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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

A Morte Não Tem a Última Palavra: A Esperança que Só Cristo Oferece

04.12.2025

Postado pelo Editor do Blog

Todos morrem. Essa é a única certeza que une a humanidade, do rei ao mendigo, do sábio ao leigo. Diante dessa realidade inescapável, filósofos, poetas e pensadores têm buscado, ao longo dos séculos, dar sentido à morte — ou, pelo menos, ensinar como conviver com ela sem desespero.

Sócrates via a morte como um sono ou uma viagem ao reino dos justos. Epicuro dizia que “quando estamos, a morte não está; quando a morte está, nós não estamos” — e, portanto, não deveríamos temê-la. Sêneca, o estoico, exortava: memento mori — “lembra-te de que és mortal” — como forma de viver com sabedoria. Heidegger a via como o chamado à autenticidade. E o filósofo brasileiro Clóvis de Barros Filho resume bem o sentimento moderno: “É exatamente por sabermos que vamos morrer que procuramos viver de maneira digna, justa e plena”.

Há verdade nisso? Sim — parcial. A Bíblia também reconhece que a consciência da finitude pode nos levar à sabedoria:

Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” (Salmo 90.12)

Eclesiastes afirma que é melhor ir à casa do luto do que à casa do banquete, “porque naquele está o fim de todos os homens; e os vivos o aplicarão ao seu coração” (Eclesiastes 7.2).

Mas aqui está a diferença crucial: a Bíblia não se contenta em nos ensinar a conviver com a morte. Ela nos convida a vencê-la.

A morte não é natural — é inimiga

Enquanto muitas filosofias veem a morte como parte “natural” da existência, a Bíblia a apresenta como consequência do pecado e inimiga de Deus.

“Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte.” (Romanos 5.12)
“O último inimigo a ser destruído é a morte.” (1 Coríntios 15.26)

Não fomos criados para morrer. Fomos feitos à imagem de Deus, para viver em comunhão eterna com Ele. A morte é uma invasora, um sinal de que algo está profundamente quebrado no mundo.

A morte não é o fim — é um portal

Para o cristão, a morte não é um sono inconsciente, nem o nada, nem apenas uma passagem filosófica. É o portal para a presença de Cristo.

“Estou sendo pressionado dos dois lados: tenho o desejo de partir e estar com Cristo, pois isso é muito melhor.” (Filipenses 1.23)
“Portanto, temos confiança e preferimos estar ausentes do corpo e presentes com o Senhor.” (2 Coríntios 5.8)

A alma do crente não se dissolve. Não se perde na “Vontade” do universo, como em Schopenhauer. Não é aniquilada. Ela entra imediatamente na glória de Deus — enquanto aguarda a ressurreição final do corpo, quando a morte será engolida para sempre (1 Coríntios 15.54).

A vida plena não vem da finitude — vem de Cristo

Clóvis de Barros tem razão ao dizer que a finitude nos faz valorizar o tempo. Mas a plenitude da vida não nasce do medo da morte, e sim do encontro com Aquele que disse:

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” (João 11.25)

A ética cristã não é motivada pela necessidade de “deixar um legado” ou “viver com dignidade até o fim”. É fruto do amor a Deus e da graça que nos transforma. Não vivemos bem apesar da morte, mas porque Cristo já venceu a morte.

A verdadeira esperança não é filosófica — é histórica

Nenhuma filosofia ressuscitou dos mortos. Nenhum pensador voltou do túmulo para dizer: “Estou vivo, e você também será”. Mas Cristo ressuscitou — não como metáfora, mas como fato histórico, testemunhado por centenas (1 Coríntios 15.3–8).

É essa ressurreição que transforma a morte de inimiga em serva. Não tememos mais o túmulo, porque sabemos que ele foi esvaziado.

Conclusão: A morte perdeu seu aguilhão

O apóstolo Paulo, diante da morte, não filosofou — cantou:

“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15.55)

A esperança cristã não é uma tentativa de consolo humano diante do fim. É a certeza vitoriosa de que, em Cristo, a morte foi derrotada, o pecado, perdoado, e a vida eterna, garantida.

Por isso, o crente pode dizer, com coragem e paz:

“Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1.21)

Que essa seja a nossa filosofia — não de homens, mas do próprio Filho de Deus.

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O que acontecerá quando eu morrer?

18.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Lee Forsythe

O mistério que há em torno da morte ajuda a fazer da “morte” uma das nossas palavras mais temidas. O temor é natural quando se trata do desconhecido, mas somos informados acerca da morte. O mundo diz que a morte não pode ser vencida; viva o presente. Deus diz que a morte pode ser uma amiga se estivermos preparados. Podemos encarar a morte com previsão, e não com medo. Aliviemo-nos recorrendo às Escrituras.

A morte significa separação. A morte ocorre quando o corpo se separa do espírito (Tiago 2:26). Isso aconteceu a Jesus. Seu corpo foi colocado numa sepultura, mas seu espírito foi para o Hades (Atos 2:31). Jesus chamou esse lugar para os espíritos de Paraíso (Lucas 23:43).

A ressurreição de Jesus mudou a morte para sempre. O diabo tinha o poder da morte sobre o homem, mantendo este escravo (Hebreus 2:14-15). Jesus libertou o homem das cadeias do medo. Como? Ele libertou o homem dizendo-lhe exatamente o que acontece e apresentando uma maneira de vitória. Não há manifestação maior dessa esperança do que em Apocalipse 1. O apóstolo João escreve a um grupo que estava desanimado e oprimido. Ele transmite as palavras de Cristo: “Eu sou . . . aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:17-18). Jesus tem esse grande poder de dar consolo e ânimo a seus seguidores. Se vivermos escravos da morte, perderemos a grande alegria de servir a Cristo.

O que nós, como cristãos, podemos ter como certo quando morrermos? Deixaremos para trás a doença e o sofrimento. A maioria das pessoas sofre, às vezes durante muito tempo, antes de morrer. Imagine-se num sofrimento indescritível num momento e no próximo estar na presença de Deus! Veja o caso de Estêvão (Atos 7:51-60). Ele está pregando, e as pessoas não querem ouvir. Elas começam a apedrejá-lo violentamente. Ele se revolve de dor à medida que recebe pedra em cima de pedra. Quando a morte chegar, será um amigo ou um inimigo? Seu espírito foi levado a Deus, que enxugou as suas lágrimas (Apocalipse 7:17; veja Lucas 16:22). Que bênção!

Podemos estar certos de que estaremos conscientes. Continuando com Estêvão, o trecho afirma que “adormeceu” (Atos 7:60). Isso não é o “sono da alma” ensinado por alguns. É um eufemismo para “morte”. Jesus disse em João 11:11: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo”. Quando os discípulos entenderam mal, Jesus disse: “Lázaro morreu”(João 11:14). Ele entendia a morte como algo que traz sossego e descanso em vez de ser um inimigo terrível. Em Lucas 16:19-31, Jesus disse que o rico perverso e Lázaro, o justo, estavam os dois conscientes, um no paraíso, outro no tormento.

A morte significará sermos reintegrados com os nossos queridos que estão com o Senhor. Davi disse acerca de sua criança que partiu: “Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim” (2 Samuel 12:23). Não apenas veremos os nossos conhecidos, mas os que foram redimidos em todas as eras (Hebreus 12:22-23). Não será maravilhoso ver e ouvir Abraão, Moisés e Daniel ‒“espíritos dos justos aperfeiçoados”?

Mas o mais maravilhoso na morte é que ela nos conduzirá à presença de nosso Pai, de Jesus, e do Espírito Santo. Em Apocalipse 7, as multidões que louvam a Deus são aqueles que saíram da grande tribulação (Apocalipse 7:9-10, 14-17). Esta bênção está reservada só para os mártires? Não. Paulo disse que “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21). Não temos a mesma promessa ‒ que, após a morte, estaremos com Cristo?

Todos os cristãos precisam ver a morte como um começo e não como um fim. Sim, “enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor” (2 Coríntios 5:6) A morte acabará com essa ausência! Sei que queremos ficar aqui para a nossa família e para influenciar outras pessoas, mas não podemos ficar para sempre. Por que não viver e morrer com expectativa?

Não devemos encarar a morte da mesma forma que o mundo a encara. Para o cristão, a morte nos traz alívio do sofrimento, para um estado consciente de bênção, para uma reunião com os amados e para a presença de Deus. Como disse Paulo, isso é incomparavelmente melhor. Quando ele foi retirado da prisão, ele viu mais do que um executor (2 Timóteo 4:7-8). Ele viu um momento de dor, depois de glória! Foi glória para ele e deve ser para nós.
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