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segunda-feira, 24 de março de 2025

OS MUITOS CAMINHOS POR ONDE ANDEI

24.03.2025
Do canal do pastor Irineu Messias, no YouTube, 26.02.25
Por pastor Irineu Messias


No cenário em constante evolução de nossas vidas, frequentemente nos encontramos em uma encruzilhada, diante de uma miríade de escolhas que podem nos levar por caminhos muito diferentes dos caminhos de Deus. Este é o tema central explorado na poderosa canção gospel "OS MUITOS CAMINHOS POR ONDE ANDEI", escrita pelo pastor Irineu Messias. Por meio de suas letras emotivas e entrega sincera, Messias nos convida a embarcar em uma jornada espiritual profunda, que ressoa com as lutas e triunfos que todos nós vivenciamos enquanto navegamos pelas complexidades de nossa fé.

Perdendo o nosso caminho: os perigos de vagar sem rumo

A música começa pintando um quadro vívido dos muitos caminhos que podemos encontrar percorrendo, muitas vezes nos perdendo e desconectando do nosso verdadeiro propósito. Como diz a letra, "Nos muitos caminhos que andei, tantas vezes me perdi, muitas vezes não me achei" (Nos muitos caminhos que andei, tantas vezes me perdi, muitas vezes não me encontrei).

Esse sentimento é um com o qual muitos de nós podemos nos identificar, pois nos encontramos presos na teia de nossos próprios desejos, perseguindo as falsas promessas de sucesso e felicidade mundano, afastados do Senhor Jesus...Apesar de ter "mapas com tantos destinos, guiados por meu coração", o narrador finalmente falha em alcançar o destino que tanto buscava — "o caminho de Deus, do caminho dos Céus mais e mais me distanciava".

A razão para essa desconexão, como a música revela pungentemente, é a inerente fragilidade do coração humano. O poeta descreve, "Pois o coração humano, tomado pelo pecado, não consegue enxergar o verdadeiro Caminho em que deve andar, escolhe sempre o errado!" (Pois o coração humano, tomado pelo pecado, não consegue enxergar o verdadeiro Caminho em que deve andar, ele sempre escolhe o errado!). Esta declaração poderosa ressalta a luta universal que todos nós enfrentamos em nossas jornadas espirituais, pois nossa natureza pecaminosa frequentemente nos desvia, cegando-nos para o verdadeiro caminho que Deus traçou para nós, que o Senhor Jesus Cristo, como Ele mesmo disse: 

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por mim". João 14:6

A futilidade da sabedoria mundana

Em face dessa desorientação espiritual, o poeta se volta para várias fontes de sabedoria mundana, buscando respostas e orientação. Como a letra descreve, eles exploram "os tantos recursos, muitas religiões, a sabedoria humana e até a Filosofia". No entanto, a música deixa claro que essas fontes externas são, em última análise, insuficientes para fornecer a verdadeira alegria e realização que o coração humano anseia, que se fundamenta no Filho de Deus, Cristo Jesus.

O poeta declama, "Mas tudo isso nunca servirá para alcançar, a verdadeira Alegria!" (Mas tudo isso nunca servirá para atingir, a verdadeira Alegria!). Esta poderosa declaração ressalta a verdade fundamental de que as respostas que buscamos não podem ser encontradas nos prazeres fugazes e soluções temporárias oferecidas pelo mundo. Em vez disso, o verdadeiro caminho para a alegria e realização duradouras só pode ser encontrado no amor divino e no sacrifício de Jesus Cristo.

O Verdadeiro Caminho: Descobrindo Cristo como o Caminho

À medida que a música avança, o poeta apresenta a figura central que pode nos guiar para fora das trevas e para o verdadeiro caminho – Jesus Cristo. Ele canta: "O verdadeiro caminho, o mapa divinal, E um destino sem igual, Que culminará na glória celestial, Só se encontrar, No filho de Deus, o Cordeiro Pascal, Que na Cruz venceu todo o Mal, Derrotando para sempre Os poderes de Belial").

Esta poderosa declaração afirma que Jesus Cristo é o Verdadeiro Caminho, o mapa divino que pode nos guiar ao destino final, a glória eterna na presença de Deus. Por meio de Seu sacrifício na cruz, Cristo derrotou os poderes do mal e do pecado, abrindo o caminho para encontrarmos a verdadeira alegria e realização Nele.

O Retorno do Pródigo: Redescobrindo o Amor Inabalável de Deus

A música então assume um caráter profundamente pessoal, à medida que o poeta reflete sobre sua própria jornada de peregrinação e o profundo impacto da redescoberta do amor de Deus. Messias canta: "Nos muitos caminhos por onde andei, nada de bom encontrei. Só mais vazios na minha alma, Perdi, nesses caminhos, a divina calma!" (Nos muitos caminhos que percorri nada de bom encontrei. Só mais vazios em minha alma, perdi, nesses caminhos, a paz divina!).

Essa pungente admissão do vazio e da perda experimentados na busca por caminhos mundanos ressoa com a experiência humana universal de se sentir desconectado de Deus e da verdadeira fonte de alegria. No entanto, a música então toma um rumo notável, quando o poeta descobre que, apesar de suas andanças, o amor e a presença de Deus nunca os deixaram verdadeiramente.

O poeta declama: "Mas por seu amor divinal, não caminho mais sozinho. Agora Ele caminha sempre comigo, Livra-me dos grandes perigos. Ele é meu Deus, é meu amigo, Seu nome é Cristo Jesus!" (Mas pelo Seu amor divino, não ando mais sozinho. Agora Ele caminha sempre comigo, Livra-me de grandes perigos. Ele é meu Deus, Ele é meu amigo, Seu nome é Cristo Jesus!).

Esta poderosa declaração de redescoberta do amor e da presença inabaláveis ​​de Deus é um testamento do poder transformador da redenção de Cristo. O poeta, antes perdido e à deriva, agora se encontra firmemente ancorado no abraço amoroso de seu Salvador, que caminha ao lado dele, guiando-o e protegendo-o dos perigos do mundo.

Celebrando a Amizade de Cristo

A canção chega ao seu clímax com uma alegre celebração da amizade íntima e do relacionamento que o narrador encontrou em Cristo. O poeta canta: "Hei de sempre bendizer Seu santo Nome, Pois caminhei perdido, Ele me trouxe de volta para o seu aprisco. Agora Ele caminha comigo, Ele é meu Deus, é meu amigo, Ele é o meu Senhor Jesus Cristo!" (Sempre bendirei o Seu santo Nome, Pois andei perdido, Ele me trouxe de volta ao Seu aprisco. Agora Ele caminha comigo, Ele é meu Deus, Ele é meu amigo, Ele é meu Senhor Jesus Cristo!).

Esta proclamação alegre encapsula a essência da mensagem da canção – que no meio de nossas andanças e lutas, Cristo está sempre lá, esperando para nos receber de volta e caminhar ao nosso lado. Ele não é apenas uma divindade distante, mas um amigo e companheiro amoroso que deseja nos guiar e nos proteger, levando-nos ao destino final da glória eterna.

Lições práticas e reflexões

A poderosa mensagem de "OS MUITOS CAMINHOS POR ONDE ANDEI" oferece diversas lições e reflexões importantes para nossas próprias jornadas espirituais:

    • Reconheça a Quebrantamento do Coração Humano: A música nos lembra que nossa natureza pecaminosa pode frequentemente nos desviar, cegando-nos para o verdadeiro caminho que Deus traçou para nós, o nosso Senhor Jesus Cristo. Reconhecer esse quebrantamento inerente é o primeiro passo para buscar a orientação e a graça de Deus.
  • Resista ao Fascínio da Sabedoria Mundana: Enquanto o mundo oferece muitos recursos, religiões e filosofias, a música deixa claro que essas fontes externas não podem fornecer a verdadeira alegria e realização que nossos corações anseiam. Devemos olhar além das soluções temporárias e encontrar nossa satisfação final em Cristo.
  • Abrace Cristo como o Caminho Verdadeiro: A música afirma que Jesus Cristo é o mapa divino, o verdadeiro caminho que leva à glória eterna do Pai Celestial. Ao depositar nossa confiança Nele e seguir Sua liderança, podemos encontrar a orientação e a direção de que precisamos tão desesperadamente, por meio de Seu Espírito Santo
  • Redescubra o Amor Inabalável de Deus: Mesmo quando nos encontramos perdidos e à deriva, a canção nos lembra que o amor e a presença de Deus nunca nos abandonaram verdadeiramente. Por meio do poder redentor de Cristo, podemos experimentar a alegria de sermos encontrados e o conforto de caminhar ao lado de nosso amoroso Salvador. Você quer ser encontrado por este Amoroso Salvador?
  • Celebre a Amizade de Cristo: A conclusão alegre da música nos convida a abraçar o relacionamento íntimo que podemos ter com Cristo, que não é apenas nosso Senhor, mas nosso amigo e companheiro na jornada da vida:
 "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas   tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer". João 15.15

Ao refletirmos sobre a poderosa mensagem de "OS MUITOS CAMINHOS POR ONDE ANDEI", somos lembrados de que nossas jornadas espirituais não devem ser trilhadas sozinhos. Por meio da orientação e do amor de Cristo, podemos encontrar a força e a coragem para navegar pelos muitos caminhos que a vida apresenta, descobrindo, em última análise, a verdadeira alegria e realização que só podem ser encontradas nEle.

Nós o encorajamos a se inscrever no canal do Pastor Irineu Messias no YouTube e explorar mais de seu conteúdo inspirador do evangelho. Deixe que esta música seja um catalisador para sua própria reflexão e crescimento espiritual, enquanto você busca aprofundar seu relacionamento com o único e verdadeiro Salvador, Jesus Cristo.

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=rNfjgji_D48&list=PLpGeXT7Xh6NJsxFwt5eAq_txaPj6hJY5T&index=10

sexta-feira, 7 de março de 2025

Resenha : "O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DOS EVANGÉLICOS BRASILEIROS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA”

 07.03.2024

Postado por pastor Irineu Messias


A seguir, apresenta-se uma resenha acerca do documento O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DOS EVANGÉLICOS BRASILEIROS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA”, que se propõe a analisar a interseção entre as tecnologias digitais e as práticas religiosas no contexto evangélico brasileiro.

Contextualização e Objetivos

O estudo parte do reconhecimento do crescente impacto das mídias sociais na sociedade contemporânea e, especificamente, na forma como a religião é vivenciada e comunicada. O principal objetivo do trabalho é investigar de que forma as plataformas digitais transformam a prática dos evangélicos, contribuindo para a construção ou fragmentação da identidade religiosa e alterando as dinâmicas de comunicação entre líderes e fiéis. Ao abordar estes temas, o artigo se mostra atual e relevante, considerando os desafios da era digital, como a disseminação de fake news e a superficialização dos discursos religiosos.

Metodologia e Abordagem

A metodologia adotada consiste em uma revisão bibliográfica sistemática, na qual os autores selecionaram fontes recentes e relevantes para compor um panorama crítico sobre as transformações na prática religiosa mediada pelas mídias sociais. Essa abordagem qualitativa permite identificar padrões, tendências e lacunas na literatura, ressaltando, por exemplo, tanto os benefícios proporcionados pelo acesso facilitado à informação quanto os riscos associados à desinformação e à fragmentação comunitária.

1. Relevância do Tema: 

O documento aborda um assunto de extrema importância no contexto atual, pois as mídias sociais modificam a forma como a fé é praticada, ampliando o acesso à mensagem religiosa, mas também introduzindo desafios relacionados à autenticidade e à coesão comunitária. A discussão acerca da disseminação de fake news, em particular, é um alerta imprescindível para que líderes e teólogos repensem as estratégias de comunicação digital.

2. Análise Crítica e Reflexiva: 

A revisão bibliográfica apresenta uma análise reflexiva sobre a dualidade das mídias sociais – por um lado, possibilitam a democratização do acesso à informação e a formação de comunidades virtuais; por outro, podem gerar uma “religiosidade performática” e facilitar a propagação de conteúdos imprecisos que atentam contra os valores bíblicos e a tradicional autoridade religiosa.

3. Contribuição para o Debate Interno:  

O trabalho funciona como uma ferramenta que pode estimular uma reavaliação entre líderes evangélicos e teólogos, incentivando-os a adotar práticas digitais mais críticas e a implementar mecanismos de verificação de informações. Esse debate é fundamental para resguardar os valores religiosos e garantir uma prática de fé mais autêntica e conectada com os princípios éticos e doutrinários do evangelho.

A resenha evidencia que o documento “O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DOS EVANGÉLICOS BRASILEIROS” é uma contribuição valiosa para o debate sobre a relação entre tecnologia e religiosidade no Brasil. Ao identificar tanto os benefícios quanto os desafios inerentes ao uso das mídias sociais – com ênfase especial na problemática das fake news e na redefinição da autoridade religiosa – o estudo serve como um chamado à conscientização e à reflexão crítica entre os líderes evangélicos. Assim, ele pode funcionar como um ponto de partida para a reformulação de estratégias de comunicação e o fortalecimento dos valores bíblicos em um ambiente cada vez mais digitalizado.

*Este artigo científico, “O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DOS EVANGÉLICOS BRASILEIROS” foi elaborado pelo pastor Irineu Messias, como um Trabalho de Conclusão do curso de Pós-Graduação em Filosofia, Sociologia e Ciências Sociais, pela Faculdade Prisma. O autor também é formado em Filosofia(Licenciatura), pela Faculdade IBRA e Bacharel em Teologia.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

A Busca pela Vida Eterna: O que Jesus Ensina?

 05.09.2024

Extraído do canal do pastor Irineu Messias, no YouTube, 17.01.2021

Introdução:

À medida que navegamos por uma era desafiadora, buscando esperança e proteção, vamos nos aprofundar nos profundos ensinamentos de Jesus sobre a vida eterna.

Agindo com Amor e Proteção

Nestes tempos incertos, usar máscaras e aderir a medidas sanitárias não apenas nos protege, mas também serve como uma expressão de amor e cuidado pelos outros. Vamos nos unir nessas ações simples, mas impactantes.


O Sacrifício de Jesus pela Vida Eterna

Refletindo sobre o ato altruísta encontrado no Evangelho de João, onde Jesus glorifica o Pai Celestial por meio de Seu sacrifício, abrindo caminho para a vida eterna para toda a humanidade. É um lembrete pungente da demonstração máxima de amor.

A Autoridade Divina de Jesus

Explorando a natureza divina de Jesus revelada nas Escrituras, onde Ele é reconhecido como o próprio Deus. Seu poder de vencer a morte e conceder vida eterna elucida Seu status como a autoridade máxima em conceder graça eterna.

Mantendo a Verdade em Jesus Cristo

Apesar de enfrentar oposição e descrença, Jesus permanece como o caminho exclusivo para a vida eterna. Abraçar a revelação da Santíssima Trindade por meio dEle demonstra a conexão intrincada entre Deus, o Pai, Jesus e o Espírito Santo.


Por meio dos ensinamentos de Jesus, encontramos consolo e clareza na busca pela vida eterna. Vamos refletir sobre Sua sabedoria divina e abraçar a profunda verdade de que somente Ele pode nos levar à graça eterna.

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Fonte:https://youtu.be/gsfZNM7bY3s

sexta-feira, 7 de junho de 2024

FILOSOFIA CRISTÃ

07.06.2024

Do blog TODA MATÉRIA

Por Pedro Menezes*

A filosofia cristã representa um conjunto de ideias baseadas nos preceitos de Jesus Cristo. Sua principal característica é a busca da explicação para a existência de Deus por meio da ciência.

A base do pensamento está na tradição racionalista filosófica grega e romana em consonância com os dogmas cristãos. O fundamento principal da filosofia cristã é justificar a fé tendo a razão como instrumento.

Essa corrente de pensamento empresta da Metafísica grega a explicação científica para a existência de Deus defendida no Cristianismo.

Também são adaptados ao conceito para justificar a fé, fundamentos do neoplatonismo, estoicismo e gnosticismo.

Os primeiros pensadores da filosofia cristã foram: São Paulo, São João, Santo Ambrósio, Santo Eusébio e Santo Agostinho.

Principais doutrinas da filosofia cristã:

  • Há separação entre material-corporal e espiritual-corporal
  • Deus e o mundo material são separados
  • Deus se manifesta em três pessoas distintas, a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo)
  • O Pai é considerado o Ser do mundo, o Filho é a alma do mundo e o Espírito Santo a inteligência
  • A verdade está nas Escrituras (Bíblia Sagrada)
  • Há no mundo: anjos, arcanjos, serafins e um reino espiritual
  • A alma humana participa da divindade e é superior ao corpo
  • A Providência divina governa todas as coisas
  • Para ser perfeito, o homem precisa entregar-se à Providência divina e abandonar os impulsos carnais
  • É preciso crer em Cristo para ser santificado
  • O mal é identificado com o demônio
  • O mal age sobre a matéria, a carne, o mundo e o homem

História da Filosofia Cristã

As pregações de Paulo de Tarso (São Paulo), um judeu helenizado, são consideradas os primeiros passos para a formação da filosofia cristã. Paulo era funcionário do exército romano e se converteu ao Cristianismo.

Suas pregações são descritas nas chamadas Epístolas, onde defende a universalização da mensagem cristã. Segundo Paulo, as mensagens deixadas por Cristo não eram dirigidas somente aos judeus porque Deus criou os homens à sua imagem e semelhança.

Nesse contexto, o Cristianismo é difundido por meio de grupos de fiéis reunidos em centros urbanos que recebem as pregações de Paulo. As comunidades se encontravam para a realização de rituais e práticas religiosas.

Essas comunidades eram denominadas ecclesia, termo grego para igreja. A prática religiosa nessas comunidades não era unificada e a filosofia cristã foi usada como instrumento para o processo de hegemonia.

Os pensadores que defendiam a unificação da doutrina cristã foram denominados apologetas. O nome é uma referência à apologia que faziam ao Cristianismo

Filosofia Cristã na Idade Média

A filosofia cristã é estabelecida como marco para a filosofia medieval. O primeiro período, que vai do século II ao VIII, é denominado "patrística" e tem como principal expoente Santo Agostinho.

A patrística buscou unir a doutrina cristã com o conhecimento e as bases filosóficas prévias desenvolvidas pela filosofia grega clássica. A razão, base do pensamento filosófico grego, torna-se uma ferramenta para a justificação da fé.

A partir do século IX e século XV, a filosofia cristã passa a ser chamada "escolástica", tendo como destaque São Tomás de Aquino.

Fundamenta-se a ideia de que o conhecimento (cristão) pode e deve ser transmitido e ensinado, surgem as primeiras universidades. A lógica aristotélica torna-se base para o desenvolvimento de um conhecimento cristão.

Tomás de Aquino toma a lógica como um princípio da fé. As cinco vias de Tomás de Aquino são um reflexo claro desse pensamento, busca construir bases lógicas para a doutrina cristã a partir das provas da existência de Deus.

O saber religioso é identificado como um saber lógico e racional.

Para complementar sua pesquisa, consulte:

* Pedro Menezes, é professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação
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Fonte:https://www.todamateria.com.br/filosofia-crista/

segunda-feira, 25 de março de 2024

De "Papa do Ateísmo" a "Maior Defensor da Fé": A Jornada Inspiradora de Antony Flew

25.03.2024

Antony Flew, figura icônica no cenário religioso e científico, era conhecido como o "Papa do Ateísmo" por sua postura combativa contra a fé. No entanto, em 2004, protagonizou uma reviravolta surpreendente ao abandonar o ateísmo e se converter ao cristianismo. Essa jornada singular o tornou um símbolo para religiosos e ateus, ilustrando a complexa relação entre fé e ciência.

A Trajetória de um Ateu Convicto:

  • Nascido em 1923, filho de um pastor anglicano, Flew dedicou-se à filosofia, tornando-se um dos principais porta-vozes do ateísmo no século XX.

  • Sua obra "Deus e a Filosofia" (1950) consolidou sua posição como ateu influente, desafiando argumentos religiosos com rigor intelectual.

  • Durante décadas, Flew se engajou em debates acalorados com teólogos e filósofos, defendendo a primazia da razão e da ciência sobre a fé.

A Mudança de Paradigma:

  • Em 2004, aos 81 anos, Flew surpreendeu o mundo ao anunciar sua conversão ao cristianismo.
  • Em seu livro "Há um Deus" (2007), ele expôs os motivos que o levaram a abraçar a fé, destacando a influência do apóstolo Paulo e a coerência interna do cristianismo.
  • A ciência, antes vista como arma contra a fé, se tornou para Flew um caminho para Deus, especialmente através da teoria do Big Bang, que ele considerava compatível com o relato do Gênesis.

O Legado de Antony Flew:

  • A conversão de Flew gerou impacto significativo no debate fé-ciência, inspirando reflexões sobre a relação entre crença e razão.
  • Sua jornada demonstra a natureza complexa da fé, que não se limita a dogmas, mas pode ser fruto de busca intelectual e experiência pessoal.
  • Flew nos convida a reconsiderar nossas visões preconcebidas e a manter a mente aberta para a possibilidade de Deus, sem dogmatismos ou extremismos.

Conclusão:

A história de Antony Flew é um exemplo notável de como a busca por respostas pode levar a lugares inesperados. Sua jornada desafia estereótipos e nos convida a explorar a fé com mente aberta e perspicácia intelectual. Através de sua experiência, Flew nos lembra que a verdade pode estar além de nossas concepções pré-estabelecidas, e que a busca por Deus é uma jornada individual e complexa, permeada por questionamentos, reflexões e descobertas.

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Cosmovisão – o que é?

01.06.2018
Do blog COMADEPLAN - BÍBLIA ON LINE
Por João R. Weronka

cosmovisao o que e

Todo ser humano possui uma cosmovisão. Talvez você já tenha lido esta palavra em algum lugar ou mesmo ouvido algo sobre o assunto, mas não tem a menor ideia do significado deste termo. Mas saiba que mesmo assim, mesmo sem saber o que é isso, você possui uma cosmovisão.

Aquilo que cada pessoa é, o que defende, o que vive, é resultado da cosmovisão que permeia sua vida. Em nosso caso específico, vivemos de acordo com a Cosmovisão Cristã (um desdobramento da Cosmovisão Teísta).

Como a humanidade é diversificada ao extremo, nos mais distintos aspectos, existe uma gama muito variada de cosmovisões. Para todo e qualquer cristão ser mais eficiente no cumprir da Grande Comissão (Mt 28:19-20), é importante conhecer as premissas que caracterizam e diferenciam as variadas cosmovisões existentes. Para aquele que enxerga na apologética uma ferramenta útil para a propagação do Evangelho, o discernimento das cosmovisões é essencial.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/fe-crista-e-fake-news/

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Uma ou mais verdades?

15.02.2016
Do portal ULTIMATO ON LINE, 28.01.16


Ainda é possível crer em uma única coisa? E como lidar com quem não crê no que cremos? O Cristianismo detém a verdade absoluta? Se sim, como dialogar com tantas “verdades”? Qual a diferença entre pluralidade e pluralismo? E qual a diferença entre saber e crer? Não crer em uma verdade absoluta é sinal de humildade? Afinal, qual o “fio da meada” do que pensamos?

Estas - e muitas outras questões - são o tema de reflexão de Leslie Newbigin em seu aclamado livro O Evangelho em Uma Sociedade Pluralista, agora publicado em português pela Editora Ultimato.

Com uma linguagem clara e profundo raciocínio,O Evangelho em Uma Sociedade Pluralista coloca em cheque boa parte da lógica contemporânea sobre a verdade e 
sobre o Cristianismo. O autor não foge do debate filosófico sobre o que permeia o raciocínio atual.

O resultado que Leslie espera não é meramente “ganhar uma discussão”, mas fortalecer a fé dos cristãos diante de uma sociedade cada vez mais pluralista e relativista:

“O objetivo é examinar as raízes desta cultura que compartilhamos e sugerir como nós como cristãos podemos afirmar com mais confiança nossa fé neste tipo de ambiente intelectual”.

“Quando os cristãos afirmam, como fazem, que Jesus é o caminho, o caminho verdadeiro e vivo pelo qual chegamos ao Pai (Jo 16.4), eles não estão declarando que sabem tudo. Eles estão declarando que estão no caminho e convidando os outros a se juntarem a eles à medida que avançam na direção da plenitude da verdade, na direção do dia em que conheceremos como somos conhecidos”.

Ficha técnica
Autor: Lesslie Newbigin
Páginas: 320
Formato: 16x23
Preço: R$ 58,50

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Sobre o autor 

Lesslie Newbigin (1909-1998) foi pastor da Igreja Reformada Unida, Reino Unido, bispo da Igreja do Sul da Índia e secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas. Conhecido e respeitado internacionalmente como teólogo e apologista, Lesslie Newbigin é uma referência para missiólogos e teólogos contemporâneos em todo o mundo.

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O livro em frases

O evangelho dá origem a uma nova estrutura de plausibilidade, uma visão radicalmente diferente das coisas daquelas que formam todas as culturas humanas à parte do evangelho.
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Há uma atmosfera admirável de humildade em relação à afirmação de que a verdade é muito maior do que qualquer pessoa ou qualquer tradição religiosa pode compreender. Não há dúvida de que a afirmação é verdadeira, mas pode ser usada contra a verdade quando usada para neutralizar qualquer afirmação da verdade.
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A razão não é uma fonte independente de informações sobre o que é o caso. É um aspecto da atividade humana pelo qual buscamos entender o mundo e a nós mesmos.
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Se eu não souber o propósito para o qual a vida humana foi criada, não tenho base para dizer que qualquer tipo de estilo de vida humano é bom ou ruim.

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A exigência pela liberdade de pensamento e de expressão deve basear-se em alguma convicção firme sobre a origem, a natureza e o destino da vida humana. Se não tiver essa base, ela se mostrará impotente diante daqueles que têm convicções firmes sobre a verdade.
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A tradição não é uma fonte à parte da revelação da Escritura; é a atividade contínua da igreja ao longo dos séculos na tentativa de compreender e expressar, sob novas condições, o que é dado na Escritura.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/uma-ou-mais-verdades

terça-feira, 10 de junho de 2014

Pensamos o suficiente quando lemos a Bíblia?

10.06.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA, 31.01.14*
Por Karl Heinz Kienitz
 
“Todos nós temos uma tendência a pensar que o mundo deve estar de acordo com os nossos preconceitos.
 
A visão oposta envolve algum esforço de pensamento, e a maioria das pessoas iria morrer antes de pensar - na verdade, é o que fazem.”
 
1 A frase é do matemático e filósofo ateu Bertrand Russell (1872-1970). É cutucão oportuno para que cristãos e não cristãos se perguntem se pensam – o suficiente, talvez – quando leem a Bíblia.
 
Arthur L. Schawlow, prêmio Nobel de Física de 1981, considerou que “somos afortunados em termos a Bíblia, e especialmente o Novo Testamento que nos fala sobre Deus em termos humanos muito acessíveis, embora também nos deixe algumas coisas difíceis de entender.”
 
2 Schawlow via na Bíblia valiosa fonte de conhecimento, da qual não se usufrui sem significativo envolvimento da mente, visto que ela também nos deixa “algumas coisas difíceis de entender.”
 
Obviamente há os que preferem não ler a Bíblia; desses, muitos se julgam capazes, mesmo assim, de opinar sobre o cristianismo. No meio acadêmico a situação é particularmente curiosa. O Prof. John Suppe, da Universidade de Princeton, membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA, parafraseou o que lhe caiu como raio em certa ocasião na capela universitária de Princeton, ainda antes de se tornar cristão convicto: “Vocês [professores e estudantes] conhecem muito bem o seu negócio acadêmico. Mas seu conhecimento do cristianismo é de jardim da infância.”
 
3 Pois para conhecer a proposta cristã é preciso ler e entender – ao menos até certo ponto – o relato bíblico. Quando lemos a Bíblia, a reflexão cuidadosa – como acontece também em ciência – precisa proceder em estrita conformidade com a natureza objetiva do que está sendo lido e estudado. Assim, por exemplo, é preciso dar aos evangelhos (a parte da Bíblia que trata da história de Jesus) a oportunidade de comunicar sua mensagem; e Jesus precisa ser entendido de acordo com seu próprio discurso.
 
Por isso não “vale” ler passagens bíblicas desconsiderando o contexto, inclusive as intenções nele expressas, ou ainda munido de preconceitos ou premissas especulativas. O evangelho de Lucas, por exemplo, precisa ser lido como um texto escrito pelo motivo exposto logo no seu início. Ali, Lucas informa a Teófilo, seu primeiro leitor, que lhe “pareceu conveniente, após acurada investigação de tudo desde o princípio, escrever de modo ordenado... para que verifiques a solidez dos ensinamentos que recebeste.” (Lucas 1.1-4).
 
Semelhantemente, o evangelho de João precisa ser lido considerando que foi escrito “para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele” (João 20.31). Da mesma forma, é imprescindível lembrar que o Novo Testamento é portador de informação de “testemunhas oculares” (2 Pedro 1.16). E assim por diante. Com relação ao discurso de Jesus, principal veículo da mensagem do Cristianismo, percebe-se que ele:
 
 
É desafiador: “Eu lhes mostrarei a que se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas
palavras e as pratica. É como um homem que ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não a conseguiu abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica, é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. No momento em que a torrente deu contra aquela casa, ela caiu, e a sua destruição foi completa” (Lucas 6.47-49).
 
 
É relacional: “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor... O meu
 mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei” (João 15.9 e 12).
 
 
Não é endereçado aos autossuficientes: “Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5.31-32).
 
 
É voltado à satisfação e segurança do homem: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir;
 
eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10.10). Disso pode resultar em nós a “confiança em que Deus me será fiel em qualquer situação da vida, e em que Ele é o garantidor e o fundamento da minha vida, de forma que minha vida não mais poderá perder seu sentido.”
 
Esse foi o testemunho do Prof. Helmut Thielicke (1908-1986), ex-reitor da Universidade de
Hamburgo.
 
O chamado de Jesus na passagem de Lucas 5 mencionada anteriormente, e suas consequências são explicadas com maior detalhe por Paulo de Tarso:
 
1 Bertrand Russell –
 
The ABC of Relativity, 1a edição, 1925.
 
2 Em H. Margenau e R.A. Varghese (editores) –
 
Cosmos, bios, theos, Open Court, Chicago, 1992.
 
3 John Suppe – “Odinary memoir,” em P. M. Anderson (editor),
 
Professors Who Believe, InterVarsity Press, 1998.
 
 
“... deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês.”(Romanos 12.2)
 
 
“É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados.” (Efésios 4.23). É por isso que a leitura da Bíblia nos leva a “ler” nossa mente de forma crítica, e a reconheceremos nela não o instrumento soberano ao qual tudo se deve submeter, mas o grande instrumento que precisa da “completa renovação” operada por Deus, o soberano. A Bíblia e a mente: precisamos de uma para ler a outra.
 
*www.ultimato.com.br em 31 de janeiro de 2014.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/pensamos.pdf