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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

A Relevância da Licenciatura em Ciências da Religião para o ministro evangélico

28.11.2025

Por pastor Irineu Messias

A formação teológica é o alicerce do ministério pastoral. Para um pastor, comprometido com a ortodoxia bíblica e os princípios evangélicos, o estudo aprofundado das Escrituras é inegociável. No entanto, a busca por uma licenciatura em Ciências da Religião pode parecer, à primeira vista, um caminho divergente. Este artigo busca demonstrar por que essa formação é, na verdade, um complemento valioso, que aprimora a compreensão do fenômeno religioso em sua totalidade, sem exigir o abandono das convicções bíblico-evangélicas. Trata-se de adquirir ferramentas analíticas e contextuais para um ministério mais eficaz.

Aspectos relevantes: 

  1. Compreensão Ampliada do Fenômeno Religioso e do Contexto Cultural
    • As Ciências da Religião oferecem métodos científicos para analisar as manifestações religiosas globalmente, do ponto de vista histórico, sociológico e antropológico. Isso permite ao pastor assembleiano entender melhor as dinâmicas sociais e culturais que moldam as crenças, inclusive dentro de sua própria denominação e comunidade. Essa compreensão contextual aprimora a aplicação da mensagem bíblica, tornando-a mais relevante para o público contemporâneo.
  1. Desenvolvimento de Habilidades de Diálogo Inter-religioso e Apologética Eficaz
    • Aprender sobre outras tradições religiosas a partir de uma perspectiva acadêmica — e não apenas apologética — capacita o pastor a dialogar com respeito e conhecimento. Em uma sociedade pluralista, essa habilidade é crucial para a evangelização e para a defesa da fé (apologética). O conhecimento aprofundado das crenças alheias permite refutações mais precisas e um testemunho cristão mais sensível e inteligente, evitando caricaturas ou preconceitos.
  1. Reforço da Própria Ortodoxia Através do Contraste Analítico
    • O estudo acadêmico de diversas correntes teológicas e filosóficas, incluindo o liberalismo teológico e a heterodoxia, fornece um "laboratório" intelectual. Ao analisar criticamente essas perspectivas com as ferramentas da ciência da religião, o pastor pode, por contraste, reforçar sua adesão consciente à ortodoxia bíblica. Ele aprende a articular suas crenças de maneira mais robusta, sabendo exatamente por que sustenta sua posição diante de outras possibilidades interpretativas.
  1. Aprimoramento do Ensino e da Comunicação da Verdade Bíblica
    • A licenciatura aprimora as habilidades pedagógicas e de pesquisa do pastor. Métodos de estudo de caso, análise de texto e teoria social, aprendidos no curso, podem ser aplicados na pregação e no ensino dominical. Isso resulta em sermões e estudos bíblicos mais estruturados, envolventes e profundos, que conectam a verdade eterna da Bíblia com as realidades vividas pelos membros da igreja.
  1. Reconhecimento e Legitimidade no Espaço Público e Acadêmico
    • Uma titulação reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) confere ao pastor legitimidade no espaço público, acadêmico e institucional. Isso abre portas para o pastor atuar como capelão, professor de ensino religioso em escolas, ou mesmo para representar a igreja em fóruns de debate social, onde a credibilidade acadêmica é um diferencial. Ele se torna um agente de transformação social com reconhecimento formal, sem jamais abrir mão de sua identidade e missão pastoral.

Longe de ser uma ameaça à identidade evangélica ou à ortodoxia bíblica, a licenciatura em Ciências da Religião é um investimento estratégico para o ministério contemporâneo. Ela não substitui a teologia sistemática ou a piedade pessoal, mas as enriquece. Um pastor evangélico que abraça essa formação torna-se um líder mais preparado, capaz de navegar a complexidade do mundo moderno, dialogar com diferentes culturas e crenças, e, acima de tudo, comunicar os ensinamentos de Cristo com maior clareza, profundidade e eficácia. É a união da devoção com o conhecimento contextualizado, para a glória de Deus e o avanço do genuíno Evangelho de Cristo.

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Irineu Messias, é ministro evangélico na Assembleia de Deus do Planalto Central - ADEPLAN/DF. Licenciado em Filosofia(2024) e em Ciências da Religião(2025). Bacharel em Teologia(2017). Pós-graduado em Filosofia, Sociologia, Ciências Sociais(2025) e Teologia Sistemática(2024).


terça-feira, 25 de novembro de 2025

Compartilhando uma conquista

25.11.2025
 Postado por Irineu Messias

Gostaria de compartilhar que recebi o meu Diploma do Curso de Licenciatura em Ciências da Religião em 24.11.2025, da instituição de ensino UNICV - Centro Universitário Cidade Verde.


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Fonte: 

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

A Escolha de Ló e o Engano do Coração: Além Das Campinas do Jordão

17.11.202

Do canal do pastor Irineu Messias, no YouTube

Na cativante letra de "Além das Campinas do Jordão", somos levados a uma profunda jornada espiritual, onde a alma do poeta transborda em adoração, gratidão e um fervoroso apelo por orientação divina. Esta poderosa canção, escrita pelo Pastor Irineu Messias, serve como um comovente lembrete dos perigos de seguirmos nossos próprios corações enganosos e da importância de nos rendermos à soberana vontade de Deus.

A História de Ló: Uma Lição de Falta de Discernimento

A letra desta canção inspira-se fortemente na narrativa bíblica de Ló, sobrinho de Abraão, que se viu atraído pelos sedutores "pastos do Jordão" – uma metáfora para as tentações e enganos que podem tão facilmente enredar o crente incauto. Como a canção transmite com força, a escolha de Ló de se guiar pelo seu próprio julgamento falho levou-o a um lugar de "perdição e tristeza", onde finalmente enfrentou o justo julgamento de Deus sobre as cidades perversas de Sodoma e Gomorra.

As palavras do poeta servem como um alerta severo para todos nós: "Nunca mais escolham os pastos enganosos do Jordão, que em vários lugares se multiplicam, enganando todo cristão." Assim como Ló foi desviado pelos "pastos verdejantes", também nós podemos ser seduzidos pelas promessas atraentes, porém falsas, do mundo, desviando-nos do propósito e da vontade divina do Senhor Jesus Cristo para as nossas vidas.

Rejeitando a tentação da autossuficiência

No cerne desta canção está uma profunda rejeição da autossuficiência e do desejo de "escolher o próprio caminho" à parte da orientação de Deus. O poeta reconhece o perigo de seguir o "coração enganoso" e ser "enganado pelos olhos humanos", assim como Ló o foi. Em vez disso, o clamor do coração é para que o Senhor Jesus seja quem nos ajude a escolher o caminho, quem guia e direciona à jornada celestial, a Canaã Divinal.

Esse sentimento é reiterado quando o poeta afirma: "Não quero escolher sozinho nenhum lugar para onde for. Anseio pelo Espírito Santo, meu guia divino, para sempre dirigir meu caminho". Essa postura de humildade e dependência da direção de Deus é um aspecto crucial da vida cristã, pois somos chamados a "confiar no Senhor de todo o [nosso] coração e não nos apoiar em [nosso] próprio entendimento" (Provérbios 3:5).

O anseio por visão espiritual e orientação divina

Ao longo da canção, o poeta expressa um profundo anseio pela "visão do Espírito Santo [de Deus]" – uma visão espiritual capaz de discernir a verdadeira natureza dos "pastos do Jordão" e evitar o engano que aprisionou Ló. Esse clamor por iluminação divina está enraizado na compreensão de que, sem a orientação de Deus, estamos sujeitos aos mesmos erros e julgamentos equivocados que levaram Ló ao erro.

O texto enfatiza ainda mais essa necessidade de visão espiritual, afirmando: "O poeta pede a visão do Espírito Santo que dá vista aos cegos, como a que me deste por meio do Teu sacrifício vicário, consumado no Calvário, no poder do Teu sangue carmesim." Essa poderosa imagem nos lembra que é somente por meio da obra redentora de Cristo e da presença do Espírito Santo que podemos receber o discernimento espiritual necessário para navegar pelo terreno traiçoeiro deste mundo.

Abraçando o Caminho da Obediência e da Fidelidade

Em contraste com a história de advertência de Ló, o poeta se inspira no exemplo de Abraão, que "se afastou para sempre de Sodoma e Gomorra, lugares terríveis de pecado". O desejo é trilhar os "caminhos sagrados do Pai Celestial", ser "fiel todos os dias aqui" e vivenciar uma "jornada divina gloriosa e vitoriosa" – uma jornada marcada pela obediência e devoção inabalável ao Senhor.

Este apelo à fidelidade ressoa, encorajando o espectador a "inscrever-se no canal do Pastor Irineu Messias" e a "inscrever-se também no canal da ASSEMBLEIA DE DEUS DO PLANALTO CENTRAL - @ADEPLAN_DF". Ao divulgar esses canais, o poeta convida o leitor a unir-se a uma comunidade de fiéis comprometidos com o mesmo caminho de obediência e crescimento espiritual.

O Poder da Redenção e a Beleza da Entrega

No cerne desta canção reside um profundo sentimento de gratidão e adoração pela obra redentora de Jesus Cristo. O poeta fala de ter sido "escolhido" por Deus para uma "nova e santa jornada" e expressa profunda gratidão pelo "sacrifício vicário" de Cristo, "consumado no Calvário, no poder do [Seu] sangue carmesim".

Este tema da redenção e da beleza da entrega é ainda mais enfatizado, afirmando: "Minha alma adora, rendida, protegida pelo amor de Jesus". O desejo do poeta é viver uma vida que glorifique, sirva e adore para sempre o "amado Salvador" – uma vida que não seja mais guiada pelo "coração enganoso", mas pelo poder transformador do Espírito de Deus.

Lições práticas: Cultivando uma vida de discernimento e obediência

Ao refletirmos sobre a poderosa mensagem de "Além das Campinas do Jordão", podemos extrair diversas lições importantes e ensinamentos práticos que aplicamos às nossas vidas:

  • Desenvolva o discernimento espiritual: ore pedindo a "visão do Espírito Santo" para discernir a verdadeira natureza das tentações e enganos que podem tentar nos desviar do caminho de Deus. Cultive a sensibilidade à direção do Espírito Santo, que pode nos guiar para longe dos "pastos do Jordão" e em direção ao cumprimento do propósito divino de Deus.
  • Rendição à Vontade Soberana de Deus: Reconheça o perigo de confiar em nosso próprio entendimento e em nossos "corações enganosos". Adote uma postura de humildade e dependência, permitindo que Deus seja quem "escolhe os caminhos" de nossas vidas, em vez de tentarmos traçar nosso próprio rumo.
  • Busque aconselhamento e comunidade piedosos: siga o exemplo do poeta, conectando-se com líderes e comunidades espirituais que possam oferecer orientação e estudos da Palavra de Deus. Inscreva-se nos canais do Pastor Irineu Messias e da ASSEMBLEIA DE DEUS DO PLANALTO CENTRAL (@ADEPLAN_DF) para se cercar de crentes comprometidos com o mesmo caminho de obediência e crescimento espiritual.
  • Cultive uma vida de fidelidade e obediência: Esforce-se para ser "fiel todos os [seus] dias" e para vivenciar uma "jornada divina gloriosa e vitoriosa" trilhando os "caminhos sagrados do [seu] Pai Celestial". Permita que o poder transformador da redenção de Cristo molde sua vida e viva de uma maneira que glorifique, sirva e adore para sempre o "amado Salvador".

Ao atentarmos para os poderosos ensinamentos de "Além das Campinas do Jordão", sejamos inspirados a rejeitar a tentação da autossuficiência, a acolher a orientação do Espírito Santo e a seguir os passos dos fiéis que nos precederam. Ao fazê-lo, poderemos experimentar a plenitude do propósito de Deus e a glória eterna que aguarda aqueles que servem e confiam no Senhor Jesus Cristo, o Verdadeiro e Único Caminho para Canaã Divinal.

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Fonte:https://youtu.be/vCYV8rHCtu4

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Nem Todo Evangélico Segue a Mentira: Um Chamado à Verdade Bíblica e à Responsabilidade Digital

04.11.2025
postado por pastor Irineu Messias

Introdução: Um Pastor Preocupado com a Verdade


Como pastor evangélico, formado em Teologia Sistemática e Aconselhamento Pastoral, vejo com dor no coração a epidemia de fake news que se alastra entre nós. Não é exagero: em 2025, Tiago Cavaco, pastor batista português, em artigo na Folha de S.Paulo, revela que os evangélicos são os que mais compartilham fake news.(Folha de S.Paulo, 3 de abril de 2025)

Mas nem todo evangélico abraçou a mentira.
Este texto é um grito de alerta triplo:

À sociedade: “Nós não somos isso.”

À igreja: “Voltemos à Palavra.”

A todos: “Não troquem a verdade por ideologia.”

1. À Sociedade: “Nós Não Somos o Rótulo que Nos Deram”

A mídia secular pinta o evangélico como fanático, conspiracionista, anti-ciência.
Mas a Bíblia nos chama a ser sal e luz (Mt 5:13-16), não vetores de desinformação.


Nós somos milhões que oram, estudam a Bíblia e servem ao próximo – não robôs de WhatsApp.

Não nos julguem pelo pior. Conheçam o melhor.

2. À Igreja: “Voltemos aos Princípios Bíblicos – A Verdade Vos Libertará”

A fake news é pecado porque viola pelo menos 3 mandamentos:

9º Mandamento – “Não darás falso testemunho” (Êx 20:16).

Efésios 4:25 – “Deixai a mentira, falai a verdade.”

Provérbios 12:22 – “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor.”

Desvios Doutrinários Comuns



Púlpito não é palanque de WhatsApp.

Pregue a Palavra, não o print.

3. A Todos: “Não Troquem a Verdade por Ideologia”

A fake news não tem lado.

Ela é ferramenta de poder – usada por esquerda, direita, centro, religião ou ateísmo.


Princípio Bíblico Universal:

“Examinai tudo. Retende o bem.” (1Ts 5:21)

Checklist Prático para o Cristão Digital:

  • Fonte confiável? (Agência Lupa, Aos Fatos, IBGE)
  • Versículo fora do contexto? (Leia o capítulo todo)
  • Emoção > Fato? (Ore antes de compartilhar)
  • Glória a Deus ou a mim? (Se for vaidade, delete)
  • Edifica? Consola? Exorta?(Se não atende a essas três condições, não compartilhe)

Conclusão: Um Chamado à Ação Triplo

À Sociedade:

Olhem para nós com justiça.

Conheçam igrejas que:
  • Doam cestas básicas
  • Acolhem dependentes químicos
  • Ensinam ética e cidadania
  • Ensinam somente a verdade da Palavra de Deus
Nós existimos. Somos a maioria silenciosa.

À Igreja:

Arrependei-vos da mentira.
  • Crie grupos de checagem bíblica na igreja.
  • Pregue séries sobre verdade (Jo 8:32).
  • Use o púlpito para desmentir, não disseminar.

A Todos:

Seja evangélico ou não, a verdade é de Cristo.

Não seja cúmplice da mentira por conveniência ideológica ou partidária.

Oração Final: 

“Senhor, perdoa-nos por compartilhar o que não examinamos.

Dá-nos discernimento para separar trigo do joio digital.

Que a Tua verdade prevaleça em nossos lábios e telas.

Em nome de Jesus, amém.”


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