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quarta-feira, 29 de maio de 2024

FILOSOFIA CRISTÃ, O QUE É

29.05.2024

Do blog ALFA JP CENTRO EDUCACIONAL

A filosofia merece ser chamada de “cristã” quando se trata especialmente de “fórmulas exclusivas" cuja solução tem alguma importância para a vida religiosa.


A filosofia cristã é a coleção de ideias filosóficas iniciadas pelos cristãos desde o século II até os dias atuais. São Tomás de Aquino, filósofo cristão da Igreja Católica, é um de seus maiores expoentes.


A filosofia cristã se originou visando conciliar ciência e fé, partindo de explicações racionais naturais usando a revelação cristã. Vários pensadores, como Agostinho, acreditavam que havia uma relação harmoniosa entre ciência e fé, outros, como Tertuliano, argumentavam que havia contradição e outros tentavam distingui-las.  Há estudiosos que questionam a existência de uma filosofia cristã em si. Estes argumentam que não há originalidade no pensamento cristão e que seus conceitos e ideias são herdados da filosofia grega. A filosofia cristã protegeria assim o pensamento filosófico, que já teria sido definitivamente elaborado pela filosofia grega.


Boehner e Gilson, no entanto, argumentam que a filosofia cristã não é uma simples repetição da filosofia antiga, embora devam à ciência grega o conhecimento desenvolvido por Platão, Aristóteles e os neoplatônicos. Eles até afirmam que a cultura grega sobrevive de forma orgânica na filosofia cristã.  


Aspectos históricos


 A filosofia cristã começou por volta do século II. Surgiu através do movimento comunitário cristão denominado Patrística, cujo objetivo principal era a defesa da fé cristã. A patrística terminou provavelmente por volta do século VIII. A partir do século XI, a filosofia cristã se manifestou através da Escolástica. Este é o período da filosofia medieval ou Idade Média que se estende até ao século XV, como indica T. Adão Lara. A partir do século XVI, a filosofia cristã, com suas teorias, passou a coexistir com teorias científicas e filosóficas independentes.


O desenvolvimento das ideias cristãs representa uma ruptura com a filosofia dos gregos, tendo em vista que o ponto de partida da filosofia cristã é a mensagem religiosa cristã. A atividade missionária dos apóstolos, seguidores de Jesus Cristo, contribuiu para a difusão da mensagem cristã, embora o cristianismo tenha sido inicialmente alvo de perseguição.


A estrutura da obra de T.Adão Lara indica uma importante divisão de aspectos da filosofia cristã na Idade Média:


·         I. Filosofia primitiva: Patrística (séculos 2-7).

·         II. Filosofia Medieval: Escolástica (séculos IX-XIII).

·         III. Filosofia pré-moderna: (séculos XIV-XV)


Características


Demonstração natural - Na filosofia cristã as proposições devem ser demonstradas de forma natural e ele usa reflexões condicionadas pela experiência - usando a razão. A premissa filosófica da filosofia cristã é a lógica, não exclusivamente a teologia cristã.  Embora haja uma conexão entre doutrinas teológicas e reflexão filosófica na filosofia cristã, suas reflexões são estritamente racionais.


1.       Justificação das verdades da fé


       Em essência, os ideais filosóficos cristãos são tornar as crenças religiosas racionalmente aparentes por meio da razão natural. A atitude do filósofo cristão é determinada pela crença em assuntos relacionados à cosmologia e à vida cotidiana. Ao contrário do filósofo secular, o filósofo cristão busca condições para a identificação da verdade eterna, que se caracteriza pela religiosidade 


A filosofia cristã tem sido criticada porque a religião cristã é atualmente hegemônica e centraliza a elaboração de todos os valores. A coexistência da filosofia e da religião é questionada, pois a própria filosofia é crítica e a religião é baseada na revelação e em dogmas estabelecidos. Lara acredita que na Idade Média existiam questões e escritos com características filosóficas, embora predominassem a religião e a teologia.  Desta forma foi fundada por dogmas, em alguns aspectos não impediu importantes construções filosóficas.


2.       Tradição


Uma filosofia cristã desenvolvida a partir de filosofias anteriores. Justin é baseado na filosofia grega, uma academia em Agostinho e Patrística. É na tradição do pensamento filosófico cristão ou judaísmo, da qual foi herdado do Antigo Testamento e mais fundamentalmente na mensagem do Evangelho, que consagra ou é central à mensagem defendida pelo cristianismo.


A escolástica, por sua vez, foi influenciada tanto pela filosofia judaica quanto pela filosofia islâmica. A Europa cristã não continuou a ser influenciada apenas por si mesma, mas sofreu fortes influências de outras culturas.  


3.       Visão sistematizada


Tenta-se organizar de forma sistemática e abrangente os problemas da realidade em um todo harmonioso nos postulados da Filosofia cristã. No entanto, observa-se uma falta de mente criativa, compensada pela visão geral.  No período do antigo sistema de "justiça popular", representantes da "única direita" filosofia marxista-leninista, mesmo com métodos administrativos, forçaram o termo "filosofia cristã", entendendo a cosmovisão a "doólca" (Leszek Kołakowski). 


Filósofos eram descritos na seguinte visão: "todos eles eram, originados, de religião verdadeira, de fé, para demonstrar a metodologia de sua religião, que professa a seriedade cristã, bem como a judaica, budista; a filosofia, por outro lado, pode ser melhor ou pior, mas é "sem adjetivos", assim como a matemática, a física e a biologia.


A principal autoridade filosófica é baseada na época, Tomás de Aquino (1224/25 - 1274), sendo o autor da classificação estrutural entre e teologia e filosofia. O problema, porém, era que os maiores nativos do Ocidente - Jacques Maritain (1882 - 1973) e Étienne Gilson (1884 - 1978) - que eram em muitos aspectos autoridades para seus alunos e seguidores poloneses, com teimosia digna de uma causa melhor, pregou o conceito de "filosofia cristã em auxílio dos marxistas que pregavam a filosofia praticada nos círculos católicos do mundo no quadro de uma visão religiosamente proposta.

 

 Filosofia e teologia e o expoente -Tomás de Aquino


Tomás de Aquino - como se dizia - distinguir entre filosofia e teologia, baseando-se em distinguir duas perspectivas a partir das quais se percebe o sujeito de cada ciência. O primeiro é o material objeto, que é o que é determinado de fases de corte. A segunda - o seu sujeito formal, ou seja, o aspecto em que, dada ciência, esta examina qual é o assunto de interesses, por exemplo, tanto a psicologia quanto a medicina tratam do homem, cada uma em um aspecto diferente, o que não exclui, entretanto, algumas sobreposições ou áreas de pesquisa. 


No caso da filosofia, nenhuma teologia, nenhum material coincide. Ambos falam de Deus, do homem e do mundo, mas os aspectos em que o fazem, diferem radicalmente, devido à forma como são argumentados. Na filosofia, essas são apenas justificações racionais, construídas com base natural da realidade circundante. O argumento definitivo na teologia é a revelação de Deus. Portanto, na filosofia e na teologia, por exemplo, as mesmas teses podem aparecer, por uma     solução de pensamento inocentes, mas como justificativa, na filosofia será de Deus, e em - uma análise da lei bem diferentes naturais.


No caso da filosofia e da teologia, o material objeto quase coincide - ambos falam de Deus, do homem e do mundo.


Muitas vezes simples e convincente na teoria, mas na maioria das vezes e especialmente conhecido quando alguém parece atraente por sua fé e o problema parece racionalizá-la por todos os lados possíveis, às vezes sem perceber.


São Tomaz achava que a virtude da sabedoria supera todos os tipos de conhecimento, mas também destacou que é uma virtude moral e pessoal de um ser humano, e trata-se, portanto, de um conjunto de crenças "subjetivas" de um ser humano sobre diversos temas da vida, que o aproxima da visão de mundo e da ciência. Os tomistas, no entanto, visam a filosofia como a serviço de embasamento ideológico.


A filosofia medieval como filosofia cristã, segundo Gilson


Étienne Gilson, quando trata da filosofia medieval, por exemplo, foi chamado de "o descobridor de todo o continente esquecido". Ele, com alguma consistência, definiu este "continente" como cristão. Ao justificar essa abordagem, ele escreveu (de forma bastante enigmática) no Spirit of medieval Philosophy que "para um historiador quanto à filosofia medieval, nenhum termo vem à mente tão espontânea o termo filosofia cristã" ( Duch, página 9). 


E ele admite com razão que este é um nome aparentemente não qualificado, mas apenas "há poucos termos tão vagos, tão determinados de definição com precisão". No entanto, ele acrescenta que um historiador do pensamento medieval pode considerar os sistemas filosóficos pensados ​​por ele, mas não é uma preocupação pensada por nós. 

 

1.       VÍDEOS SUGERIDOS


2.1  Filosofia – pensamento cristão

https://www.youtube.com/watch?v=6GP_OGHQokQ


2.2 É possível pensar uma Filosofia cristã- Prof. Rogerio Carvalho

 https://www.youtube.com/watch?v=XXmWAvlSzVI


 

3.ARTIGOS ON LINE SUGERIDOS:


3.1 Santo Agostinho: Biografia, Teologia, Filosofia e curiosidades

https://www.erealizacoes.com.br/blog/santo-agostinho/

 

3.2 Filosofia crista na Idade Media – Por Etienne Gilson

http://revistapandorabrasil.com/revista_pandora/tematica_livre/nathan.pdf

 

3.3 Bases para uma Filosofia crista

https://www.resumoescolar.com.br/filosofia/bases-para-uma-filosofia-crista/

 

4.4 O melhor da Filosofia cristã -

https://www.baixelivros.com.br/acervo/filosofia-crista

 

4.5 Filosofia cristã- entre a fé e a razão

https://colegiopxsflamboyant.com.br/Documentos/Capitulo6.pdf

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Fonte:https://www.cursosalfajp.com.br/filosofia-crista

terça-feira, 1 de novembro de 2016

5 sinais do distanciamento ou aproximação da Reforma Protestante

01.11.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Sady Santana*

A Igreja é reformada e está sempre se reformando

5 sinais do distanciamento ou aproximação da Reforma ProtestanteUm homem está na porta de uma catedral importante na Europa. Logo abaixo um povo ignorante e enganado por um clero, observa. Este monge começa a cravar naquela porta um protesto com 95 itens, são alguns dos erros que a sua igreja querida estava cometendo contra a verdade do evangelho.

Este dia ficou para a história da igreja na terra como mais um capítulo da redenção. Um dia importante e decisivo que o Deus soberano reservou para os seus. Tanto é verdade que o mundo todo foi impactado nas estruturas. Reinos e estados terrenos foram sacudidos por uma mudança sem precedentes.
Você pode até estar aí a não dar importância devida, ou dizer que a Reforma Protestante é coisa de homens. No entanto, me aponte, fora a Salvação em Cristo, alguma obra aqui na terra de avanço do evangelho que não tenha sido feito por homens santos e separados pelo próprio Deus. Deus moveu Lutero até aquela porta. Deus levantou Calvino e a muitos outros homens neste mesmo período para dar continuidade e trazer a Bíblia de volta ao Corpo de Cristo.
Inclusive, Deus já tinha usado muitos outros homens, antes mesmo de Lutero nascer, para lutar pela Verdade. E Ele mesmo continuará levantando homens que leiam cuidadosamente as Escrituras, que se afadiguem em explica-la, que se esmerem em fazê-la compreensível e acessível aos menos sábios do reino, com a ajuda do Espírito e com trabalho duro.
Em todo lugar, em toda igreja, em toda casa onde uma bíblia for desprezada e deixada para empoeirar-se, uma graça será esquecida e o evangelho será distorcido. Veja aqui cinco sinais claros que podem te orientar sobre se a sua igreja, a que você pertence, ou mesmo a sua vida tem andado na mesma trilha dos apóstolos, e dos reformadores.

Somente a ESCRITURA

Quando saímos do culto temos que nos fazer algumas perguntas como: Entendi as palavras da Bíblia, ela me foi explicada adequadamente, posso explicar a outra pessoa o que eu entendi. E mais, saí do culto desejando ler mais as Escrituras em casa, sou desafiado pela minha liderança a conhecer e ler toda a Bíblia.
E ainda, a Bíblia é a única fonte de revelação em minha igreja, ou a experiência individual tem pautado o andar da minha comunidade? Nos dias de Lutero, a igreja se dizia Igreja mas não estava nem aí para que a Bíblia dizia. Versículos eram destacados e isolados, e depois usados para referendar as práticas de pedir dinheiro.

Somente CRISTO

Palavras de conquista, de buscar a benção, de prosperidade foram substituindo palavras como redenção, arrependimento e santidade? Quando vou à igreja ouço sobre Cristo e seu sacrifício, ouço que a cruz de Cristo não me fará mais rico, sem doença, não me fará imune a problemas e dificuldades? A minha igreja dá mais ênfase a santidade na Palavra, ou para as campanhas de desafio e conquista?

Somente a GRAÇA

Por incrível que pareça, as indulgencias voltaram. Se você desconhece que um dia uma igreja quis vender a salvação em um pedaço de papel, e que esse papel atestava o perdão dos pecados para toda a vida, procure ler a respeito e você ficará impressionado com tamanha ousadia. Contudo, atualmente uma suposta salvação começou a ser vendida novamente. A ênfase no dinheiro, e nos desafios envolvendo ganhos, tomaram proporções absurdas no movimento evangélico em todo o mundo. E igrejas simplesmente só falam disso, o tempo inteiro. As modernas indulgencias voltaram. Pergunte-se se em algum ponto da sua vida cristã, você não teria feito parte, inconscientemente, desse desvio da graça. Toda vez que a salvação em Cristo for velada e escondida por outras pregações, então a Graça foi pervertida e o verdadeiro evangelho foi encoberto.

Somente a FÉ

Aqui é a fé para a salvação, não a fé para conseguir coisas, ou a fé do pensamento positivo. Somente essa fé que nos salvou nos fará suportar as perseguições. É a fé para viver o evangelho mesmo tendo oposição do mundo inteiro. É a fé para buscar santidade com coragem. É a fé para entender e esperar que este mundo não estará melhorando, e sim que ele está em franca destruição. É a fé para entender que somos peregrinos aqui e a nossa pátria está no céu.

Somente A DEUS TODA A GLÓRIA

Onde está a glória de Deus em tempos de celebridades gospel, de fãs, de seguidores, de fumaça e de luzes no púlpito-palco? Se seu pastor pula e grita o tempo todo, os crentes giram e saem de órbita, e as “experiências “ de adoração extravagante aumentaram, enquanto o lugar da explicação das Escrituras foi diminuindo?
Então, a glória de Deus certamente não está sendo enaltecida. Se a congregação está negligenciando a pregação cuidadosa da cruz de Cristo, da graça, e da fé, então a glória de Deus está sendo desviada e corrompida. O conselho é que você não faça parte disso, é perigoso, é tóxico.
Existe uma frase, um mote, um lema que foi usado pelos reformadores que diz: Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est, que quer dizer, “A Igreja é reformada e está sempre se reformando”. Mas, não se confunda com mudança para frente, para longe das Escrituras, o movimento é sempre para trás, pois, a igreja sempre estará retornando aos ensinos dos apóstolos enquanto avança sobre as portas do inferno.
Quando tudo o mais for invenção, barulho e confusão, uma igreja remanescente estará fazendo o movimento de retorno às Escrituras, aparando exageros, reformando-se.
Soli Deo Glória!
Sempre foi assim, e sempre será.

*Sady Santana  é jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.


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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/5-sinais-do-distanciamento-ou-aproximacao-da-reforma-protestante/