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quinta-feira, 16 de maio de 2024

JESUS, O NAZARENO

16.05.2024
Por Fredi Winkler*


Jesus é chamado no Novo Testamento de nazareno. Assim, Mateus 2.19-23 relata como um anjo aparece a José no Egito para instruí-lo a retornar à terra de Israel porque Herodes, que pretendia matar a criança, morrera. Então o versículo 22 diz: “Porém, ouvindo [José] que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. E, tendo sido avisado por Deus em sonho, José foi para a região da Galileia. E foi morar numa cidade chamada Nazaré para se cumprir o que foi dito por meio dos profetas: ‘Ele será chamado Nazareno’”.

Mateus sempre se reporta a profecias do Antigo Testamento para provar ao povo judeu que Jesus é o cumprimento da promessa. Onde, porém, estaria escrito que o Messias seria chamado de Nazareno?

Jesus, o rebento da raiz da casa de Davi

Em Isaías 11.1 lemos: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes brotará um renovo”. O que quer dizer isso? Que o Messias viria da casa de Davi. Jessé foi o pai de Davi. Na época em que Jesus nasceu, a casa ou a descendência de Davi era completamente irrelevante, mas ainda havia descendentes, tal como numa árvore abatida da qual resta só um toco com as raízes. E existem árvores – como a oliveira – nas quais frequentemente brotam novos rebentos.

Os descendentes da casa de Davi ainda mantinham a esperança de que algum deles seria o Messias. Na época dos Macabeus, no século I a.C., a Galileia foi recolonizada por judeus. Supõe-se que descendentes da casa de Davi tenham migrado de Belém para a Galileia, fundando ali um povoado e dando-lhe o nome de Nazaré, derivado de Isaías 11.1, porque continuavam a alimentar a esperança de que um dos seus descendentes seria o Messias prometido. A palavra hebraica para “rebento” é nezer, de onde poderia derivar o nome Nazaré. O Antigo Testamento não menciona Nazaré, e por isso se supõe que Nazaré tenha sido fundada depois, num local onde, em tempos passados, já teria existido alguma localidade desconhecida.

Os demônios sabiam quem Jesus era realmente

É significativo que, em ocasiões e eventos importantes, Jesus foi chamado de Nazareno. Esse cognome era importante, porque não existiam sobrenomes e o nome Jesus ou Yeshua era comum. Ele também não poderia ser chamado de “Yeshua Ben Yosef”, como teria sido usual entre os judeus, porque José não era efetivamente seu pai.

Jesus Nazareno “É interessante que o mundo demoníaco o chamava de Nazareno e sabia que ele era o Santo de Deus.”
Em Marcos 1.24, um demônio fala pela boca de um possesso e diz: “O que você quer conosco, Jesus Nazareno? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem você é: o Santo de Deus!”. É interessante que o mundo demoníaco o chamava de Nazareno e sabia que ele era o Santo de Deus.

João 19.19 diz que Pilatos mandou escrever no topo da cruz: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.

Em Atos 22.8, por sua vez, depois que Paulo tombara ao chão no caminho para Damasco e perguntara: “Senhor, quem é você?”, Jesus se apresenta a ele com as palavras: “Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem você persegue”.

Os crentes em Jesus são chamados de nazarenos

Em várias outras ocasiões, no original grego, Jesus é chamado de nazoreu, e, em Atos 24.5, até todos os que creem nele são chamados de nazarenos: “Porque, tendo nós verificado que este homem é uma peste e promove desordens entre os judeus do mundo inteiro, sendo também o principal agitador da seita dos nazarenos”.

A propósito, no hebraico os cristãos são chamados até hoje de “nozrim”, enquanto os muçulmanos os chamam de “nazara”.

Terá Jesus sido um nazireu?

O indivíduo consagrado a Deus, em hebraico um “nasir” – alguém como Sansão – não podia cortar o cabelo. Antigamente, supunha-se que o termo nazoreu proviesse de nazireu e que Jesus fosse alguém consagrado a Deus no sentido do Antigo Testamento, ou seja, um nazireu. Por isso, ele sempre era retratado com cabelos longos. É claro que Jesus era alguém consagrado a Deus, ou melhor: o consagrado por excelência. Mas ele não era isso no sentido do Antigo Testamento, porque um nazireu não podia, por exemplo, tomar vinho, o que Jesus sabidamente fazia.

Jesus de Nazaré

A designação de nazoreu ou nazareno significa que Jesus vinha de Nazaré. Quando, no Domingo de Ramos, ele entrou em Jerusalém aclamado por seus discípulos e se levantou na cidade a pergunta de quem ele seria, o povo disse: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia!” (Mt 21.11).

Fica evidente que Nazaré era uma localidade bem conhecida da Galileia, e também nunca lemos que alguém não soubesse onde Nazaré se localizava. Por outro lado, Natanael, um dos posteriores discípulos de Jesus, disse no primeiro encontro com ele: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).

Natanael era natural de Caná, uma localidade próxima a Nazaré. Caná localizava-se diretamente junto a uma ampla planície atravessada por uma importante estrada. Já Nazaré ficava um pouco afastada, oculta entre as montanhas, mas mesmo assim próxima da grande e conhecida planície de Armagedom, nas colinas do norte.

O Novo Testamento não relata praticamente nada sobre a vida de Jesus em Nazaré antes que ele iniciasse seu ministério público. Também não está claro por quanto tempo o Senhor atuou baseado em Nazaré antes de deixar sua cidade para se mudar para Cafarnaum. Segundo João 3.22-23, Jesus e João Batista atuaram por algum tempo em paralelo. Não sabemos quanto tempo isso durou. Para Jesus, a prisão de João Batista foi o sinal do alto de que chegara o momento de se apresentar publicamente.

Para isso, o aperto e o isolamento de Nazaré não eram adequados. Assim, Mateus 4.13 diz que ele, “deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum”, provavelmente na casa de Pedro. Também não sabemos por quanto tempo ele ficou lá. Uma coisa, porém, é certa: Jesus nunca é chamado de “Jesus de Cafarnaum”, mas sempre “Jesus de Nazaré”, “Jesus, o Nazareno” ou “o Nazoreu”.

A visita de Jesus a Nazaré

Lucas 4.16-30 relata como Jesus visitou Nazaré, sua cidade. Esse relato explica por que ele abandonou o lugar. No versículo 24, o Senhor diz: “De fato, afirmo a vocês que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra”. Por quê? Sobre isso temos de ler Marcos 6.1-6, onde vemos que os habitantes de Nazaré conheciam a ele e sua família, mas não queriam admitir que ele fosse algo diferente deles. O versículo 3 diz: “E escandalizavam-se por causa dele”.

Em Mateus 11.5-6, Jesus diz: “Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.”

Os habitantes de Nazaré se aborreceram com ele e não quiseram reconhecer que ele fosse algo mais do que apenas um homem, a saber, o Messias enviado por Deus, e tentaram lançá-lo de um barranco. Mas apesar de a gente de Nazaré não ter reconhecido Jesus, o nome de Nazaré continua ligado a ele para sempre.

*Fredi Winkler é guia turístico em Israel e dirige, com a esposa, o Hotel Beth-Shalom, em Haifa, vinculado à missão da Chamada
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Fonte:https://revista.chamada.com.br/articles/842-jesus-o-nazareno

sábado, 16 de março de 2024

Livro de Números: Uma Jornada de Fé e Desobediência

12.03.2024
Postado por pr. Irineu Messias

Introdução:

O Livro de Números, quarto da Bíblia e terceiro do Pentateuco, narra a jornada do povo de Israel pelo deserto após o Êxodo do Egito. Abrangendo um período de aproximadamente 38 anos, este livro relata os desafios, as murmurações e as rebeliões dos israelitas durante sua peregrinação até a Terra Prometida.

Estrutura e Conteúdo:

Números pode ser dividido em cinco partes principais:

  • Censo e organização do povo (1:1 - 10:10): Recenseamento das tribos de Israel e organização para a marcha pelo deserto.
  • Murmurações e rebeliões (10:11 - 21:35): Diversos episódios de murmuração contra Deus e Moisés, como a rebelião de Corá e a adoração do bezerro de ouro.
  • Punições e peregrinação (21:36 - 33:49): Punições divinas pelas rebeliões e a longa peregrinação pelo deserto.
  • Preparativos para a conquista da Terra Prometida (33:50 - 36:13): Instruções para a conquista da terra e a divisão entre as tribos.
  • Morte de Moisés e liderança de Josué (36:14-15): A morte de Moisés no Monte Nebo e a liderança de Josué para a conquista da Terra Prometida.

Temas-chave:

  • Fé e obediência: A jornada pelo deserto serve como um teste de fé e obediência do povo de Israel a Deus.
  • Liderança: O papel de Moisés como líder e intercessor do povo é fundamental.
  • Murmuração e rebelião: As constantes murmurações e rebeliões dos israelitas demonstram sua falta de fé e confiança em Deus.
  • Punição e misericórdia: Deus pune as rebeliões do povo, mas também demonstra sua misericórdia e longanimidade.
  • Promessa e esperança: A promessa da Terra Prometida serve como um símbolo de esperança e perseverança para o povo.

Importância e Relevância:

Números é um livro crucial para entender a história do povo de Israel e sua relação com Deus. As lições de fé, obediência e liderança presentes neste livro são relevantes para a vida de todos os cristãos.

Desafios para a Leitura:

A leitura de Números pode ser desafiadora devido à repetição de eventos e à linguagem técnica utilizada. No entanto, com um estudo cuidadoso e a ajuda de recursos adequados, é possível desvendar as riquezas teológicas e históricas deste livro.

Recursos Adicionais:

  • Comentário do Antigo Testamento - Números: [URL inválido removido]
  • Estudos Bíblicos sobre Números: [URL inválido removido]
  • Vídeos sobre Números: [URL inválido removido]

Aplicação Prática:

    • Podemos aprender a perseverar na esperança, mesmo quando a terra prometida parece distante.
    • Podemos aprender a valorizar a misericórdia e a longanimidade de Deus.
    • Podemos aprender a depender da graça de Deus para vencer nossas tendências à rebelião.
    • Podemos aprender a importância da fé e da obediência a Deus, mesmo em tempos de dificuldade.
    • Podemos aprender a lidar com as murmurações e as rebeliões que surgem em nosso interior.
    • Podemos aprender a confiar na liderança de Deus e a seguir seus planos para nossas vidas.

    Comparação com o Novo Testamento:

    O Novo Testamento apresenta a obra redentora de Jesus Cristo, que cumpre as promessas antecipadas no Antigo Testamento. Ao estudar Números à luz do Novo Testamento, podemos ver como a fé em Cristo nos capacita a viver uma vida de obediência e fidelidade a Deus, mesmo em meio às dificuldades.

    Exemplo:

    A jornada pelo deserto no Livro de Números pode ser comparada à vida cristã. Assim como os israelitas enfrentaram desafios e tentações, nós também enfrentamos lutas e provações. Ao confiar em Deus e seguir seus caminhos, podemos perseverar na fé e alcançar a vitória final.

    Conclusão Final:

    O Livro de Números é um livro rico em ensinamentos para a vida cristã. Ao estudarmos suas páginas, somos confrontados com nossas próprias fraquezas e encorajados a crescer em fé, obediência e esperança. A jornada do povo de Israel pelo deserto serve como um lembrete do poder e da fidelidade de Deus, que nos guia e nos sustenta em nossa peregrinação pela vida.

Tipologias no Livro de Números que apontam para o Senhor Jesus:

  • O Livro de Números, repleto de simbolismo e significado profético, apresenta diversas tipologias que apontam para o Senhor Jesus Cristo. Estas tipologias, ou figuras, prefiguram aspectos da vida, obra e ministério de Jesus, revelando a grandiosidade do plano de redenção de Deus.

    1. A Serpente de Bronze (Números 21:4-9):

    • Tipo: A serpente de bronze levantada por Moisés no deserto para curar os israelitas picados por serpentes venenosas.
    • Antipo: Jesus Cristo crucificado na cruz, erguido para a salvação da humanidade do pecado e da morte.
    • Similaridades:
      • Ambos foram levantados em um lugar público.
      • Ambos proporcionaram cura e salvação.
      • Ambos requeriam fé para serem eficazes.

    2. A Rocha Ferida (Números 20:7-11):

    • Tipo: A rocha ferida por Moisés no deserto, da qual jorrou água para o povo sedento.
    • Antipo: Jesus Cristo, a fonte da água viva que sacia a sede espiritual da humanidade.
    • Similaridades:
      • Ambos proveram água para o povo.
      • Ambos representam a provisão de Deus para as necessidades do seu povo.
      • Ambos prefiguram a vida eterna oferecida por Jesus.

    3. O Cordeiro Pascal (Números 28:16-25):

    • Tipo: O cordeiro sacrificado na Páscoa, cujo sangue protegia os israelitas da morte do primogênito.
    • Antipo: Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
    • Similaridades:
      • Ambos eram cordeiros sem mancha.
      • Ambos foram sacrificados para a redenção do povo.
      • Ambos representam a vitória sobre a morte.

    4. O Maná (Números 11:4-9):

    • Tipo: O pão do céu que Deus providenciou para alimentar o povo no deserto.
    • Antipo: Jesus Cristo, o pão da vida que dá vida eterna.
    • Similaridades:
      • Ambos provieram sustento do céu.
      • Ambos satisfizeram a fome do povo.
      • Ambos representam a provisão espiritual de Deus.

    5. O Sumo Sacerdote (Números 3:1-10):

    • Tipo: O sumo sacerdote Aarão, que intercedia pelo povo diante de Deus.
    • Antipo: Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote eterno que intercede por nós junto ao Pai.
    • Similaridades:
      • Ambos representavam o povo diante de Deus.
      • Ambos ofereciam sacrifícios pelos pecados do povo.
      • Ambos intercediam por misericórdia e graça.

    Outras tipologias:

    • O profeta Moisés: prefigura Jesus como o profeta final e mediador da Nova Aliança.
    • A nuvem de glória: prefigura a presença de Deus com o seu povo e a sua proteção.
    • A terra prometida: prefigura o céu, a morada eterna dos salvos.

    Importância das tipologias:

    • As tipologias do Livro de Números nos ajudam a compreender melhor a pessoa e obra de Jesus Cristo.
    • Elas demonstram a coerência e o plano redentor de Deus desde o Antigo Testamento.
    • Elas fortalecem nossa fé e esperança em Jesus Cristo como o Salvador da humanidade.

    O Livro de Números é um rico manancial de ensinamentos e profecias sobre Jesus Cristo. Ao estudarmos suas páginas com atenção e discernimento, podemos aprofundar nossa compreensão da fé cristã e fortalecer nossa relação com o Senhor.

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quinta-feira, 14 de março de 2024

Livro de Levítico: Um Guia para Santidade e Adoração

14.03.2024
Postado por pr. Irineu Messias


O livro de Levítico, o terceiro livro da Bíblia, é um manual de instruções para a adoração e a vida santa do povo de Israel. Escrito por Moisés durante o período de peregrinação no deserto, Levítico detalha os rituais, sacrifícios e leis que deveriam ser seguidos para se aproximar de Deus e manter a comunidade santa.

Temas Centrais:

  • Santidade: O tema central de Levítico é a santidade, tanto de Deus quanto do seu povo. Deus é santo e exige santidade do seu povo, separando-o das outras nações e instruindo-o sobre como viver de forma santa e pura.
  • Adoração: Levítico fornece instruções detalhadas sobre como o povo de Israel deveria adorar a Deus. O sistema sacrificial, com seus diversos tipos de ofertas e sacrifícios, era uma forma de expiação do pecado e de aproximação de Deus.



  • Lei: Levítico contém uma abundância de leis que regulamentam diversos aspectos da vida do povo de Israel, desde a higiene pessoal até a justiça social. Estas leis visavam promover a ordem, a justiça e a santidade na comunidade.

Esboço do Livro de Levítico:

  • Ofertas e Sacrifícios (1:1 - 7:38): Detalhes sobre os diferentes tipos de ofertas e sacrifícios que o povo de Israel deveria apresentar a Deus.
  • Consagração dos Sacerdotes (8:1 - 10:20): Instruções sobre a consagração de Arão e seus filhos como sacerdotes para realizar o culto a Deus.
  • Leis de Pureza e Impureza (11:1 - 15:33): Regras que definem o que era puro e impuro, regulando a alimentação, o contato com animais e pessoas impuras e os rituais de purificação.
  • O Dia da Expiação (16:1-34): Um dia dedicado à purificação do santuário e do povo de Israel.
  • Leis de Santidade (17:1 - 25:55): Regras que abrangem diversos aspectos da vida social, moral e religiosa do povo de Israel, para promover a santidade.
  • Bênçãos e Maldições (26:1-46): As consequências da obediência e da desobediência às leis de Deus.
  • Sobre o que é Consagrado a Deus (27:1-34): Regras sobre as ofertas votivas e outras coisas dedicadas a Deus.

Importância do Livro de Levítico:

Embora muitos dos rituais e leis de Levítico não sejam mais aplicados aos cristãos, o livro ainda possui grande importância para a nossa fé. Levítico nos ensina sobre a santidade de Deus, a necessidade de adoração e a importância da obediência aos seus mandamentos. Além disso, Levítico fornece um pano de fundo para a compreensão do Novo Testamento, especialmente o sacrifício de Jesus Cristo como o cumprimento final do sistema sacrificial do Antigo Testamento.

Referências:

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quarta-feira, 13 de março de 2024

Panorama do Livro de Deuteronômio: Uma Jornada de Fé e Obediência

13.03.2024

O livro de Deuteronômio, o quinto livro da Bíblia e o último do Pentateuco, é uma obra rica em ensinamentos teológicos, históricos e práticos. Escrito por Moisés durante os últimos 40 anos da peregrinação no deserto, Deuteronômio apresenta uma série de discursos de despedida em que ele relembra a história do povo de Israel, as leis e os mandamentos de Deus, e os exorta à fidelidade e à obediência ao Senhor.

Tópicos Explicativos:

1. A Primeira Aliança (Deuteronômio 1:1-4:49):

  • Moisés relembra a história da libertação do Egito e da entrega da Lei no Monte Sinai.
  • Ele enfatiza a importância da obediência aos mandamentos de Deus como condição para a bênção e a prosperidade do povo.
  • A centralidade do Shemá Israel (Deuteronômio 6:4-9) como expressão da fé monoteísta e do amor a Deus.

2. As Leis e os Mandamentos (Deuteronômio 5:1-26:19):

  • Deuteronômio apresenta uma recapitulação das leis e dos mandamentos de Deus, incluindo os Dez Mandamentos, as leis sociais, as leis cultuais e as leis civis.
  • O objetivo das leis é promover a justiça, a ordem e a santidade no meio do povo de Israel.
  • As leis também servem como um símbolo da aliança entre Deus e seu povo.

3. Bênçãos e Maldições (Deuteronômio 27:1-28:69):

  • Moisés apresenta as bênçãos que o povo de Israel receberá se obedecer aos mandamentos de Deus e as maldições que sofrerá se desobedecer.
  • As bênçãos e maldições servem como um poderoso incentivo à obediência e como um aviso das consequências da desobediência.

4. Discursos de Despedida e Morte de Moisés (Deuteronômio 29:1-34:12):

  • Moisés abençoa as tribos de Israel e os exorta a permanecerem fiéis ao Senhor.
  • Ele faz um último apelo à obediência e à fidelidade à aliança.
  • Moisés sobe ao Monte Nebo e morre aos 120 anos.

Conclusão:

O livro de Deuteronômio é um marco fundamental na história do povo de Israel. Ele serve como um guia para a vida de fé e obediência a Deus, e seus ensinamentos continuam a ser relevantes para os cristãos de hoje.

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quarta-feira, 6 de março de 2024

Livro de Gênesis: Desvendando as Origens

05.03.2024

Postado por pr Irineu Messias 

Introdução:

O livro de Gênesis, o primeiro da Bíblia, é um portal para a história da criação, da humanidade e do povo de Israel. Através de suas narrativas poéticas e rica simbologia. Gênesis nos leva a uma jornada épica que explora temas como a origem do universo, a natureza humana, a relação entre Deus e o homem, a promessa da redenção e a formação da nação israelita.

Tópicos Explicativos:

1. A Criação (Gênesis 1:1-2:4a):

  • A narrativa da criação em seis dias, com Deus como criador soberano e ordenador do cosmos.
  • A distinção entre Deus e o mundo, e a santidade do sétimo dia como um símbolo de descanso e comunhão com Deus.

2. A Queda do Homem (Gênesis 2:4b-3:24):

  • A criação de Adão e Eva à imagem de Deus e sua colocação no Jardim do Éden.
  • A tentação da serpente, a desobediência do homem e a consequente queda da graça.
  • As maldições que recaem sobre a humanidade e a promessa de um Redentor.

3. As Consequências da Queda (Gênesis 4-11):

  • A história de Caim e Abel, revelando a inclinação do homem para o pecado e a violência.
  • A genealogia dos descendentes de Adão e a crescente corrupção da humanidade.
  • O dilúvio como um julgamento divino sobre a Terra e a preservação de Noé e sua família.

4. A Torre de Babel e a Dispersão dos Povos (Gênesis 11:1-9):

  • A tentativa frustrada de construir uma torre que chegasse ao céu, simbolizando a rebelião humana contra Deus.
  • A dispersão dos povos como forma de Deus controlar a soberba humana e preservar a diversidade cultural.

5. A Promessa a Abraão (Gênesis 12:1-25:18):

  • O chamado de Abraão e a promessa de Deus de fazer dele uma grande nação e abençoar todas as famílias da Terra.
  • A fé de Abraão, mesmo diante de desafios e provas, como a peregrinação a Canaã e o sacrifício de Isaque.
  • O nascimento de Isaque e a promessa de que através dele a descendência de Abraão seria abençoada.

6. Jacó e Esaú: A Escolha da Fé (Gênesis 25:19-36:43):

  • A história dos gêmeos Jacó e Esaú, ilustrando a escolha entre a fé e a bênção material.
  • O engano de Jacó e a obtenção da primogenitura, demonstrando a astúcia humana e as consequências do pecado.
  • A reconciliação entre Jacó e Esaú, revelando a misericórdia de Deus.

7. José e Seus Irmãos: Do Poço ao Palácio (Gênesis 37:1-50:26):

  • A história de José, vendido como escravo pelos seus irmãos e posteriormente elevado a governador do Egito.
  • A providência divina em meio ao sofrimento de José, mostrando como Deus pode transformar o mal em bem.
  • O perdão de José aos seus irmãos, exemplificando a graça e o amor de Deus.

Conclusão:

O livro de Gênesis é um alicerce fundamental para a compreensão da fé judaico-cristã. Através de suas histórias inspiradoras e ensinamentos profundos. Gênesis nos revela o caráter de Deus, a origem do pecado e da redenção, e a promessa de um futuro glorioso para a humanidade.

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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Confiando em Deus em meio às preocupações: encontrando a paz

 23.02.2024

Por pastor Irineu Messias

Num mundo cheio de preocupações e ansiedades, é importante compreender o significado de confiar em Deus. Canalizar a nossa fé e crença no plano de Deus pode proporcionar o tão necessário consolo e segurança. Vamos mergulhar na sabedoria da Palavra de Deus, explorando a importância de lançar fora as preocupações e abraçar a fé.

Esteja atento aos seus pensamentos

O capítulo 17 e o versículo 9  de Jeremias, enfatiza a importância de sermos cautelosos com nossos pensamentos e desejos. Nossos pensamentos têm o poder de moldar nossas ações e decisões. É essencial estar atento ao conteúdo que mantemos em nossos corações, pois ele pode influenciar significativamente a nossa visão da vida.


Confiando na solução definitiva de Deus

Mesmo em momentos de preocupação, é vital lembrar-se de confiar em Deus e ter fé. É importante enfatizar que Deus é a solução definitiva para todas as nossas preocupações. Confiar em Seu plano e abandonar nossas ansiedades abre o caminho para a paz interior e a segurança em Cristo Jesus.

Encontrando a paz através da fé

O trabalho e as preocupações de Jeroboão (1 Reis 12:26-29) são destacados como exemplo, mostrando o impacto de buscar orientação por meio da fé. Confiar no plano de Deus e abandonar as preocupações são retratados como ações transformadoras que levam a uma jornada espiritual enriquecida. É um lembrete de que ter fé, mesmo nos momentos mais desafiadores, é crucial.

A natureza esmagadora da preocupação

O texto de 1 Reis 12:26-29, demonstra o perigo avassalador que a preocupação muitas vezes pode trazer. É reconhecido que a preocupação pode parecer incontrolável e pesada. No entanto, sublinhe-se a importância de encontrar consolo depositando a nossa confiança em Deus, permitindo que a Sua orientação alivie a nossa inquietação.

O papel vital da oração

A oração apresenta-se como um componente essencial do nosso bem-estar espiritual. Buscar a presença de Deus por meio da oração serve como fonte de força e orientação. Destaca-se no texto bíblico em apreço, a importância de estabelecer uma conexão com Deus por meio da oração sincera, especialmente em momentos de preocupação e dúvida, diferentemente da atitude do rei Jeroboão. Ele não orou, nem confiou em Deus.

Acreditando no Plano Maior de Deus

A crença no plano abrangente de Deus e na proteção divina é enfatizada como uma pedra angular. É preciso ter fé e Deus cuidará de nossas preocupações e medos, superando quaisquer preocupações que possamos abrigar. Confiar na soberania de Deus oferece um sentimento de profunda segurança e esperança em meio a incertezas.



Abraçar a confiança em Deus em meio às preocupações oferece um caminho para a paz e a tranquilidade. Ao libertarmos as nossas preocupações e abraçarmos a fé, podemos encontrar conforto no conhecimento de que o plano de Deus ultrapassa as nossas preocupações. Cultivemos o hábito de lançar sobre Ele nossas preocupações e ansiedades, encontrando consolo em Sua segurança divina.

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

2ª Crônicas: Uma Jornada de Fé e Restauração

 21.02.2024

Por pastor Irineu Messias

Em 2ª Crônicas, embarcamos em uma jornada épica que narra a história do povo de Israel após o retorno do cativeiro. Através de 36 capítulos, mergulhamos em ensinamentos preciosos sobre fé, restauração e a importância da adoração ao Senhor.

Reinado de Salomão e a Divisão do Reino

O livro inicia com o reinado de Salomão, um rei considerado sábio e próspero. No entanto, sua idolatria leva à divisão do reino entre seus filhos: Jeroboão governa o Norte (Israel) e Roboão governa o Sul (Judá).

Declínio e Cativeiro

Com o passar do tempo, a descrença em Deus se instala na nação, culminando na invasão dos reinos por assírios e babilônios. O povo é levado ao cativeiro na Mesopotâmia, sofrendo sob o jugo do rei Nabucodonosor.

Libertação e Retorno

A esperança renasce quando Ciro, rei da Pérsia, conquista o império babilônico e decreta a libertação dos israelitas. Com a queda da Babilônia, o povo é autorizado a retornar a Jerusalém para reconstruir o templo e restaurar sua adoração a Deus.

Temas Centrais

• Fé em Deus em meio às provações. • As consequências da apostasia e idolatria. • A importância da adoração verdadeira. • O poder da restauração e da redenção.

Conclusão

2ª Crônicas oferece uma perspectiva única da história de Israel, focando na religiosidade do povo e na importância da fé em Deus. Através dos relatos de reis, cativeiro e libertação, somos ensinados sobre a necessidade de permanecermos fiéis ao Senhor, mesmo em tempos de tribulação.

Tópicos para Reflexão:

• Quais lições podemos aprender com a história do povo de Israel em 2 Crônicas? • Como podemos manter nossa fé viva em tempos de dificuldade? • Qual a importância da adoração verdadeira em nossas vidas? • De que forma a história de 2 Crônicas nos inspira a buscar a redenção e a restauração em nossas vidas?

Convidamos você a mergulhar nas páginas de 2ª Crônicas e descobrir as riquezas de ensinamentos e reflexões que este livro oferece.

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