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sábado, 29 de março de 2025

O Evangelho de João: Uma Breve Análise Teológica

30.03.2025
Postado por pr Irineu Messias

O Evangelho de João, um dos quatro evangelhos canônicos do Novo Testamento, é frequentemente considerado o mais teológico entre eles. Escrito por João, o apóstolo amado, este evangelho se destaca por sua profundidade espiritual e por sua abordagem única sobre a vida e ministério de Jesus Cristo. A seguir, exploraremos os pontos mais relevantes deste evangelho.


1. A Divindade de Cristo

Uma das características mais marcantes do Evangelho de João é a ênfase na divindade de Jesus. Desde o início, no prólogo (João 1:1-14), João afirma que "no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Esta declaração estabelece a natureza divina de Cristo e seu papel na criação.


2. O Tema da Luz e das Trevas

João utiliza a metáfora da luz para representar a verdade e a vida que vêm de Cristo. Em João 8:12, Jesus declara: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". Este tema é central para entender a missão de Jesus e a resposta do mundo a ele.


3. O Amor de Deus

O amor de Deus é um tema recorrente no Evangelho de João. Em João 3:16, encontramos uma das passagens mais conhecidas: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Esta declaração não apenas revela o caráter de Deus, mas também a motivação por trás da obra redentora de Cristo.


4. Os "Eu Sou"

João apresenta uma série de declarações onde Jesus se identifica com expressões que começam com "Eu sou". Frases como "Eu sou o pão da vida" (João 6:35) e "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6) são fundamentais para entender a identidade de Jesus e sua missão.


5. O Espírito Santo

Outro aspecto importante do Evangelho de João é a promessa do Espírito Santo, que é descrito como o Consolador. Em João 14:26, Jesus diz: "Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas". A presença do Espírito Santo é essencial para a vida cristã e para a continuidade da obra de Cristo na Terra.


Perguntas Reflexivas

  1. Como a afirmação de que "Jesus é o Verbo" impacta sua compreensão sobre a relação entre Deus e a humanidade?

  2. De que maneira a metáfora da luz e das trevas se aplica à sua vida pessoal e à sociedade atual?

  3. O que significa para você a ideia de que Deus ama o mundo de tal maneira que deu seu Filho? Como isso influencia sua fé?

  4. Como as declarações "Eu sou" de Jesus moldam sua percepção sobre quem Ele é e o que Ele representa para você?

  5. Qual é o papel do Espírito Santo em sua vida e como você pode se abrir mais para sua influência?

Essas perguntas não apenas incentivam a reflexão pessoal, mas também promovem um entendimento mais profundo das verdades contidas no Evangelho de João.

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

A biografia de Mary Jones: garota inspiradora das sociedades bíblicas

19.06.2024

Do blog BELVEREDE, 16.11.2021

Arte: Robert Oliver Rees (1879)

A surpreendente determinação de uma menina galense em conseguir um exemplar da Bíblia inspirou a fundação da primeira Sociedade Bíblica. Conta-se que a Sociedades Bíblicas, entidade em atividades no mundo todo, dedicada à produção e distribuição do Livro Sagrado, teve sua origem motivada na bela história de uma menina. O lema das Sociedades Bíblicas - levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar - teria sido inspirado na humildade, determinação e coragem de Mary Jones, que viveu no País de Gales (Grã-Bretanha), durante o século XVIII. 

O exemplo de Mary Jones

Mary Jones nasceu por volta de 1785, no País de Gales, na Europa. Vivia com seus pais numa casa feita de pedras, numa vila rodeada de montanhas. Aos 8 anos, começou a alimentar um sonho: ter a sua própria Bíblia. Ela queria ler em sua casa as histórias bonitas que costumava ouvir na igreja. Porém, esse desejo parecia impossível de ser realizado. Mary, que morava em uma pequena vila chamada Alan, ainda não sabia ler - e, infelizmente, não havia escolas nas redondezas. Além disso, naquele tempo, as Bíblias - assim como os demais livros - eram muito raras e caras. Só poucos privilegiados possuíam um exemplar das Escrituras Sagradas. E este não era o caso de Mary, cuja família era muito pobre. Mesmo assim, a menina fez uma promessa a si mesma: um dia teria sua própria Bíblia.

Arte: David Evans (1883)
Arte: David Evans (1883)
Primeiro passo

Ao completar 10 anos, a garotinha encontrou uma oportunidade de aprender a ler. Vendedor, seu pai foi vender tecidos numa vila próxima, chamada Aber, e soube que seria aberta uma escola primária naquela região. Quando a escola começou a funcionar, ela foi uma das primeiras crianças a se matricular. Muito empolgada, tornou-se uma das melhores alunas de sua classe. Em pouco tempo, estava alfabetizada.

Mary continuava firme em seu propósito de conseguir a sua Bíblia. Agora que já sabia ler, a grande dificuldade era conseguir a soma em dinheiro necessária para comprá-la. Para isso, fazia pequenos trabalhos, com os quais ganhava alguns trocados. Carregava lenha na mata para pessoas idosas e trabalhava como babá. E, com a intenção de ganhar um pouco mais, comprou algumas galinhas e passou a comercializar os ovos.

Ao completar o primeiro ano de economias, Mary abriu o cofre para contar quanto estava guardado. Então veio a uma triste conclusão: até aquele momento havia conseguido economizar apenas uma pequena parte do que precisava para comprar a sua Bíblia. Aprendeu a costurar durante o segundo ano em que estava juntando dinheiro. Com isso conseguiu guardar um valor maior, mas ainda não o suficiente para realizar o seu sonho.

Outros anos

Ao entrar no terceiro ano, Mary teve de enfrentar um acontecimento imprevisto: seu pai adoeceu e parou de trabalhar. Então, a menina teve que entregar tudo o que havia economizado durante aqueles anos para sua família. Nesta época, não era possível colocar nada no cofre. Ela continuou trabalhando e, no final do quarto ano, conseguiu completar a quantia de que precisava para comprar a Bíblia. Nessa altura de sua vida, estava com 15 anos.

Artes: John Morgan e William Morgan (1897)
Artes: John Morgan e William Morgan (1897)
Havia condição de comprar a sua tão sonhada Bíblia, mas aonde iria encontrá-la? O pastor de sua igreja lhe informou que não era possível comprar Bíblias em Alan, nem nas vilas vizinhas. Ela só conseguiria encontrar um exemplar na cidade de Bala, que ficava a 40 quilômetros dali. Naquela cidade, morava o Reverendo Thomas Charles, que costumava armazenar em sua residência um pequeno estoque de exemplares das Escrituras Sagradas para vendê-los às pessoas da região.

Munida desta informação, Mary foi para casa e pediu a seus pais que a deixassem ir à cidade de Bala. Eles não queriam que a filha fosse sozinha, mas a mocinha insistiu tanto que acabaram concordando com a ideia.

Pés descalços

Pensando em poupar seus sapatos da dura caminhada, a fim de poder usá-los na cidade, a longa viagem de Mary Jones foi feita a pé. Após caminhar o dia todo descalça, por fim, ao anoitecer, ela chegou à casa do Reverendo Thomas Charles. Ali, no entanto, uma surpresa desagradável a aguardava: Thomas Charles havia vendido todo o estoque de Bíblias. Ele mantinha alguns poucos exemplares, mas esses já estavam todos encomendados.

Mary começou a chorar ao receber essa notícia. Ao se acalmar, contou toda sua longa história ao religioso. O pastor comoveu-se, dirigiu-se até um armário, retirou de lá uma das Bíblias vendidas e entregou-a para Mary.

Thomas Charles não poderia menosprezar a história do esforço da jovem que durante seis anos havia se esforçado demais e tinha caminhado tanto para conseguir uma Bíblia no seu idioma. Impressionado, resolveu contar o que ouviu aos diretores da Sociedade de Folhetos Religiosos, uma entidade cristã local. Muito sensibilizados com a persistência de Mary para conseguir seu exemplar da Bíblia, os diretores daquela organização concluíram que experiências como a dela não deveriam mais se repetir. E assim decidiram fazer alguma coisa para tornar a Palavra de Deus acessível a todos. Após muito planejamento e oração, organizaram uma instituição, fundaram em Londres a instituição British and Foreign Bible Society (Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira), para traduzir, imprimir e distribuir a Bíblia. Foi assim que, no dia 7 de dezembro de 1802, surgiu a primeira entidade cristã dedicada a disseminar as Escrituras Sagradas.

A Bíblia de Mary Jones


A Bíblia de Mary Jones, que ela obteve em 1800 de Thomas Charles, está agora guardada nos arquivos da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira na Biblioteca da Universidade de Cambridge. É um exemplar da edição de 1799 da Bíblia Galesa, dez mil exemplares dos quais foram impressos em Oxford. Além do Antigo e Novo Testamento e dos Apócrifos, o volume contém o Livro de Oração Comum (em galês) e as versões métricas dos Salmos, em galês, de Edmwnd Prys. 

Mary Jones escreveu o seguinte (em inglês) na última página dos Apócrifos:

"Mary Jones nasceu a 16 de dezembro de 1784. Comprei-a no 16º ano da minha idade. Eu sou filha de Jacob Jones e Mary Jones sua esposa. Ó Senhor pode dar-me graças. Amém. Mary Jones. A Sua verdadeira Bíblia. Comprada no ano 1800 aos 16 anos."

Leitura, casamento, devoção, abelhas e filhos


Mary teve uma vida longeva e em pobreza. Casou-se em 1813. Em 1820, ela e o marido mudaram-se para Bryn-crug perto de Tywyn. E foi lá que viveu o resto de seus dias. Deu à luz para seis crianças, cinco filhos faleceram na juventude e a criança sobrevivente migrou aos Estados Unidos quando adulta. 

A origem do seu sustento provinha do cultivo de abelhas, atividade comum para a época. Através da renda desse trabalho, foi colaboradora regular da fundação Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira para obra missionária e também contribuiu regularmente com o departamento de missões de sua denominação, a Igreja Metodista Calvinista. Atribuía a razão de suas contribuições generosas ao fato de que as abelhas eram produtivas, forneciam produtos de alta qualidade e não a picavam.
 
Apesar das adversidades, perseverou em sua fé até o final da sua vida. Faleceu em 1864, aos 79 anos, viúva e cega. Seus restos mortais foram sepultados na capela da Igreja Metodista Calvinista. 

O Dia da Bíblia

O Dia da Bíblia foi instituído em 1549, na Inglaterra, quando o bispo Cranmer incluiu no livro de orações do rei Eduardo VI um dia específico para que os ingleses se dedicassem à leitura do Livro Sagrado.

A data escolhida foi o segundo dos quatro domingos que antecedem o Natal. Desde então, o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada dos primeiros missionários protestantes vindos da Europa e Estados Unido da América. 

Durante o período do Império, a liberdade religiosa era muito restrita, isso impedia que o povo se manifestasse publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o Dia da Bíblia foi se popularizando. Hoje, o dia dedicado às Escrituras é comemorado em cerca de 60 países, sendo que, em alguns deles, a data é celebrada no segundo domingo de setembro, numa referência ao trabalho de Jerônimo, o tradutor da Vulgata, a conhecida tradução da Bíblia ao latim.


Fontes: 
A História de Mary Jones: o início do movimento das sociedades bíblicas. Edição 2008. Barueri–SP (Sociedade Bíblica do Brasil - SBB).
Bala and the Bible: Thomas Charles, Ann Griffiths and Mary Jones. E. Wyn James. Cardiff University Prifysgol Caerdydd. - www.anngriffiths.cardiff.ac.uk/bible.html. Acesso: 15 de novembro de 2021
La Biblia Web. Sociedade Bíblia Unidas - http://bibliaweb.com.br. Acesso: 4 de dezembro de 2008.

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Fonte: https://belverede.blogspot.com/2021/11/Mary-Jones-adolescente-inspiradora-das-sociedades-biblicas.html#more

terça-feira, 18 de junho de 2024

Porque a Bíblia é Indestrutível?!

18.06.2024
Do portal UNIVERSIDADE DA BÍBLIA, 2013


O ateu Robert Ingersoll uma vez declarou: “dentro de 15 anos eu terei a Bíblia enterrada num necrotério”. Bem, “coincidentemente” dentro de 15 anos, Robert Ingersoll foi enterrado num cemitério, mas a Bíblia ainda vive!
“O escritor grego, Porphyry tentou destruir a credibilidade da Bíblia no ano 304 dC. No processo, ele escreveu quinze livros contra a Bíblia e o Cristianismo em geral. Ele foi bem-sucedido? Aparentemente não. A Bíblia continua de pé (e ainda mais forte que antes). E sobre Porphyry, bem, vamos pensar assim: você pode nomear seus quinze livros? Alguém pode mencionar pelo menos um deles? Porphyry é uma das várias pessoas que, ao longo da história, tentaram anatematizar, queimar, destruir, considerá-la fora da lei, restringir, ridicularizar ou desacreditar a Bíblia.

Outro exemplo é um escritor grego de sátiras, de nome Luciano, que escreveu dois livros no século dois para ridicularizar a Bíblia. Esses dois livros foram chamados O Diálogo dos Deuses e O Diálogo dos Mortos. Há uma chance extremamente boa de você não ter uma cópia de cada um desses livros em sua biblioteca pessoal. Mas você provavelmente tem uma Bíblia em algum lugar da casa; um testemunho da habilidade da Bíblia de sobreviver a seus atacantes.

Se Porphyry e Luciano tivessem lido a Bíblia ao invés de atacá-la, poderiam ter economizado um bocado de tempo, porque a Bíblia diz: “6 As palavras do SENHOR são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes. 7 Tu as guardarás, SENHOR; desta geração as livrarás para sempre.” (Sl 12:6-7 tradução da KJV para o português)

No ano 303 dC, o imperador romano Diocleciano aprovou um edito para impedir os cristãos de adorarem e para destruir suas Escrituras. Vinte e cinco anos depois, seu sucessor, Constantino, aprovou outro edito ordenando a publicação de 50 Bíblias sob as expensas do governo. Que pena que Diocleciano não percebeu a promessa da Bíblia: “seca-se a erva e cai sua flor, mas a palavra do nosso Deus permanece eternamente” (Is 40:8).
 
Nos anos 1700, o escritor ateu francês Voltaire teria dito: “dentro de 100 anos, a Bíblia e o Cristianismo serão varridos da existência e passarão à história”. Bem, dentro de 50 anos, Voltaire foi varrido da existência e passou à história e a Sociedade Bíblica de Genebra usou a casa de Voltaire e sua editora para imprimir e distribuir milhares de Bíblias. Esta irônica virada nos eventos não deveria surpreender a ninguém, porque Deus prometera que “Os céus e terras passarão, mas minhas palavras não passarão” (Mt 24:35). No mesmo ano que Voltaire disse “em 50 anos a partir de agora, o mundo não mais ouvirá sobre a Bíblia”, o Museu Britânico pagou 500.000 libras por um antigo manuscrito da Bíblia, enquanto, ao mesmo tempo, em Paris, um dos livros de Voltaire foi vendido por 8 centavos.
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Através dos séculos, muitos ataques contra a Bíblia se tornaram amargas perseguições com fortes tentativas de destruí-la. Muitos ataques contra a Bíblia vieram de escarnecedores. Mas houve alguns que, após examinarem os fatos, mudaram suas opiniões. Aqui estão dois exemplos:

General Lew Wallace era um Governador Territorial nos dias que se seguiram à Guerra Civil Americana. Ele era um senador em Indiana com a idade de 29 anos e era considerado um homem muito estudioso. Ele não confiava no Cristianismo ou na Bíblia, assim ele se pôs a escrever um livro cético desaprovando a ambos. Nos seus estudos ele descobriu que a Bíblia e Cristo são verdadeiros e se tornou um cristão devoto. O general Wallace nunca escreveu seu livro contra a Bíblia, Ao invés ele escreveu a clássica novela cristã Ben-Hur.

William Ramsey, um estudioso inglês, foi para a Ásia Menor com o propósito expresso de provar que a Bíblia é historicamente imprecisa. À medida que esmeradamente se debruçava sobre antigos artefatos e detalhes, para sua surpresa ele descobriu que a Bíblia era precisa no menor dos detalhes. A evidência foi tão convincente que Sir Ramsey se tornou um cristão e um grande estudioso da Bíblia.

Ao longo dos anos, a Bíblia tem sido uma poderosa bigorna que tem derrotado muitos dos martelos dos escarnecedores”.
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Em 1981, a Academia Francesa de Ciência apresentou 51 “fatos” que refutariam a Bíblia, mas nenhum destes “fatos” se consideram verdadeiros hoje.

Pois é. Contra a bíblia já se levantaram poderosos religiosos, poderosos reis, poderosos imperadores, famosos intelectuais… e todos caíram por terra.
A Indestrutibilidade da Bíblia Prova que Ela é a Palavra de Deus
 .
Link para a parte 2  do estudo Porque a Bíblia é indestrutível – http://www.universidadedabiblia.com.br/parte2indestrutivel/
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Fonte:https://www.universalidadedabiblia.com.br/indestrutivel/

sábado, 16 de março de 2024

Livro de Números: Uma Jornada de Fé e Desobediência

12.03.2024
Postado por pr. Irineu Messias

Introdução:

O Livro de Números, quarto da Bíblia e terceiro do Pentateuco, narra a jornada do povo de Israel pelo deserto após o Êxodo do Egito. Abrangendo um período de aproximadamente 38 anos, este livro relata os desafios, as murmurações e as rebeliões dos israelitas durante sua peregrinação até a Terra Prometida.

Estrutura e Conteúdo:

Números pode ser dividido em cinco partes principais:

  • Censo e organização do povo (1:1 - 10:10): Recenseamento das tribos de Israel e organização para a marcha pelo deserto.
  • Murmurações e rebeliões (10:11 - 21:35): Diversos episódios de murmuração contra Deus e Moisés, como a rebelião de Corá e a adoração do bezerro de ouro.
  • Punições e peregrinação (21:36 - 33:49): Punições divinas pelas rebeliões e a longa peregrinação pelo deserto.
  • Preparativos para a conquista da Terra Prometida (33:50 - 36:13): Instruções para a conquista da terra e a divisão entre as tribos.
  • Morte de Moisés e liderança de Josué (36:14-15): A morte de Moisés no Monte Nebo e a liderança de Josué para a conquista da Terra Prometida.

Temas-chave:

  • Fé e obediência: A jornada pelo deserto serve como um teste de fé e obediência do povo de Israel a Deus.
  • Liderança: O papel de Moisés como líder e intercessor do povo é fundamental.
  • Murmuração e rebelião: As constantes murmurações e rebeliões dos israelitas demonstram sua falta de fé e confiança em Deus.
  • Punição e misericórdia: Deus pune as rebeliões do povo, mas também demonstra sua misericórdia e longanimidade.
  • Promessa e esperança: A promessa da Terra Prometida serve como um símbolo de esperança e perseverança para o povo.

Importância e Relevância:

Números é um livro crucial para entender a história do povo de Israel e sua relação com Deus. As lições de fé, obediência e liderança presentes neste livro são relevantes para a vida de todos os cristãos.

Desafios para a Leitura:

A leitura de Números pode ser desafiadora devido à repetição de eventos e à linguagem técnica utilizada. No entanto, com um estudo cuidadoso e a ajuda de recursos adequados, é possível desvendar as riquezas teológicas e históricas deste livro.

Recursos Adicionais:

  • Comentário do Antigo Testamento - Números: [URL inválido removido]
  • Estudos Bíblicos sobre Números: [URL inválido removido]
  • Vídeos sobre Números: [URL inválido removido]

Aplicação Prática:

    • Podemos aprender a perseverar na esperança, mesmo quando a terra prometida parece distante.
    • Podemos aprender a valorizar a misericórdia e a longanimidade de Deus.
    • Podemos aprender a depender da graça de Deus para vencer nossas tendências à rebelião.
    • Podemos aprender a importância da fé e da obediência a Deus, mesmo em tempos de dificuldade.
    • Podemos aprender a lidar com as murmurações e as rebeliões que surgem em nosso interior.
    • Podemos aprender a confiar na liderança de Deus e a seguir seus planos para nossas vidas.

    Comparação com o Novo Testamento:

    O Novo Testamento apresenta a obra redentora de Jesus Cristo, que cumpre as promessas antecipadas no Antigo Testamento. Ao estudar Números à luz do Novo Testamento, podemos ver como a fé em Cristo nos capacita a viver uma vida de obediência e fidelidade a Deus, mesmo em meio às dificuldades.

    Exemplo:

    A jornada pelo deserto no Livro de Números pode ser comparada à vida cristã. Assim como os israelitas enfrentaram desafios e tentações, nós também enfrentamos lutas e provações. Ao confiar em Deus e seguir seus caminhos, podemos perseverar na fé e alcançar a vitória final.

    Conclusão Final:

    O Livro de Números é um livro rico em ensinamentos para a vida cristã. Ao estudarmos suas páginas, somos confrontados com nossas próprias fraquezas e encorajados a crescer em fé, obediência e esperança. A jornada do povo de Israel pelo deserto serve como um lembrete do poder e da fidelidade de Deus, que nos guia e nos sustenta em nossa peregrinação pela vida.

Tipologias no Livro de Números que apontam para o Senhor Jesus:

  • O Livro de Números, repleto de simbolismo e significado profético, apresenta diversas tipologias que apontam para o Senhor Jesus Cristo. Estas tipologias, ou figuras, prefiguram aspectos da vida, obra e ministério de Jesus, revelando a grandiosidade do plano de redenção de Deus.

    1. A Serpente de Bronze (Números 21:4-9):

    • Tipo: A serpente de bronze levantada por Moisés no deserto para curar os israelitas picados por serpentes venenosas.
    • Antipo: Jesus Cristo crucificado na cruz, erguido para a salvação da humanidade do pecado e da morte.
    • Similaridades:
      • Ambos foram levantados em um lugar público.
      • Ambos proporcionaram cura e salvação.
      • Ambos requeriam fé para serem eficazes.

    2. A Rocha Ferida (Números 20:7-11):

    • Tipo: A rocha ferida por Moisés no deserto, da qual jorrou água para o povo sedento.
    • Antipo: Jesus Cristo, a fonte da água viva que sacia a sede espiritual da humanidade.
    • Similaridades:
      • Ambos proveram água para o povo.
      • Ambos representam a provisão de Deus para as necessidades do seu povo.
      • Ambos prefiguram a vida eterna oferecida por Jesus.

    3. O Cordeiro Pascal (Números 28:16-25):

    • Tipo: O cordeiro sacrificado na Páscoa, cujo sangue protegia os israelitas da morte do primogênito.
    • Antipo: Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
    • Similaridades:
      • Ambos eram cordeiros sem mancha.
      • Ambos foram sacrificados para a redenção do povo.
      • Ambos representam a vitória sobre a morte.

    4. O Maná (Números 11:4-9):

    • Tipo: O pão do céu que Deus providenciou para alimentar o povo no deserto.
    • Antipo: Jesus Cristo, o pão da vida que dá vida eterna.
    • Similaridades:
      • Ambos provieram sustento do céu.
      • Ambos satisfizeram a fome do povo.
      • Ambos representam a provisão espiritual de Deus.

    5. O Sumo Sacerdote (Números 3:1-10):

    • Tipo: O sumo sacerdote Aarão, que intercedia pelo povo diante de Deus.
    • Antipo: Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote eterno que intercede por nós junto ao Pai.
    • Similaridades:
      • Ambos representavam o povo diante de Deus.
      • Ambos ofereciam sacrifícios pelos pecados do povo.
      • Ambos intercediam por misericórdia e graça.

    Outras tipologias:

    • O profeta Moisés: prefigura Jesus como o profeta final e mediador da Nova Aliança.
    • A nuvem de glória: prefigura a presença de Deus com o seu povo e a sua proteção.
    • A terra prometida: prefigura o céu, a morada eterna dos salvos.

    Importância das tipologias:

    • As tipologias do Livro de Números nos ajudam a compreender melhor a pessoa e obra de Jesus Cristo.
    • Elas demonstram a coerência e o plano redentor de Deus desde o Antigo Testamento.
    • Elas fortalecem nossa fé e esperança em Jesus Cristo como o Salvador da humanidade.

    O Livro de Números é um rico manancial de ensinamentos e profecias sobre Jesus Cristo. Ao estudarmos suas páginas com atenção e discernimento, podemos aprofundar nossa compreensão da fé cristã e fortalecer nossa relação com o Senhor.

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quarta-feira, 13 de março de 2024

Panorama do Livro de Deuteronômio: Uma Jornada de Fé e Obediência

13.03.2024

O livro de Deuteronômio, o quinto livro da Bíblia e o último do Pentateuco, é uma obra rica em ensinamentos teológicos, históricos e práticos. Escrito por Moisés durante os últimos 40 anos da peregrinação no deserto, Deuteronômio apresenta uma série de discursos de despedida em que ele relembra a história do povo de Israel, as leis e os mandamentos de Deus, e os exorta à fidelidade e à obediência ao Senhor.

Tópicos Explicativos:

1. A Primeira Aliança (Deuteronômio 1:1-4:49):

  • Moisés relembra a história da libertação do Egito e da entrega da Lei no Monte Sinai.
  • Ele enfatiza a importância da obediência aos mandamentos de Deus como condição para a bênção e a prosperidade do povo.
  • A centralidade do Shemá Israel (Deuteronômio 6:4-9) como expressão da fé monoteísta e do amor a Deus.

2. As Leis e os Mandamentos (Deuteronômio 5:1-26:19):

  • Deuteronômio apresenta uma recapitulação das leis e dos mandamentos de Deus, incluindo os Dez Mandamentos, as leis sociais, as leis cultuais e as leis civis.
  • O objetivo das leis é promover a justiça, a ordem e a santidade no meio do povo de Israel.
  • As leis também servem como um símbolo da aliança entre Deus e seu povo.

3. Bênçãos e Maldições (Deuteronômio 27:1-28:69):

  • Moisés apresenta as bênçãos que o povo de Israel receberá se obedecer aos mandamentos de Deus e as maldições que sofrerá se desobedecer.
  • As bênçãos e maldições servem como um poderoso incentivo à obediência e como um aviso das consequências da desobediência.

4. Discursos de Despedida e Morte de Moisés (Deuteronômio 29:1-34:12):

  • Moisés abençoa as tribos de Israel e os exorta a permanecerem fiéis ao Senhor.
  • Ele faz um último apelo à obediência e à fidelidade à aliança.
  • Moisés sobe ao Monte Nebo e morre aos 120 anos.

Conclusão:

O livro de Deuteronômio é um marco fundamental na história do povo de Israel. Ele serve como um guia para a vida de fé e obediência a Deus, e seus ensinamentos continuam a ser relevantes para os cristãos de hoje.

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domingo, 10 de março de 2024

Como posso ter certeza de que a Bíblia está falando a verdade?

12.03.2024



Centenas de livros já foram escritos sobre as evidências da inspiração divina da Bíblia. Estas evidências são muitas e variadas. Infelizmente, esses livros não são tão lidos atualmente o quanto seria desejável. Na verdade, a maioria das pessoas que questionam a veracidade da Bíblia nunca a leram! Estas pessoas tendem a aceitar a crença popular de que a Bíblia está cheia de erros e que não é mais importante em nosso mundo moderno.

Entretanto, os escritores da Bíblia afirmam repetidas vezes que eles estavam transmitindo a própria Palavra de Deus: infalível e tendo autoridade em si própria no mais alto grau possível. Este é uma afirmação muito forte para um escritor e se os cerca de quarenta homens que escreveram as Escrituras estavam errados em fazê-la, então eles estavam ou mentindo, ou eram loucos, ou as duas coisas.

Mas, por outro lado, se o maior e mais influente livro de todas as épocas - um livro que contém a mais bela literatura e o mais perfeito código moral já imaginado - foi escrito por um bando de fanáticos, então há alguma esperança de encontrar sentido e propósito neste mundo?

Se alguém investigar seriamente as evidências bíblicas, esta pessoa irá descobrir que a afirmação de ser divinamente inspirada (declarada cerca de 3000 vezes na Bíblia de diversas formas) é amplamente justificada.

Profecias cumpridas

Uma das mais incríveis evidências para a inspiração divina da Bíblia são as profecias que se cumpriram. Centenas de profecias feitas na Bíblia vieram a se cumprir até o último detalhe. E a maioria delas foi cumprida quando o seu escritor já havia morrido.

Por exemplo: Em cerca de 538 AC (Daniel 9:24-27), Daniel, o profeta, predisse que Jesus viria como o Salvador e Príncipe prometido para Israel exatamente 483 anos depois que o imperador persa desse aos judeus permissão para reconstruir a cidade de Jerusalém que estava em ruínas nesta época. Essa profecia foi clara e definitivamente cumprida no tempo exato.

A Bíblia também contém uma abundância de profecias tratando de nações e cidades específicas ao longo da história, todas as quais foram literalmente cumpridas. Mais de 300 profecias foram cumpridas pelo próprio Jesus Cristo durante a sua primeira vinda. Outras profecias lidam a difusão do Cristianismo pelo mundo, falsas religiões e muitos outros assuntos.

Não há outro livro, antigo ou moderno, como a Bíblia. As profecias vagas e geralmente errôneas, feitas por pessoas como Jeanne Dixon, Nostradamus, Edgar Cayce e outros como eles, não podem, nem de longe, serem colocadas na mesma categoria das profecias bíblicas. Nem outros livros religiosos como o Alcorão, os escritos de Confúcio e literatura religiosa similar. Somente a Bíblia manifesta esta evidência profética e ela a faz em uma escala tão gigantesca que torna absurda qualquer outra explicação que não a sua inspiração divina.

Uma precisão histórica única

A acurácia histórica das Escrituras é também uma classe de evidências por si só, infinitamente superior aos registros escritos deixados pelo Egito, Assíria e outras nações antigas. As confirmações arqueológicas do registro bíblico são quase inumeráveis. O Dr. Nelson Glueck, a maior autoridade em arqueologia israelita, disse:

“Nenhuma descoberta arqueológica jamais contradisse qualquer referência bíblica. Dezenas de achados arqueológicos foram feitos que confirmam em exato detalhe as declarações históricas feitas pela Bíblia. E, da mesma maneira, uma avaliação própria de descrições bíblicas tem geralmente levado a fascinantes descobertas no campo da arqueologia moderna.”

Precisão científica

Outra espantosa evidência da inspiração divina da Bíblia é o fato de que muitos princípios da ciência moderna foram registrados como fatos da natureza na Bíblia muito antes que qualquer cientista os confirmasse experimentalmente. Uma amostra destes fatos inclui:

A redondeza da terra(Isaías 40:22)
A quase infinita extensão do universo (Isaías 55:9)
A lei da conservação de massa e energia (II Pedro 3:7)
O ciclo hidrológico (Eclesiastes 1:7)
O vasto número de estrelas (Jeremias 33:22)
A lei do aumento da entropia (Salmo 102:25-27)
A suma importância do sangue para a vida (Levítico 17:11)
A circulação atmosférica (Eclesiastes 1:6)
A campo gravitacional (Jó 26:7)
E muitos outros

Estes fatos obviamente não são declarados no jargão da ciência moderna, mas em termos da experiência básica no homem no dia-a-dia. Ainda assim, eles estão completamente conforme os fatos modernos da ciência.

É significativo também que nenhum erro jamais foi demonstrado na Bíblia, seja em ciência, história ou qualquer outro assunto. Muitos erros foram de fato declarados, mas eruditos bíblicos conservadores sempre foram capazes de encontrar soluções para esses problemas.

Estrutura única

A incrível estrutura da Bíblia deve ser colocada em perspectiva também. Embora ela seja uma coleção de 66 livros, escritos por cerca de quarenta homens ao longo de um período de cerca de 2000 anos, a Bíblia ainda assim é um só Livro, em perfeita unidade e consistência.

Os escritores individuais, na época em que escreviam, não tinha ideia de que, eventualmente, seus escritos seriam incorporados em um só livro. Entretanto, cada um desses escritos individuais preenche perfeitamente o seu lugar e serve a um único propósito. Qualquer pessoa que estude diligentemente a Bíblia irá encontrar padrões estruturais e matemáticos cuidadosamente bordados em seu tecido com uma intrincácia e simetria que não são passíveis de explicação através do acaso ou coincidência.

E o tema que a Bíblia desenvolve consistente e grandiosamente de Gênesis ao Apocalipse é o majestoso trabalho de Deus na criação do universo e a redenção de todas as coisas através de seu único filho, o Senhor Jesus Cristo.

O efeito único da Bíblia

A Bíblia também é única em seu efeito sobre homens em individual e sobre a história das nações. Ela é o livro mais vendido de todas as épocas, tocando corações e mentes, amada por pelo menos uma pessoa em qualquer raça, nação ou tribo para a qual foi levada. Ricos ou pobres, educados ou simples, reis ou plebeus, homens de qualquer origem ou modo de vida já forma atingidos por esse livro. Nenhum outro livro jamais teve tal apelo universal ou produziu efeitos tão duradouros.

Uma evidência final de que a Bíblia é verdadeira é o testemunho dos que acreditaram nela. Multidões, no passado e no presente, descobriram por experiência própria que suas promessas são verdadeiras, seu conselho é confiável, seus comandos e restrições são sábios e que sua maravilhosa mensagem de salvação vai ao encontro de qualquer necessidade para todo o tempo e eternidade.


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Fonte:https://christiananswers.net/portuguese/q-eden/edn-t003.html