Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Plínio o Jovem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Plínio o Jovem. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Testemunhos Pagãos sobre a Historicidade de Jesus Cristo: Flávio Josefo, Plínio, o Jovem, e Luciano de Samósata

 09.12.2025

Postado pelo editor do blog

A historicidade de Jesus Cristo é confirmada não apenas pelos Evangelhos e pela tradição cristã, mas também por testemunhos externos, vindos de autores não cristãos. Entre os mais relevantes estão Flávio Josefo, historiador judeu do século I; Plínio, o Jovem, governador romano; e Luciano de Samósata, satirista grego do século II. Suas declarações, ainda que breves, são fundamentais para a historiografia cristã, pois confirmam a existência de Jesus e o impacto da fé cristã no mundo antigo.

1. Flávio Josefo (37–100 d.C.)

Em Antiguidades Judaicas (93 d.C.), Josefo faz duas referências a Jesus:

  • Testimonium Flavianum (Antiguidades 18.63–64): descreve Jesus como “um homem sábio” que realizou obras admiráveis, foi crucificado sob Pôncio Pilatos e teve seguidores que continuaram a crer nele após sua morte.
  • Antiguidades 20.200*: menciona “Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo”.

Embora haja debate sobre possíveis interpolações cristãs, a maioria dos estudiosos reconhece que Josefo fez referência histórica a Jesus como figura real¹.

2. Plínio, o Jovem (61–113 d.C.)

Em sua carta ao imperador Trajano (Epístolas 10.96, escrita por volta de 112 d.C.), Plínio descreve como tratava os cristãos na Bitínia. Ele afirma que os cristãos se reuniam “para cantar hinos a Cristo como a um deus”².

Esse testemunho mostra que, apenas décadas após a crucificação, comunidades cristãs já reverenciavam Jesus como divino, confirmando a centralidade da figura histórica de Cristo na fé.

3. Luciano de Samósata (125–181 d.C.)

Luciano, satirista grego, escreveu A Morte de Peregrino, onde zomba dos cristãos por seguirem “um homem que foi crucificado na Palestina” e que introduziu novas leis para seus discípulos³.

Embora hostil, sua menção confirma que Jesus era reconhecido como fundador do movimento cristão e que sua crucificação era fato conhecido até entre opositores.

Conclusão

Os testemunhos de Josefo, Plínio e Luciano convergem em um ponto: Jesus existiu historicamente e deixou seguidores que impactaram o mundo romano.

  • Josefo confirma sua vida e morte sob Pilatos.
  • Plínio atesta a prática de culto a Cristo como divino.
  • Luciano, mesmo em tom de escárnio, reconhece a crucificação e a fé dos cristãos.

Assim, mesmo fora da tradição cristã, há evidências sólidas de que Jesus não é mito, mas figura histórica cuja vida e obra transformaram a história.

Bibliografia

  • JOSEFO, Flávio. Antiguidades Judaicas. Traduções diversas.
  • PLÍNIO, o Jovem. Epístolas. Livro 10.
  • LUCIANO de Samósata. A Morte de Peregrino.
  • HABERMAS, Gary. The Historical Jesus: Ancient Evidence for the Life of Christ. College Press, 1996.
  • WRIGHT, N.T. Jesus and the Victory of God. Fortress Press, 1996.

Saiba Mais: 

Josefo sobre Jesus: Evidências da existência de Jesus?

****