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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

O Oleiro Divino e os vasos de barro

16.09.2024


Você já se considerou um vaso nas mãos do divino Oleiro? Assim como um oleiro habilidoso molda o barro em vasos lindos e funcionais, Deus, o Criador supremo, está constantemente trabalhando, moldando e transformando nossas vidas para cumprir Seu propósito divino. Nesta exploração aprofundada, vamos nos aprofundar no processo cativante de como Deus, o Divino Oleiro, nos molda, o barro, em vasos que refletem Sua glória.

A Extração e Preparação do Barro

A jornada de se tornar um vaso nas mãos de Deus começa com a extração e preparação do barro. Assim como o barro que é recuperado das profundezas de uma região pantanosa, muitas vezes exigindo esforço árduo, nós também já estivemos em um estado de destituição espiritual, enterrados na lama do pecado. Mas é nessas circunstâncias desafiadoras que Deus, o Oleiro Divino, vê o potencial dentro de nós e se propõe a nos extrair, a nos trazer para Suas mãos transformadoras.

A Bíblia nos diz que há aproximadamente 200 tipos de barros, mas apenas cerca de 8 são adequados para a criação de vasos. Da mesma forma, nem todos que encontram o Evangelho imediatamente se tornam vasos de honra. Alguns podem ter um passado mais tumultuado, tendo se enredado nas armadilhas do vício, crime ou imoralidade. No entanto, são esses mesmos indivíduos que muitas vezes encontram seu caminho para a comunhão da igreja, pois o Oleiro Divino vê o potencial oculto dentro deles, esperando para ser liberado.

A Transformação Contínua da Santificação

Uma vez que o barro foi extraído, o processo de purificação e transformação começa, quando aceitamos a Cristo como Salvador e Senhor. Assim como o barro deve ser peneirado e limpo de impurezas, nós também passamos por um processo de santificação, onde o Espírito Santo trabalha incansavelmente para remover os resquícios de nossas vidas anteriores. Este não é um processo instantâneo, mas sim uma jornada contínua de crescimento e refinamento.

À medida que nos aprofundamos na Palavra de Deus e permitimos que o Espírito trabalhe em nossas vidas, começamos a nos livrar das arestas e impurezas que antes nos definiam. Esse processo é frequentemente comparado aos diferentes estágios de peneiração, onde as impurezas maiores são removidas primeiro, seguidas pelas mais finas, até que o barro fique puro e pronto para ser moldado e usado pelo Senhor Jesus na Sua Obra.

Este processo de santificação é crucial, pois é somente quando estamos livres dos emaranhados do nosso passado que podemos verdadeiramente ser moldados e transformados nos vasos que Deus deseja que sejamos. É uma jornada de rendição, onde devemos confiar em Jesus, o Oleiro Divino para remover o que está impedindo nosso crescimento e permitir que Ele nos molde de acordo com Seu plano perfeito.

A Importância das Lutas e Dificuldades

À medida que o barro é preparado, ele deve passar por um processo de amassamento e modelagem, que pode ser árduo e desconfortável. Da mesma forma, as provações e tribulações que enfrentamos em nossas vidas não são meramente obstáculos a serem superados, mas sim elementos essenciais no plano do Senhor Jesus para nossa transformação.

Assim como o barro deve ser completamente amassado e prensado para atingir a força e a resiliência necessárias, nossas próprias lutas e dificuldades servem para fortalecer nossa fé e moldar nosso caráter. Esses desafios, embora dolorosos, são os meios pelos quais Deus nos molda em vasos que podem suportar o calor da fornalha da vida, afim nos preparar para servir ao Seu Filho do Seu Amor, Jesus, o Divino Oleiro!


É importante lembrar que o Oleiro Divino não está interessado em criar vasos frágeis que se quebrarão facilmente sob pressão. Ele deseja criar vasos que sejam resistentes, resilientes e capazes de cumprir o propósito que Ele estabeleceu diante deles. Portanto, devemos abraçar o processo de ser amassados ​​e moldados, confiando que o Oleiro Divino sabe o que está fazendo e que Seu plano para nossas vidas é muito maior do que podemos imaginar.

O Processo Invisível de Cura e Moldagem

À medida que o barro é preparado, há um estágio crucial em que ela passa por um processo de cura ou secagem. Durante esse tempo, reações químicas e físicas invisíveis ocorrem dentro do barro, fortalecendo sua estrutura e preparando-a para o estágio final da jornada.

Da mesma forma, em nossas próprias vidas, há momentos em que pode parecer que nada está acontecendo, quando o processo de transformação parece ter parado. No entanto, é durante esses períodos aparentemente estagnados que Jesus está trabalhando, orquestrando mudanças invisíveis dentro de nós. Ele está fortalecendo nossas fundações espirituais, realinhando nossas prioridades e nos posicionando para a próxima fase de Seu plano.

Assim como o oleiro deve monitorar cuidadosamente o processo de secagem para garantir que o barro esteja pronto para o forno, Deus está atentamente observando por nós, garantindo que estejamos preparados para suportar o calor do fogo refinador. Embora nem sempre possamos entender o propósito por trás dos períodos aparentemente dormentes, podemos confiar que o Oleiro Divino está ativamente nos moldando e moldando, mesmo quando as mudanças não são imediatamente visíveis.

A Precisão do Refinamento do Vaso

Uma vez que o barro foi completamente preparado, é hora do estágio final do processo: a queima no forno. Este é um passo crítico, pois o calor intenso é o que finalmente transforma o barro em um recipiente resistente e funcional.

Da mesma forma, em nossas vidas, há momentos em que precisamos enfrentar as "provas de fogo" que refinam e fortalecem nossa fé. Essas provações podem vir na forma de lutas pessoais, desafios relacionais ou até mesmo batalhas espirituais. Mas assim como o oleiro controla cuidadosamente a temperatura e a duração do processo de queima, Jesus, o Oleiro Divino, está orquestrando meticulosamente as circunstâncias em nossas vidas para garantir que surjamos como vasos que podem suportar as demandas de Seu propósito.

É importante notar que o processo de queima não tem a intenção de nos destruir, mas de nos purificar e fortalecer. O calor intenso não tem a intenção de nos quebrar, mas de nos moldar em vasos que possam carregar fiel e efetivamente o tesouro do amor e da graça de Deus. À medida que nos rendemos ao fogo refinador, podemos confiar que o Oleiro Divino está nos moldando com o máximo cuidado e precisão, garantindo que estejamos equipados para cumprir o papel único que Ele projetou para nós.

Abraçando a jornada transformadora

Nas mãos do Oleiro Divino, Jesus Cristo, somos moldados com amor e cuidado, transformados em lindos vasos que refletem Sua glória. Embora o processo possa ser desafiador, podemos nos confortar no conhecimento de que, mesmo em nossa fragilidade, Deus está disposto a nos reconstruir para um propósito maior.

Ao abraçarmos essa jornada transformadora, lembremo-nos de que o objetivo final do Oleiro Divino não é nos quebrar, mas nos moldar em vasos que podem derramar Seu amor, graça e redenção para um mundo necessitado. Cada estágio do processo, da extração do barro até a queima final na fornalha, é essencial para revelar a obra-prima que Deus está criando em nós.

Então, vamos nos render às mãos habilidosas do Oleiro Divino, confiando que Ele sabe o que está fazendo. Vamos acolher os desafios e dificuldades, sabendo que eles são os meios pelos quais Ele está fortalecendo nossa fé e nos moldando em vasos que podem suportar as demandas de Seu propósito. E enquanto continuamos a ser transformados, que possamos encontrar alegria no conhecimento de que estamos sendo criados para um propósito divino e eterno, para a glória do nosso Salvador, Jesus Cristo. O Oleiro Diviuno!

Principais conclusões:

Deus, o Oleiro Divino, está constantemente trabalhando, moldando e transformando nossas vidas para cumprir Seu propósito divino.

  • A extração e a preparação do barro representam o processo de Deus nos tirando da nossa miséria espiritual e nos colocando em Suas mãos transformadoras.
  • A transformação contínua da santificação é uma jornada de crescimento e refinamento, onde o Espírito Santo trabalha para remover as impurezas de nossas vidas.
  • Lutas e dificuldades são elementos essenciais no plano do Oleiro Divino para nossa transformação, pois servem para fortalecer nossa fé e moldar nosso caráter.
  • O processo invisível de cura e moldagem nos lembra que Deus está ativamente nos moldando e transformando, mesmo quando as mudanças não são imediatamente visíveis.
  • A precisão do refinamento do vaso através das "provas de fogo" da vida tem como objetivo nos purificar e fortalecer, não nos destruir.
  • Abraçar a jornada transformadora significa nos render às mãos habilidosas do Oleiro Divino, confiando que Ele está nos criando para um propósito divino e eterno.
À medida que viajamos ao lado de Cristo, nosso Oleiro Divino, que possamos encontrar conforto, força e propósito no conhecimento de que estamos sendo moldados em vasos que podem derramar Seu amor, graça e redenção para um mundo necessitado. Vamos abraçar o processo, confiar no Oleiro Divino e ansiosamente antecipar a obra-prima que Ele está criando em nós.

Glórias a Deus!

Mensagem ministrada pelo pastor Kennedy Matos, integrante da ADEPLAN-DF
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domingo, 24 de novembro de 2013

CONFIANÇA EM DEUS PARA ENFRENTAR A ANSIEDADE

24.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE


Texto Básico: Hebreus 11.1-2; 12.3-4
Leitura Diária

Domingo:  Hb 11.1-31 – Pela fé
Segunda:  Hb 11.32-40 – Bom testemunho de sua fé
Terça:  Hb 12.1-17 – Olhando firmemente
Quarta:  Hb 12.18-29 – Não tendes chegado ao fogo
Quinta:  Fp 4.10-19 – Ele há de suprir cada necessidade
Sexta:  Ef 6.10-18 – Usando o escudo da fé
Sábado: Fp 2.1-11 – Toda língua confesse

Introdução
George Müller tinha muito conhecimento acerca da fé – e pelo melhor meio que alguém pode conhecer qualquer coisa: colocando-a em prática. Sua vida na juventude foi de grande transgressão. Por volta dos 20 anos, quando se tornou cristão, ele já tinha passado um tempo na cadeia. Mas, a partir daí, seus interesses e atitudes mudaram radicalmente.
Depois de Müller dedicar anos preparando-se para o ministério, ele foi trabalhar como missionário entre os judeus na Inglaterra. Quando ele e sua esposa se mudaram para Bristol, uma cidade portuária, em 1832, ficaram horrorizados ao ver multidões de órfãos sem lar, vivendo e morrendo em ruas sujas e estreitas, apanhando restos de comida no lixo.
Os Müller, com uma crença inabalável na Bíblia, convenceram-se de que, se os cristãos aplicassem com seriedade as Escrituras, não haveria limites para o que poderiam conquistar para Deus. Eles então desenvolveram um trabalho para alimentar, vestir e educar crianças órfãs desamparadas. No final da sua existência, os lares que haviam estabelecido cuidavam de mais de dez mil órfãos. Diferentes de muitos hoje, que dizem “viver pela fé”, Müller e a esposa nunca disseram para qualquer pessoa, exceto para Deus, sobre sua necessidade de recursos. O Senhor sempre os proveu com abundância, por meio de suas orações de gratidão e por esperarem humildemente nele.
George Müller disse: “Onde a fé começa, a ansiedade termina; onde a ansiedade começa, a fé acaba” (George Müller de Bristol, Arthur T.Pierson). Por sua vida exemplar, podemos acreditar que ele sabia o que estava falando. Se fizéssemos um estudo abrangente do que as Escrituras dizem sobre ansiedade, precisaríamos examinar o que ela diz sobre viver pela fé.
Hebreus 11 e 12 são os capítulos da fé da Bíblia. O capítulo 11 apresenta uma definição geral da fé e muitos exemplos do Antigo Testamento. Deus nos supre com exemplos do passado, de modo que possamos ser incentivados e ter esperança ao ver como pessoas reais foram capazes de controlar a ansiedade. O capítulo 12 de Hebreus reúne os princípios da vida pela fé. Como veremos, há muito mais na fé do que a visão contemporânea que a limita ao modo como uma pessoa lida com suas finanças.
I. Ponha de lado qualquer dificuldade
O autor de Hebreus recomendou que nos desembaraçássemos “de todo peso e pecado que tenazmente nos assedia, [e] corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1). Quando você começou a aprender a correr, logo descobriu que tem de correr sem pesos. Você pode treinar com uma vestimenta grossa e com pesos amarrados, mas precisa retirá-los antes de chegar às barreiras. O verdadeiro corredor livra-se do peso e corre com o mínimo de roupa.
De modo semelhante, na corrida da fé, precisamos afastar qualquer coisa que nos mantenha atrás. Muitas coisas podem nos impedir de correr e dificultar nossa vida cristã: materialismo, imoralidade sexual e ambição excessiva são apenas algumas delas, as mais comuns em nossa sociedade. Provavelmente, uma das coisas que o escritor de Hebreus tinha em mente era a legalidade. Ele estava escrevendo para uma audiência predominantemente judia, que se debatia com esse ponto. Eles estavam tentando participar da corrida mantendo as cerimônias, rituais e ritos judaicos. Em essência, o autor disse: “Livrem-se de tudo isso e corram a corrida da fé. Vivam pela fé, não pelas obras”.
Muitos cristãos ainda vivem pelas obras. Eles creem que, se fizerem as coisas certas, Deus se verá obrigado a manter o mesmo tipo de aprovação e dirá: “Isso é magnífico: você foi a um estudo bíblico, dedicou um bom tempo à leitura e reflexão da Palavra, fez algo de bom para seu vizinho e foi à igreja”. Se essas coisas são feitas no transbordamento do amor por Jesus Cristo, como atos de devoção, é maravilhoso. Mas há muitos cristãos que pensam que vão merecer o favor de Deus dessa maneira. Em vez de legalismo judaico, trata-se de legalismo cristão.
Outro peso ou pecado que “tão facilmente nos embaraça” é a dúvida. Um crente pode afirmar com o sentimento de verdade de Filipenses 4.19: “Meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de [minhas] necessidades”, mas ficar cheio de ansiedade quando surge uma dificuldade financeira.
Outros então, inevitavelmente, dirão: Não é você aquele que andava propagando que “Deus suprirá todas as suas necessidades”? Nós ora acreditamos que ele o fará, ora não, independentemente do que dissermos. Nossas ações revelam em que realmente cremos. Quando nos angustiamos, estamos duvidando de que Deus possa manter suas promessas e isso desonra ao Senhor.
A Bíblia ainda ensina que se nos sacrificarmos pelos motivos apropriados, Deus nos recompensará (Mt 6.3-4). Afirmamos crer nesse princípio, porém, frequentemente achamos difícil pô-lo em prática. Para sermos honestos, muitos de nós deveriam admitir não crer em Deus tanto quanto afirmam.
Qual é a nossa proteção contra a dúvida? Paulo disse que, acima de tudo, tomem “sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno” (Ef 6.16). Quando Satanás lança suas tentações, nós as barraremos com o escudo da fé. Isso nos arma com uma atitude que diz: Satanás, você é um grande mentiroso. Tudo o que você diz é mentira, mas tudo o que Deus diz é verdade, por isso acredito em Deus.
Toda vez que pecamos é por acreditar em Satanás, não em Deus. Eis porque o escritor de Hebreus desejou que os crentes se livrassem de suas dúvidas e quaisquer outras coisas que os impedissem de correr essa corrida com confiança, e compreendessem que têm excelentes exemplos daqueles que viveram a mesma vida de fé, participando da mesma corrida, e triunfaram.
II. Olhe para Jesus
O autor da Carta aos Hebreus também disse que devemos estar “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb 12.2). Jesus é o mais alto exemplo de fé que viveu, porque ele tinha o máximo a perder.
Paulo explicou posteriormente: “[Cristo], subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.6-8).
Nosso Senhor despojou-se de suas prerrogativas divinas e creu em Deus, que não permitiria que seu Santo visse corrupção (Sl 16.10). Ele veio a este mundo como homem, carregou nossos pecados e morreu na confiança de que seria ressuscitado pelo Pai e exaltado novamente. Seu ato de fé permanece para sempre insuperável. Nosso Senhor Jesus Cristo suportou sofrimentos inimagináveis, mas por sua crença em Deus foi vitorioso. Eis porque devemos nos centrar nele.
A frase “fixe seus olhos em Jesus” é traduzida literalmente por “olhe para Jesus”. Ter a focalização correta é essencial para realizar qualquer meta com sucesso. Quando meu pai estava me ensinando a jogar beisebol, ele dizia: “Se você não mantiver sua vista fixa na bola, enquanto está vindo em sua direção, você não pode bater nela.” Quando jogávamos basquetebol, ele repetia: “Mantenha seus olhos fixos na cesta.”
De modo semelhante, na vida cristã, seu foco deve estar além de você. Na realidade, quanto mais cedo tiver seus olhos fora de si mesmo, melhor será. Vejo muitos danos decorrentes da atual preocupação com a psicoterapia e a introspecção intensiva. Podemos ficar tão enredados nesse autoconhecimento que comparo isso a alguém dirigindo um carro olhando para os pedais.
Quando você está participando de uma corrida, não olha para seus pés. Tampouco deveria olhar para os outros corredores – somente para Jesus. Ele é o exemplo perfeito, “o Autor e Consumador da fé”. A palavra grega traduzida por “autor” é archegos, que significa criador, pioneiro, primogenitor e líder supremo. Cristo é o Chefe, Líder da fé, maior do que qualquer exemplo em Hebreus 11 – ou outros. Ele dá um parâmetro àqueles que possam, por outro lado, tão facilmente se comparar com outros crentes e ambicionar sua fé ou experiências.
O que nos espera na linha de chegada da corrida da fé? Alegria e triunfo. Jesus suportou a cruz “em troca da alegria que lhe estava proposta” (Hb 12.2). Qualquer atleta lhe diria que não há nada igual à sensação da vitória. Não pela medalha ou pelo troféu ou qualquer outra coisa – e sim pela vitória em si, pela alegria do triunfo. Para Jesus essa alegria era estar novamente sentado “à destra do trono de Deus” (v. 2).
III. Confie em Deus de fato
Nossa verdadeira alegria e recompensa como crentes é ir para o céu, com Cristo, mas aqui e agora podemos experimentar uma grande sensação de triunfo, quando vencemos a tentação. Como você sabe, há muitas tentações a enfrentar. Aqui estão algumas vozes familiares, sendo a sua uma delas: “Não é fácil ser cristão: sou ridicularizado”. “Meu professor de filosofia contradiz em classe as minhas crenças.” “Minha esposa torna nossa convivência árdua.” “Está ficando cada vez mais difícil ser cristão em nossa sociedade, porque estamos chegando perto do fim dos tempos.”
Sobre esse último ponto, mais do que nunca ouço crentes afirmando: “Estamos preocupados a respeito do que está acontecendo no mundo. Se as coisas não mudarem bem depressa em nosso país, estaremos acabados”. Os cristãos não devem viver com essa perspectiva. Não vivemos por confiar nas notícias; vivemos pela fé em Deus.
Quando Bulstrode Whitelock se preparava para embarcar para a Suécia, como enviado de Oliver Cromwell, em 1653, ele estava angustiado com o cenário caótico de sua nação, pois a Inglaterra tinha acabado de enfrentar uma guerra civil, e – pela primeira e única vez em sua história – o próprio rei (Charles I) fora executado. O exército e o governo estavam em discórdia. Do mesmo modo se encontravam os presbiterianos e os independentes de Cromwell, dois ramos de puritanos (herdeiros espirituais dos reformadores do século anterior). Era difícil imaginar que direção a nação tomaria, ao deixá-lo como único representante desta em outro país. Na noite anterior à viagem, Whitelock caminhava nervosamente. Um empregado de confiança, notando que seu patrão não conseguia dormir, aproximou-se dele, e daí surgiu este diálogo1:

— Por favor, senhor, permiti que vosso servo vos faça uma pergunta?
— Certamente.

— “Por favor, senhor, não achais que Deus governou o mundo muito bem antes de vós nascerdes?

— Sem dúvida.

— E, por favor, senhor, não achais que ele continuará o fazendo, mesmo quando não estiverdes mais aqui?

— Certamente.

— Então, senhor, perdoai-me, por favor, mas não pensais que podeis confiar nele para que governe enquanto viverdes?

As perguntas deixaram Whitelock sem fala. Ele se dirigiu à cama e logo adormeceu. Do mesmo modo, seria bom se nos fizéssemos as mesmas perguntas, quando nos sobrevém o temor e, então, ao nos convencermos da resposta óbvia, descansássemos tranquilamente.
O autor de Hebreus estava extremamente alerta sobre muitas dessas preocupações que nos perturbariam na corrida da maratona cristã. Por isso, eis o que nos disse para fazer: “Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue” (Hb 12.3-4).
Em outras palavras, “não vejo qualquer de vocês sangrando. Pode haver um pequeno desconforto em ser ridicularizado, você pode ter uma discussão em classe e, provavelmente, não terá tratamento preferencial do governo ou de qualquer outro, porém você não foi crucificado como alguém que conheço”.
Quando pensar que é muito difícil viver a vida cristã, considere aquele que suportou tal hostilidade a ponto de chegar à morte – e lembre-se de que você nem chegou perto dessa situação. Tendo isso em mente, há um meio de colocar suas ansiedades à prova. Se ficar exausto em uma corrida, atenha-se mais e mais a Jesus.
Lembre-se de que a vida de fé do Senhor levou-o à alegria e ao triunfo, e ele fará o mesmo com a sua.
Conclusão
As dificuldades do dia a dia, que são instrumentos para nos conduzir à ansiedade, devem ser deixadas de lado. Nossa confiança em resolver problemas não deve estar firmada em nós mesmos, mas em Deus. Por isso nossos olhos devem estar firmemente postos em Cristo Jesus, nosso Salvador, nosso Mantenedor. A ansiedade se esvai quando nossa fé em Cristo é praticada de verdade. Noções racionais sobre a fé podem ser úteis, mas se não forem aplicadas, vividas, seu proveito é vão.
Aplicação
De que modo você costuma agir diante de problemas do cotidiano, a fim de que estes não deixem você ansioso? Como você pode agir para manter sempre o foco em Jesus, e se afastar da ansiedade? Sua fé em Cristo está presente de fato em sua vida? Sua confiança em Deus é verdadeira a ponto de permitir que você não se sinta ansioso, mesmo diante de grandes dificuldades?
1. Citado por Walter B. Knight, em Três mil ilustrações para serviço cristão, Grand Rapids, Eerdmans, 1947, pág. 740; cf. Antonia Fraser, Cromwell: O lord protetor, Nova York: Donald I. Fine, 1973, p. 444.
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão – Vencendo a Ansiedade. Usado com permissão.
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O amor de Deus em meio às dificuldades da vida

15.11.2013
Do portal GOSPEL HOME BLOG, 02.07.2012


"Mas Deus prova seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." Romanos 5.8

O Espírito Santo sempre aponta para Jesus, a prova viva do amor de Deus para conosco. Quando José, o filho predileto de Jacó, foi vendido por seus irmãos ciumentos a uma caravana de viajantes para o Egito, ele mal podia imaginar que Deus só tinha intenções boas e amorosas para com ele.

Mas em José, que foi vendido por vinte moedas de prata, Deus nos mostrou a Jesus Cristo, que foi vendido por trinta moedas de prata milhares de anos mais tarde. Que profundo mistério profético: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para o que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

Isso Deus quer alcançar também em sua vida, levando você a dizer sim aos caminhos difíceis e às dificuldades que Ele permite acontecerem a você. Em outras palavras: por meio de você, Ele quer apontar para Jesus Cristo, e desta maneira revelar Seu insondável amor ao mundo à sua volta.

Foi isso que Paulo quis dizer quando exclamou: "...meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós." Nessas palavras vemos que é nosso dever nos tornar de tal modo semelhantes a Jesus Cristo, que concordemos de bom gosto, com calma e alegria, com cada caminho em que Deus nos coloca, a fim de que o Seu amor seja manifesto.


Fonte: Chamada


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