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quinta-feira, 16 de maio de 2024

JESUS, O NAZARENO

16.05.2024
Por Fredi Winkler*


Jesus é chamado no Novo Testamento de nazareno. Assim, Mateus 2.19-23 relata como um anjo aparece a José no Egito para instruí-lo a retornar à terra de Israel porque Herodes, que pretendia matar a criança, morrera. Então o versículo 22 diz: “Porém, ouvindo [José] que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. E, tendo sido avisado por Deus em sonho, José foi para a região da Galileia. E foi morar numa cidade chamada Nazaré para se cumprir o que foi dito por meio dos profetas: ‘Ele será chamado Nazareno’”.

Mateus sempre se reporta a profecias do Antigo Testamento para provar ao povo judeu que Jesus é o cumprimento da promessa. Onde, porém, estaria escrito que o Messias seria chamado de Nazareno?

Jesus, o rebento da raiz da casa de Davi

Em Isaías 11.1 lemos: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes brotará um renovo”. O que quer dizer isso? Que o Messias viria da casa de Davi. Jessé foi o pai de Davi. Na época em que Jesus nasceu, a casa ou a descendência de Davi era completamente irrelevante, mas ainda havia descendentes, tal como numa árvore abatida da qual resta só um toco com as raízes. E existem árvores – como a oliveira – nas quais frequentemente brotam novos rebentos.

Os descendentes da casa de Davi ainda mantinham a esperança de que algum deles seria o Messias. Na época dos Macabeus, no século I a.C., a Galileia foi recolonizada por judeus. Supõe-se que descendentes da casa de Davi tenham migrado de Belém para a Galileia, fundando ali um povoado e dando-lhe o nome de Nazaré, derivado de Isaías 11.1, porque continuavam a alimentar a esperança de que um dos seus descendentes seria o Messias prometido. A palavra hebraica para “rebento” é nezer, de onde poderia derivar o nome Nazaré. O Antigo Testamento não menciona Nazaré, e por isso se supõe que Nazaré tenha sido fundada depois, num local onde, em tempos passados, já teria existido alguma localidade desconhecida.

Os demônios sabiam quem Jesus era realmente

É significativo que, em ocasiões e eventos importantes, Jesus foi chamado de Nazareno. Esse cognome era importante, porque não existiam sobrenomes e o nome Jesus ou Yeshua era comum. Ele também não poderia ser chamado de “Yeshua Ben Yosef”, como teria sido usual entre os judeus, porque José não era efetivamente seu pai.

Jesus Nazareno “É interessante que o mundo demoníaco o chamava de Nazareno e sabia que ele era o Santo de Deus.”
Em Marcos 1.24, um demônio fala pela boca de um possesso e diz: “O que você quer conosco, Jesus Nazareno? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem você é: o Santo de Deus!”. É interessante que o mundo demoníaco o chamava de Nazareno e sabia que ele era o Santo de Deus.

João 19.19 diz que Pilatos mandou escrever no topo da cruz: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.

Em Atos 22.8, por sua vez, depois que Paulo tombara ao chão no caminho para Damasco e perguntara: “Senhor, quem é você?”, Jesus se apresenta a ele com as palavras: “Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem você persegue”.

Os crentes em Jesus são chamados de nazarenos

Em várias outras ocasiões, no original grego, Jesus é chamado de nazoreu, e, em Atos 24.5, até todos os que creem nele são chamados de nazarenos: “Porque, tendo nós verificado que este homem é uma peste e promove desordens entre os judeus do mundo inteiro, sendo também o principal agitador da seita dos nazarenos”.

A propósito, no hebraico os cristãos são chamados até hoje de “nozrim”, enquanto os muçulmanos os chamam de “nazara”.

Terá Jesus sido um nazireu?

O indivíduo consagrado a Deus, em hebraico um “nasir” – alguém como Sansão – não podia cortar o cabelo. Antigamente, supunha-se que o termo nazoreu proviesse de nazireu e que Jesus fosse alguém consagrado a Deus no sentido do Antigo Testamento, ou seja, um nazireu. Por isso, ele sempre era retratado com cabelos longos. É claro que Jesus era alguém consagrado a Deus, ou melhor: o consagrado por excelência. Mas ele não era isso no sentido do Antigo Testamento, porque um nazireu não podia, por exemplo, tomar vinho, o que Jesus sabidamente fazia.

Jesus de Nazaré

A designação de nazoreu ou nazareno significa que Jesus vinha de Nazaré. Quando, no Domingo de Ramos, ele entrou em Jerusalém aclamado por seus discípulos e se levantou na cidade a pergunta de quem ele seria, o povo disse: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia!” (Mt 21.11).

Fica evidente que Nazaré era uma localidade bem conhecida da Galileia, e também nunca lemos que alguém não soubesse onde Nazaré se localizava. Por outro lado, Natanael, um dos posteriores discípulos de Jesus, disse no primeiro encontro com ele: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).

Natanael era natural de Caná, uma localidade próxima a Nazaré. Caná localizava-se diretamente junto a uma ampla planície atravessada por uma importante estrada. Já Nazaré ficava um pouco afastada, oculta entre as montanhas, mas mesmo assim próxima da grande e conhecida planície de Armagedom, nas colinas do norte.

O Novo Testamento não relata praticamente nada sobre a vida de Jesus em Nazaré antes que ele iniciasse seu ministério público. Também não está claro por quanto tempo o Senhor atuou baseado em Nazaré antes de deixar sua cidade para se mudar para Cafarnaum. Segundo João 3.22-23, Jesus e João Batista atuaram por algum tempo em paralelo. Não sabemos quanto tempo isso durou. Para Jesus, a prisão de João Batista foi o sinal do alto de que chegara o momento de se apresentar publicamente.

Para isso, o aperto e o isolamento de Nazaré não eram adequados. Assim, Mateus 4.13 diz que ele, “deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum”, provavelmente na casa de Pedro. Também não sabemos por quanto tempo ele ficou lá. Uma coisa, porém, é certa: Jesus nunca é chamado de “Jesus de Cafarnaum”, mas sempre “Jesus de Nazaré”, “Jesus, o Nazareno” ou “o Nazoreu”.

A visita de Jesus a Nazaré

Lucas 4.16-30 relata como Jesus visitou Nazaré, sua cidade. Esse relato explica por que ele abandonou o lugar. No versículo 24, o Senhor diz: “De fato, afirmo a vocês que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra”. Por quê? Sobre isso temos de ler Marcos 6.1-6, onde vemos que os habitantes de Nazaré conheciam a ele e sua família, mas não queriam admitir que ele fosse algo diferente deles. O versículo 3 diz: “E escandalizavam-se por causa dele”.

Em Mateus 11.5-6, Jesus diz: “Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.”

Os habitantes de Nazaré se aborreceram com ele e não quiseram reconhecer que ele fosse algo mais do que apenas um homem, a saber, o Messias enviado por Deus, e tentaram lançá-lo de um barranco. Mas apesar de a gente de Nazaré não ter reconhecido Jesus, o nome de Nazaré continua ligado a ele para sempre.

*Fredi Winkler é guia turístico em Israel e dirige, com a esposa, o Hotel Beth-Shalom, em Haifa, vinculado à missão da Chamada
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Fonte:https://revista.chamada.com.br/articles/842-jesus-o-nazareno

sábado, 25 de janeiro de 2014

O que Jesus quis dizer quando falou para não dar "aos cães o que é santo"?

25.01.2014
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por  Dennis Allan

Jesus disse: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem” (Mateus 7:6).

As interpretações desse versículo variam e, algumas vezes, são completamente estranhas ao seu contexto. Alguns até o aplicam literalmente, dizendo que é pecado dar as sobras da mesa (já abençoadas através da oração) ao cão doméstico. Mas mesmo uma leitura superficial do contexto, a qual é a mensagem mais espiritual já transmitida ao homem, mostra que Jesus não se refere a cães de estimação ou porcos literais. Sua mensagem é claramente espiritual.

Jesus usa animais aqui, como em outros lugares, para representar as características espirituais de certas pessoas. Do mesmo modo, ele chamou Herodes de raposa (Lucas 13:32) e os fariseus de “serpentes, raça de víboras”(Mateus 23:33)

Seus seguidores frequentemente foram chamados de ovelhas (João 10:27). Esta prática é comum em outros livros da Bíblia, também. Pessoas teimosas e sem entendimento são comparadas a cavalos e mulas (Salmo 32:9). Líderes que abusam das suas posições são chamados de lobos (Atos 20:29; Ezequiel 22:27) e leões (Sofonias 3:3). O diabo é descrito como leão (1 Pedro 5:8), dragão e serpente (Apocalipse 12:9).

O que Jesus queria ensinar quando falou para não dar aos cães o que é santo? No Velho Testamento, aos sacerdotes era permitido comer de certos sacrifícios oferecidos ao Senhor (Êxodo 29:33; Levítico 2:3). Seria impensável para eles jogarem essa comida sagrada para algum cão vadio. O cão não seria capaz de apreciar o valor disso. Semelhantemente, um porco jamais pode apreciar a beleza e o valor de uma pérola rara. É baseado nestes fatos óbvios que Jesus adverte sobre o erro de jogar o que é sagrado aos cachorros ou porcos. Seu comentário não se trata da alimentação dos nossos animais de estimação!

Há cães espirituais neste mundo, ou seja, pessoas que simplesmente não apreciam o valor das coisas espirituais. Jesus disse que não se deve forçar o evangelho sobre tais pessoas. Por mais que queiramos guiar uma pessoa ao Senhor, não podemos obrigar ninguém a obedecer a Deus. Jesus usou uma linguagem mais clara para falar do mesmo assunto quando enviou os apóstolos para pregar: “Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés” (Mateus 10:14).

Hoje em dia, precisamos fazer a mesma coisa quando ensinamos o evangelho. Para aqueles que estão famintos e sedentos de justiça, devemos dar todas as oportunidades para aprenderem a vontade de Deus. Mas aqueles que já mostraram sua falta de interesse nas coisas espirituais não devem e não podem ser forçados a obedecer. Admoestações constantes, mesmo bem intencionadas, não transformarão um cão em um cordeiro.

Precisamos ser cuidadosos aqui. Podemos discernir a atitude de uma pessoa somente depois de tentar lhe ensinar. Não devemos desistir de alguém antes de lhe dar oportunidade para ouvir o evangelho. Somente Deus sabe o que realmente está no coração. Nós podemos avaliar somente pelos frutos produzidos (Mateus 7:17-20).

Este princípio nos ajuda em saber como lidar com familiares e amigos que simplesmente não têm interesse na palavra de Deus. É normal o cristão desejar a salvação das pessoas mais queridas na sua vida, mas nem todas estas pessoas aceitarão a palavra. Quando percebemos a futilidade dos nossos esforços, deixemos a porta aberta para a pessoa nos procurar, mas vamos oferecer a mesma oportunidade para outras pessoas. 

Paulo desejava a salvação dos judeus (seus parentes na carne – Romanos 9:1-4), mas viu a rejeição por muitos deles e levou a mensagem do evangelho às pessoas de outras nações (Atos 13:44-49).

Uma lição final desta instrução de Jesus: não seja cão ou porco! Mostre para Deus um coração aberto para valorizar e receber sua santa palavra!
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/jbd028.htm

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

OS PECADOS QUE DECAPITARAM JOÃO BATISTA

07.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Fisher
 
Uma das maiores injustiças da história bíblica foi a decapitação de João Batista (Marcos 6:14-29). Eis os fatos: João tinha pregado contra o casamento do rei Herodes com Herodias e, por conseguinte, Herodes o pôs na prisão. Herodes não desejava ferir a João, mas Herodias o odiava. Mais tarde, numa celebração de aniversário em que estavam presentes importantes figuras da sociedade, a filha de Herodias, Salomé, apresentou uma dança insinuante. Herodes,tendo ficado extasiado com a dança, prometeu-lhe, sem pensar, fazer tudo o que ela desejasse. Após consultar a mãe, Salomé solicitou a cabeça de João sobre o seu prato. Herodes não queria matar a João, mas não queria voltar atrás na promessa que tinha feito diante de tantos convidados. Assim João foi decapitado.
 
Observe quatro pecados que conduziram a essa tragédia.
  • Um casamento ilícito. João disse a Herodes que ele não tinha o direito de estar casado com Herodias. Muitas pessoas hoje não têm o direito de estarem casadas (veja Lucas 16:18), mas ficariam tão iradas quanto Herodias se você lhes dissesse isso.
  • Uma dança sensual. Somos uma sociedade tomada pela sensualidade – boates, filmes, revistas e programas na televisão alimentam o apetite cada vez maior pela sensualidade. Deus exige a pureza de vida e de pensamento (Filipenses 4:8; Romanos 13:13-14).
  • Uma promessa precipitada. Herodes não tinha o direito de prometer a Salomé o que ela quisesse. Era como um cheque em branco. Não acontece muitas vezes de também assumirmos compromissos precipitados que achamos díficil ou impossível de cumprir?
  • Covardia. Herodes deveria ter renunciado o seu voto precipitado se o cumprisse o levaria a pecar. Mas ele recusou para não perder o prestígio diante de seus convidados. Devemos fazer com coragem o que é certo, ainda que nos exija voltar atrás e passar vergonha diante das pessoas.
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/2002213.htm