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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

MINDFULNESS E A FÉ CRISTÃ

23.10.2024

Postado por pastor Irineu Messias

Afinal o que é Mindfulness?

"Mindfulness é uma prática que consiste em focar a atenção no momento presente, sem julgamentos, e a observar os pensamentos, sentimentos e emoções. Também é conhecida como atenção plena"

Origem e Contexto da Prática

Mindfulness, ou atenção plena, tem raízes nas tradições budistas, onde é parte de um sistema de meditação que busca a iluminação e a libertação do ciclo de reencarnações (samsara). A prática está intimamente ligada a conceitos budistas como o desapego e a não-dualidade, que são diferentes das crenças centrais do Cristianismo, que enfatizam a relação pessoal com Deus, a redenção por meio de Jesus Cristo e a vida eterna.

Conflitos com Princípios Cristãos

  1. A Natureza de Deus: No Cristianismo, Deus é visto como um ser pessoal e relacional, enquanto no Budismo, muitas vezes, não há um deus pessoal central. A prática do mindfulness, que muitas vezes enfatiza o "eu" e a consciência, pode levar a uma abordagem mais individualista que não se alinha com a visão cristã da submissão a Deus.

  2. Desapego e Pecado: O mindfulness busca o desapego das emoções e dos pensamentos, fazendo com que os praticantes observem sua experiência sem julgamento. No entanto, o Cristianismo ensina a necessidade de lidar com o pecado e as emoções de maneira diferente: reconhecer nossos pecados, buscar perdão e transformação mediante Cristo.

  3. Redenção em Cristo: A centralidade da redenção em Jesus Cristo é um pilar do Cristianismo. A prática do mindfulness, ao se concentrar na experiência imediata e na auto-observação, pode desviar a atenção da necessidade de redenção e do relacionamento com Deus. Em vez de se voltar para Cristo, a prática pode incentivar uma busca por autossuficiência.

  4. O Papel da Oração: A oração cristã é um meio de comunicação com Deus, que envolve não apenas a meditação, mas também a intercessão, a adoração e a confissão. Em contraste, o mindfulness muitas vezes se concentra na autorreflexão e na meditação silenciosa, que pode não levar a um engajamento ativo com a divindade.

Considerações Finais

Embora seja possível argumentar que a prática de mindfulness pode oferecer benefícios como redução do estresse e maior autoconsciência, esses aspectos não compensam as preocupações teológicas e filosóficas mais profundas que surgem de suas raízes budistas. Como cristãos, é fundamental discernir entre práticas que promovem um crescimento espiritual alinhado com a Palavra de Deus e aquelas que podem desviar os fiéis de uma compreensão mais profunda de sua fé em Cristo e da intimidade com Deus que se dá tão-somente pela não oração e não pela meditação focada em si mesmo.

Portanto, a adoção de práticas como o mindfulness, a partir de uma clara compreensão teológica cristã, tem implicações espirituais, visto que se confronta com a centralidade da fé cristã e no relacionamento com Deus. A meditação se concentra no próprio indivíduo e não em Cristo. Ademais tem a ver, como foi dito acima, com meditação que busca a iluminação e a libertação do ciclo de reencarnações (samsara). Sendo a reencarnação, uma doutrina refutada pelas Escrituras Sagradas, em que um de seus textos diz: 


"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo". Hebreus 9:27 (grifo nosso)

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