de Wilberforce ao termo “Clapham Sect”. O grupo a que esse termo se refere foi “rotulado” como ‘os santos’ por seus contemporâneos no Parlamento – proferido por alguns com desprezo, enquanto por outros com profunda admiração” (Character Counts, p. 72). Juntos, eles realizaram mais do que qualquer um poderia ter feito por conta própria. “William Wilberforce é a prova de que um homem pode mudar seus tempos, embora não possa fazê-lo sozinho”. (William Wilberforce, p. 88).
Mas há uma raiz mais profunda da resistência de Wilberforce do que apenas companheirismo. É a raiz da alegria da abnegação em Cristo. Os testemunhos e evidências disso na vida de abnegação de Wilberforce são muitos. Uma certa srta. Sullivan escreveu a um amigo sobre Wilberforce por volta de 1815: “Pelo tom de sua voz e expressão de seu semblante, ele mostrou que a alegria era a característica predominante de sua própria mente, alegria vinda da integridade da confiança nos méritos do Salvador e amor a Deus e ao homem. . .. Sua alegria era bastante penetrante”. (William Wilberforce, p. 87).
Outro de seus contemporâneos, James Stephen, relembrou após a morte de Wilberforce: “Era divertido e interessado por tudo, tudo o que ele dizia se tornava divertido ou interessante. . .. Sua presença era tão fatal para a estupidez quanto para a imoralidade. Sua alegria era tão irresistível quanto o primeiro riso da infância”. (William Wilberforce, p. 185).
Aqui está uma grande chave para sua perseverança e eficácia. Sua presença era “fatal para o torpor. . . [e] imoralidade”. Em outras palavras, sua alegria indomável levou outros a serem felizes e bons. Ele observou em seu livro A Practical View of Christianity: “O caminho da virtude é também de real interesse e de sólido prazer” (p. 12). Em outras palavras, “é mais abençoado dar do que receber” (At 20. 35). Ele sustentou-se e influenciou outros pela sua alegria. Se um homem pode roubar sua alegria, ele pode roubar sua utilidade. A alegria de Wilberforce era indomável e, portanto, ele foi um cristão e político convincente durante toda a sua vida. Essa foi a forte raiz de sua resistência.

Doutrinas peculiares, verdades gigantescas

Se a sua alegria quase infantil, indomável e abnegada era a raiz vital para a sua persistência na luta pela abolição ao longo da vida, o que, poderíamos perguntar, seria a raiz da raiz? Ou qual era a terra firme onde essa raiz estava plantada?
O principal foco do livro de Wilberforce, A Practical View of Christianity, é mostrar que o verdadeiro cristianismo, que consiste em novas e indomáveis ​​afeições espirituais por Cristo, está enraizado nas grandes doutrinas da Bíblia sobre pecado, Cristo e fé. “Portanto, aquele que quer crescer e abundar nesses princípios cristãos, esteja muito familiarizado com as grandes doutrinas do Evangelho” (p. 170).“Da negligência dessas doutrinas peculiares surgem os principais erros práticos da maioria dos professos cristãos. Essas verdades gigantescas mantidas em vista envergonhariam a pequenez de sua moralidade anã. . .. Toda a superestrutura da moral cristã é fundamentada em suas bases profundas e amplas”. (p. 166-167).
Há uma “perfeita harmonia entre as principais doutrinas e os preceitos práticos do cristianismo”. E, portanto, é um “hábito fatal” – tão comum naqueles dias quanto nos nossos – “considerar a moral cristã distinta das doutrinas cristãs” (p. 198).

Cristo nossa justiça

Mais especificamente, é a conquista de Deus através da morte de Cristo que está no centro dessas “verdades gigantescas”, levando à reforma pessoal e política da moral. A alegria indomável que leva à vitória nos tempos de tentação e provação está enraizada na cruz de Cristo. Se quisermos lutar pela alegria e perseverar até o fim em nossa luta contra o pecado, devemos conhecer e abraçar o pleno significado da cruz.
Desde o início de sua vida cristã, em 1785, até sua morte, em 1833, Wilberforce viveu “das grandes doutrinas do evangelho”, especialmente a doutrina da justificação pela fé somente baseada no sangue e na justiça de Jesus Cristo. Esse é o lugar onde ele alimentou sua alegria. Por causa dessas verdades, “quando tudo à sua volta era escuro e tempestuoso, ele pode levantar os olhos para o Céu, radiante de esperança e com gratidão” (Uma Visão Prática do Cristianismo, p. 173). A alegria do Senhor se tornou sua força (Neemias 8.10). E nessa força ele insistiu na causa da abolição do tráfico de escravos até que ele tivesse a vitória.
Portanto, em todo o nosso zelo hoje pela harmonia racial, ou pela santidade da vida humana, ou pela construção de uma cultura moral, não nos esqueçamos destas lições: Nunca minimize o lugar central da doutrina alicerçada em Deus e exaltadora de Cristo. Trabalhar para ser indomavelmente alegre em tudo o que Deus é para nós em Cristo, confiando em sua grande obra consumada. E nunca seja ocioso em fazer o bem – para que os homens possam ver nossas boas ações e dar glória ao nosso Pai que está no céu (Mateus 5.16).
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terça-feira, 2 de julho de 2024

Entrevista com Ravi Zacharias - A supremacia da cosmovisão cristã

 2.07.2024

Do blog do INSTITUTO CRISTÃO DE PESQUISAS  - ICP

Tradução: Elvis Brassaroto Aleixo
Frederick Antony Ravi Kumar Zacharias (Chenai, 1946), evangelista e apologista cristão nascido na Índia, emigrou para o Canadá aos vinte anos e, atualmente, vive nos EUA. Ravi Zacharias, como é conhecido, é autor de vários livros, incluindo o premiado Pode o homem viver sem Deus? e Por que Jesus é diferente? Zacharias apresentou, durante vários anos, o programa semanal de rádio “Deixe meu povo pensar”, preside o Ministério Internacional Ravi Zacharias e é professor visitante do Wycliffe Hall of Oxford, onde leciona apologética e evangelismo. Defensor diligente da cosmovisão cristã, a entrevista que nos concedeu é sobre o assunto em referência.

Defesa da Fé: O que uma pessoa deve considerar ao julgar a validade de uma cosmovisão?

Ravi Zacharias: Como a própria palavra revela, “cosmovisão” nada mais é do que uma “concepção do mundo”. Acredito que uma cosmovisão coerente deve ser capaz de responder satisfatoriamente a quatro questões: a origem, o significado, a moralidade e o destino do homem. É muito comum nos depararmos com pensamentos religiosos que respondem a essas perguntas em meio a contradições ou invenções. Embora todas as principais religiões façam declarações exclusivas sobre a verdade, a fé cristã é a única capaz de responder plenamente a todas as quatro questões sem se contradizer.

Defesa da Fé: Em que termos o senhor apresenta a singularidade da cosmovisão cristã?

Ravi Zacharias: Estou totalmente convencido de que a fé cristã detém a concepção de um mundo mais coerente que poderia ser assumida por qualquer pessoa. Todos eles: panteístas, ateístas, céticos e politeístas são incapazes de responder a questões como: “De onde viemos?”. “Qual é o sentido da vida?”. “Como podemos definir o que é certo ou errado?”. E: “O que nos acontecerá quando morrermos?”. Tais indagações se relacionam com fatores primordiais da nossa existência. Ao apresentar a cosmovisão cristã, sempre considero os aspectos culturais envolvidos, esteja eu no Oriente Médio, no Ocidente ou na Ásia. Minha estratégia é fazer as perguntas existenciais no contexto da cultura em que estou inserido e, após isso, apresentar todas as respostas cristãs, salientando sua plausibilidade.

Defesa da Fé: Entre as dezenas de livros que o senhor já escreveu, Por que Jesus é diferente? é considerado o seu trabalho mais significativo. Qual é a razão disso?

Ravi Zacharias: Jamais houve e nunca haverá uma história de vida tão impecável quanto à de Jesus. Muitos reivindicaram alguma posição religiosa diferenciada, mas possuem um testemunho de vida no mínimo dúbio. Com Cristo, por outro lado, isso não ocorre. Em sua biografia, nunca o vemos coadunando com situações imorais ou antiéticas ou sequer qualquer sombra de impureza em seu caráter. Depois de cerca de dois mil anos, ninguém tem sido mais criticado ou desafiado pela mídia que Jesus. Nesse contexto, existem muitos jornalistas ocidentais publicando artigos com posicionamentos imparciais e sem fundamentação científica. Esses mesmos jornalistas nunca submeteriam Maomé àquilo que submetem a Jesus. Nenhum outro personagem de qualquer religião poderia resistir a tantos ataques e permanecer inabalável ao longo dos séculos. Isso ocorre porque Jesus não é um mito!

Defesa da Fé: Por que as pessoas no ocidente estão tão fascinadas pelas religiões do oriente?

Ravi Zacharias: É simples. A cosmovisão das religiões orientais está sendo buscada pelos ocidentais porque elas concedem aos seus adeptos a possibilidade de seguirem uma moralidade sem ter um Deus a quem se reportar. Muitas práticas do movimento Nova Era, por exemplo, dependem de uma filosofia moralizante sem o posicionamento de uma divindade central. O budismo também proporciona essa espécie de relação. O bahaísmo admite uma concepção plural, descomprometida com um posicionamento específico e norteador, apenas tangenciando vários conceitos religiosos, mas sem a necessidade de assumir uma posição clara. O hinduísmo, por sua vez, propicia uma fundamentação moral sem qualquer responsabilidade que vá além da doutrina cármica, segundo a qual as pessoas são castigadas por ações que elas não se recordam terem cometido em uma vida passada. Em todos esses casos, não existe responsabilidade para com um Deus pessoal.

Defesa da Fé: Como tem sido suas experiências nas universidades norte-americanas?

Ravi Zacharias: Quando palestro nas universidades sobre hinduísmo, budismo, islamismo ou qualquer outro tema, faço sabendo que não haverá qualquer repercussão. Mas, quando falo da fé cristã, sempre sou questionado sobre os motivos de se discutir esse tema. Qualquer pessoa pode questionar os grupos cristãos em qualquer grande universidade norte-americana, e eles dirão o quanto são intimidados nesse ambiente. Isso é triste! Eu vivi na Índia, depois no Canadá e, após, cheguei aos EUA. Em certo sentido, a América parece contradizer toda a liberdade que os próprios americanos apregoam. Mas, coisas piores podem ser feitas em outras partes do mundo e sem impunidade. Por exemplo, o racismo. Existem países no mundo atual em que o racismo é horrível e descarado. Percebo que, pelo fato de estarmos muito acostumados a viver sob os parâmetros da cosmovisão cristã, enfrentamos mais facilmente a autocrítica e o escrutínio. Outras cosmovisões não estão dispostas a se abrir para esse enfrentamento. Por isso, quando o assunto na universidade é cristianismo, os estudantes não ficam indiferentes e os debates se tornam mais acalorados.

Defesa da Fé: Qual é a liberdade que existe nos países muçulmanos no tocante à adesão de uma cosmovisão religiosa diferente da islâmica?

Ravi Zacharias: Em muitos desses países, os muçulmanos alegam não haver uma religião obrigatória. Certa vez, estive com uma autoridade religiosa de uma das maiores nações muçulmanas do mundo, cuja identidade prefiro não revelar. Ele foi bastante cortez ao conversar comigo e me explicou muita coisa sobre o trabalho que ele estava realizando. Contou-me que tinha acabado de participar de um encontro na Malásia cujo teor tratou sobre a imagem do islamismo no mundo.

Eu lhe perguntei:

— Por que vocês entendem que um evento assim seria necessário?

Ao que ele me respondeu:

— Bem, 11 de setembro. Somos freqüentemente vistos no Ocidente como nações que obrigam seus filhos a adesão religiosa.

Então, lhe disse:

— Eu não quero ser ofensivo, mas se eu estivesse no seu país e fosse um muçulmano, eu seria livre para discordar de alguns pontos do islamismo?

A resposta foi:

— Por que faria algo assim?

Retruquei:

— Apenas estou lhe perguntando teologicamente se os muçulmanos são livres para abandonar sua fé quando assim entenderem.

Ele retornou:

— Bem, essas coisas são mais complicadas porque temos de ponderar sobre as leis do país e outros fatores complicadores.

Então, eu disse:

— Quando você diz que não há religião obrigatória nos países muçulmanos, está apenas analisando um lado da moeda, o qual lhe diz que nunca forçará alguém a acreditar no que você acredita. Isso é muito lógico, pois alguém que nasça num país assim natural e culturalmente torna-se um muçulmano sem precisar ser forçado, pois as pessoas não têm escolha. Por outro lado, quando falamos sobre religião compulsória, isto vai muito além, pois quer dizer também que o Estado não deveria compelir alguém a permanecer acreditando em algo quando esta pessoa quer se tornar um descrente ou “apóstata”. Este é o maior teste para saber se há ou não religião compulsória no mundo árabe. Não existe qualquer lei no país onde eu vivo que me obrigue a permanecer cristão pelo resto da minha vida. Mas, em seu país, se alguém decidir desacreditar o islamismo, terá antes de enfrentar o tribunal de justiça e explicar as razões de sua postura. Como tal pessoa pode resistir a tamanha intimidação, ao mesmo tempo ser honesta consigo mesma e não sofrer com isso?

Francamente, o ministro islâmico não pôde me responder. Quando o islamismo conseguir superar esse problema, então, e só então, o mundo poderá conhecer quem de fato é muçulmano, pois quando isso acontecer, estaremos diante de fiéis livres para professar sua fé. Se hoje a religião muçulmana não fosse obrigatória no mundo árabe, ainda seriam eles bilhões de adeptos?

Defesa da Fé: Como a cosmovisão cristã pode satisfazer as necessidades de um lugar como a Índia?

Ravi Zacharias: Eu nasci e cresci em Bombain e costumo visitar a Índia duas vezes por ano. Em muitos sentidos, a Índia me deixa angustiado. Caminhe pelas ruas de Calcutá e entenderá o que estou dizendo. Ao mesmo tempo, Calcutá é o centro educacional da Índia. Alguns dos maiores filósofos do país são provenientes de Calcutá. Penso que a primeira coisa que a cosmovisão cristã pode fazer pelos indianos é elevar a auto-estima deles, explicando que existe uma dignidade essencial em cada ser humano. A segunda coisa é demonstrar o amor que permeia as relações cristãs e todas as suas implicações e frutos. Sabendo disso, as organizações missionárias costumam estar nos orfanatos, nos hospitais e nos asilos. Há alguns anos, palestrei no centésimo aniversário do Hospital Missionário Americano, na cidade de Bahrain, fundado na Arábia Saudita, com extensão na Índia. Muitos xeques nasceram ali e representavam o islamismo naquela platéia para a qual me dirigi. Queriam saber de onde veio o ímpeto necessário para um empreendimento duradouro como aquele, ao que respondi: “Do amor de Cristo”.

Defesa da Fé: O que os norte-americanos precisam aprender com tudo isso?

Ravi Zacharias: A América precisa reconhecer que não pode existir sem a cosmovisão que a levou a ser o que é hoje. Estou falando da cosmovisão judaica-cristã. Também, precisa reconhecer que foi a liberdade da fé cristã que proporcionou, nas instituições, o acesso que os outros tipos de fé usufruem. É muito sintomático observar que, quando a corrente principal dos seminários teológicos é conservadora, sempre há espaço para os teólogos liberais. Mas, quando o contrário ocorre, os conservadores são totalmente desprezados e ridicularizados. Esse tipo de comportamento ocorre em diversas esferas nos EUA. O cristianismo, que muitos renegam hoje, é justamente o fundamento para essa liberdade crítica que os americanos possuem e que podem perder! Que a Igreja brasileira aprenda com os erros dos irmãos norte-americanos e prossiga por caminhos mais aprazíveis ao Senhor.


Nota: Embora o entrevistado, tenha falhado na sua conduta cristã, o que escreveu e defendeu nos escritos, palestras ,etc, continuam válidos, mesmo que o mesmo tenha falhado diante de Deus.Na eternidade , todos nós, inclusive o entrevistado, prestarão contas a Deus.

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Fonte:https://www.icp.com.br/entrevista005.asp

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A Transformação Poderosa: Descobrindo o Arrependimento e a Conversão no Cristianismo

25.10.2023

Por pastor Irineu Messias

Introdução

Nesta jornada espiritual, eles se deparam com uma mensagem que ecoa em seus corações: a transformação é possível. As palavras sagradas ressoam, e as vidas se entrelaçam em um caminho de fé. Este artigo mergulhará nas profundezas do arrependimento e da conversão no cristianismo, explorando a jornada que leva à renovação espiritual.

O Chamado ao Arrependimento

No primeiro tópico, eles abordam a chamada ao arrependimento. Para eles, é fundamental reconhecer as falhas e pecados do passado, permitindo que o arrependimento os envolva como um manto. O arrependimento é mais do que simplesmente lamentar erros passados; é a chave para transformar vidas e seguir o caminho da fé.

A Importância da Conversão

A conversão, destacada no segundo ponto, é a jornada de se entregar completamente a Jesus Cristo. As Escrituras, como Atos dos Apóstolos Capítulo 2, Versículos 37 e 38, falam da importância desse passo. O chamado é para se arrepender e ser batizado em nome de Jesus, para perdão dos pecados e recebimento do Espírito Santo.

Uma Caminhada de Renovação

No terceiro tópico, eles compartilham a jornada de renovação espiritual. A fé cristã não é apenas uma crença, mas um compromisso de transformação contínua. O arrependimento se torna o catalisador para uma mudança de rumo, permitindo que as pessoas se tornem novas criaturas em Cristo Jesus.

Além do Pecado Comum

Aqui, eles explicam que o pecado não se limita apenas às ações erradas, mas também às omissões. Estar atento à palavra de Deus e seguir Seus ensinamentos é essencial para não errar o alvo. Isso ressalta a importância de uma vida guiada pela fé.

Aceitando Jesus como Salvador

O sexto ponto concentra-se em convidar outros a se arrependerem e aceitarem Jesus como Salvador. Esse passo de fé é descrito como permitir que o Espírito Santo habite em suas vidas, promovendo uma transformação completa. É um gesto de amor e aceitação incondicional de Deus.

Compartilhando a Mensagem

Aqui, eles incentivam a compartilhar essa mensagem com amigos e familiares. Compartilhar a fé é um ato de amor e um convite para que outros também conheçam o amor de Jesus e se arrependam de seus pecados.

Conclusão: A Bênção do Caminho Espiritual

No último tópico, eles concluem lembrando que Deus sempre recebe a todos de braços abertos. A bênção divina se estende a todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, enquanto continuamos nessa jornada espiritual de arrependimento, conversão e renovação. A transformação é possível, e o amor de Deus é eterno.

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Fonte:https://irineu-messias.blogspot.com/2023/10/a-transformacao-poderosa-descobrindo-o.html

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Igrejas saudáveis não escondem conflitos. Elas lidam com eles

24.10.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 28.09.22

Por  Érica Neves


Conflitos são oportunidades de crescimento emocional e espiritual e igrejas saudáveis precisam aprender a lidar com eles. À luz do tema “
Como lidar com conflitos na igreja (e fora dela)?”, Claudia Moreira e Valdir Steuernagel conversaram com a pastora anglicana Siméa Meldrum e com o pastor metodista Ernst Janzen na última terça-feira, 20/09, na live Diálogos de Esperança. O bate-papo trouxe importantes reflexões sobre a importância da resolução dos conflitos de forma saudável para o amadurecimento das igrejas e, consequentemente, de seus membros.

Siméa Meldrum destacou que uma sociedade impulsionada pela produtividade está adoecida e os sinais desse adoecimento são evidenciados pelos conflitos. “O mundo está influenciando as pessoas, principalmente as igrejas, por esse ativismo em busca do sucesso e da excelência. E essa vida competitiva gera intolerância e falta de empatia emocional. Eu creio que nós estamos brigando porque alguma coisa está doendo e tem muita gente que nem sabe que está doente”.

Ernst Janzen, por sua vez, pontuou que a maior parte dos conflitos vivenciados nas igrejas se devem à questões marginais relacionadas aos costumes e não às doutrinas fundamentais da fé. “Eu separo os conflitos que acontecem na igreja em três níveis: eles podem estar relacionados com os mandamentos de Cristo, com as orientações dos apóstolos ou com costumes e tradições. Em qual desses três níveis estão a grande maioria dos conflitos? Não estão relacionados aos mandamentos de Cristo, nem às orientações dos apóstolos, mas com costumes e tradições. Às vezes até a própria igreja cria leis não escritas que se tornam leis e isso acaba trazendo conflitos à tona”.

Todos os participantes da conversa ressaltaram a importância de se lidar com os conflitos para evitar que eles tomem proporções incontornáveis. Siméa enfatizou ainda que “a obra de Deus não pode avançar quando há conflitos não resolvidos”.

O próprio Jesus nos alertou para a importância da resolução de conflitos quando exortou quem, ao apresentar uma oferta no altar do templo “se lembrar de que alguém tem algo contra você, deixe sua oferta ali no altar. Vá, reconcilie-se com a pessoa e então volte e apresente sua oferta” (Mt 5:23,24). “Essa palavra de Jesus é um claro indicativo de que as relações interpessoais têm mais importância do que os rituais religiosos”, lembrou Claudia Moreira.

Valdir Steuernagel pontuou a importância da capacitação para a resolução de conflitos de forma saudável e Claudia Moreira citou a ampla gama de recursos disponíveis na plataforma Tearfund Aprendizagem sobre o assunto. Dentre os recursos, vale a pena conferir ainda os dois livros de autoria de Ernst Janzem sobre o assunto: Conflitos: oportunidade ou perigo? A arte de transformar conflitos em relacionamentos saudáveis e Conflitos na igreja: como sobreviver aos conflitos e desenvolver uma cultura de paz, ambos publicados pela Editora Esperança.

Diálogos de Esperança é uma realização conjunta da Editora Ultimato, Aliança EvangélicaTearfund e Visão Mundial. A série reúne teólogos, pastores, líderes e artistas para conversar sobre temas da atualidade relacionados à Igreja. Assista a íntegra da live do dia 20/09 aqui. Para assistir a todas as lives já realizadas, clique aqui.

Recursos para lidar com conflitos

Jesus veio para nos reconciliar com Deus através da cruz, colocando-nos em relações restauradas uns com os outros (Ef 2.16; Cl 1.20). Ao sermos reunidos na nova comunidade de Deus, somos colocados em relações com pessoas diferentes de nós. Essas diferenças devem ser uma fonte de bênçãos, porém, elas podem frequentemente ser uma fonte de tensão. A Bíblia diz que devemos nos esforçar ao máximo para restaurar relações onde quer que haja conflito (Rm 15.5-6; 2Co 13.11; Ef 4.1-6). Isso significa que precisamos prosseguir em arrependimento e perdão e saber que não há obstáculo cultural, étnico ou social que o amor de Cristo não possa superar (Mt 18.21-35; Lc 10.25-37; Cl 3.12-15).

A Bíblia também diz que os cristãos devem desempenhar o papel de pacificadores na sociedade (Mt 5.9). Primeiramente, enquanto “embaixadores de Cristo”, somos chamados a reconciliar as pessoas com Deus através do “evangelho da paz”, e elas consequentemente serão reconciliadas com o povo da aliança de Deus (2Co 5.18-20; Ef 6.15). A igreja também é chamada a ser profética, mostrando à sociedade como as relações reconciliadas devem ser. A igreja deve mostrar o caminho de Cristo nas palavras, na presença e nas ações, refletindo o reino vindouro, onde todos os povos, nações, tribos e línguas glorificarão juntos a Deus (Jo 17.20-23; Ap 5.9).

Trecho retirado do estudo bíblico Cristo triunfa sobre o conflito, integrante da revista Passo a Passo 92

Tearfund conta com uma vasta gama de materiais sobre construção de paz. O texto acima é um deles. Abaixo há uma lista com alguns desses materiais. Esperamos que eles sejam edificantes para você e sua igreja.











  • Erica Neves é formada em jornalismo, com mestrado em mídia e cidadania. Trabalha como assessora de comunicação na Tearfund. Atualmente, é estudante e professora convidada no Invisible College nos cursos Sabedoria no Caos e Teologia pro Cotidiano. Erica é casada com Fred e eles são pais do Pedro e da Mariana. Instagram: @emrneves

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/igrejas-saudaveis-nao-escondem-conflitos-elas-lidam-com-eles

terça-feira, 30 de agosto de 2022

ORAR POR UMA VIDA TRANQÜILA E SOSSEGADA.1Tm 2:1-3

30.08.2022 
Do canal do pastor Irineu Messias

   

No vídeo de hoje tratamos da necessidade e da importância de orarmos por todos os homens, particularmente por todos os governantes.

Na época em que essa carta de 1 Timóteo foi escrita, o regime político comum em todo o mundo, era a monarquia. Por isso que Paulo aconselha o jovem ministro Timóteo a orar pelos "reis".
Era o rei o Chefes de Estado e o Chefe de Governo e até o chefe do Poder Judiciário.
Hoje no entanto, na maioria dos países existem os chefes desses 3 poderes: Legislativo, Executivo e o Judiciário.
Sendo assim devemos orar pelos presidentes do Poder Executivo(Presidente, Governadores e os Prefeitos), do Poder Legislativo( Senadores, deputados federais e estaduais e vereadores) e do Poder Judiciário(procuradores, juízes e ministros dos tribunais superiores).
A razão desse conselho, o próprio Paulo explica não apenas a Timóteo mas a toda a Cristandade em todos os lugares e em todas as épocas: "...para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade." 1Tm 2:2
Não podemos por conta de um momento eleitoral , perder de vista nossos princípios cristãos em detrimento de pessoas que sequer tem compromissos os postulados da Palavra de Deus. Essas pessoas, infelizmente muitos pastores, estão levando grande parte do povo de Deus a ter um comportamento em desacordo com os princípios bíblicos. Muitos por conta disso, tem espalhando mentiras e fake news pelas redes sociais, além de incitar o ódio e tendo uma linguagem extremamente torpe, grosseira e agressiva.
Vote-se em quiser, mas nunca jamais abrir mão de nossos princípios cristãos.
Oremos por todas as autoridades; oremos por todos os candidatos para que façam uma campanha com tranquilidade.

Nosso dever de orar assim é "Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador..." 1Tm 2:3
Deus abençoe a todos,
Pastor Irineu Messias

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=ygSfwaCszeE