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sábado, 14 de dezembro de 2013

Fé e amor são cascas duras da concha onde a pérola da esperança cresce

14.12.2013
Do blog de RUBEM AMOREJE, 08.12.13
Por Rubem Amoreje
Perola
O nascimento de Jesus concretizou e realizou a antiga esperança de Israel de que Deus visitaria seu povo, que se manifestaria como Emanuel. E que, por essa causa, novamente se afirmaria entre eles: “o teu Deus reina”. Por isso, com o Advento  já não se espera mais; a promessa foi, finalmente, cumprida. Proponho uma imagem para a esperança. A imagem de uma pérola aninhada em uma ostra. Ela foi, inicialmente, um doloroso cisco, a machucar, interiormente, a ostra. Com o tempo, entretanto, o molusco envolveu o corpo estranho e o transformou nesse objeto precioso.

O apóstolo Paulo nos diz, em 1Co 13, que quando todas as virtudes passarem, apenas três sobreviverão: a fé, a esperança e o amor. Pensemos na fé e no amor como as cascas duras da concha, que proporcionam o ambiente em que a pérola da esperança vai crescer.
A carapaça da fé é essencial para a esperança. Sem fé teríamos, na melhor das hipóteses, um crédulo otimismo ou pensamentos positivos. Mas a fé é funda- mento para a esperança porque vê além do alcance. A fé permite que a esperança penetre em regiões celestiais, que invada dimensões do impossível, do jamais reali- zado, do impensável. A fé na Palavra de Deus se apropria de promessas; confia em exemplos antigos; orienta-se por sabedoria aprovada. A fé dá passos no escuro e realiza no coração o que ainda não é. E assim, com tais mecanismos de certeza, transforma-se em nutriente e proteção para a esperança.
Nada mais seguro e aconchegante, por outro lado, que o amor incondicional do Pai, revelado no advento. Nada mais significante que a declaração de que somos seus filhos amados; de que ele está disposto a mover céu e terra por nós. É por isso que Paulo nos ensina que podemos nos alegrar nas próprias tribulações, porque elas terminam por nos infundir uma esperança que não nos decepcionará, uma vez que o amor de Deus é derramado em nossos corações (Rm 5:5). É como se o Apostolo dissesse, em harmonia com outros autores sagrados que, seguros nos braços de Deus, enfrentaremos as provações com esperança. Porque o segredo da pérola não está no livramento, que a enfraqueceria, mas na certeza da Presença, que a fortalece.
E o que antes fora dor de crescimento, agora, em ambiente apropriado, manifesta-se como bem precioso. O que fora cisco incômodo e incompreensível, agora é orgulhosa realização; o que nasceu como corpo estranho, agora integra uma trindade de virtudes teologais, a dar lastro à nossa vida cristã.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/amorese/2013/12/08/esperanca-2/

O sonho de Stott: A IGREJA AUTÊNTICA

14.12.2013
Do portal ULTIMATO ONLINE, 12.12.13


Foto: Edson Fassoni (http://flickr.com/photos/efassoni)
Ao escrever A Igreja Autêntica, John Stott sonhava com uma igreja realmente viva, em todos os aspectos da vida. As páginas do lançamento de dezembro - uma coedição ABU Editora e Ultimato - estão repletas de altos ideais para a Igreja de Cristo. Ideais fundamentados na Palavra e marcados pelo coração pastoral de Stott.

A Igreja Autêntica, que estava em pré-venda, chegou ontem aqui na Editora Ultimato. Significa dizer que ele está pronto para ser enviado aos leitores que o adquirem. Aproveitamos o momento para publicar aqui no portal “Sonho com uma Igreja Viva”, um dos apêndices do livro. Nele, John Stott faz uma declaração sábia e apaixonada pela Igreja de Cristo. O texto foi lido no aniversário de 150 anos da All Souls Church, a igreja de Stott na Inglaterra. Leia a seguir.

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Sonho com uma Igreja Viva 

Sonho com uma igreja que seja uma igreja bíblica 
que seja leal em cada detalhe à revelação de Deus na Escritura,
cujos pastores expõem a Escritura com integridade e relevância,
e assim procuram apresentar cada membro maduro em Cristo,
cujo povo ama a palavra de Deus, e a adornam com uma vida
obediente e semelhante a Cristo,
que seja preservada de todas as ênfases não bíblicas,
cuja vida inteira manifeste a saúde e beleza do equilíbrio
bíblico.
Sonho com uma igreja bíblica.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja adoradora –
cujo povo se reúna para se encontrar com Deus e adorá-lo,
que sabe que Deus sempre está no meio deles e que se curva
diante dele em grande humildade,
que frequente regularmente a mesa do Senhor Jesus, para
celebrar seu poderoso ato de redenção na cruz,
que enriqueça o culto com suas habilidades musicais,
que creia na oração e se apegue a Deus em oração,
cuja adoração seja expressa não só nos cultos de domingo e nas
reuniões de oração, mas também em suas casas, no trabalho
durante a semana e nas coisas comuns da vida.
Sonho com uma igreja adoradora.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja acolhedora 
cuja congregação seja formada de muitas raças, nações, idades
e origens sociais, e manifeste a unidade e diversidade da
família de Deus,
cuja comunhão seja calorosa e receptiva, jamais manchada por 
ira, egoísmo, ciúmes ou orgulho,
cujos membros amem com fervor uns aos outros com coração
puro, suportando uns aos outros, perdoando uns aos outros
e levando as cargas uns dos outros,
que ofereça amizade aos solitários, apoio aos fracos e aceitação
aos que são desprezados e rejeitados pela sociedade,
cujo amor derrame sobre o mundo exterior o amor atraente,
contagioso e irresistível do próprio Deus.
Sonho com uma igreja acolhedora.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja que sirva 
que veja Cristo como o Servo e ouça seu chamado para ser
também serva,
que seja liberta do interesse próprio, virada do avesso e se dê
de modo altruísta ao serviço dos outros,
cujos membros obedeçam ao mandamento de Cristo de viver
no mundo, permear a sociedade secular, ser o sal da terra e
a luz do mundo,
cujo povo compartilhe as boas-novas de Jesus simplesmente,
naturalmente e entusiasticamente com seus amigos,
que sirva com diligência à própria paróquia, bem como aos
residentes e trabalhadores, famílias e solteiros, nacionais e
imigrantes, idosos e criancinhas,
que esteja alerta às necessidades em mudança da sociedade,
sensível e flexível o bastante para continuar adaptando seu
programa para ser mais útil no serviço,
que possua uma visão global e esteja constantemente desafiando
seus jovens a entregar a vida ao serviço e constantemente
enviando seu povo para servir.
Sonho com uma igreja que sirva.

Sonho com uma igreja que seja uma igreja que espera 
cujos membros nunca consigam sossegar na afluência material
ou conforto, porque lembram que são estrangeiros e peregrinos
sobre a terra,
que seja ainda mais fiel e ativa porque está esperando e ansiando
a volta do seu Senhor,
que mantenha acesa a chama da esperança cristã num mundo
escuro e desesperador,
que no dia de Cristo não vai se esconder dele envergonhada,
mas levantar-se exultante para recebê-lo.
Sonho com uma igreja que espera.


Leia mais


Legenda da foto: combinação de dois negativos digitalizados (rampa com porteira e capela antiga em Pirajú, SP). Foto: Edson Fassoni.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-sonho-de-stott

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Nossa necessidade mais profunda, nossa maior recompensa

13.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

Deus recompensa aqueles que o procuram diligentemente. Para chegarmos a Deus, devemos acreditar nesta grande verdade. Agindo confiantemente na fé e procurando-o com paixão, encontraremos o Deus que fomos criados para apreciar. Ele nos prometeu que não só lhe alcancaríamos, mas que nele encontraríamos tudo o que os nossos corações verdadeiramente desejam. Nas horas de conforto, como também nas horas de dor, devemos sempre buscar a Deus. Devemos procurá-lo com diligência e determinação, e também com amor, confiando que no fim de nossa busca ele mesmo, e somente ele, será a nossa recompensa.

Duas coisas são necessárias. Devemos observar que a nossa mais profunda necessidade é de Deus e devemos então procurar suprir essa necessidade somente em Deus. A primeira delas é talvez a mais difícil de se fazer. Superficialmente, parece que desejamos tantas coisas mais visíveis e mais imediatas que é difícil enxergar como precisamos de Deus. Maior do que todos os nossos desejos, este é o principal: nosso anseio por Deus. Desejamos Deus porque fomos criados para ele; quando reconhecermos honesta e humildemente a importância dessa necessidade, então estaremos prontos a buscar a Deus. Precisamos nos devotar com todo o coração à procura dele, sendo a nossa esperança maior a de entrar em sua presença e gozar de sua comunhão.

Tendemos a não procurar por Deus quando nossas vidas estão confortáveis. Se nossas necessidades temporais estão sendo supridas, imaginamos que podemos cuidar de nós mesmos e acabamos nos esquecendo de Deus. Por este motivo, ele deixa cada um de nós sofrer alguma privação. As necessidades que não são supridas podem ser diferentes para cada pessoa, mas cada um de nós tem o seu coração partido de alguma maneira. Seremos ensinados a permanecer sem algumas das coisas das quais necessitamos profundamente, para aprendermos que fomos criados para apreciar algo que não está totalmente disponível neste mundo. Somente Deus pode satisfazer inteiramente a nossa fome e sede, e sempre nos levar em direção à satisfação nele. Deus está nos ensinando que, se temos corações para aprender, ele é a única coisa sem a qual não podemos viver.

Acima de tudo, estou convencido da necessidade irrevogável e sem fuga, de cada coração humano, por Deus.

Não importa como tentamos escapar, ou nos perder em buscas agitadas, não podemos nos separar da nossa origem divina.

Não há substituto para Deus. (A.J. Cronin)
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Um mundo quebrado

13.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“Aquilo que é torto não se pode endireitar; e o que falta não se pode calcular” (Eclesiastes 1:15).

Pelos danos que o pecado causou ao nosso mundo, nossos corações nunca encontrarão aqui o que eles verdadeiramente precisam. Este mundo simplesmente não é o que foi criado para ser, e viver nele é estar profundamente magoado. Ninguém experimentou a amargura da nossa experiência mais do que o próprio Deus. Ele viveu entre nós, e quando o seu grande coração ponderou a magnitude e a mágoa daquilo que deu errado, Jesus chorou (João 11:35).

É imprudente subestimar as injustiças deste mundo. Quanto mais nos tornamos verdadeiramente sábios, mais vemos a total injustiça da nossa condição mundana. “Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza” (Eclesiastes 1:18). O homem sábio que notar este mundo trágica e irreversivelmente quebrado tenderá a ser um homem de tristezas. A verdade mal-aceita é esta: nós não podemos ter nada mais que a felicidade parcial enquanto vivermos aqui. Nossas necessidades mais profundas não podem e não irão ser supridas nesta vida. Fingir outra coisa é perigosamente desonesto, e ficaremos melhores no instante em que paramos de negar a seriedade de nossas necessidades não-supridas.

Ainda assim é imprudente subestimar a Deus. Tanto quanto precisamos encarar a injustiça deste mundo, precisamos encarar mais ainda a realidade máxima de Deus. Devemos aprender a ver sua piedade como nossa salvação, sua promessa como nossa alegria. Enquanto fixamos a nossa esperança na sua perfeição, porém, ainda não devemos nos esquecer da imperfeição do mundo. O filho de Deus não morreu para nos fazer mais saudáveis, mais ricos e mais felizes no presente momento. Ele morreu para nos redimir do pecado que está em nossos corações e para nos dar a vida eterna. Deus nos ajuda, mas não pretende consertar este mundo. O que ele pretende é nos consertar – e então nos trazer para morar onde ele está. Quanto a este mundo, Deus pretende destruí-lo.

“Enquanto dormimos, a dor que não pode esquecer cai gota a gota no coração até que, em nosso próprio desespero, contra a nossa vontade, venha a sabedoria através da terrível graça de Deus” (Aeschylus). 

Deixemos de lidar com soluções superficiais e sentimentais. Deixemos Deus ser Deus.

Conhecer a Deus sem conhecer a miséria do homem causa orgulho.
Conhecer a miséria do homem sem conhecer a Deus causa desespero.
(Blaise Pascal)
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Jesus, a Luz do Mundo

13.12.2013
Do portal ENCONTRE A PAZ

Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti” (Is 60.1-2).

A palavra “luz” é destacada pelo profeta Isaías. O que é a “luz”? Todos sabemos que a luz é a ausência de trevas, mas devemos entender que a questão aqui é a separação entre a luz e as trevas. Lemos já no início da Bíblia: “...e (Deus) fez separação entre a luz e as trevas” (Gn 1.4b). Deus não eliminou as trevas, Ele as separou da luz. Portanto, uma segunda palavra-chave que devemos lembrar é “separação”.

A vinda de Jesus significa exatamente isso: separação! Ou você crê e aceita que Jesus Cristo veio em carne, viveu uma vida sem pecado e sacrificou a si mesmo, derramando Seu sangue na cruz do Calvário pelos seus pecados, e que assim você tornou-se um filho da luz; ou você rejeita essa verdade eterna e continua sendo um filho das trevas.

O versículo inicial não diz apenas “eis que as trevas cobrem a terra”, mas prossegue: “e a escuridão, os povos”. Essa é a realidade em nosso mundo. Por exemplo, dificilmente podemos imaginar a terrível escuridão em que viviam os terroristas-suicidas islâmicos que seqüestraram os aviões de passageiros no dia 11 de setembro de 2001 e os lançaram contra edifícios ocupados por milhares de pessoas inocentes. Por que eles fizeram isso? Sem dúvida, eles estavam convencidos de que seu ato era justificado; para eles, essa era a coisa certa a fazer. Eles criam firmemente que, no momento da morte, seriam trasladados para a glória do paraíso. Entretanto, tal convicção religiosa não é baseada na verdade; ela tem seu fundamento na imaginação do coração maligno dos homens seduzidos pelas “trevas”.

As Escrituras, entretanto, não dizem que apenas as pessoas que cometem tais crimes horrendos vivem nas trevas, pois lemos: “...a escuridão [cobre] os povos”. Isso significa que todos os povos do mundo vivem em trevas.

A escuridão é algo terrível, porque ela impede que vejamos qualquer coisa. Por exemplo, se você entrar no porão de uma casa ou em outro lugar escuro durante a noite, sem dispor de uma luz, correrá sério perigo de se machucar. É isso que a Bíblia nos comunica: todas as pessoas na terra estão em sério perigo, não apenas em sua vida presente, mas também quanto à eternidade. Portanto, é extremamente importante que você se chegue à luz.

Quando Jesus, a luz do mundo, o Verbo (a Palavra) de Deus, fez-se carne e habitou entre nós, Ele ofereceu a luz a todos, dizendo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12). João, porém, declarou: “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.5, Ed. Revista e Corrigida). Por que as trevas não a compreendem? Encontramos a resposta para essa importante questão em João 3.19-20: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüídas as suas obras”.

O nascimento de Cristo, ou seja, o Natal, somente pode tornar-se efetivo em sua vida, se você sair das trevas e vier para a luz. Sem isso, o Natal será apenas como uma peça teatral tradicional – na verdade, tola e comercial.

As palavras de Isaías 60.1-2 são dirigidas a Israel. A luz era e é Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Messias de Israel e Salvador do mundo. A oferta da luz e da separação foi feita inicialmente aos judeus. Ela era destinada a Israel, que, entretanto, rejeitou a Jesus. Assim, Ele voltou-se para os gentios. Isso torna-se bem evidente no versículo 3: “As nações (os gentios) se encaminham para a tua luz...”  Portanto, as palavras do versículo 2b ainda aguardam seu cumprimento final: “mas sobre ti (Israel) aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti”. Isso ainda não ocorreu com Israel, de modo que deverá cumprir-se no futuro.

Luz do Mundo
No mesmo capítulo, o profeta Isaías proclama: “Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel” (Is 60.14). Atualmente, acontece o contrário: Israel continua odiado e oprimido. Os árabes têm um só objetivo: a destruição do Estado judeu. Eles dizem que o sionismo deve ser eliminado. Entretanto, isso não acontecerá. No final, todos os povos chamarão Jerusalém de “Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel”.

Finalmente, o profeta afirma: “Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites...” (v. 18). Virá o tempo em que Israel será a nação dedicada ao Senhor, exatamente como está registrado nas Escrituras. Israel será um louvor a Deus em meio a todos os povos da terra. Somente então a verdadeira paz prevalecerá em todo o globo. O Príncipe da Paz governará “com cetro de ferro” (Ap 19.15) e não irá tolerar qualquer rebelião. Todos os povos estarão sujeitos à autoridade do Senhor dos senhores e Rei dos reis, Jesus, o Crucificado. Então, finalmente, Lucas 2.14 será uma realidade mundial: “...paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”.

Esse tipo de Natal continua inimaginável nos dias em que vivemos, porque o mundo inteiro jaz nas trevas. Entretanto, existe uma excessão: a paz interior individual e pessoal que você pode experimentar agora. Mesmo nestes tempos turbulentos, essa paz que “excede todo o entendimento” (veja Fp 4.7) está disponível para você. Tenha uma verdadeira experiência natalina neste ano! Jesus disse: “Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar” (Jo 16.22). (Arno Froese - http://www.apaz.com.br)
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A busca pela espiritualidade

13.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por L. A. Stauffer

O homem, uma criatura de pó feita à imagem de Deus, não pode escapar de si mesmo. Ele é da carne, carnal, e tem que enfrentar os problemas e as lutas do corpo. Mas também é dotado com um espírito de Deus e tem que responder à chamada do homem interior de viver acima da carne.

Pela natureza, o homem deseja sexo, tem fome e sede para comida e bebida, procura roupa e abrigo e almeja todos os tipos de prazeres e necessidades físicas na vida. No entanto, Deus colocou dentro do seu coração a eternidade e no seu corpo um espírito eterno que aspira o descanso e paz encontrados apenas no Criador.

Jesus fala diretamente com esta necessidade depois que ele mesmo “tabernaculou” na carne e enfrentou o diabo no deserto da tentação. Após jejuar por quarenta dias ele desejava comida e foi tentado por Satanás a fazer uma pedra virar pão para ele comer. A resposta de Jesus foi:“Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4)

Jesus não se refere apenas a ele mesmo mas ao “homem”. Ele está dizendo que o homem é mais do que um corpo e não pode alimentar a carne em violação com a palavra de Deus e em profanação do homem interior. Ele cita a verdade que é inerente no aviso que deu aos discípulos na noite que foi traído no Getsêmani. Lá Jesus lutou no espírito por causa da morte abominável que o aguardava mais tarde naquela noite e no próximo dia diante da multidão de judeus e seus líderes injustos. Ele agonizou em oração sobre aquela morte – uma morte que ele havia anunciado várias vezes aos seus discípulos. Após a oração ele foi até os três discípulos mais próximos dele no jardim e admoestou-os: “Vigiai e orai ... o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41).

O servo leal de Deus refere-se à concupiscência da carne que tão facilmente domina o homem interior, subjuga o desejo de servir a Deus e leva os homens à tentação. E a fraqueza da carne dominou Pedro aquela noite e ele negou o Senhor três vezes. Os outros apóstolos, da mesma forma, seguindo de longe, negaram a Jesus na hora do julgamento e da morte.

Todo homem enfrenta esta prova na vida. Ele não pode escapar do corpo. Até, e a não ser que, o homem torne-se espiritual e encontre a força interior no seu Criador, ele está sujeito a ceder às fraquezas da carne. O ponto é que a única criatura feita à imagem de Deus tem que buscar e encontrar a espiritualidade que vence a carnalidade do corpo.

Paulo escreve sobre “espiritualidade” aos coríntios. Ele escreveu a eles não como “a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo” (1 Coríntios 3:1). Ele alimentou-os com leite não com carne, comida nutritiva que apenas homens maduros em Cristo podem absorver e assimilar – pois estavam devotos demais à carne para receberem a alma. Ele observou que havia inveja e discórdia entre eles e que eram carnais e incapazes de ingerir comida sólida que leva os santos à maturidade. Então, como e onde se encontra esta espiritualidade?

Fome e Sede. Vem, em primeiro lugar, apenas àqueles que a buscam. Espiritualidade não é introduzida por uma operação especial e direta do Espírito, nem por acidente. O homem deve, como Jesus revela numa bem-aventurança, ter fome e sede de justiça (Mateus 5:6). Criaturas à imagem de Deus, como as corças buscam a água, devem nas suas almas desejar Deus, o Criador que dá a vida e o fôlego a todos, que fez a partir de uma pessoa todas as nações dos homens para habitarem na terra; que está perto para qualquer homem que o procura, que fornece a vida, a mobilidade e o ser (veja Atos 17:24-28).

Espírito e Vida. O pão sustenta o corpo, Jesus disse que não é o suficiente para nutrir o homem inteiro, mas há um “pão da vida” – o próprio Jesus – que o homem pode comer e nunca mais sentir fome. É o pão que o homem pode comer e nunca morrer; pode comer e viver para sempre. É uma vida que vem ao espírito através do espírito – pois vem nas palavras de Jesus que ele disse que “são espírito e são vida” (veja João 6:63). Bebês recém-nascidos que buscam o leite genuíno da palavra são alimentados pelas palavras de vida, e com o passar do tempo passam a comer comida sólida que os aperfeiçoa em Cristo com a espiritualidade de dominar a carne (veja 1 Pedro 2:1-2; Hebreus 5:11-14).

Medita de Dia e de Noite: A espiritualidade dos homens maduros em Cristo é manifestado na vida, como o salmista disse, que não anda no “conselho dos ímpios”, nem se detém no “caminho dos pecadores” nem se assenta na “roda dos escarnecedores”. Em vez disso, o prazer do homem espiritual “está na lei do Senhor” e naquela lei ele “medita de dia e de noite” (Salmo 1:1-2). Ele tem comunhão com Deus diariamente – não apenas um banquete espiritual mas também em oração incessante e um viver santo. E ao fazer isso ele não se levanta acima do mundo a cada prova e desafio – ele vive acima dele num foco dia após dia na busca celestial.

Espiritualidade ou Truques. Uma palavra de cautela é preciso pois há quem tente produzir espiritualidade por meio de esquemas humanos. Jeremias ordenou a Judá há muito tempo que não cabe ao homem determinar seus passos (veja Jeremias 10:23). Agitar as emoções através de novas formas e práticas renovadas são truques que não acrescentam nada à estatura do homem espiritual.

Bater palmas ou abaixar as luzes durante o culto, testemunhos na assembléia por cidadãos notáveis, reunir em casas em vez de prédios, converter a Ceia do Senhor num banquete social-religioso, acrescentar quartetos ou cantores especiais, alterar o culto, etc. são todos esquemas humanos que causam interesse e agitam corações por um momento. Mas nenhum deles acrescenta um grama de espiritualidade ao homem interior que cresce e amadurece apenas pela comunhão com Deus por meio de sua palavra.
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Fervor e iluminação

13.12.2013
Do portal VERBO DA VIDA, 09.12.13
Por Jannayna Albuquerque


“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir”. (Mateus 25 1.13)
As coisas eternas são as coisas que realmente devemos investir, porque elas são eternas!
As parábolas são os maiores registros de Jesus e, talvez por isso, elas foram escritas  nos quatro evangelhos de maneiras diferentes. O que Jesus mais fazia era ensinar por parábolas, porque Ele sabia como ensinar coisas profundas de maneira simples e por isso, as pessoas O entendiam.
Jesus ensinava e pregava de maneira que era entendido. De fato, o bom mestre descomplica, clareia e explica as coisas.
É provado cientificamente que a forma do nosso cérebro humano aprender algo é repetir aquilo. A repetição te leva ao aprendizado e depois que aprendemos ninguém tira de nós. Por exemplo, você aprendeu a escovar os dentes e hoje sabe bem como fazer porque repete diariamente essa atividade; A repetição imprime coisas dentro de nós.
Deus guiou homens para repetir nos evangelhos as mesmas histórias e, se Jesus as repetiu e porque são importantes; Quando lemos na Palavra essa expressão: “o Reino de Deus” é algo que devemos atentar como muito importante.
Eu creio que a igreja vai entender e vai viver essa Palavra em tempo real nos dias de hoje.
O reino dos céus remete ao funcionamento das coisas nos céus.
Às vezes, achamos que estamos bem ligadas quanto a volta de Jesus, mas podemos estar como néscias e sem nos apercebermos.Interessante que o texto relata que todas elas foram tomadas de sono as prudentes e as néscias.
Percebo por dentro que o noivo está vindo e vira para o mundo como um ladrão na noite, mas para a igreja não. Jesus nos dará uma impressão coletiva que Ele está chegando, ninguém vai saber o dia e nem a hora, mas nós crentes, os salvos, teremos uma impressão por dentro de que não temos mais tempo, Jesus está às portas.
Jesus comunica a você as coisas sobre a sua vida, porque Ele restabeleceu a comunhão com o homem.
É possível que essas noivas descritas nessa parábolas ha mais de 2 mil anos atrás sejamos nós hoje, então presta atenção nos sinais dessa parábola. O que diferencia  uma noiva da outra é o azeite e, azeite quer dizer a unção. As lâmpadas que estavam acesas entraram, mas as outras não.
Eu percebo que a igreja de hoje está tomada de um sono, adormecida e não está atentando para os sinais dos últimos tempos.
Ainda não descobrimos quem somos. O diabo pisa diariamente no mesmo calo e você não atentou para isso ainda. Quando ele vai parar? Quando você acordar.
Estamos tão longe do que deveríamos ser. Temos tanta teoria e tão pouca prática.
Quando a Bíblia fala meia noite, ela quer dizer no ápice de algo. Ou seja, é quando as trevas dominam plenamente em algum momento da sua vida. Sabemos que assim como o meio dia é o período mais claro, meia noite é o mais escuro. Às vezes, estamos diante da meia noite em nossa vida, vivendo dias difíceis e precisamos reconhecer que Deus é quem nos sustenta sempre.
O mundo está chegando a meia noite. Está chegando o tempo em que a igreja não irá mais suportar tantas coisas que para o mundo são normais e clamaremos: Maranata!
Eu sei que tenho coisas a fazer aqui na Terra e percebo que tenho pouco tempo para isso. Eu não fiz metade do que deveria fazer e preciso aproveitar o tempo. Jesus não vai atrasar o relógio dEle por minha causa e nem por sua causa.
Preciso correr atrás do meu tempo, você precisa correr contra o tempo independente de chamado nos cinco dons.
A voz que temos por dentro vai nos avisar, acorda porque Ele está chegando. Devemos atentar para a voz interior da nossa consciência e estarmos prontas porque podemos ouvir a voz dizendo que o noivo vem a qualquer momento.
Os bons atletas guardam dois bons fôlegos: o da largada e o fôlego da chegada, eles são treinados para saber administrar a saída e a chegada. Eu preciso aprender a alimentar o fôlego do final, porque os dias são maus.
Manter a lâmpada acesa, quer dizer manter a vida espiritual aquecida, mas a igreja muitas vezes está fria e desatenta.  Às vezes, a gente tem uma vida espiritual morna e queremos ser avisadas das coisas ao nosso respeito
Afogueamento e esclarecimento são necessários nesses últimos dias. Luz fala de esclarecimento, trevas falam das coisas do diabo. Devemos ter fervor e iluminação. Quanto mais conhecimento, mais livre você deve ser, quanto mais luz você tem, mais iluminada você fica.
Temos 24 horas em nosso dia. Você dá pelo menos meia hora do seu dia para Deus?
Se atentarmos, meia hora não representa nem o dizimo das 24 horas.
O texto acima mostrou que as néscias em meio a voz que  dizia: “o noivo está chegando”,  ainda foram tentar comprar azeite mas não tinha mais tempo.
Observa os exemplos do que está acontecendo a tua volta e fica atento, nem sempre a gente vai ter todo o tempo do mundo como achamos que vamos ter.
Em nós repousa uma responsabilidade da Palavra. Precisamos iluminar aonde chegarmos.
Vamos atentar para algumas coisas: Do que você sabe, quanto você pratica?  O que realmente arde em nós? O que mantém a nossa lâmpada acesa?
Iluminação e esclarecimento e tudo o que nós precisamos. Pense sobre você, sobre o que você tem feito e o que precisa fazer.
Quanto tempo realmente nós temos?
Estamos no final de ano e é uma época em que colocamos metas para a nossa vida. O problema é quando chega primeiro de janeiro e não praticamos o que planejamos.
Eu quero estar no grupo das prudentes. Quero iluminação e esclarecimento. E você?
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